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A Esquadrilha - Academia da Força Aérea - 1977

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EDIÇÃOESPECIAL2004 1 1 9 9 7 7 4 4 -- ttr riin ntta a a a n n o o s s -- 2 2 0 0 0 0 4 4 Turma Maracujá
Esquadrilha

P PÁÁGGIINNA A U UM M

Que as primeiras palavras desta Revista sejam para enaltecer a amizade deste grupo que se conhece há mais de trinta anos e continua a se reunir para compartilhar venturas, desventuras e aventuras do tempo de escola como se estas tivessem ocorrido há apenas alguns dias.

Que este exemplo de união se propague pelas gerações futuras numa corrente de alegria, de modo que estas também possam valorizar a amizade como um dos mais nobres e importantes sentimentos em nossas vidas.

E que esta Revista venha a ser uma alegre companheira a perpetuar os bons momentos da nossa eterna juventude.

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Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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A maior parte da Revista foi organizada de forma a recordar os principais acontecimentos no Brasil e no Mundo desde o nascimento do primeiro companheiro da Turma até 2004, em ordem cronológica, com destaque para o período de 1971 a 1977, época do nosso convívio na EPCAR e na AFA, e as reuniões posteriores da turma, aqui chamadas de “Maracujadas”.

EDITORIAL

CORREIO ELETRÔNICO

Alguns e-mails selecionados no nosso e-group ou “Hangar Maracujá”.

ANTES DE MAIS NADA...

Uma adaptação de textos copilados da Internet, de autorias diversas, a respeito dos “velhos tempos”.

ASSIM CONTA A HISTÓRIA...

Um pouco da história da Aeronáutica e da Academia da Força Aérea.

PATRONO DA TURMA

NOSSOS COMANDANTES

turMAmaRACUJÁ?!?

A explicação do porquê “Maracujá”

ACONTECEU EM (de 1949 a 2004)

Os fatos, as fotos e as lembranças, com destaque para o período de 1971 a 1977 e as “Maracujadas” em 1981, 1984, 1986, 1991, 1996, 2001 e 2004.

MARACUJADAS REGIONAIS

As reuniões regionais em destaque.

A TURMA MARACUJÁ

Fotos individuais organizadas na ordem alfabética dos nomes de guerra.

NOSSA LEMBRANÇA

A homenagem aos companheiros que estão voando com suas próprias asas junto ao Criador.

MISSÃO CUMPRIDA

C C o o o orrd d e e n n a a d d o orr ((B Brra a s siil l))

7--2

6 O O s s c c a arr ((7 7 1 1--2

9 9 6 6 C C o o e ellh h o o

R R e e v viis s ã ã o o O Orrt t o o g grrá áffi i c c a a:: A A u urré élli i o o ((o o d diic ciio o n n á árri i o o))

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P P a allp piit t e e s s g g e erra aiis s:: R R e e g giin n a a,, C C y y n ntth hiia a e e P Prri i s s c ciil llla a M M a a c c h h a a d d o o

7 7 7 7--1 1 7 7 1 1 C C h h a a v v e e s s ((7 7 1 1--0 0 6 6 9 9)) e e D D a a y y s s e e C C h h a a v v e e s s

R R e e v viis s ã ã o o:: R R e e g giin n a a,, C C yntth hiia a e e P Prri i s s c ciil llla a M M a a c c ha a d d o o

F F o otto o ((C C a a p p a a)): : R R e e v viis stta a F F o orrç ç a a A A é érre e a a E E d d. E E s s p p e e c ciia all O O u utt. 2 2 0 0 0 0 3 3

C C o olla a b b o orra a d d o orre e s s:: M M e e n n c ciio o n n a a d d o o s s a a b b a aiix x o o d d o o s s p prró ó p prri i o o s s tte e x xtto o s s

F F o otto o s s:: A A q q uiin n o o,, A A urré élli i o o,, E E d d v v a alld d o o,, F Frre eiit t a a s s,, IIn n á á c ciio o,,

L L á á z z a arro o,, L L e e o o m m a arr, , M M o orre eiir r a a,, O O s s c c a arr, , P P a a c c h h,, P P a a d diil l h h a a,, P P a a s sttr r e elll l o o,,

R R o o g g é érri i o o,, S S e errv v a a n n,, S S e e v v e erri i a a n n o o,, T Tiit t o o e e o o s s o o u uttr r o o s s qu u e e e e u u e e s s q q u u e e c cii

turMAmaRACUJÁ
SUMÁRIO
E E d diit t o orr e e R R e e d d a atto orr: : 7 7 7 7--1 1 7 7 6 6 O O s s c c a arr ((7 7 1--2 2 1 1 4)) C C o o o orrd d e e n n a a d d o orr ((G G e erra all) ):: 7 7 7
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7--1
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E EDDIITTOORRIIAAL L

Esta Revista nasceu quase que por acaso... Ao término da Reunião de 2001, em Barbacena, havia um saldo positivo do total arrecado que nos dava esperança de fazer um pequeno folheto para registrar aquele evento. O tempo foi passando, a idéia inicial se esmaecendo e uma mais audaciosa surgia: que tal fazer uma revista da AFA?

Do nosso tempo na EPCAR havia o registro numa revista Senta a Pua, no entanto, a lembrança da AFA e dos momentos de convívio naquela Academia não haviam sido reunidos da mesma forma –teriam que resistir nas fotos guardadas por cada um e nas lembranças revividas em reuniões da turma.

Esta história tomou outro rumo com o retorno de alguns companheiros para a AFA, já como Instrutores de Vôo. Estes jovens TenentesAviadores começaram a publicar, quase que artesanalmente, um jornal chamado “O Maracujá” e, apesar de terem sido apenas dezesseis números entre 1984 e 1886, este foi um importante elemento para a organização e promoção das reuniões regulares que estavam por vir. Foi nesta época também, que o material para a tal Revista do nosso tempo de Cadetes voltou a ser reunido e organizado pelo Lucci, um destes Tenentes da nossa Turma.

Infelizmente, com o falecimento prematuro do nosso amigo num acidente aéreo, todo o material da revista acabou por se perder

A idéia renasceu então, cerca de quinze anos depois, não sob a forma de uma revista formal do nosso tempo de Cadetes, mas como um registro mais simples destes trinta e poucos anos de convivência, aproveitando as imagens e os textos disponíveis.

Com esta nova visão, seria possível lembrar aspectos de nossas vidas sem que estes estejam, necessariamente, ligados ao dia a dia daqueles quatro anos inesquecíveis que passamos na AFA. Digo inesquecíveis e já começo a me preocupar com a memória. Como lembrar de tudo sozinho?

A solução encontrada foi “pedir socorro” através dos meios disponíveis, inclusive “e-mails”. Foi a partir destes que a maior parte do material a ser utilizado na Revista chegou às minhas mãos, principalmente as fotos. Além da Internet, que também serviu para muitas pesquisas, o Willie teve um trabalhão para levantar dados da nossa Turma na AFA e, para complementar as informações que ele havia colhido, contamos ainda com o apoio da AFA, em especial do Sgt. Sérgio Ramos da Seção de Comunicação Social, do Ten. Magalhães da Divisão de Pessoal, do Sgt. Maurício e do Cb. Clélio do Corpo de Alunos, incansáveis na busca de informações.

E foi também na AFA, mais especificamente no pequeno mas muito bem organizado Museu lá existente, que me veio a idéia de chamar esta publicação de “Esquadrilha”, a partir da constatação de que outras turmas do passado e do presente assim denominavam as suas próprias revistas, a exemplo da “Senta a Pua” na EPCAR.

Bem, quanto ao conteúdo, como já disse anteriormente, com certeza não serei capaz de lembrar e de registrar tudo nesta revista. São muitas histórias, muitas pessoas que fizeram parte dos nossos quatro anos de convívio na AFA e, em algumas oportunidades, achei melhor omitir parte da história do que esquecer alguém, em outras decidi por ocultar os nomes dos companheiros envolvidos, hoje jovens senhores responsáveis, a fim de não expor suas “travessuras” aos respectivos familiares.

Bem, só espero que, ao chegar à última página, depois de passar um bom tempo se divertindo e se emocionando com cada uma das páginas anteriores, vocês também se sintam parte dessa história e perdoem-me se por algum instante perceberem um pouco das minhas próprias lembranças servindo de suporte para contar a história da Turma.

77-176 OSCAR (71-214)

turMAmaRACUJÁ
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C COORRRREEIIO O E ELLEETTRRÔÔNNIICCO O

Desde 1999, quando o Alírio teve a brilhante idéia de criar o nosso e-group, já trocamos mais de 15.000 mensagens. Começamos timidamente com apenas 48 mensagens e muito poucos participantes em 1999. No ano seguinte, com os preparativos para reunião de 30 anos de entrada na EPCAR realizada em 2001, o número de mensagens e participantes aumentou significativamente a partir da inclusão de novos e-mails dos companheiros a medida que estes eram localizados. Lógico que o caminho não foi fácil: muitos acertos tiveram que ser feitos, muita gente contrariada com a quantidade de mensagens que lotava as caixas e com as “imagens” que andaram transitando. Hoje o grupo está mais comedido no teor e mesmo na quantidade das mensagens que transitam . Bem, durante estes quase cinco anos de mensagens andei selecionando algumas meio sem saber o porquê e agora, mais uma vez, constato que nada nesta vida existe sem um significado, sem uma razão. Agora que escrevo esta Revista, lembrei-me das mensagens e daí veio a idéia de aproveitar o teor das mesmas para registrar aspectos da nossa vida durante estes 30 anos. Assim, resolvi publicar algumas destas “pérolas” ao longo da Revista e, em especial, nesta seção. Toda vez que aparecer a figura da caixa de correio é sinal de que há uma mensagem de algum companheiro ali transcrita Divirtam-se com o que vocês próprios escreveram em algum momento durante estes 5 anos de e-group!

Recebo diariamente cerca de 80 a 100 e-mails, desses cerca de 20% correspondem à Turma 71 (...), sendo que essa estatística cresce à medida que um entusiasmado companheiro solta a escrita e materiais (textos, fotos, animações e etc.). Não deixo de lê-los, todos, sem distinção de mensagem. Sabem por que ? Por que vocês são meus irmãos e por isso qualquer coisa que venha de vocês eu considero. Não importa o conteúdo, a princípio. Abro, leio e por meio de seu conteúdo interpreto os sentimentos, as emoções, os pensamentos e o estado psicológico do irmão que me escreveu. E-mail é carta eletrônica, ou seja, não importa o mecanismo de entrega, é uma carta!!! Uma Mensagem... E no caso de um Irmão. Representa o interesse em se comunicar, muitos, após décadas sem ver um só irmão... Então para todos aqueles irmãos que querem se afastar do grupo peço que vejam nosso Grupo como um bando de colegiais, irmanados pelo velho sentimento do companherismo, da saudade. Cada um querendo escrever, ver, falar e até tocar se fosse possível, seus antigos irmãos, com os quais compartilharam momentos bons e ruins. Antes de pedirem seu afastamento do grupo relembrem esses momentos, e acho que não deixarão o grupo. A não ser que não tenham nada a lembrar, aí, infelizmente nada posso sugerir, mas nem por isso vocês deixam de ser meus irmãos. Irmão não esquece e nem se afasta de Irmão.

77-155 CAPELLA (71-232)

(...) Comecei então a abrir os E-mails, e cada dia fico mais emocionado ao me deparar com colegas que não vejo há quase 30 anos: (...) Fico pensando então no tempo que estávamos juntos, e agora cada um seguiu o seu caminho. (...)

77-172 SAMPAIO (71-156)

Cheguei de viagem a trabalho no Nordeste e tive a surpresa de um tremendo congestionamento de e-mails maracujás na minha caixa postal. (...)

77-155 CAPELLA (71-232)

Aos verdadeiros amigos lhes é permitido "brigar", ir atrás do cinema depois do silêncio, reclamar, pedir desculpas e continuar a amizade. A amizade é um sentimento-irmão do amor fraterno, às vezes mais forte que o sentimento que liga irmãos de sangue. Quando leio algum e-mail, daqueles bem moleque, fecho os olhos e vejo não um senhor de meia-idade, responsável e sério. Vejo um aluno, com um riso sacana no rosto aprontando alguma. E aí bate uma saudade. Saudade de gritar “- Arrego cara!”, de dar um bizú que ninguém sabe e me considerar esperto pois dei um “VI” e aqueles caras, daquela turma de cima não me pegaram. De me esconder, não sei porque e nem para que no sótão(?) do alojamento para dar golpe na formatura ou talvez na suga. De ver o Willie cair no colo do cabeção retornando de um VI. (desculpa Willie). Que saudade das bombas-d'água! Talvez eu seja um saudosista mas não me esqueço nunca dos momentos vividos anos atrás e da emoção dos reencontros. E quanto aos e-mails, se mandar eu leio. E se leio eu rio. E se rio estou feliz.

ANDRADE (71-004)

São quase trinta anos, mas foi uma fase de nossas vidas, que tenho certeza, aqueles que trazem a amizade e a esperança no peito, foi das mais significativas. (...)

MARINHO (71-155)

Convidem a Marlene!! (...) muito bem lembrado. Entretanto acho que devemos estender o convite também para as seguintes personalidades VIP's: "Nega Tarzan" (...), "A Japonesinha Fotógrafa" - Musa do Lago da entrada da Academia. (...), "Silvinha" - Com permissão da Sapatão que trabalhava no DE (...), e "As Meninas da Equipe de Limpeza Noturna". Sugiro ainda que a entrega das Condecorações, com a "Grã Cruz da Ordem Maracujá", seja realizada no JEQUIBAU com a presença de todos os outrora freqüentadores assíduos, daquele renomado Lupanar.

77-XXX “(...)” (71-XXX)

turMAmaRACUJÁ
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Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004

Algumas coisas nesta vida, não podemos apagar e nem chamar de “ex”. Não podemos ter ex-pais, ex-filhos, exirmãos, ex-parentes, nem podemos apagar o nosso passado, pois como escreveu o Laudo (71-243 Miranda) em uma de suas mensagens: "Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã. (Mahatma Ghandi, 1869-1948)". Pois é. Ontem, tivemos uma vida em comum, rimos juntos, choramos juntos, brigamos juntos e para muitos, foi o primeiro cigarro, a primeira bebedeira, a primeira mulher,... ou seja, basicamente criamos para nossas vidas alguns alicerces juntos. Eu mesmo já me revoltei com a postura de algumas pessoas da turma, briguei, xinguei, esbravejei. Mas e daí. Não fizemos isso a vida inteira com os nossos Pais, irmãos e parentes? E depois não fomos perdoados e não perdoamos? Eu particularmente tenho na turma alguns irmãos de fé, alguns amigos, alguns colegas, alguns conhecidos, enfim. Todos os níveis de afinidade possíveis e se não considerasse esta turma como parte de mim, de meu passado, presente e futuro, não teria lutado para que o encontro dos 30 anos fosse o que foi, e nem estaria lutando pelo brilhantismo da festa dos 30 anos da AFA. Não somos um bando de homens de meia idade procurando resgatar uma juventude que já se foi. De forma alguma. Somos sim, um grupo, uma sociedade, uma congregação e de certa forma uma família unida por uma série bons exemplos , boa conduta, ética e principalmente honra. Gostaria imensamente, assim como tenho certeza que todos os que estão agora lendo isso, que nossos filhos e a sociedade de uma forma geral tivessem em sua vida aquilo que nós tivemos e temos. Respeito. Respeito por nós mesmos e pelo próximo. E é por esse e muitos outros motivos que faço questão de envolver minha família nestes encontros. Desta forma, sinto profundo pesar por aqueles que estão "fugindo de casa" pois quando olharem para dentro de si mesmos verão que um grande pedaço está faltando e uma vez chegado o Outono da vida, pode ser tarde demais, pois não somos eternos. A todos um muitíssimo obrigado por todas as coisas que vivemos e viveremos juntos.

(...) até o momento, tenho permanecido à espreita, como que parado diante da porta de urna sala onde velhos amigos conversam animadamente. A cada instante um novo amigo chega e abraços são trocados. A conversa fica mais e mais animada...nomes são ditos, fatos são lembrados... brincadeiras..., risadas... a felicidade parece transbordar desta sala onde velhos amigos se reencontram! Como se não quisesse interromper esta animada conversa, aguardo o momento certo de entrar. Parado ali, escutando a conversa, também sou remetido ao passado, as imagens vão surgindo, primeiro fugidias mas aos pouco tomam-se nítidas, até mesmo reais. Vejo os rostos mas nem sempre consigo ler os nomes estampados em seus uniformes... as lembranças de momentos distantes perfilam diante de mim... sinto a mesma felicidade que emana da sala os sentimentos transbordam (...). Sinto que, apesar do pouco tempo de convívio, também pertenço a esse grupo, também faço parte dessa irmandade. (...)

77-208 GODOI

Foi grande a emoção que senti, quando deparei com diversas mensagens da turma em minha caixa postal De repente via renascer uma bela parte da minha juventude. Dia após dia, voltavam lembranças ao baixar meus e-mails. Apesar do encontro promovido em 1998, pelo Freitas aqui em BH, quando tive oportunidade de rever o Rati, Andrade, Pires, da Silva, Assis, Renhe, Emanuel, Eustáquio, Francisco, optei por não me reaproximar da turma (...) Estava num processo de reconstrução da minha vida, depois de anos de luta para me recuperar de um acidente (...) ocorrido em 1991. (...) Acompanhado de uma bengala que me ajuda a caminhar, e sem ter mais a capacidade de realizar muito do que realizava antes, pensava que esquecendo as lembranças do passado, encontraria mais forças para trilhar este novo caminho e as limitações que se apresentavam. Me enganei. Hoje sinto que o meu passado me fortalece, e as lembranças servem para me encorajar a seguir firme. Lembrar dos tempos de BQ, dos amigos, dos momentos da juventude, é antes de tudo, motivo de orgulho por fazer parte desta turma de 71. Sou muito grato (...) por estarmos hoje on-line.

VIEIRA (71-302)

Há muitos e muitos anos que os cadetes aviadores já passavam por Pirassununga... portanto o nosso pioneirismo é unicamente devido ao fato de termos passado quatro anos completos - para alguns - naquela terra. O último ano, conhecido como Avançado, era feito em T-6, depois em T-37, lá na AFA, ou Destacamento Precursor, acho que DEPAFA (...). As Turmas mais antigas terminavam a atividade aérea em Pirassununga e voltavam, quase que exclusivamente, para receberem os lauréis da formatura no legendário Campo dos Afonsos, até porque, uma boa maioria tradicional não aceitava a "redução" de importância do antigo “Berço das Águias” da Força Aérea. Assim, a Turma de 67 de BQ foi a primeira que realizou sua formatura final em Pirassununga, e justamente em 1973, portanto tem todo o direito de comemorar os 30 anos de formatura naquele saudoso lugar (...). Vamos comemorar os 30 anos de entrada, algo também plenamente comemorável, e creio eu que a ajuda do (...) atual Comandante da AFA e membro da Turma de 67, será de grande valia. Apesar de não trazer boa lembrança pelos exageros da juventude, recordo que foi a Turma de 67 que introduziu novos programas e conceitos acerca de liderança e treinamento militar, os não-bem-lembrados PTM e PTL, os quais, por bem ou por mal, iniciaram uma modernização na formação do oficial da FAB. O resto, excessos (...), péssima liderança (...), etc. fica por conta da poeira que o tempo e os churrascos se encarregarão de tratar...

77-003 RÔMULO (71-162)

(...) Difícil é ver estas fotos e não lembrar os idos anos 70 e tudo aquilo que então não tínhamos ( Barriga, Colesterol alto, .... ) e o que tínhamos e perdemos ( Cabelos, boa visão, ...) mas principalmente o que nos mantém até hoje ( Auto-estima, companheirismo, amizade, orgulho de sermos aquilo que somos). (...)

MARINHO (71-155)

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“PALAVRA DO MOITA!”

1. Há pouco mais de um ano atrás, eu nem sequer sonhava em participar de qualquer coisa relacionada com reunião de turma (...) ou coisa parecida, e não foi por falta de convite não. Qual não foi a minha surpresa, quando em março de 2001, encontrei na casa de minha mãe um recado com os dizeres "(...) que estudou na EPCAR com você precisa falar-lhe". Imediatamente conclui que deveria ser por causa dos trinta anos da turma e pensei em ligar no dia seguinte. Porém , no mesmo dia o "cara" voltou à me ligar, batemos um papo (...) e me convidou para um churrasco que aconteceria no sábado seguinte no Galeão. Fiquei de aparecer, mas depois que desliguei o telefone, as mesmas dúvidas que me impediram de comparecer nas outras comemorações me assolaram. O que que eu iria fazer lá? Afinal eu não via a maioria desse pessoal desde que saí do CFPM em 1975. Durante dois dias minha cabeça deu voltas com a torturante pergunta: Vou ou não vou? No dia do tal churrasco, ainda indeciso, chegaram sem avisar alguns parentes em minha casa. Pronto! era a desculpa que eu precisava para continuar afastado. Qual não foi a minha surpresa, quando à tarde o (...) me liga de novo e pergunta: “- E aí,você não vem, tá todo mundo aqui!” Foi a gota d'água, num ato de coragem eu disse vou me arrumar e vou para aí. No caminho, as dúvidas ainda me açoitavam, que ambiente eu iria encontrar, como estariam agora aqueles que um dia tão de perto conviveram comigo, depois que vinte e sete anos se passaram. Eu não tinha nenhuma grande "história de sucesso" pra contar, nem aventuras fabulosas ou engraçadas. Alguns minutos e cheguei! Para minha surpresa, tive uma fabulosa e calorosa recepção. Reencontrar aquele "pessoal" depois de tanto tempo e de forma tão amistosa me trouxe uma certeza: Nós ainda somos os mesmos!! Daquele dia em diante, tudo mudou! O encontro de trinta anos em BQ foi uma experiência ímpar... Rever a escola, a cidade e sobretudo os companheiros, mudou radicalmente a minha maneira de pensar, principalmente por que me senti inteiramente a vontade, como se eu não os visse há apenas uns poucos meses, apesar dos cabelos brancos e dos que não tem mais cabelos para esbranquiçar, coisa engraçada, não é? Hoje, como numa espécie de corrida para recuperar o tempo perdido, vou a todos os encontros, churrascos, tira-gostos, batizados, etc...(...) Pra você que vem acompanhando essa turma desde o tempo em que éramos apenas: "Lindos passarinhos, azuis da cor do manto de Nossa Senhora'', isto talvez não signifique muito, mas me dirijo à você que também se afastou voluntariamente, acreditando "que não tem nada a ver" ou que ter um dia estudado naquela escola, naquela cidade foi um mero acaso na sua vida, acredite-me, não foi! Um dia você usou uma targeta com um número 71-não sei o quê ou 77-não sei das quantas, e isto foi o suficiente para marcar o resto de sua vida, por que meu amigo, você foi assimilado pelo grupo e agora quer queira quer não você ainda pertence a ele. Por isso, (,,,) não fique aí remoendo os seus ressentimentos ou frustrações pois isso não leva à nada. Ouça o conselho desde humilde maracujá que um dia também caiu na besteira de se afastar: - Deixe de babaquice e apareça nas reuniões da turma !!!

2. (...) a maracujada do Rio, mais uma vez se encontrou para curtir um dia de intensa alegria e confraternização regada à muita cerveja gelada, milhões de gargalhadas e carnes saborosas. Como sempre a presença foi maciça (...) porém (...) falta alguém. Pois é, falta você! Não você que mora fora do Rio e que, naturalmente, não poderia comparecer, não você que por compromissos inadiáveis não pode ir, mas você que achou que não tinha nada a fazer lá, você que continua se recusando a reencontrar os antigos confrades e, que assim mais uma vez não apareceu! Meu amigo quando retornares ao convívio da turma, perceberás que esses encontros tem um sabor muito especial que vai além do da excelente costela (...) ou da pinga do alambique (...), é o sabor da amizade renovada dos laços fraternos reaproximados e do prazer de estarmos juntos. É o que conta, o resto..... Ora, é o resto!!!! (...)

3. Há que se ressaltar, divulgar, anunciar, sublinhar, reiterar e mesmo bradar aos sete ventos a deferência especial que nos fez o nosso irmão Moreira, que pela segunda vez veio de Porto Alegre especialmente participar do churrasco (...) Nosso irmão acordou cedo tomou um avião, desceu no Galeão, veio até os Afonsos, nos brindou com a sua presença, e regressou no mesmo dia. Tudo isso apenas para passar algumas horas com aqueles com quem no passado dividiu emoções, dificuldades e alegrias numa época em que éramos mais iguais já que compartilhávamos dos mesmos sonhos e ambições. Ora! dirias: "Se eu pudesse faria a mesma coisa" Não me refiro aqui a condição material de cada um que permite mais a uns que a outros ir de um ponto a outro do país apenas para rever os amigos. Não! Refiro-me (...) a idéia encerrada nesse ato. No momento em que alguns preferem o afastamento ainda que virtual ou não se dignam de se ausentar por alguns minutos, afastandose uns duzentos metros de suas casas para pelo menos dar um alô aos "velhos" companheiros, é preciso rasgar elogios ao Moreira pela odisséia vivida (...) em nome da preservação do verdadeiro "jeito maracujá de ser". Parabéns (...) pela demonstração de carinho para com todos nós.

4. Ver o Capela defender tão aguerridamente o seu ponto de vista fez-me remeter aos tempos em que ouvíamos Pink Floyd e Yes no seu gravador de rolo (...). Ainda na reunião dos trinta anos, cheguei a relembrar (...) as peripécias desse cara que um dia teve uma idéia genial vejam só: Quando ia dar VI, usava uma peruca de cabelos encaracolados no melhor estilo dos jovens rebeldes da época. Assim podia desfilar tranqüilamente na frente dos “Chumbinhos e Cabeção” da vida sem que eles ao menos desconfiassem que aquele cabeludo era o 71-232, uma jogada de mestre não acham ? Hoje quando relembro essas coisas, vê-lo defender seu ponto de vista, sobre as ameaças que pairam sobre nosso solo pátrio, é extremamente prazeiroso. Eu continuo ouvindo Dark Side of the Moon e Close to the Edge só que agora em CD. (...) Pretiro continuar curtindo esses Dinossauros do Rock que para mim sempre serão geniais.

GRAÇA (71-145)

turMAmaRACUJÁ
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Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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A ANNTTEES S D DE E M MAAIIS S N NAADDAA..... .

Você se lembra?

Éramos crianças!

Brincávamos de pique-bandeira, pique-esconde e outras tantas variações do “pique”, bandido e mocinho, queimada, bambolê, bola de gude (quem não tinha o seu “olho de teco” preferido?), "uni-duni-tê, salamê-mingüê" (Que diabo era aquilo?), cabra-cega, pulávamos carniça e, para aquietar a meninada nos aniversários, depois do sopro das velinhas, serviam Ki-Suco, groselha, Grapete (dois para cada um, porque “quem bebe Grapete... repete!”, né?) ou Crush da garrafa marrom, e botavam a gente para assistir aqueles filminhos alugados, mudos e em preto e branco, do Gordo e o Magro, Três Patetas, ou do gênero Hoppalong Cassidy.

Estávamos sempre ao ar livre, correndo e brincando. Inventávamos jogos com pedras, paus, pneus usados, bolas, chapinhas de refrigerante ou o que estivesse à mão... Brincávamos com pequenos monstros: sapos, lesmas, caramujos, besouros, baratas e outros animalzinhos. Bebíamos água da chuva, da torneira, da mangueira ou seja lá de onde fosse! No verão, brincávamos na água que jorrava de canos furados na rua e dos hidrantes defeituosos. Em casa, banho gostoso era no tanque de lavar roupa!

Hora certa era com a Rádio Relógio Federal: “... Depois do sol, quem ilumina seu lar é a Galeria Silvestre... Ao terceiro sinal característico desta emissora... tantas horas e tantos minutos.. tummm...tummm...tummm. ”

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, só voltando quando se acendiam as luzes da rua. Quantas travessuras: janelas quebradas, jardins destruídos, bolas que caíam no terreno do vizinho, tombos, brigas, ossos quebrados, machucados, dentes moles... tudo era classificado como "acidente" de moleques - na verdade, nunca existia um “culpado”. Nós tivemos brigas: esmurramos uns aos outros e aprendemos a superar isto! Quantos arranhados! Quantas manchas roxas e cicatrizes! Mas ninguém denunciava ninguém! E mesmo que nos machucássemos e a dor nos fizesse chorar, passava rápido e logo estávamos a correr novamente. Na maioria das vezes, nem mesmo nossos pais vinham a descobrir...

Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração. Inimaginável responder deseducadamente a policiais, mestres, ou mais idosos. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror e da “loira do banheiro” - todo colégio tinha uma história dessas!.

Era tempo de circo! A alegria já começava quando os carros decorados, os artistas e os animais desfilavam pelas ruas anunciando sua chegada. A gente corria para a rua para saudar a chegada da alegria! Sorriso estampado no rosto, corríamos para casa para anunciar a boa notícia para nossos pais que, logicamente, começavam a imaginar as despesas: entradas, pipocas, algodão doce, cachorro quente, refrescos... A gente não tinha noção dos sacrifícios que nossos pais faziam para nos proporcionar a alegria de ver trapezistas, domadores, equilibristas, mágicos, malabaristas e, é lógico, os palhaços: Carequinha, Arrelia e tantos outros que, com suas trapalhadas e malandragens, conseguiam fazer qualquer tristeza desaparecer em longas gargalhadas.

A temporada encerrava... lá seguia o circo e suas atrações para outra cidade e nós voltávamos à nossa “rotina”: pião, ping-pong, “pelada”, pipa / peão / pandorga / papagaio, ou seja lá o nome que você chamava aquela “coisa” de bambu e papel de seda que riscava o céu na ponta de um rolo de linha “dez dos grandes”, com você no controle na outra ponta.

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Esquadrilha

Todos tínhamos o melhor time de botões, feitos com os mais diversos materiais, incluindo a casca de coco - polida, encerada e lustrada com muito carinho. Fazíamos distintivos de xerife com tampinha de refrigerante e soltávamos bombinha de quinhentos nas festas juninas. Colecionávamos álbum de figurinhas e jogávamos bafo-bafo.

Líamos de tudo, de "Gibi", que depois eram trocados no jornaleiro ou com os amigos, a "Tesouro da Juventude". Na escola, Pública é lógico, porque essa é que era a boa, estudávamos na Mágica do Saber, distribuído pelo MEC e que ao final do ano passava para os mais novos - o livro naquela época era o mesmo em cada ano do primário, admissão, ginásio ou científico. Usávamos caneta de 10 cores, lápis nº 2 que tínhamos que trazer apontados de casa e borracha. As provas eram “rodadas” em mimeógrafo e as professoras eram insuportáveis! Não davam moleza: nada de chegar atrasado, mastigar chicletes na classe, mandar bilhetinhos, correr demais no recreio ou matar aula para ficar jogando bola no campinho do colégio.

Naquela época, andávamos a pé ou de bicicleta; passávamos tardes construindo patinetes e carrinhos de rolimã para depois se jogar nas ladeiras, sem freios, até dar de cara com a calçada ou com uma árvore. Transporte público era de bonde, marinete, trolebus ou lotação. Quem tinha carro era “rico” e desfilava de Simca Chambord, Chevrolet “Rabo de Peixe”, Aero Willys, Vemaguete, Gordine ou Romiseta (“carro” de 3 rodas, que a porta era na frente e a direção era igual a de lambreta) - tudo sem cinto de segurança. Depois veio o Fusca, com estribo e quebra vento. O lixo era recolhido em carroças puxadas por cavalos, mesmo tipo de transporte usado pelos entregadores de pão e leite que vinha numas garrafas barrigudinhas com tampas de alumínio. Os mosquitos espantávamos com bomba de flit ou uns defumadores enroladinhos em espiral vendidos em envelopes com dois, um dentro do outro, que era uma dificuldade para separar sem quebrar.

Nossas mães lavavam roupa no tanque com sabão em pedra ou em pó Rinso e anil para clarear, depois botavam a roupa para “quarar”. O chão da casa era encerado com uma cera em pasta que melava os tacos do assoalho e tinha que ser polida com um tipo escovão mas, depois de muito trabalho, ficava brilhando como espelho polido com papel de jornal. Enquanto isto, estávamos escondidos com um copo de geléia de mocotó ou pote de biscoitos, invariavelmente, maria, maisena, rosquinha de coco, goiabinha Duchen ou amanteigados comprados a granel na feira. Não esquecendo que os copos de geléia de mocotó, de extrato de tomate, as latas de leite em pó, biscoitos e outras, depois de usados e bem lavados transformavam-se nos nossos copos e potes de uso diário.

Era época de ouvir as histórias horripilantes de assombração no “Incrível, Fantástico, Extraordinário” do rádio e passar as noites se borrando de medo; das filas na matinê dos cinemas aos domingos para assistir Tom e Jerry e, mais tarde, os filmes da Atlântida com Oscarito, Grande Otelo, Zé Trindade, Ankito e tantos outros artistas bem brasileiros, sem esquecer, é claro, do Mazzaropi - O Jeca Tatu. Era época de Cinemascope e de Cine Puera, de tomar sorvete de máquina feito com “água suja” de diversas cores, das moedas de chocolate, dos cigarros de chocolate, de chupar balas toffee da Behring (aquelas do papel azul marinho) e dropes Dulcora... de soltar galinha da parte de cima do cinema para ver a sombra dela batendo asas na tela, de fazer “Chiiiii…. Chôôôôôô…” para o Pégaso que aparecia no início dos filmes “voar”, de bater os pés no chão ao ritmo da música de apresentação de alguns filmes e de torcer para que o “lanterninha” não nos visse fazendo nada disso, senão ele colocava a gente para fora do cinema, sem dó nem piedade! Tempo em que Lula era nome de mariola (Mariolalá... Mariolalá... Mariolalulá!).

Cartão de Crédito?!! Cheque especial?!!! Que nada! O negócio era ter “conta” na quitanda, na padaria, no botequim, no armazém e na farmácia, na sua maioria propriedade de portugueses ou descendentes destes, os quais controlavam as contas nums cadernos amassados e sujos, ou espetos com as “notas” escritas em papel de pão.

E aí de quem não honrasse seus compromissos!! Era motivo para ficar “falado” na boca das “candinhas” da vizinhança e ter seu “crédito” cortado! Depois vieram as Casas da Banha, Disco, Supermercados Oliveira ...

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Fomos do tempo do Clube do Guri, Espetáculos Tonelux, Teatro Antártica, Teatrinho Trolonde assistíamos atentos às historinhas saídas dos livros infantis interpretadas por então jovens atores, e do Capitão Furacão e do Capitão Aza, os quais enalteciam os feitos da Marinha e da Força Aérea, respectivamente, e mais recentemente do Topo Gigio. Achávamos o máximo os “esfeitos especiais” dos seriados como Buck Rogers no Planeta Mongo, Jet Jackson, Perdidos no Espaço, Thunderbirds (aqueles marionetes sofisticados do Resgate Internacional), National Kid (Quem não se lembra dos Incas Venusianos? Auíka!!)... E ainda tinha Jornada nas Estrelas (Com o Cap. Kirk e o orelhudo do Sr. Spock), Os Invasores, Homem de Seis Milhões de Dólares (depois surgiram também a Mulher e o Cão “biônicos”), Terra de Gigantes, Super-Homem, Túnel do Tempo, Batman (O do “Zig”“Pow”), Aventuras Submarinas com Mike Nelson, Viagem ao Fundo do Mar, Meu Marciano Favorito, O Fugitivo, Hulk

E os bang-bangs? Tinha Bonanza, Bat Masterson, Gunsmoke, Rin-Tin-Tin, Chaparral, Roy Rogers, Lonely Ranger (Zorro, companheiro do Tonto, com o cavalo branco Silver), Zorro (de capa preta e espada, com o cavalo negro Tornardo). Tinha seriado de todos os tipos e para todos os gostos e a gente, via de regra, gostava de todos: Daniel Boone, Combate, Kojac (o detetive careca que chupava pirulito), Agente 86, As Panteras (Maravilhosas!!!), A Feiticeira, Jeanne é um Gênio (Também maravilhosa!!), Os Monstros, Família Adams, Família Dó-Ré-Mi, The Monkees, Tarzan (com Jonhnny Weismuller), Jim das Selvas, Mr. Ed (O cavalo que falava!), Lassie, Flipper...

Tinha também o Falcão Negro, Jerônimo - o Herói do Sertão, Águias de Fogo (uma série de TV em homenagem aos pilotos da FAB que não fez muito sucesso), Vigilante Rodoviário e seu cão Lobo - grandes heróis tupiniquins, e tantos outros que nos fizeram companhia nas tardes e noites, até às 22:00 h, porque a gente não podia dormir tarde, para poder ir para a escola cedo no dia seguinte, a pé com a pasta na mão e a merendeira pendurada em diagonal no ombro, e ainda ter disposição para correr e “bater uma pelada” descalço na rua com qualquer coisa parecida com uma bola, ou nem tanto, até arrancar um pedaço do dedão ou da sola do pé. Chuteira? Tênis? Nem pensar! Isso era coisa de menino criado por avó em apartamento acarpetado! A gente vibrava de felicidade quando amadurecia o primeiro caju, a primeira manga, a primeira goiaba ou quando a jabuticabeira ficava pretinha de frutas - era hora de subir nas árvores e comer até se fartar! Era o tempo das dores de barriga!

A nossa época foi também a época do rádio mas foi, sobretudo, a da televisão. A gente se reunia para ver TV, preto e branco (TV a cores só foi aparecer mesmo depois de 1972) de seletor de canais rotativo e botão de volume giratório para assistir os programas da épocacontrole remoto? Só quando a gente tomava uns cascudos para ajeitar a imagem/som ou trocar os canais. Na hora do “seu” Repórter Esso, silêncio absoluto para os mais velhos poderem se concentrar nas notícias, senão...

Até nas propagandas a gente prestava atenção e acabava decorando os “jingles” que assobiávamos pelas ruas como o das Casas Pernambucanas ("não adianta bater... eu não deixo você entrar..."), e passávamos a acreditar que “Você pode confiar na Shell!”, “Só Esso dá ao seu carro o máximo!”, “Tá na hora de dormir... não espere mamãe mandar”,... Quem não se lembra do “B A BA.. B E BE... B I BI... O TÔNICO Fontoura!”? E o óleo de rícino, o leite de magnésia de Phillips, o óleo de fígado de bacalhau, as pílulas da vida do Dr. Ross, a Cibalena, o mercúrio cromo, a pomada Minâncora, a violeta genciana, a água végeto mineral e os chás da vovó,... Agora me digam, precisava ter mais algum remédio em casa? Era só não tomar “manga com leite”, “banho depois do almoço” ou “pegar vento enquanto fazia careta”, não é?

Nós nascemos e crescemos junto com a televisão no Brasil e, com ela, vieram as telenovelas que assistíamos regularmente junto com nossos pais, irmãos, parentes, amigos e vizinhos, apesar de negar fervorosamente que o fizéssemos! Era como uma febre contagiosa que se alastrava numa velocidade incrível, influenciando a vida das pessoas ditando moda, costumes, gírias, etc.

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A primeira, com apenas 15 capítulos, foi ao ar em 1951, pouco mais de um ano depois da televisão ser inaugurada no Brasil. Doze anos depois, em 1963, foi ao ar a primeira telenovela diária: "2-5499 Ocupado".

“Ocupados” ficamos nós, a partir daí, nos horários das novelas. Nada de conversar, comer, etc... Tínhamos que saber o que iria acontecer com os condes, duques, ciganos, vilões cruéis, mocinhas ingênuas e galãs infinitamente bondosos e corajosos que povoavam histórias que se passavam na corte francesa, no Marrocos, no Japão, na Espanha, tínhamos que acompanhar e torcer pelo Albertinho Limonta, Isabel Cristina e Mamãe Dolores de "O Direito de Nascer". Daí vieram outras como a interminável "Redenção", que ficou famosa como a mais longa novela: 596 capítulos.

Éramos jovens!

A partir do final dos anos 60 a fantasia nas novelas foi substituída pela realidade, pelo cotidiano genuinamente brasileiro. Logo depois de "Beto Rockfeller", "Véu de Noiva" e "Irmãos Coragem", vieram: "Selva de Pedra" (lembra de Rock'n Roll Lullaby gravada por B.J. Thomas?), “Pigmaleão 70”, "O Bem Amado", "Gabriela", "Anjo Mau", "O Astro", "Pai Herói"... e tinha também adaptações da nossa literatura: "A Moreninha", "Senhora", "Escrava Isaura", "Cabocla"... Mas foi em 1978 que surgiu a novela que marcou a nossa geração: "Dancin' Days" com as Frenéticas cantando a música de abertura.

E junto com a novela veio a onda das Discotecas com ritmos dançantes que embalaram muitos namoros e se transformaram em grandes sucessos.

Daí em diante, era um sucesso atrás do outro e nós colados em frente à TV fingindo que nem era com a gente! Assim assistimos "Os Imigrantes", "Dona Beija", "Pantanal", "Baila Comigo", "Vale Tudo" (Quem matou Odete Roitman?), "Roque Santeiro" (da Viúva Porcina e do Sinhozinho Malta), “Tieta"... e as novelas cheia de humor e pastelão: "Guerra dos Sexos", "Ti Ti Ti", "Brega & Chique", "Sassaricando"...

Pela televisão passamos a conhecer melhor artistas como João Gilberto, Elis Regina, Jair Rodrigues, Nara Leão, Jorge Ben, Celly Campello, Roberto Carlos, Moacyr Franco, Gal Costa, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Wilson Simonal, Toquinho & Vinícius, Agostinho dos Santos, Altemar Dutra, Agnaldo Rayol, Rita Lee e Os Mutantes, Os Novos Baianos, Tim Maia, Secos & Molhados, Benito Di Paula...

Passamos a assistir o Programa do Chacrinha com as “gostosíssimas” Chacretes, Praça da Alegria com Manuel da Nóbrega, Família Trapo, Chico City, a Grande Família, Programa Flávio Cavalcanti, Programa J. Silvestre, Programa Hebe, o Homem do Sapato Branco, Tele-Catch Montila com Ted Boy Marino, Verdugo e outros lutadores mascarados, o Fino da Bossa, acompanhando a afirmação da Bossa Nova no Brasil e no mundo, os Festivais de Música Popular Brasileira, Programa Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa - que se tornou um marco da nossa geração. Com essa turma “prafrentex” aprendemos a dançar “twist”, “rock’n roll” e “iê-iêiê”, que no fundo era tudo mais ou menos a mesma coisa, a cantar versões de sucessos estrangeiros que embalavam nossas festinhas e “embalos” - Tudo era uma brasa, mora? Andar de Lambreta ou de Vespa, dar uma volta no “carango”, tomar cuba-libre e fumar sem tragar, “morou”? “Bicho”!

Na trilha do sucesso do programa, veio uma série de filmes com Roberto Carlos como grande protagonista (RC e o Diamante Cor de Rosa, RC a 300 km/h, RC em Ritmo de Aventura) e depois veio a fase das pornochanchadas, de ir ao cinema para ver mulher pelada! As histórias eram sem pé nem cabeça mas quem queria entender o filme? O negócio era se deliciar com as cenas pesadas para a época e as mulheres: Maravilhosas!! Ah, sim! Tinha o noticiário antes dos filmes com a parte do futebol filmada num ângulo diferente e que encantava os afixionados. Quem não se lembra dos dribles do Garrincha filmados com uma câmera que parecia acompanhar o balé de suas pernas tortas e geniais? Ou dos sensacionais gols do Pelé? Quantos times e quantos jogadores tiveram seus melhores momentos registrados pelo “Canal 100”!

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Era tempo em que se trocava as lâminas dos aparelhos de barbear e passava Aqua Velva após a barba. No banho, o “chic” era usar sabonete Gessy, Lifeboy, Palmolive ou Eucalol, shampoo e creme para cabelos: nem pensar! Após o banho: água de colônia, Leite de Rosas ou Alfazema; para os cabelos: gumex ou brilhantina e o inesquecível pente Flamengo, que depois era guardado no bolso de trás da calça Far-West ou Durabem. Era o tempo em que se usava Bamba, Ki-chute ou Conga; Sapato Clark de cromo, Passo-Doble, Fox do bico fino ou Vulcabrás 752; calças de nycron, tergal ou percal; camisas Volta ao Mundo e casaquinho de Banlon, caneta Shaefers ou Parker 51. Tempo de máquina de escrever, papel carbono, telefone de discar preto e de vidro de carro que fechava girando a maçaneta na porta.

Bem, era a época do Kennedy, e o povo americano acreditava que o Super-Homem os protegeria de um ataque. E tinha a Jackie. Ah, a Jackie! A Barbara Eden, aquela gostosa da Jeanie é um Gênio, da Neide Aparecida (Perucas Lady!) e da Elisângela, a auxiliar do Capitão Furacão, que depois trabalhou em diversas novelas, tinha a Rose de Primo e a Vera Fisher. As meninas usavam minissaia... depois micro... e a gente dava um tempo nas escadas para ver a cor das calcinhas enquanto elas subiam, dava golpe no cinema para assistir os filmes do Zé do Caixão, só para ver uns peitos de fora, alterava a data de nascimento na caderneta de estudante ou apresentava a carteira de identidade da FAB, torcendo para o porteiro do cinema não verificar a data de nascimento, para assistir as pornochanchadas. Carlos Zéfiro!! Ele que o diga!! Ficou rico às custas da nossa geração!! Mas valeu!!

Era o tempo em que eu achava que quando tivesse a idade que tenho hoje, seria rico. Eu ria do Chico Anísio, comprava tudo dos Beatles, gostava da Rita Pavone, Trini Lopez, e músicas italianas e francesas faziam sucesso. Assistia a TV Rio, Excelsior e Tupi. Enfim, um tempo em que homem gostava de mulher e mulher gostava de homem. Um tempo em que mamãe dizia, que se eu não estudasse iria ser lixeiro (hoje tem que se estudar para ser lixeiro). Tempo de reunir 800 mil jovens numa fazenda americana ao som do rock'n roll no Festival de Woodstock e de assistir ao homem pisar na Lua.

Crescemos!

Tivemos liberdade, fracasso, sucesso, problemas, desilusões... e aprendemos a lidar com tudo isso com responsabilidade e coragem. Nosso comportamento mudou... amadureceu... mas continuamos tendo lampejos dos tempos alegres da juventude, o que tem nos sido muito salutar!

Passamos a acreditar em “ET de Varginha”, “bug do milênio” e continuamos a ter medo do escuro e da da “loira do banheiro”, só que agora a gente não admite! Tomamos o café da manhã na hora do café da manhã e não bebemos mais em casa, antes de sair, para dar uma “calibrada” e economizar dinheiro na noitada...

Seis da manhã é hora de acordar e não de dormir. Nossas férias caíram de 130 para 15 dias por ano. Não tiramos mais aquele cochilo do meio-dia até às seis da tarde durante a semana e dormir no sofá dá uma puta dor nas costas. Nossa música favorita toca em elevador ou programas de “flash-back”. Não jogamos paciência com cartas de verdade há anos e a maioria das piadas que conhecemos, veio por e-mail - não foi o Dias que contou!...

A gente não sabe mais quanto custa um envelope ou selo de carta comum. Perdemos contato com outras pessoas quando elas mudam de e-mail e não avisam. Atendemos o telefone em casa como se estivéssemos no trabalho. Chamamos a secretária pelo nome da esposa e vice-versa (o que é muito mais perigoso!). Acreditamos que ser organizado é ter vários bloquinhos de Post-It de cores diferentes e quando o computador para de funcionar ficamos completamente perdidos, sem saber o que fazer...

Daí a gente lembra de como é bom ter amigos, coisa que o tempo não é capaz de envelhecer!

(Adaptação livre de textos recebidos via e-mail - Kledir Ramil, Malcher, S. e Silva, Edvaldo e Capella)

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A ASSSSIIM M C COONNTTA A A A H HIISSTTÓÓRRIIAA..... .

Aeronáutica

O poder aéreo nasceu em 1913, um pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. No Brasil, mediante acordo governamental, tivemos a presença de militares franceses ligados ao que, naquele tempo, não era ainda uma arma aérea, mas uma capacidade bélica de emprego dos "engenhos voadores". Assim, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, se fez presente uma missão militar, com o objetivo de treinar pilotos militares da Marinha e do Exército, visando ao emprego de aeronaves em objetivos militares. Essa missão deu origem à Escola Brasileira de Aviação, que iniciou suas atividades em 2 de fevereiro de 1914, interrompendo-as em 18 de junho do mesmo ano.

Evidentemente, o desenvolvimento da Aviação como arma aérea teve o seu início na Primeira Guerra Mundial, quando aeronaves foram empregadas em missões de Observação no campo de batalha. A partir dessas missões de Observação, passou-se a utilizar o avião também para a regulagem de tiros de artilharia e para missões de interceptação de aviões inimigos, incrementando-se a utilização da potencialidade da arma aérea. Surgia, assim, no cenário mundial, a Aviação de Caça que, inicialmente, conduzia atiradores de elite nas naceles traseiras das aeronaves, atirando nos aviões incursores que tentavam realizar Observação.

Daí, evoluiu-se para o lançamento de bombas, a princípio com a mão, e posteriormente com o emprego de engenhos mecânicos, seguindo-se a instalação de uma maior capacidade de tiro a bordo da aeronave e operada pelo próprio piloto.

Na época, o Brasil recebeu uma série de aeronaves para treinamento de suas Aviações - Militar (Exército) e Naval (Marinha)- e enfrentou o novo desafio, adestrando e preparando suas equipagens, além de, seguindo uma tradição histórica iniciada no século 17, partir, pelo ar, para o desbravamento do interior do País, lançando-se na abertura de novas rotas aéreas, com o apoio do Departamento de Comunicações do então Ministério de Viação e Obras Públicas, que fazia o controle do movimento dessas e de outras aeronaves

A 12 de junho de 1931, dois Tenentes da Aviação Militar - Nélson Freire Lavenére-Wanderley e Casimiro Montenegro Filho - pilotando um Curtiss Fledgling, saíram do Rio de Janeiro e chegaram a São Paulo, conduzindo uma mala postal com 2 cartas. Nascia assim o Correio Aéreo Militar (CAM), atualmente denominado Correio Aéreo Nacional (CAN).

Os fatos históricos abordados até o momento permitiram que se criasse no País, no final da década de 30, uma atmosfera de questionamento sobre a arma aérea, e de que forma deveria ela ser administrada pela Nação. Debates calorosos ocorreram, tanto no Clube Militar como através dos jornais da época, movidos por aviadores militares das duas Aviações Militares - Marinha e Exército - que buscavam defender posições: se as armas aéreas deveriam continuar no âmbito das duas Forças, ou se elas deveriam agrupar meios aéreos de ambas e constituir uma arma única e independente, vindo a ser a única a administrar a atividade aérea no Brasil.

A segunda corrente prevaleceu, tornando-se vitoriosa no dia 20 de janeiro de 1941, quando foi criado o Ministério da Aeronáutica, tendo como primeiro titular da pasta um civil - Dr. Joaquim Pedro Salgado Filho. Esta foi a solução adotada pelo Governo de então para manter as duas Forças em harmonia.

Os anos seguintes permitiram um engrandecimento do setor aeronáutico brasileiro, tendo sido criada uma respeitável infra-estrutura por todo o País, aumentando a capacidade tecnológica e organizando toda a aviação civil e militar. O Ministério da Aeronáutica manteve-se atuante até 10 de junho de 1999, quando foi criado o Ministério da Defesa. A partir de então, passou a ser denominado Comando da Aeronáutica.

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Academia da Força Aérea

Funcionando a plenos pulmões no Campo dos Afonsos, já no ano de 1942, tornava-se evidente que o local, dentro da área do Rio de Janeiro - então Distrito Federal - não reunia condições, quer topográficas, quer meteorológicas, para o desenvolvimento de uma Academia do Ar, devendose levar em conta, também, que o tráfego de aviões comerciais e a ausência de campos de emergência na área impunham sérias limitações à instrução.

Em 23 de janeiro de 1942, foi designada uma comissão de Oficiais- Aviadores, com a finalidade de escolher um novo local, isento das limitações do Campo dos Afonsos, para a construção da nova Escola de Aeronáutica.

Entre os vários cogitados, foi selecionado o interior de São Paulo. Nessa área, a seleção girou em torno das cidades de Campinas, Pirassununga, Rio Claro e Ribeirão Preto. A escolha de Pirassununga foi devido às excepcionais características topográficas da área oferecida - Campo Alto, a leste da cidade. Ainda durante a II Guerra Mundial, era iniciada a construção dos primeiros hangares da nova Escola de Aeronáutica.

A 17 de outubro de 1960, foi inaugurado o Destacamento Precursor de Aeronáutica em Pirassununga, durante as festividades da Semana da Asa, com a presença do Exmo. Sr. Ministro da Aeronáutica, Ten.-Brig.-do-Ar Francisco de Assis Corrêa de Mello, o Governador do Estado de São Paulo e outras autoridades, sendo o seu primeiro Comandante o Major Aviador Aloysio Lontra Netto.

As instalações eram poucas e precárias, havendo apenas dois hangares. Os alojamentos, cassinos e instalações de infra-estrutura eram em sua maioria concentradas onde hoje está situada a Seção de Apoio. A pista ficava no mesmo sentido atual, contudo de menores dimensões, e era de grama.

O Curso completo de formação tinha duração de três anos. Os dois primeiros eram realizados no Campo dos Afonsos, onde os Cadetes voavam aviões Fokker T-21 e T-22, para o treinamento básico e avançado.

As dificuldades enfrentadas eram muitas. Os Cadetes não gostavam do último ano no Destacamento, pelo fato de estarem acostumados ao conforto e à comodidade que lhes proporcionava a cidade do Rio de Janeiro. Os professores vinham do Rio de Janeiro para ministrar as suas aulas e as respectivas provas, as quais eram totalmente elaboradas e confeccionadas nos Afonsos para serem aplicadas em Pirassununga. Para ministrar a Educação Física, todas as semanas chegava de avião um grupo de monitores do Rio de Janeiro.

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O ano de 1968 seria coroado com a chegada das aeronaves a jato T37C, que marcariam o início de uma nova era. No dia 09 de setembro, era realizado o primeiro vôo de instrução de Cadetes naquela aeronave.

A 10 de julho de 1969, a Escola de Aeronáutica passou a denominar-se Academia da Força Aérea - AFA e, no ano de 1971, esta era definitivamente transferida do Campo dos Afonsos para Pirassununga, sendo o seu primeiro comandante o Brigadeiro-do-Ar Geraldo Labarth Lebre.

No mês de dezembro de 1971 foi realizada a primeira formatura de Aspirantes na nova Academia, em Pirassununga, já denominada de Campo Fontenelle.

Participam, ainda, dos Cursos de Formação de Oficiais da Academia da Fo amigos, cuja matrícula se processa através de acordos diplomáticos com e

A AFA, além do Oficial-Aviador, passou, a partir de 1975, a formar também o Oficial Intendente, pois estas duas atividades se complementam: a aviação é a atividade-fim, enquanto que a Intendência é a máquina administrativa e burocrática que proporciona o funcionamento eficaz da atividade aérea.

Até 1973 a Academia da Força Aérea dividia com o Centro de Formação de Pilotos Militares - CFPM, em Natal - RN, a responsabilidade pela formação dos pilotos militares da Força Aérea Brasileira. Desta forma, o primeiro ano do curso era realizado no CFPM e os três seguintes na AFA. Foi a partir de 1974 que o Curso de Formação de Oficiais Aviadores da AFA passou a ter a duração de quatro anos, extinguindo-se o “primeiro ano” em Natal. Assim a primeira turma a realizar os quatro anos completos na AFA foi a que ingressou em 1974 e se formou em 1977: a Turma Ministro Joaquim Pedro Salgado Filho.

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Doutor Joaquim Pedro Salgado Filho

Primeiro Ministro da Aeronáutica (20/01/1941 - 30/10/1945)

Filho do Coronel Joaquim Pedro Salgado e de Maria José Palmeiro Salgado, nascido em Porto Alegre, em 02 de julho de 1888, formou-se em Direito na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro em 1908.

Em 1930, deu apoio à candidatura oposicionista de Getúlio Vargas à presidência da República, lançada pela Aliança Liberal. Apesar de derrotado nas urnas, Vargas acabou sendo levado ao poder pelo movimento políticomilitar que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do candidato eleito, Júlio Prestes.

Com a posse do novo governo, em novembro de 1930, Salgado Filho foi nomeado delegado auxiliar de polícia na capital federal. Meses depois, assumiu a chefia da Polícia do Distrito Federal. Em abril de 1932, foi nomeado Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio em substituição a Lindolfo Collor, após a crise política que afastou diversos representantes gaúchos do governo federal. Durante sua gestão no ministério, instituiu comissões mistas para julgar conflitos entre empregadores e empregados, promoveu a regulamentação do trabalho feminino e do horário de trabalho na indústria e no comércio, ocupou-se da organização de sindicatos profissionais e instituiu a carteira profissional.

Deixou o ministério em julho de 1934, elegendo-se, a seguir, deputado federal classista, representação prevista na Constituição promulgada naquele ano, como representante dos profissionais liberais. Em novembro de 1937, apoiou o golpe de Estado promovido por Vargas que implantou o Estado Novo Em 1938, foi nomeado Ministro do Superior Tribunal Militar (STM), aposentando-se em janeiro de 1941. Dois dias depois foi designado para dirigir o recém-criado Ministério da Aeronáutica, tornando-se o seu primeiro titular, numa fase delicada e num período de muitas responsabilidades, como o foi o da II Grande Guerra.

Desempenhou papel importante nas negociações entre os governos brasileiro e norte-americano que acabaram levando o Brasil a ceder pontos de seu litoral como bases militares dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Durante esse conflito, visitou as bases da Força Aérea Brasileira (FAB), na Itália.

Na sua gestão revelou-se grande administrador, conseguindo encontrar soluções adequadas para os complexos problemas decorrentes da expansão do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira. Destacou-se como chefe hábil e conhecedor dos problemas de liderança, pois, ao enfrentar delicadas questões, resultantes da fusão de duas corporações militares, sempre soube fazer-se respeitar; e, acima de tudo, mostrou-se um homem dotado de excepcionais qualidades morais, enérgico, nas poucas oportunidades em que teve necessidade de sê-lo, mas sempre pronto a considerar os aspectos humanos dos problemas dos seus subordinados.

Reorganizador do setor aeronáutico, foi durante a sua gestão que a Força Aérea Brasileira se engajou na proteção aérea à navegação costeira; foram criadas as Bases Aéreas de Recife, Natal e Salvador; instituída a denominação dos postos da hierarquia militar na FAB; criadas as Zonas Aéreas, o Corpo de Oficiais com seus vários Quadros; aprovado o Regulamento do Tráfego Aéreo; fundada a Associação dos Aeronautas; criado o 1o Grupo de Aviação de Caça, a Unidade Aérea que, junto com a 1a Esquadrilha de Ligação e Observação, participou da campanha da Itália; além de outras importantes realizações.

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Permaneceu à frente do Ministério da Aeronáutica até 30 de outubro de 1945, transmitindo o cargo ao Brigadeiro Armando Figueira Trompowsky de Almeida e retornando à advocacia

Em 1947, elegeu-se senador pelo Rio Grande do Sul na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), agremiação estruturada sobre as bases sindicais vinculadas ao Ministério do Trabalho. Em 1948, passou a ocupar a vicepresidência nacional do PTB. Na prática, o cargo equivalia à presidência de fato, já que Vargas exercia a presidência em caráter honorário.

Nas eleições presidenciais de 1950, exerceu importante papel de ligação entre Vargas, novamente candidato, e elementos do Partido Social Democrático (PSD), que acabaram o apoiando Nesse mesmo pleito foi indicado, pelo PTB, candidato ao governo gaúcho.

Por seus relevantes serviços à Nação, Salgado Filho recebeu inúmeras condecorações, destacando-se as seguintes comendas e títulos estrangeiros: Grã-Cruz da Ordem da Benemerência, de Portugal; Grã-Oficial da Ordem Nacional del Mérito, do Paraguai; Condecoração "Al-Mérito", do Chile; Grã-Cruz da Ordem "El Sol del Peru"; Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar, da Bolívia; Grã-Oficial da Ordem Nacional "Al Mérito" do Equador; Grande-Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico; Grã-Cruz da Ordem do Condor de los Andes (Bolívia); Grã-Cruz da Ordem do Libertador da Venezuela; Conselheiro Honorário da Câmara do Comércio do Japão e Sócio Honorário da Union Social Americana.

Faleceu em 30 de julho de 1950, em um acidente de aviação, quando realizava campanha política no Rio Grande do Sul, deixando um raro exemplo como administrador e político.

Ao assinalar o falecimento do Ministro Salgado Filho, o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Armando Trompowsky, Ministro da Aeronáutica, fez publicar o seguinte Aviso n° 58, de 31 de julho de 1950:

“Comunico à Aeronáutica, com profundo pesar, o falecimento do Senador Salgado Filho, vítima de acidente de aviação ocorrido no Estado do Rio Grande do Sul, na tarde de ontem

Perdeu a sociedade uma figura fidalga e generosa, perdeu o Brasil um cidadão avisado e honesto, perdeu a Aeronáutica um amigo dedicado.

Como primeiro Ministro da Aeronáutica, o Senador Salgado Filho, sem contestação, realizou obra ciclópica, só possível devido ao brilho da sua inteligência, ao equilíbrio de suas decisões e ao grande sentimento que costumava emprestar ao trato de todas as questões ligadas à Força Aérea.

O seu passamento, de forma tão trágica e inesperada, se traduz em nós todos por sincera consternação

Recordo à Aeronáutica as palavras que pronunciei quando assumi a Pasta da Aeronáutica: “Prosseguiremos de onde parou o nosso ilustre antecessor” e assim fizemos pois os fundamentos que sua destacada personalidade traçou ainda perduram como excelentes caminhos ao desenvolvimento da Força Aérea.

Transmiti à nobre Família do Senador Salgado Filho, o oferecimento de sepultá-lo na Cripta dos Aviadores e o fiz inspirado no seu grande sentimento pelas coisas da Aeronáutica, pelos Aviadores, por tudo enfim ligado à Força Aérea, que tinha destacada guarida em seu desmedido coração.

Salgado Filho repousará com a tranqüilidade daqueles que bem serviram aos seus, à sua geração e à sua Pátria.”

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N NOOSSSSOOS S C COOMMAANNDDAANNTTEES S

Ministro da Aeronáutica

Tenente-Brigadeiro-do-Ar

JOELMIR CAMPOS DE ARARIPE MACEDO

Nascido em 16 de fevereiro de 1909, no antigo Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro, Sua Excelência ingressou na Escola Militar do Realengo em 31 de março de 1925, onde foi declarado Aspirante a Oficial em 20 de janeiro de 1928. Conquistou o Brevê de Piloto e Observador Militar na Escola de Aviação Militar dos Afonsos em 1927/1928 e fez parte da primeira turma de Cadetes Aviadores da Arma de Aviação do Exército. Tendo sido promovido a Tenente-Brigadeiro em 30 de junho de 1964, assumiu o Ministério da Aeronáutica em 25 de novembro de 1971, cargo este que ocupou até 14 de março de 1979

Comandante da Academia da Força Aérea

Brigadeiro-do-Ar Clóvis PAVAN

Nascido em 13 de setembro de 1921, no Estado de São Paulo, Sua Excelência é praça de 12 de abril de 1940, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 12 de agosto 1944 e Brigadeiro em 21 de março de 1972. Assumiu o Comando da Academia da Força Aérea em 15 de fevereiro de 1973, cargo este que ocupou até 13 de janeiro de 1976.

Brigadeiro-do-Ar

Clóvis de Athayde BOHRER

Nascido em 12 de junho de 1924, no Estado do Rio Grande do Sul, Sua Excelência é praça de 15 de março de 1941, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 18 de dezembro de 1945 e Brigadeiro em 31 de março de 1975. Assumiu o Comando da Academia da Força Aérea em 13 de janeiro de 1976, cargo este que ocupou até 8 de março de 1979

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Comandante do Corpo de Cadetes

Major-Aviador Osíris CASTILHO

Nascido em 5 de junho de 1937, no antigo Estado do Mato Grosso, o Maj.-Av. Castilho é praça de 2 de março de 1953, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 18 de dezembro de 1959 e Major em 31 de março de 1970. Exerceu o Comando do Corpo de Cadetes de 6 de março de 1974 a 30 de janeiro de 1976.

Tenente-Coronel-Aviador Sérgio PRADATZKY Marques

Nascido em 11 de março de 1931, no antigo Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro, o Ten.-Cel.-Av. Pradatzki é praça de 11 de junho de 1950, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 21 de dezembro de 1956 e Tenente-Coronel em 25 de dezembro de 1974

Exerceu o Comando do Corpo de Cadetes de 30 de janeiro de 1976 a 2 de março de 1979

Estava ainda servindo em FZ (1º/4º GAV), quando recebi esta notícia. Lembro que chamou-me atenção, pois ele teve na NAVAMAER de 1977 uma grande consideração comigo. Eu havia ganho uma prova de natação, mas um juiz de percurso (Tenente do Exército), disse que eu havia nadado errado e me desclassificou. Fato que foi uma injustiça muito grande. O que o Pradaztky fez? Roubou a medalha, na mesa de premiação e, ao chegarmos a AFA, em uma reunião no cinema, ele me chamou e entregou-me a medalha. Foi um gesto muito F*** da parte dele. Era um cara muito justo e de grande caráter mas, infelizmente, se foi. Que Deus o abençoe!

77-065 EITEL (71-175)

Comandante do Grupo de Instrução Aérea - GIA

Major-Aviador DÉLCIO Francisco Pôssas Santos

Nascido em 11 de agosto de 1937, no antigo Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro, o Maj.-Av. Délcio é praça de 2 de março de 1953, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 18 de dezembro de 1959 e Major em 31 de março de 1970. Era o Comando do Grupo de Instrução Aérea durante a nossa permanência na AFA, até 30 de janeiro de 1976.

Major-Aviador Flávio PETERSEN

Nascido em 24 de dezembro de 1935, no Rio Grande do Sul, o Maj.-Av. Petersen é praça de 4 de março de 1952, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 20 de dezembro de 1957 e Major em 23 de outubro de 1969. Foi o Comando do Grupo de Instrução Aérea durante a nossa permanência na AFA, a partir de 30 de janeiro de 1976.

(...) o Maj e depois Ten.-Cel. Délcio, foi o Comandante do GIA em 77, (...) o Délcio fazia questão de desligar o pessoal da nossa Turma tendo como argumento que o "Planejamento da FAB" previa um número mágico de 100 oficiais. Dois anos depois, a turma de 73 formou 173 oficiais (...). O desligamento de alguns caras da nossa Turma, comparado à formação de alguns desses (...) é uma ofensa à inteligência e ao bom senso. (...) Desculpem o tom de irritação, mas quando me recordo do nosso quarto ano e (...) vejo algumas figuras (mais modernas) que andaram desfilando como oficiais aviadores nos anos que se seguiram...

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77-XXX XXXXXX 24

Comandante do Esquadrão

01/03/1974 – 04/04/1976

Capitão-Aviador Cléber Gustavo Torres JORDÃO

Nascido em 23 de janeiro de 1946, no antigo Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro, o Maj.-Av. Jordão é praça de 8 de março de 1962, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 31 de maio de 1968 e Capitão em 31 de agosto de 1973.

04/04/1976 – 01/06/1976

Capitão-Aviador Fernando Nepomuceno CERDEIRA

Nascido em 13 de maio de 1946, no antigo Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro, o Maj.-Av. Cerdeira é praça de 8 de março de 1962, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 31 de maio de 1968 e Capitão em 31 de agosto de 1973.

(...) O nosso Cel.-Av. Cerdeira foi o responsável pelo retorno para o Curso de Formação de Oficiais Intendentes de 46 dentre os 71 Cadetes Aviadores (todos Maracujás) que foram desligados no 4º ano da AFA. O citado Oficial foi transferido da AFA para, se não me engano, o COMGEP. Como Assistente do Comandante, sugeriu ao mesmo o aproveitamento dos Cadetes desligados no último ano da AFA, matriculando-os no Curso de Formação de Oficiais Intendentes. O próprio Cerdeira providenciou a publicação em vários jornais de um aviso de convocação da rapaziada. Eu recebi um telegrama do nosso ex-comandante na minha residência no Rio de Janeiro. Nós Maracujenses que nos tornamos Oficiais Intendentes, juntamente com a turma de 72, devemos tal oportunidade ao nobre Cerdeira

77-179 DIAS (71-171)

01/06/1976 – 17/01/1977

Capitão-Aviador Genaldo Maia PAES

Nascido em 28 de março de 1945, no Rio de Janeiro, o Maj.-Av. Paes é praça de 1º de março de 1963, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 28 de fevereiro de 1969 e Capitão em 30 de abril de 1974.

17/01/1977 – 16/02/1977

Não foram encontrados registros sobre o Comandante do Esquadrão neste período.

16/02/1977 – 11/04/1977

Major-Aviador Aluísio da Fonseca MARQUES

Nascido em 23 de julho de 1942, no antigo Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro, o Maj.-Av. Marques é praça de 5 de março de 1960, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 20 de dezembro de 1965 e Major em 30 de abril de 1975.

11/04/1977 – 24/06/1977

Capitão-Aviador MIYATOYOHIKO Oku

Nascido em 12 de maio de 1949, no Estado de São Paulo, o Cap.-Av. Miyatoyohiko é praça de 1º de outubro de 1965, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 18 de dezembro de 1970 e Capitão em 25 de dezembro de 1975.

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24/06/1977 – 30/09/1977

Capitão-Aviador ADAMASTOR Augusto dos Santos

Nascido em 4 de setembro de 1948, no Estado de São Paulo, o Maj.-Av. Adamastor é praça de 1º de março de 1966, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 20 de dezembro de 1971 e Capitão em 25 de dezembro de 1976.

30/09/1977 – 21/12/1977

Capitão-Aviador Wagner Toledo WERNECK

Nascido em 2 de abril de 1948, no Estado de Minas Gerais, o Maj.-Av. Werneck é praça de 1º de março de 1966, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 20 de dezembro de 1971 e Capitão em 25 de dezembro de 1976. Foi Adjunto do Comandante do Esquadrão de 1º de fevereiro de 1977 até 11 de abril do mesmo ano, quando seguiu para o Rio de Janeiro, a fim de realizar o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais na EAOAR. Logo após o seu regresso, assumiu o Comando do Esquadrão, conduzindo-nos até a Declaração de Aspirantes, em 12 de dezembro daquele ano.

(...) Quanto ao assunto dos nossos Comandantes de Esquadrão, eu não me lembro do Marques assumindo essa função, nem do Miyatoyohiko (...). Eu me lembro do Jordão, Cerdeira, Adamastor, Paes e Werneck. Deve ser lembrado que naquele tempo havia a função gratificada, isto é, o mais antigo assumia a função vaga pra poder receber a diferença, isto é, Comando de Esquadrão era função de Major e Subcomandante era Função de Capitão, desta forma é possível que alguns dos nossos comandantes fossem apenas no boletim pra poder receber a diferença de vencimentos. (...).

77-209 ARGOLO

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t t u u r r M M A A m m a a R R A A C C U U J J Á Á ? ?!!?

Responda se puder: qual a diferença entre a Turma Maracujá, a Turma 71 (EPCAR), a Turma Ministro Joaquim Pedro Salgado Filho e a Turma 77 (AFA)?

Esta é uma dúvida recente (mas nem tanto!!) que está intimamente ligada a um grupo de amigos, quase irmãos, que se conheceram em algum momento de suas vidas e acabaram por fazer parte, inicialmente, da turma que ingressou na Escola Preparatória do Ar - EPCAR em 1971, aos quais, três anos após, em 1974, se juntaram outros tantos na Academia da Força Aérea - AFA. Estes últimos, os “novatos”, era chamados de “PQD”, abreviatura de pára-quedista, por terem “caído de pára-quedas” na turma que vinha da EPCAR para a AFA.

Em algum momento, durante os quatros anos seguintes, nos quais foi realizado o Curso de Formação de Oficiais Aviadores ou Intendentes na AFA, este grupo passou a ser conhecido como “Turma Maracujá”

E aí? Já sabe responder à questão? Vamos lá, deixe-me orientar o seu raciocínio: primeiro vamos chegar num acordo quanto às origens: os PQD’s poderão dizer que a origem da turma está relacionada à data de chegada na AFA, já que eles não faziam parte do grupo anterior que veio da EPCAR, o pessoal deste grupo, por sua vez, diria que devemos nos reportar àquele 1º de março de 1971, quando, oficialmente, iniciouse o curso na EPCAR que reuniu os primeiros integrantes da turma.

Uns se referem à Turma como “71”... outros como “77”... e outros ainda, mais raros, como “74” – ano em que ingressaram na AFA. Os fatos, no entanto, nos dizem que 321 jovens iniciaram o curso da EPCAR em 1971, os quais passaram a ser conhecidos como a Turma 71 daquela Escola. Destes, cerca de 200 seguiram para a AFA, iniciando o Curso de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAV) ou de Oficiais Intendentes (CFOINT) em 1974, aos quais se juntaram mais uns cento e poucos jovens provenientes do concurso de admissão ou de outras origens, constituindo os 316 cadetes da Turma Ministro Joaquim Pedro Salgado Filho ou, simplesmente, Turma 77 da AFA.

Aqui abro um parênteses para uma explicação: Enquanto na EPCAR a turma era “numerada” pelo ano em que ingressava na Escola, na AFA, naquela época, a referência era ao ano de conclusão do curso, mesmo porque, no ano de 1974, duas turmas iniciaram o curso na AFA simultaneamente: uma que vinha da EPCAR: a Turma 71, e era matriculada no 1º ano e outra que chegava do Curso de Formação de Pilotos Militares - CFPM, em Natal - RN: a Turma 70 da EPCAR, a qual ingressou direto no 2º ano daquela Academia. Em 1974 era oficialmente extinto o CFPM que até então era um “estágio” de um ano entre a EPCAR (3 anos) e a AFA (3 anos). O curso da AFA passava a ser de 4 anos.

Não sei precisar quanto tempo depois da nossa turma concluir o curso em 1977, a AFA resolveu passar a se referir às turmas da mesma forma que a EPCAR, ou seja, pelo ano que estas ingressavam na mesma e não mais pelo ano de conclusão do curso. Daí a dúvida se a nossa turma seria 77 ou 74. Eu diria que, administrativamente, para facilitar o arquivo e manuseio da documentação, a AFA se refira à nossa turma como 74, no entanto, historicamente, durante os 4 anos que estivemos na AFA, fomos conhecidos como Turma 77 - Ô confusão!! Fecho parênteses e continuo...

Até então a “Turma” nunca havia, efetivamente, possuído um “nome” nem mesmo uma “bolacha” que a representasse. Para resgatar a “memória visual” da Turma, anos depois da conclusão do curso na AFA, foi necessário recorrer aos arquivos pessoais de alguns companheiros que ainda mantinham exemplares de algumas bolachas que haviam sido confeccionadas durante os três anos da EPCAR e os quatro da AFA mas nenhuma delas poderá, sem sombra de dúvida, ser referenciada como “A Bolacha da Turma”.

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Muitas turmas, talvez todas que passaram pela EPCAR ou pela AFA, possuíam e possuem uma bolacha ou, pelo menos, um nome que as identificam ao longo de sua existência, a nossa, no entanto, teimava em ser conhecida somente como “Turma 71” ou “Turma 77”, apesar da tentativa frustrada, contida em uma das bolachas da EPCAR, de “batizar” a Turma de “Racha o Cano”. As bolachas nunca eram do agrado da maioria e acabavam sendo esquecidas sem terem tido a oportunidade de se firmar como “A Bolacha da Turma”

A primeira bolacha foi criada na EPCAR numa situação inusitada: foi determinado pelo Comandante do Corpo de Alunos que as bolachas do 1º e 2º anos fossem pintadas pelos próprios alunos nos “biombos” que ficavam nas entradas dos respectivos alojamentos, voltadas para a parte externa, de modo que pudessem ser vistas do pátio em frente a estes alojamentos. Como a Turma 71 não tinha bolacha, o biombo ficou incólume até que a determinação passou a ter um prazo e obrigou parcela da Turma a passar o fim de semana pintando uma bolacha que não existia até então.

Talvez alguém saiba contar melhor esta parte da história ou até identificar quem acabou por desenhar a tal bolacha... Eu confesso que não sei! O fato é que ela retratava uma pista de pouso vista de sua cabeceira para a extremidade oposta que sumia num por do sol no horizonte por trás de um “71”, ao redor do qual aeronaves T-37 faziam uma evolução em “cobrinha” em direção ao observador. E foi assim, após a ameaça de “punição” que surgiu a nossa primeira e talvez mais duradoura bolacha.

Bem, quanto ao nome da Turma, como não poderia deixar de ser, este também surgiu a partir de uma situação inusitada desta feita durante o curso na AFA. Um nome pitoresco que não tinha nada a ver com aviões, guerreiros, e outros motivos tão utilizados para representar “força”, “energia”, “união”. O simples nome de uma fruta bem brasileira ficava, para sempre, intimamente ligado a esta Turma até então sem nome: “Maracujá”!

Mas, porque o nome de uma fruta? E por que o nome desta fruta em especial?

Bem, na verdade, o nome Maracujá surgiu de uma brincadeira de alojamento, logo após um dos Comandantes da Turma (Foram tantos!...) ter declarado num dos tais “treinamentos corretivos”; em geral, ordem unida após o expediente, acompanhada de “puxões de orelha” variados; do tipo: “– A turma de vocês ainda é muito grande, mas eu vou balançar a roseira e muita gente vai cair desse galho”, ou seja, a seleção da turma seria feita com o desligamento de muitos de nós que não resistissem aos obstáculos do curso.

A partir desta “ameaça” um dos companheiros da turma, na sua sabedoria mineira, lançou a assertiva: “– Num adianta nãum! Nóis é qui neim maracujá qui quantu mais véio, rúim i mucho, mais difícirl di dirrubá du gáio!!"

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A frase pegou e, como na época estavam sendo disputados os jogos internos da AFA, foi preciso só um empurrão para que o grito de guerra "Maracujá" passasse a ser entoado nas competições pela torcida da nossa Turma. Daí em diante o nome passou a ser adotado naturalmente por todos

O nome, originalmente adotado como um símbolo de resistência e busca de um objetivo comum pela Turma 77 da AFA acabou se tornando a “identidade” desta, bem como da Turma 71 da EPCAR.

Em resumo, não existem distinções: Se você foi da Turma 71 da EPCAR ou da Turma 77 da AFA, não importa por quanto tempo, você, com certeza, é um Maracujá legítimo e pode se orgulhar disto!!! Quem “nasceu” primeiro não importa, assim como numa grande família, somos todos irmãos e usamos o mesmo “sobrenome”: MARACUJÁ.

Dito isto, creio que poderíamos lembrar a história da Turma Maracujá a partir daquela manhã de sol em Barbacena quando começaram as aulas porém, sem nunca esquecer que muitos se conheciam antes mesmo de ingressar na EPCAR, foram companheiros de Colégio Militar, cursinhos preparatórios, colégios e até vizinhos. Muitos nem conheciam o caminho a ser trilhado para ingressar na Aeronáutica e acabaram sendo conduzidos e orientados por estes amigos

Também não podemos deixar de destacar que esta história não pode ser dissociada dos acontecimentos que ocorriam no Brasil e no Mundo ao mesmo tempo em que crescíamos e nos desenvolvíamos física e mentalmente. A turma foi tão influenciada por estes quanto pelo convívio com outros tantos companheiros da mesma faixa etária em regime de internato, pelos pais, familiares, professores, instrutores e comandantes: A Turma Maracujá é um produto de todas estas influências e, ainda hoje, estamos interagindo com este imenso meio em que vivemos, cada dia aprendendo uma nova lição.

E foram tantas as lições aprendidas ao longo de nossa existência!...Tantos caminhos diferentes percorridos!...Mas todos, por obra do destino, tem nos conduzido a saudáveis reencontros!

Ah... Como é bom recordar o passado! Como é bom ter histórias maravilhosas para contar e amigos para ajudar a lembrar destas histórias! Como é bom constatar o quanto as experiências deste passado, o convívio com outros companheiros em regime de internato, os momentos compartilhados, tanta coisa que passamos juntos que hoje, quase sem querer, continuam a influenciar nossas atitudes, relacionamentos e a nossa vida como um todo. Basta prestar um pouco mais de atenção e nos veremos a repetir aos nossos filhos lições e recomendações que nos foram transmitidas por nossos pais, professores, comandantes e amigos. E aí, aproveitando a frase repetida inúmeras vezes por J. Silvestre num antigo programa de televisão do nosso tempo: “– Porque esta é a sua vida!”

A nossa vida, podemos dizer, se iniciou quando nascemos e só terminará quando completarmos nosso aprendizado, nossa missão e partirmos definitivamente deste mundo. Daí, somos obrigados a destacar alguns fatos marcantes da nossa infância, juventude e maioridade até os dias de hoje quando a Turma comemora 30 anos de ingresso na AFA. Daí, se não podemos lembrar de tudo que aconteceu especificamente a cada um, destacar pelo menos alguns fatos e episódios para nos situar no tempo e dedicar uma atenção especial aos “extremos”: o mais velho e o mais novo da Turma Maracujá e, a partir da história destes dois, lembrar ano a ano a história do Mundo, do Brasil e, em especial, da Turma Maracujá! Dito isto, vejamos se você sabe a quem estamos nos referindo...

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EDIÇÃO ESPECIAL 2004

- O mais velho nasceu ao som de “Brasileirinho” e “Chiquita Bacana”, enquanto no cinema assistia-se ao épico “Sansão e Dalila”. No mundo, a República Popular da China era fundada sob a liderança de Mao-Tsé-Tung, a Alemanha oficialmente dividida em dois países - o Muro de Berlim, porém, só viria a ser construído em 1961; e a Organização do Tratado do Atlântico NorteOTAN era criada, unificando países de postura anticomunista.

- O mais novo nasceu ao som de “Se Todos Fossem Iguais a Você” e a “Volta do Boêmio”, em contraponto com um tal de Elvis Presley cantando “Don’t Be Cruel” e “Love Me Tender”. No cinema o destaque era “A Ponte do Rio Kwait” que até hoje, volta e meia, repetem na televisão. Iniciava-se a construção de Brasília!

- O mais velho era sargento antes de se juntar ao grupo na AFA, afastou-se durante a instrução aérea e acabou se dedicando ao Curso de Formação de Oficiais Intendentes, o qual veio a concluir em dezembro de 1978, tendo permanecido na ativa até 1999 quando solicitou passagem para a Reserva Remunerada

- O mais novo pertence às origens da Turma em 1971 na EPCAR e concluiu o Curso de Formação de Oficiais Aviadores em 1977, porém, infelizmente, acabou sendo vítima de um acidente aéreo fatal em 1978, menos de um ano após haver se formado e, agora, com certeza, está voando com suas próprias asas junto ao Criador.

O mais velho nasceu em 21 de agosto de 1949 na cidade de Teófilo Otoni - MG, e o nome da cidade já é uma boa pista se você ainda não sabe quem é. O mais novo nasceu em 6 de fevereiro de 1957 em Aparecida - SP e era muito conhecido por ser bem mais jovem que os demais, era o “juninho” da Turma.

E aí? Agora ficou fácil, né? Não descobriu ainda? Neste caso você vai ter que procurar na revista para descobrir quem são porque eu não vou dizer!

Bem, entre a data de nascimento de um e do outro oito anos se passaram e muitas coisas aconteceram, dentre elas o nascimento dos outros tantos componentes da Turma Maracujá. Quantos fatos importantes para o futuro que estava por vir:

- O início da Corrida Espacial... o lançamento do primeiro computador comercial… a fabricação do transistor de silício... a descrição da estrutura do DNA em 1953...

- O início da Guerra Fria... a Guerra da Coréia (1950-1953)... a criação do Pacto de Varsóvia em 1955... o começo da Guerra do Vietnã (1955)... A nacionalização do Canal de Suez pelo Egito, gerando conflito com Israel...

- A posse de Getúlio Vargas na Presidência da República em 1951 e o seu suicídio em 1954... a criação da CNBB em 1952 e em 1953 a da Petrobrás... a eleição de Juscelino Kubitschek para a Presidência da República em 1955...

- A revista “Pato Donald”, o primeiro personagem Disney no Brasil... o “Amigo da Onça”, personagem publicado em O Cruzeiro... “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, eleito o melhor filme de aventura no Festival de Cannes... “Saudosa Maloca” de Adoniran Barbosa... “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto… “Grande Sertão: Veredas”, a obra-prima de Guimarães Rosa ... e não poderia ser esquecida a exibição de “Sua Vida Me Pertence”, a primeira telenovela brasileira...

O que viria depois, fruto destes acontecimentos e de outros, seria impossível de ser determinado àquela altura dos acontecimentos mas, agora, passados quase 50 anos, somos capazes de associar aqueles fatos à nossa realidade.

Da bomba atômica e da criação da ONU em 1945, passando pelo período de 1949 a 1957 quando nasceram todos os companheiros da Turma, até os dias de hoje, muita coisa aconteceu e seria impossível lembrar de todas, mas vamos tentar destacar algumas que possam ter marcado a nossa infância, juventude e idade adulta. Vamos lembrar de alguns fatos e acontecimentos do nosso passado e tentar “viajar no tempo” numa gostosa brincadeira do tipo “você se lembra do que aconteceu em .....?”

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A ACCOONNTTEECCEEU U E EMM..... .

1949

GEORGE ORWELL PUBLICA O LIVRO “1984”

FUNDADA A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA ALEMANHA É OFICIALMENTE DIVIDIDA EM DOIS PAÍSES

O Estado vinha sendo dividido desde a sua derrota na 2ª Guerra Mundial, quando os países vencedores estabeleceram as zonas de ocupação. Em maio de 1949 foi anunciada a formação da República Federal da Alemanha (RFA) de orientação capitalista e em outubro, o oriente formou a República Democrática Alemã, de orientação socialista. A divisão do país e a construção do muro de Berlim em 1961 se tornariam um dos grandes símbolos da Guerra Fria, dividindo o mundo entre capitalistas, liderados pelos EUA, e socialistas, alinhados com a União Soviética.

NASCE O PRIMEIRO “MARACUJÁ”

O dia 21 de agosto de 1949 foi marcado pelo nascimento de José Pio Ramos OTTONI em Teófilo Otoni - MG, capital mundial das pedras preciosas.

Em agosto de 1969, com quase 20 anos, José Pio, ingressou na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá, Estado de São Paulo, tendo concluído o curso ministrado nesta Escola com distinção.

Tempos depois, em março de 1974, o Sargento Ottoni matriculou-se no Curso de Formação de Oficiais Aviadores - CFOAV da Academia da Força Aérea - AFA, em Pirassununga - SP, vindo a ser o mais velho dos cadetes da turma daquele ano: a “Turma Maracujá”.

Apesar de toda a sua dedicação ao CFOAV, o Cadete 77-288 Ottoni, em 1º de junho de 1977, no último ano do curso, viria a deixar o nosso convívio ao ser desligado na fase de vôo.

No ano seguinte, o Ottoni voltava àquela Academia, agora para concluir o Curso de Formação de Oficiais Intendentes, o que o fez em dezembro de 1978.

Nos tempos que passamos juntos na AFA ou mesmo depois, já como oficiais, ele manteve aquele espírito camarada, sempre pronto a ajudar quem precisava do seu apoio

Depois de 30 anos de louváveis serviços prestados à FAB, o então Major-Intendente Ottoni passaria para a Reserva Remunerada em 9 de abril de 1999, fixando residência no Rio de Janeiro - RJ, sem nunca esquecer de suas origens na mineiríssima Teófilo Ottoni e dos tempos de convívio alegre na FAB, em especial com a “Turma Maracujá”.

MÚSICA

Brasileirinho - Valdir Azevedo

Chiquita Bacana - Emilinha Borba

La Vie em Rose - Edith Piaf

CINEMA

Sansão e Dalila Zorro, o Cavaleiro Solitário O Invencível

turMAmaRACUJÁ
DE EX-SARGENTOS DA TURMA O CAD OTONI É O 5º, EM PÉ
GRUPO
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VITOR CIVITA FUNDA A EDITORA ABRIL

BRASIL PERDE A COPA DO MUNDO NO MARACANÃ

O Brasil sediou a primeira Copa do Mundo realizada depois da 2ª Guerra Mundial. Considerado o favorito, estreou goleando o México por 4 a 0 Venceu a Suécia por 7 a 1 e a Espanha por 6 a 1. O time era considerado uma máquina de fazer gols e disputou a final contra o Uruguai no estádio do Maracanã, construído para a Copa, precisando de um empate para ser campeão. Conseguiu segurar o placar em 0 a 0 no primeiro tempo mas perdeu por 2 a 1 calando todo o Maracanã numa derrota que se tornaria histórica.

PRIMEIRA TV DO BRASIL ENTRA NO AR

Em 1950 o Brasil vivia a era do Rádio. Os fãs curtiam a deliciosa rivalidade entre as cantoras Marlene e Emilinha Borba. A rádio Nacional apresenta a novela O Direito de Nascer. O “Rei da Voz”, Francisco Alves, lota auditórios em seu programa. Orlando Silva é o “Cantor das Multidões”. Mas o ano marca também o início do primeira emissora de tevê. A TV Tupi entrou no ar às 10 da noite do dia 18 de setembro de 1950 em São Paulo, com a cantora Lolita Rodrigues interpretando o Hino da Televisão.

NASCEM MAIS CINCO “MARACUJÁS”

26 JAN 77-311

MÚSICA

Paraíba - Emilinha Borba

Que Será - Dalva de Oliveira

Riders in the Sky - Stan Jones

1951

CINEMA

Crepúsculo dos Deuses

As Minas do Rei Salomão

O Pai Da Noiva

LANÇADA A PRIMEIRA TELENOVELA BRASILEIRA GETÚLIO VARGAS VOLTA À PRESIDÊNCIA

Depois de assumir o poder em 1930 com o apoio do movimento tenentista e dar o golpe do Estado Novo em 1947, Getúlio havia deixado o poder após as eleições de 1945 vencidas por Eurico Gaspar Dutra. Em 1950 ele se candidatou pelo PTB. Derrotou o Brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN, e Cristiano Machado, do PSD. Em 1951, Getúlio tomou posse e o povo cantou o sucesso de Francisco Alves que dizia “Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar”.

A TURMA “MARACUJÁ” AUMENTA

MÚSICA

Delicado - Valdir Azevedo Vingança - Linda Batista

CINEMA

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
1950
Luiz Alberto
Adilson
Serra
Euriques
Lucci
29 MAIO 77-237
08 JUN 77-244
13 JUL 77-306
07 OUT 77-286
18 FEV 77-270 Jaime Cezar 18 MAR 77-245 Augusto 22 MAR 77-307 Reitz 08 JUN 77-240 Antônio Carlos 30 JUL 77-230 Luis Couto 11 AGO 77-248 De Souza 14 AGO 77-313 Paulo Lima 08 SET 77-280 Gutembergue 01 OUT 77-254 Rocha 12 OUT 77-258 Borys 18 OUT 77-268 Luiz Geraldo 31 DEZ 77-218 Donatini
Mambo Nº
Prado
5 - Perez
Rua Chamada Pecado 32
Sinfonia de Paris Presença De Anita Uma

1952

MORRE EVITA PERÓN

A primeira-dama da Argentina Eva Perón, esposa do presidente Juan Domingo Perón, morreu em Buenos Aires, vítima de câncer no útero aos 33 anos de idade. Sua última aparição pública havia sido na posse de Perón, quando, contrariando as recomendações médicas desfilou em pé ao lado do marido. Evita era o principal cabo eleitoral do marido. Grande líder das classes mais baixas da população era considerada uma “santa”. Enquanto ela esteve doente, recebeu a solidariedade de seus admiradores, que fizeram vigília em frente à residência presidencial.

HEMINGWAY LANÇA “O VELHO E O MAR”

Em 1952 Ernest Hemingway lançou O Velho e o Mar. O livro conta a história de um pescador que, depois de 84 dias sem apanhar peixes, acaba fisgando um de tamanho descomunal. Para conseguir retirá-lo da água o pescador precisa usar toda a força de seu corpo e espírito. Hemingway nasceu em 21 de julho de 1899. Foi jornalista e, como escritor, publicou obras-primas como Por Quem os Sinos Dobram. Norte-americano de nascimento, Hemingway adotaria Cuba como sua nova terra e lá viveria até sua morte.

BRASIL GANHA OURO EM HELSINQUE

O brasileiro Adhemar Ferreira da Silva ganhou a medalha de ouro no salto triplo no Jogos Olímpicos de Helsinque. Ele também bateu os recordes olímpico e mundial, com a marca de 16,22 metros. O Brasil competiu com uma delegação histórica de 105 atletas de 14 modalidades e garantiu também as medalha de bronze no salto em altura, com José Telles da Conceição, e nos 1.500 metros nado livre, com o nadador Tetsuo Okamoto. O grande herói dos jogos, no entanto, foi o corredor tcheco Emil Zatopek, que, aos 30 anos, ganhou três medalhas de ouro: nos 5.000 metros, nos 10.000 metros e na maratona, a mais longa das provas de corrida, com 42 quilômetros

CADA VEZ MAIS “MARACUJÁ” NO MUNDO!

MÚSICA

Alguém Como Tu - Dick Farney

Sassaricando - Virgínia Lane

India - J.osé A. Flores e M. Ortiz Guerrero

CINEMA

Os Brutos Também Amam

Cantando Na Chuva

As

turMAmaRACUJÁ
11 JAN 77-232 Figueiredo 26 JAN 77-267 Albernaz 27 JAN 70-039 77-274 Neder 29 JAN 77-253 Franz 28 FEV 71-276 Baptista 11 MAR 71-128 77-080 Duarte 06 ABR 77-300 Washington 14 ABR 77-290 Dejair 20 ABR 71-236 77-075 Leão 29 ABR 71-306 77-152 Aderson 05 MAIO 71-160 77-194 Theodoro 05 MAIO 71-106 Ernesto 10 MAIO 71-001 Aldo 15 MAIO 77-233 Andrade 20 MAIO 71-240 77-183 Marciano 21 MAIO 71-247 77-135 Magalhães 24 MAIO 71-196 77-104 Respino 25 MAIO 77-298 Amilcar 28 MAIO 71-054 77-191 Paniágua 01 JUN 68-060 77-219 Servan 08 JUN 71-219 Sécca 09 JUN 77-297 Costa 13 JUN 71-029 77-169 Paulo 26 JUN 71-206 Luiz Carlos 29 JUN 77-214 Pedro Paulo 03 JUL 71-010 77-164 Pinheiro 10 JUL 71-282 Armando 13 JUL 71-238 77-054 Schneider 14 JUL 71-255 77-115 Dos Santos 16 JUL 71-130 77-038 Carmo 22 JUL 71-320 77-072 Ruy 26 JUL 77-292 Quintanilha 27 JUL 71-012 77-186 Benedito 03 AGO 71-050 77-086 Clenézio 03 AGO 77-255 Carvalho 05 AGO 71-308 77-136 Parente 17 AGO 71-265 Martire 23 AGO 71-194 Miguel 25 AGO 71-028 77-100 Ferreira 27 AGO 71-252 77-056 Feitosa 30 AGO 71-127 77-146 Turmina 02 SET 71-270 77-063 David 11 SET 71-220 77-134 Luiz 18 SET 77-262 M. Ferreira 19 SET 71-125 Reinaldo 25 SET 71-062 77-143 Falcão 03 OUT 77-238 Martins 04 OUT 77-271 Santos e Silva 10 OUT 71-112 77-157 Cesar 15 OUT 71-137 77-020 Quaiatti 27 OUT 71-213 Cosme 01 NOV 71-288 March 09 NOV 71-234 77-154 Ronaldo 11 NOV 70-252 77-279 Kleber 22 NOV 71-318 Élcio 08 DEZ 71-092 Renildo 10 DEZ 71-152 77-030 Lima 10 DEZ 71-058 77-281 Sidnei 11 DEZ 77-264 Pacheco 12 DEZ 71-170 77-021 Ferraresi 19 DEZ 71-079 77-090 Galluzzo 23 DEZ 71-254 77-018 Noro 24 DEZ 71-025 77-283 Cruz
Neves
Kilimanjaro 33
Do

1953

ACABA A GUERRA DA CORÉIA

Após 3 anos, a guerra da Coréia foi encerrada com a assinatura de um armistício entre a ONU, a China e a Coréia do Norte. A Coréia havida sido dividida em dois territórios em 1948 em conseqüência das duas zonas de ocupação estabelecidas ao final da 2ª Guerra Mundial. Em 1950, a Coréia do Norte, de orientação socialista, invadiu a Coréia do Sul. A guerra foi o primeiro grande conflito armado do período da guerra fria. A China apoiou os norte-coreanos e os Estados Unidos enviaram tropas para lutar ao lado da Coréia do Sul

MORRE O DITADOR SOVIÉTICO JOSEPH STALIN

Stalin morreu em 5 de março em 1953, aos 73 anos, após governar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas por 29 anos com uma política ditatorial que transformou o país numa potência industrial e nuclear.

UMA BOA SAFRA DE “MARACUJÁ”

Pinho

08 DEZ 71-186 77-162 Antunes

09 DEZ 71-231 Lage

09 DEZ 71-314 77-008 Silvestre

10 DEZ 77-276 Pereira Santos

13 DEZ 71-096 77-149 Aluizio

15 DEZ 71-031 Rodrigues

15 DEZ 71-134 77-064 Bunn

16 DEZ 71-005 77-159 Neiva

18 DEZ 77-210 Jailson

19 DEZ 71-257 Pötter

19 DEZ 77-305 Luetke

25 DEZ 71-230 77-130 Lourival

27 DEZ 77-296 Coelho

28 DEZ 71-048 77-196 Góes

31 DEZ 71-286 Danúbio

MÚSICA

Cachaça - Carmen Costa e Colé

Mulher Rendeira - Cascatinha e Inhana

Uma Casa Portuguesa

CINEMA

A um Passo da Eternidade

O Cangaceiro

Os Homens Preferem as Loiras

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
03 JAN 71-154 77-109 Cantidiano 05 JAN 71-167 Ângelo 07 JAN 71-150 Villasboas 15 JAN 77-239 Leomar 17 JAN 71-059 Dalmar 27 JAN 71-133 77-073 Pimentel 31 JAN 71-191 Wagner 01 FEV 71-122 Cefas 06 FEV 71-033 77-029 Lisboa 06 FEV 71-090 77-167 Domingos 07 FEV 77-293 Benito 08 FEV 71-087 Afonso 10 FEV 71-233 77-044 SILVA 14 FEV 71-056 Tamarindo 14 FEV 71-132 77-084 Osmar 19 FEV 77-217 Morotti 22 FEV 71-304 77-193 Ary 23 FEV 70-219 77-314 Cordeiro 27 FEV 71-223 77-079 Azevedo 27 FEV 71-258 77-068 Lauro 01 MAR 71-080 77-166 Freitas 08 MAR 71-201 77-037 Couto 10 MAR 71-267 77-048 Velasco 17 MAR 71-185 Venício 28 MAR 77-235 Gerardo 31 MAR 71-019 77-174 Amazonas 02 ABR 71-182 77-117 Cardozo 03 ABR 77-304 Bonato 13 ABR 71-070 77-051 Beato 22 ABR 71-073 77-067 Constâncio 29 ABR 71-043 Alberto 01 MAIO 71-022 77-156 Lobianco 05 MAIO 71-075 77-161 Jayme 05 MAIO 71-273 Pach 20 MAIO 71-217 Bernardo 21 MAIO 71-319 77-137 Luiz Fernando 24 MAIO 71-074 Dull 01 JUN 71-300 77-061 Rene 05 JUN 77-282 Luiz Carlos 07 JUN 77-252 Marcos Antônio 09 JUN 71-221 77-127 Rezende 11 JUN 71-020 77-180 Saraiva 17 JUN 71-047 Aguiar 18 JUN 71-173 77-009 Holanda 20 JUN 71-115 Carvalho 21 JUN 71-045 77-189 Autran 29 JUN 71-148 77-022 Walter 01 JUL 77-257 Fernandes 03 JUL 71-004 Andrade 05 JUL 71-291 Fernandez 09 JUL 71-311 77-098 Tito 09 JUL 77-310 José Ronaldo 13 JUL 71-002 Bombonato 16 JUL 71-266 Hélio 21 JUL 71-216 77-111 Elmar 04 AGO 77-197 Monroy 10 AGO 71-124 77-153 Edvaldo 11 AGO 77-198 Viruez 17 AGO 71-129 77-046 Assis 19 AGO 71-077 77-005 Jayro 20 AGO 77-208 Godoi 22 AGO 71-279 77-045 Wilson 23 AGO 71-293 Wilton 28 AGO 71-095 77-058 Newton 01 SET 71-126 77-105 Loraydan 02 SET 71-271 77-025 Pereira 02 SET 77-229 Chappaz 03 SET 71-060 77-131 Videira 08 SET 71-290 77-074 Edimar 10 SET 71-303 77-087 Eustáquio 20 SET 77-221 Lobo 20 SET 71-147 77-108 Sebastião 24 SET 77-203 Fábio 25 SET 71-260 Belmar 27 SET 71-171 77-179 Dias 30 SET 77-309 Michelone 03 OUT 71-256 Venzon 05 OUT 71-017 77-144 Marcelino 08 OUT 71-143 Bomfim 09 OUT 71-289 77-002 Curado 14 OUT 71-038 77-082 Alvarenga 15 OUT 71-105 77-112 Doerl 18 OUT 77-199 Ingolotti 27 OUT 77-308 França 29 OUT 71-309 77-053 Oliveira 30 OUT 71-287 Emanuel 05 NOV 71-084 77-195 Lázaro 05 NOV 71-013 77-088 Barros 18 NOV 71-015 Medeiros 19 NOV 71-103 77-071 Santoyo 19 NOV 71-280 77-062 Carlos 21 NOV 71-189 77-122 Dulcílio 22 NOV 71-146 77-181 Nilson 26 NOV 71-188 77-077 Naves 26 NOV 71-046 Moreira 28 NOV 71-208 77-027 Rosas 29 NOV 71-297 77-042 Elias 30 NOV 71-187 Borges 05 DEZ 71-008 77-024 Zanqui 08 DEZ 77-213
34

1954

GETÚLIO VARGAS SUICIDA-SE MARTA ROCHA NÃO É A MISS UNIVERSO

A Miss Brasil quase chegou lá mas acabou derrotada por duas polegadas a mais no quadris. Na volta ao Brasil ela gravou uma marchinha de carnaval: “Por duas polegadas a mais, passaram a baiana pra trás. Por duas polegadas, e logo nos quadris. Tem dó, tem dó, seu juiz”

A MAIOR SAFRA DE “MARACUJÁ”

MÚSICA

Teresa da Praia - Dick Farney e Lúcio Alves

Blue Gardenia - Bob Russel e Lester Lee

São Paulo Quatrocentão - Garoto e sua Bandinha

CINEMA

Sindicato de Ladrões Janela

turMAmaRACUJÁ
01 JAN 71-202 77-017 Moura 01 JAN 71-163 D'Agostino 02 JAN 77-275 Cerezetti 04 JAN 71-098 77-125 Araújo 10 JAN 77-228 Inácio 12 JAN 71-089 77-140 Pastrello 13 JAN 71-156 77-172 Sampaio 15 JAN 71-139 77-126 Benevides 17 JAN 71-274 77-128 Bourrus 22 JAN 71-251 77-040 Bigeli 24 JAN 71-026 77-118 Mário 28 JAN 71-246 Oswaldo 31 JAN 71-111 77-035 Praça 08 FEV 71-100 77-124 Guedes 09 FEV 71-039 77-173 Bevilaqua 10 FEV 77-243 Hildebrand 11 FEV 71-035 77-148 Vianna 12 FEV 71-088 Hrasko 13 FEV 71-176 Nonato 13 FEV 71-113 77-078 Nunes 14 FEV 71-066 Da Silva 25 FEV 71-184 Bezerra 04 MAR 71-229 77-026 Lipp 08 MAR 77-250 Mario Lucio 15 MAR 71-181 Garcês 20 MAR 71-065 Fiuza 20 MAR 71-321 Kaminski 21 MAR 71-011 77-147 Barbosa 23 MAR 71-135 77-006 Camargo 24 MAR 71-237 77-076 Cláudio 25 MAR 71-294 77-170 Willie 26 MAR 71-301 Antônio 29 MAR 71-142 77-096 Franco 31 MAR 77-225 Franciscon 02 ABR 71-145 Graça 02 ABR 71-305 Francisco 03 ABR 71-051 77-158 Coutinho 04 ABR 77-260 Teixeira 05 ABR 71-151 77-031 Soares 06 ABR 71-157 77-185 Pintor 07 ABR 71-044 77-177 Pierre 11 ABR 71-081 77-184 Torquato 20 ABR 71-248 Severiano 21 ABR 71-007 Lima Mendes 23 ABR 71-235 77-132 Benvindo 24 ABR 71-242 Madeira 28 ABR 71-164 77-047 Alírio 29 ABR 71-006 77-188 Guaianas 04 MAIO 77-206 Genes 05 MAIO 71-205 77-160 Elmo 08 MAIO 71-177 77-102 Murilo 10 MAIO 71-071 77-190 Odilon 12 MAIO 77-289 Costa Morais 13 MAIO 71-123 Edson 26 MAIO 71-211 Santos 28 MAIO 71-285 77-138 Tosta 29 MAIO 71-153 77-069 Macedo 30 MAIO 77-231 Freire 02 JUN 71-063 77-168 Marcato 07 JUN 71-086 77-187 Dantas 07 JUN 71-317 Almeida 12 JUN 71-144 77-010 Nestor 16 JUN 71-053 77-083 Rafael 17 JUN 71-250 Reis 20 JUN 77-207 Wellington 27 JUN 77-269 Fontoura 07 JUL 77-220 Nogueira 08 JUL 71-091 Neves 10 JUL 71-278 Mota 10 JUL 77-263 De Castro 14 JUL 71-009 Bonatti 19 JUL 71-200 Ivan 19 JUL 71-052 Zeidler 29 JUL 71-119 77-121 Mandarino 01 AGO 71-118 77-145 Porto 07 AGO 77-265 Siqueira 08 AGO 71-253 77-041 Cássio 11 AGO 71-307 Amauri 16 AGO 71-037 Prado 18 AGO 77-266 Sganzerla 20 AGO 71-165 Ribeiro 24 AGO 71-114 Getúlio 26 AGO 71-078 77-060 Souza 31 AGO 77-302 Rogério 31 AGO 77-294 Torres 03 SET 71-131 Coelho 03 SET 71-316 77-133 José Luiz 04 SET 71-069 77-171 Chaves 07 SET 71-281 77-097 Jerson 08 SET 71-140 77-163 Duque 15 SET 71-149 77-142 Pais 16 SET 71-218 Malcher 25 SET 77-212 Cerqueira 01 OUT 71-169 77-175 Petrocchi 04 OUT 71-203 77-028 Jorge 07 OUT 71-215 77-034 Aurélio 09 OUT 71-183 Rosset 18 OUT 71-057 Loreto 21 OUT 77-234 Aquino 26 OUT 71-094 77-165 Mauro 28 OUT 77-251 Lomonte 30 OUT 71-243 Miranda 11 NOV 77-242 Celso 13 NOV 71-315 Cabral 18 NOV 71-228 77-081 Vaz 19 NOV 77-201 Campos 21 NOV 77-285 Albuquerque 24 NOV 77-223 Moraes 25 NOV 77-291 Johan 26 NOV 71-227 77-129 Donato 26 NOV 71-024 77-284 Airton 29 NOV 77-303 Toso 06 DEZ 71-110 Listo 07 DEZ 71-040 77-093 Berni 08 DEZ 71-292 77-094 Bispo 10 DEZ 71-222 Pehrson 11 DEZ 71-061 77-123 Mendonça 18 DEZ 71-055 Arlindo 19 DEZ 77-295 Robinson 28 DEZ 71-272 77-101 Cleto 29 DEZ 71-313 77-066 Passos 30 DEZ 77-299 Ferreira Neves
Indiscreta A Condessa Descalça 35

INAUGURADA A DISNEYLÂNDIA O MUNDO DANÇA ROCK’N ROLL

O mundo dançava um novo ritmo em 1955. O mega-sucesso “Rock Around the Clock” the Bill Haley fazia a juventude se sacudir ao som do “rock and roll”. A nova onda chegou também ao Brasil após a estréia do filme No Balanço das Horas. A jovens adotaram os casacos de couro e lambretas. Nas pistas, não dançavam mais de rostinho colado. Davam saltos e piruetas. No cinema, fazia o sucesso o filme Juventude Transviada, que tem no elenco o ator James Dean, um ícone da rebeldia, que morreria neste mesmo ano, no dia 30 de setembro, dirigindo em alta velocidade.

MORRE CARMEM MIRANDA

A “pequena notável” Carmem Miranda morreu no dia 4 de agosto Carmem era considerada a embaixatriz da música brasileira nos Estados Unidos. Nascida em Marco de Canavezes em Portugal, mudou-se para o Rio de Janeiro ainda bebê e naturalizou-se brasileira. Tornou-se conhecida do público brasileiro cantando e requebrando em cassinos Seu primeiro filme foi A voz do Carnaval, de 1933. Em 1939 ela mudou-se para os Estados Unidos onde participou de peças na Broadway, em Nova York, e de programas de tevê até estrear no cinema hollywoodiano. Ela encantou os americanos com sua beleza exótica.

TEM MAIS “MARACUJÁ”

MÚSICA

O Menino da Porteira - Luisinho e Limeira

Saudosa Maloca - Demônios da Garoa

Johnny Guitar - Victor Young e Peggy Lee

CINEMA

A Dama e o Vagabundo Juventude Transviada Rio 40 Graus

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004 1955
11 JAN 71-097 Gerhard 12 JAN 71-239 77-114 Ubirajara 12 JAN 71-283 77-151 Davidson 21 JAN 71-180 Koppe 24 JAN 77-204 Ribeiro 25 JAN 77-277 Genibaldo 26 JAN 71-302 Vieira 28 JAN 71-120 77-004 Russo 02 FEV 71-193 Campos 03 FEV 71-023 77-095 Sérgio 10 FEV 71-296 77-050 Nélio 11 FEV 71-199 77-055 Beschoren 12 FEV 71-244 Aiub 17 FEV 71-041 77-092 Pires 19 FEV 71-312 Fredo 20 FEV 71-261 77-141 Da Costa 20 FEV 71-299 77-016 Tavares 22 FEV 71-085 77-033 Elael 25 FEV 71-021 Dalton 04 MAR 71-209 Lúcio 14 MAR 71-018 77-103 Soeiro 18 MAR 71-034 Fajardo 19 MAR 71-207 Renhe 22 MAR 71-284 77-192 Gomes 26 MAR 71-082 77-091 Rocio 27 MAR 71-245 77-182 Jarbas 28 MAR 71-107 77-099 Ortiz 09 ABR 71-161 77-106 Menescal 11 ABR 77-236 Machado 16 ABR 71-093 Thales 23 ABR 71-027 Cirus 25 ABR 71-190 Couto Junior 26 ABR 77-215 De Paula 01 MAIO 71-138 77-273 Isnard 02 MAIO 71-168 77-107 Meireles 12 MAIO 71-262 Porciúncula 20 MAIO 77-315 Facchini 28 MAIO 71-192 Martins 30 MAIO 71-159 Junger 30 MAIO 71-241 Flôres 31 MAIO 71-068 Parentoni 02 JUN 71-014 77-011 Audálio 03 JUN 71-210 77-049 Palomar 11 JUN 71-049 Frantz 17 JUN 77-256 Sendin 18 JUN 71-172 Pêgas 18 JUN 71-042 Quintas 20 JUN 71-175 77-065 Eitel 20 JUN 71-232 77-155 Capella 26 JUN 77-278 Mauricio 26 JUN 71-136 Prudêncio 27 JUN 77-241 Gehlen 30 JUN 77-272 Garcia 02 JUL 71-003 77-150 Padilha 04 JUL 71-178 77-059 Detoni 21 JUL 77-249 Americo 22 JUL 77-287 Withoeft 24 JUL 77-200 Zoch 24 JUL 71-198 77-178 Correia 28 JUL 71-277 77-110 Pinto 05 AGO 71-030 Rati 06 AGO 77-227 Vilela 10 AGO 77-316 Valencia 11 AGO 71-109 77-023 Nascimento 11 AGO 77-246 Colens 12 AGO 77-224 Velloso 21 AGO 71-166 Maranhão 23 AGO 77-222 Cecchi 26 AGO 71-224 77-032 Roberto 02 SET 71-269 Belarmino 17 SET 71-226 77-089 Ricardo 20 SET 71-268 77-013 Bragança 30 SET 77-209 Argolo 07 OUT 77-226 Rodolfo 29 OUT 71-072 77-052 Cunha 31 OUT 71-162 77-003 Rômulo 02 NOV 71-275 77-113 Donizett 09 NOV 71-264 Rieta 12 NOV 71-155 Marinho 12 NOV 71-121 77-057 Barreto 08 DEZ 71-212 77-116 Peixoto 09 DEZ 77-259 Neves 12 DEZ 71-259 Marcus 22 DEZ 71-197 77-043 Robson 22 DEZ 71-101 77-139 Junqueira 27 DEZ 71-032 Birolli 29 DEZ 77-261 Sapucaia 31 DEZ 71-083 José
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1956

ELVIS PRESLEY SURGE COMO A NOVA ESTRELA DO ROCK

JK É O NOVO PRESIDENTE DO BRASIL

O pleito do dia 3 de outubro de 1955 elegeu Juscelino Kubitischek presidente do Brasil e João Goulart, o Jango, seu vice. Apesar das pressões para que a dupla não assumisse o mandato, os dois tomam posse no dia 31 de janeiro de 1956 anunciando mudanças políticas e econômicas. JK anuncia o seu Plano de Metas, com o objetivo de atrair indústrias de base e de bens de consumo duráveis e entregou aos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer o projeto para a construção da nova capital do Brasil. A cidade de Brasília seria construída na região do planalto goiano.

ADEMAR FERREIRA DA SILVA É OURO EM MELBORNE

Adhemar Ferreira da Silva é ouro novamente. Quatro anos depois de faturar a medalha de ouro no salto triplo nas Olimpíadas de Helsinque, na Finlândia, o brasileiro levou a melhor também Melborne, na Austrália. Ele saltou 16,35 metros e quebrou o seu próprio recorde. Ademar começou a chamar a atenção em 1949 quando estabeleceu o recorde sul-americano saltando 15,51 metros. No ano seguinte ele elevou a meta para 15,83 metros. Em Helsinque atingiu a marca de 16,22 metros. Mas em Melbourne depois de superar a si mesmo, ganhou o apelido de Canguru

GUIMARÃES ROSA LANÇA “GRANDE SERTÃO: VEREDAS”

A consagração do escritor deu-se em 1956 com a publicação de Grande Sertão: Veredas. O médico João

Guimarães Rosa lançou seu primeiro livro, Sagarana, em 1946. O livro é um conjunto de contos que explora o universo rural do interior do Brasil. Seus personagens são os homens simples do sertão, os jagunços, as prostituas, as beatas, entre outras figuras. Guimarães Rosa introduz um novo estilo de escrever, criando suas próprias palavras. Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, em 1908. Formou-se em Medicina e exerceu a profissão até 1934, quando iniciou sua na carreira diplomática. Em 1963 garantiria seu lugar na Academia Brasileira

A SAFRA MAIS NOVA DE “MARACUJÁ”

MÚSICA

CINEMA

turMAmaRACUJÁ
de Letras.
02 JAN 71-295 77-119 Bittencourt 06 FEV 71-036 77-036 Galvão 13 FEV 71-174 Ferreirinha 23 FEV 71-076 Machado 04 MAR 77-216 Faria 08 MAR 71-214 77-176 Oscar 26 MAR 71-263 77-070 Fernando 29 MAR 71-225 77-001 Milan 01 ABR 71-067 Casimiro 04 ABR 71-310 77-019 Jailton 05 ABR 71-158 77-085 Destro 06 ABR 77-301 Edson 11 ABR 71-179 77-039 Bernardes 24 ABR 71-117 77-007 Vidal 28 ABR 71-016 Ferrato 09 MAIO 77-205 Gomide 11 MAIO 71-298 Melo 12 MAIO 77-312 Ivano 24 MAIO 71-108 Taboas 29 MAIO 71-099 77-014 Cesário 15 JUN 71-116 77-120 Rael 21 JUN 77-202 Simões 04 JUL 77-211 Vinicius 12 JUL 71-104 Tancredo 27 JUL 71-064 Carneiro 04 AGO 71-204 Melichar 09 AGO 71-195 77-012 Samuel 06 SET 77-247 Márcio 13 SET 71-141 Moço
Conceição - Cauby Peixoto Foi a Noite - Silvinha Teles Rock Around Clock - Bill Haley e seus Cometas
Assim Caminha a Humanidade A Volta ao Mundo em 80 Dias O Homem que Sabia Demais 37

NEGROS LUTAM CONTRA O RACISMO NOS EUA CRIADA A COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPÉIA PORTINARI CONCLUI OS PAINÉIS GUERRA E PAZ

CADELA LAIKA VAI PARA O ESPAÇO

O primeiro ser vivo lançada no espaço foi uma cadela. Kudriavka, da raça Laika, foi embarcada no satélite soviético Sputnik II para comprovar que os animais poderiam sobreviver por longos períodos sem a força da gravidade. A heroína espacial, no entanto, acabaria morrendo no espaço em pouco dias por fome, sede ou falta de oxigênio.

NASCE O MAIS JOVEM “MARACUJÁ”

Logo no início do ano, no dia 8 de janeiro, nascia mais um Maracujá: 71-102 Hassan

Quase um mês depois, no dia 6 de fevereiro, nasceu aquele que viria a ser o mais jovem da Turma Maracujá: João Pinto Barbosa JUNIOR, na cidade de Aparecida - Capital Mariana do Brasil, em São Paulo,

A história escolar do Júnior era curiosa e eu tive oportunidade de escutá-lo a descrever as peripécias que foram necessárias para que consegui-se entrar nas escolas quase um ano antes de completar a idade mínima admissível. Se bem me lembro, desde o colégio primário tinha sempre uma tia dele bem “colocada” que dava uma “ajudinha”: era Diretora do colégio, trabalhava na Secretaria de Educação, ou qualquer coisa do gênero. É bem verdade que o esforço pessoal, refletido no excelente desempenho escolar, era o seu melhor “cartão de visitas”, ajudando, sobremaneira, a derrubar qualquer barreira ou argumentação contrária ao seu ingresso mais cedo no primário ou ginasial.

Até então tudo estava se desenrolando no meio civil, entre colégios e escolas públicas, mas com treze anos não é que ele resolveu prestar concurso para a EPCAR! Não me lembro ao certo como foi desta vez mas, se não me engano, o argumento usado foi de que ele completaria 14 anos, a idade mínima para ser matriculado, antes do início do curso e, desta vez, a ajuda foi de um oficial da FAB amigo da família. Assim, em março de 1971, já com quatorze anos, o mais jovem Maracujá ingressava na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena, Estado de Minas Gerais.

Após concluir os três anos de curso com distinção, o 71-249 Júnior prosseguiu na carreira militar, rumo ao Curso de Formação de Oficiais Aviadores da Academia da Força Aérea, em Pirassununga, Estado de São Paulo. Ao ingressar na AFA, em 1974, junto com os companheiros da Turma 71 da EPCAR e outros de origens distintas, o Cadete 77-015 Júnior continuou sendo o mais jovem da “Turma Maracujá”.

Declarado Aspirante a Oficial Aviador em 12 de dezembro de 1977, após quatro anos de curso, o Junior seguiu com os demais Aviadores da turma para o estágio de cerca de um ano a ser realizado no CATRE, em Natal, Rio Grande do Norte. Quiz o destino, no entanto, que ele viesse a deixar a vida terrena naquele ano de 1978, num trágico acidente ocorrido no dia 28 de maio após a decolagem com um T-25 em Mossoró - RN.

Dos tempos que passamos juntos na EPCAR, na AFA ou mesmo no CATRE ficou a lembrança do amigo de comportamento comedido, sensato e poderado, porém alegre e perspicaz, que não aparecia muito, nem mesmo em fotos, mas que será sempre lembrado pela Turma.

MÚSICA

Se Todos Fossem Iguais a Você - Maysa

A Volta do Boêmio - Nélson Gonçalves

Don’t Be Cruel - Elvis Presley

Love Me Tender - Elvis Presley

CINEMA

Um Amor na Tarde Morangos Silvestres

A Ponte do Rio Kwai Rio Zona Norte

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004 1957
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1958

BRASIL É CAMPEÃO MUNDIAL DE FUTEBOL

EUA CRIAM A NASA

NASCE A BOSSA NOVA

ELES NÃO USAM BLACK-TIE ESTRÉIA NO TEATRO ARENA

MÚSICA

Chega de Saudade - João Gilberto

Serenata do Adeus - Elizeth Cardoso

Jailhouse Rock - Elvis Presley

You Are My Destiny - Paul Anka

1959

CINEMA

Um Corpo Que Cai

Gigi

Gata em Teto de Zinco Quente Acorrentados

BOSSA NOVA ESTÁ NAS PARADAS

COMEÇA A GUERRA DO VIETNÃ

REVOLUCIONÁRIOS CUBANOS TOMAM O PODER

INVENTADO O MICROCHIP

MÚSICA

A Noite do Meu Bem - Dolores Duran

Eu Sei Que Vou Te Amar - Elza Laranjeira

Desafinado - João Gilberto

La Barca - Roberto Cantoral

Stupid Cupid - Neil Sedaka e H. Greenfield

1960

CINEMA

Anatomia de um Crime

Ben Hur

Cala a Boca Etelvina

Hiroshima Mon Amour

Duelo De Titãs

BRASÍLIA É A NOVA CAPITAL DO BRASIL

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL É LANÇADA NOS EUA

MARIA ESTER BUENO É BICAMPEÃ EM WIMBLEDON

MÚSICA

Corcovado - João Gilberto

Negue - Carlos Augusto

Me Dá um Dinheiro Aí - Moacir Franco

It´s Now or Never - Elvis Presley

CINEMA

A Doce Vida

Se Meu Apartamento Falasse

Psicose

Sete Homens E Um Destino

turMAmaRACUJÁ
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1961

YURI GAGARIN: O PRIMEIRO COSMONAUTA NO ESPAÇO

OS EUA DECRETAM O BLOQUEIO COMERCIAL DE CUBA CONSTRUÍDO O MURO DE BERLIM

O CURTO MANDATO DE JÂNIO QUADROS

Em janeiro de 1961 o ex-governador de São Paulo tomou posse como Presidente da República. Eleito no ano anterior, Jânio era extremamente popular e defendia uma política externa independente. Tomou medidas polêmicas como a proibição da briga de galo e do biquíni e, em agosto, renunciou ao cargo causando uma crise política no País que levaria à Revolução de 64.

MÚSICA

Água de Beber - Isaura Garcia

O Barquinho - João Gilberto

Insensatez - João Gilberto

1962

CINEMA

Os Canhões de Navarone

Viagem Ao Fundo Do Mar

Tristeza Do Jeca

BRASIL É BI-CAMPEÃO MUNDIAL DE FUTEBOL

BOSSA NOVA CONQUISTA OS EUA

MORRE MARILYN MONROE

NELSON MANDELA É PRESO NA ÁFRICA DO SUL

MÚSICA

Na Cadência do Samba - Elizeth Cardoso

Volta Por Cima - Noite Ilustrada

Let´s Twist Again - Kal Mann e David Appell

1963

CINEMA

Lawrence Da Arábia

O Pagador de Promessas

007 Contra o Satânico Dr. No

JOHN KENNEDY - PRESIDENTE DOS EUA É ASSASSINADO

VALENTINA TERECHKOVA: A PRIMEIRA MULHER NO ESPAÇO

O SONHO DE MARTIN LUTHER KING

Cerca de 200 mil pessoas participaram da marcha liderada por Luther King em defesa da Lei dos Direitos Civis no dia 28 de agosto de 1963. A lei iria conferir direitos iguais a negros e brancos nos Estados Unidos

MÚSICA

Garota de Ipanema - Pery Ribeiro

Parei na Contramão - Roberto Carlos

Chove Chuva - Jorge Ben

Samba do Avião - Os Cariocas

CINEMA

Deu a Louca no Mundo

Garrincha, Alegria do Povo

Os Pássaros

Vidas Secas

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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1964

OS BEATLES ESTÃO NAS PARADAS

A MINISSAIA GANHA AS RUAS

REVOLUÇÃO NO BRASIL

MÚSICA

Cabeleira do Zezé - Jorge Goulart

É Proibido Fumar - Roberto Carlos

I Want to Hold Your Hand - Beatles

She Loves You – Beatles

1965

CINEMA

Zorba, o Grego

Doutor Fantástico

Deus e o Diabo na Terra do Sol

A Pantera Cor De Rosa

PARTIDOS POLÍTICOS SÃO EXTINTOS NO BRASIL

ESTADOS UNIDOS VÃO AO VIETNÃ

BRIGA MUSICAL NA TV

Em 1965 a TV Record lança o programa O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues. O programa abre espaço para os nomes consagrados e novos talentos da música popular brasileira como Nara Leão, Baden Powell, Maria Bethânia, Vinícius de Moraes e Wilson Simonal. Na mesma emissora o programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto e Erasmo Carlos, os reis do “iê-iê-iê”, coloca em xeque os velhos valores da MPB criando uma maior identificação com os jovens de classe média. Com um outro estilo de programa, também fazem sucesso os apresentadores Hebe Camargo e Chacrinha.

MÚSICA

Carcará - Maria Bethânia

Trem das Onze - Demônios da Garoa

Minha Namorada - Os Cariocas

Preciso Aprender a Ser Só - Elis Regina

Quero que Vá Tudo pro Inferno - R. Carlos

1966

MORRE WALT DISNEY FIASCO DO BRASIL NA COPA

CINEMA

O Dólar Furado

Doutor Jivago

A Noviça Rebelde

O Incrível Exército de Brancaleone

A Corrida do Século

A Copa de 1966 foi a Copa da Inglaterra. O ingleses sediaram e venceram a competição, derrotando a Alemanha Ocidental por 4 a 2 na final. O Brasil, que contou com veteranos de 58 e 62, teve sua pior campanha desde 1934. Foi eliminado na primeira fase, após perder para Hungria e para Portugal.

MÚSICA

A Banda - Chico Buarque e Nara Leão

Namoradinha de um Amigo Meu - R. Carlos

Disparada - Jair Rodrigues

Mamãe Passou Açúcar em Mim - Simonal

Yesterday - Beatles

Satisfaction - Rolling Stones

CINEMA

Arabesque

Blow-Up, Depois Daquele Beijo

O Corintiano

O Homem Que Não Vendeu Sua Alma

Speed Racer - Correndo Pela Vida

turMAmaRACUJÁ
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1967

A GUERRA DOS SEIS DIAS MORRE GUIMARÃES ROSA A EFERVESCÊNCIA DOS FESTIVAIS

Em 1967 os festivais eram um sucesso. Todos acompanhavam os concursos e tinham suas preferências. As vencedoras este ano foram “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam, “Domingo no Parque”,de Gilberto Gil, executada pelos Mutantes, “Roda Viva” com Chico Buarque e “Alegria Alegria” com Caetano Veloso. Mas o “destaque” foi Sérgio Ricardo que, vaiado pela platéia, arrebentou seu próprio violão num banco no palco.

MÚSICA

A Praça - Ronnie Von

Guantanamera - José Marti e H. Angulo

Sgt. Pepper´s Lonely Hearts –Beatles

1968

LANÇADO O AI-5

CINEMA

Ao Mestre com Carinho

A Primeira Noite de Um Homem

Terra Em Transe

A EDITORA ABRIL LANÇA A REVISTA SEMANAL VEJA

A VAIA A CAETANO VELOSO

Em 1968 Caetano Veloso foi efusivamente vaiado pela platéia do Festival Internacional da Canção em protesto contra a música “É Proibido Proibir”. A música foi rejeitada por causa da postura de vanguarda adotada por Caetano e Gilberto Gil que usavam cabelos compridos e roupas coloridas.

MÚSICA

Tropicália - Caetano Veloso

Baby - Caetano Veloso e Gal Costa

Alvorado no Morro - Odete Amaral

Caminhando - Geraldo Vandré

Se Você Pensa - Roberto Carlos

1969

O HOMEM CHEGA À LUA

CINEMA

O Bandido da Luz Vermelha

O Bebê de Rosemary

2001 - Uma Odisséia No Espaço

O Estranho Mundo de Zé do Caixão

Yellow Submarine

O SEQÜESTRO DO EMBAIXADOR AMERICANO

GRANDE OTELO É MACUNAÍMA NO CINEMA

O FESTIVAL DE WOODSTOCK REÚNE 800 MIL JOVENS

MÚSICA

Aquele Abraço - Gilberto Gil

Atrás do Trio Elétrico - Caetano Veloso

As Curvas da Estrada de Santos - R. Carlos

País Tropical - Jorge Ben

Sinal Fechado - Paulinho da Viola

CINEMA

Perdidos na Noite

Butch Cassidy

O Dragão da Maldade X o Santo Guerreiro

Macunaíma

Sem Destino

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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1970

COMEÇA A GUERRA DO CAMBOJA

O FIM DOS BEATLES CONSTRUÇÃO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA A TAÇA DO MUNDO É NOSSA!!

Desde a criação da Copa do Mundo em 1930, havia sido determinado que o primeiro país a ser três vezes campeão ficaria em definitivo com o troféu. Em 1970, a disputa não poderia ter sido mais emocionante. A final da Copa do México foi disputada por dois bicampeões: Brasil e Itália. O Brasil foi o campeão após derrotar a seleção italiana por 4 a 1. A campanha do Brasil, que jogou com Clodoaldo, Gerson, Pelé, Jairzinho, Tostão e Rivelino foi irreparável. Seis vitórias em seis jogos com 19 gols marcados e 7 sofridos. Um dos melhores jogos da Copa foi entre Brasil e Inglaterra, vencido pelo Brasil por 1 a 0 com um fantástico gol originado da jogada brilhante de Tostão, Pelé e Jairzinho.

MÚSICA

Apesar de Você - Chico Buarque

Bandeira Branca - Dalva de Oliveira

Jesus Cristo - Roberto Carlos

Pra Frente Brasil - Coral do Joab

Bridge Over Troubled Water - Paul Simon

Let It Be - Beatles

Foi um Rio que Passou em Minha Vida -P. da Viola

1971

INAUGURADA A DISNEY WORLD

CINEMA

Patton, Rebelde ou Herói?

O Meu Pé De Laranja Limal

A Filha de Ryan

De Volta ao Planeta dos Macacos

O Garanhão Italiano

ZUZU ANGEL DENUNCIA A TORTURA NO BRASIL

A GUERRA DO PAQUISTÃO

A INTEL PÕE NO MERCADO O MICROPROCESSADOR

MÚSICA

Construção - Chico Buarque

Cotidiano - Chico Buarque

Have You Ever Seen the Rain - Creedence

Fire and Rain - James Taylor

Debaixo dos Caracóis de Seus Cabelos e

Detalhes - Roberto Carlos

1º MAR - INÍCIO DO ANO LETIVO

CINEMA

Operação França

Domingo Maldito

A Fantástica Fábrica de Chocolate

Laranja Mecânica

Morte em Veneza

16 OUT - INAUGURADO O MONUMENTO DO T-6 NA EPCAR

Na oportunidade, foi prestada homenagem aos integrantes da 1ª turma da Escola.

18 OUT - ABERTURA DA VII NAE

Realizada no período de 18 a 21 de outubro, em Barbacena, a VII NAE, competição esportiva entre o Colégio Naval - CN, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército - EsPCEx e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar - EPCAr, teve como campeã a ESPCEX, cabendo à EPCAr o segundo lugar geral.

turMAmaRACUJÁ
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Esquadrilha

A TURMA DE 1971 DA EPCAR

Era uma vez um grupo de 3.342 jovens brasileiros que, nos idos de 1970, decidiram prestar concurso para o Curso Preparatório de Cadetes do Ar da EPCAR - 1971. Quantos motivos diferentes moviam esta parcela da juventude brasileira em direção à Escola... quantas esperanças...

Viemos de todos as partes deste nosso Brasil e, no dia das provas, concentrados nas principais cidades brasileiras, rostos desconhecidos, a maioria ainda imberbes, se aglomeraram em frente aos locais designados dividindo a ansiedade e a apreensão que perdurou até a divulgação dos aprovados...

O resultado chegou acompanhado de alegria para uns e desilusão para outros... Aos classificados nesta primeira fase, restava ainda os obstáculos do exame físico e médico: pé chato, miopia, o copo de "mingau" de água e açúcar que nos faziam ingerir antes do eletroencefalograma, os desenhos (casa, pessoa e árvore) e a entrevista com o psicólogo: tantas perguntas sem sentido!

Ao longo de alguns dias, divididos em grupos, fomos encaminhados à Policlínica de São Paulo ou ao Centro de Medicina Aeroespacial - CEMAL no Rio de Janeiro. Sentados nas salas de espera aguardávamos a convocação para os exames que era anunciada pelos alto-falantes. Assim, aprendemos alguns nomes, associando-os às fisionomias daqueles com os quais iríamos compartilhar o dia a dia em futuro próximo. Assim, dividimos os temores do exame oftalmológico, em especial, ou das histórias fantasiosas sobre o que acontecia no interior daquelas salas de ar sombrio.

Alguns não lograram êxito mas, finalmente, após a seleção intelectual, física e médica, o grupo que "sobreviveu" estava pronto para seguir destino. Era chegado o dia de se despedir da família e seguir para uma vida quase independente. Os pais exibiam emoções conflitantes: orgulho, alegria, tristeza e saudade. Os filhos, o receio do desconhecido. O que os aguardava era uma incógnita que só seria desvendada em alguns dias, longe de casa e do apoio dos entes queridos.

A primeira etapa, que se resumia numa viagem até a Escola, foi solitária para aqueles que se deslocaram por meios próprios e uma grande aventura para os que optaram por se reunir em São Paulo ou no Rio de Janeiro, antes da etapa final a ser percorrida em ônibus fretados pela própria EPCAR.

Foi, realmente, a primeira grande reunião da Turma. Ali começamos a estreitar laços de amizade, a aprender a conviver com pessoas de diferentes modos e costumes, a criar uma linguagem própria, a entender que chamar um companheiro de "filho disto ou daquilo" não visava, necessariamente, atingir a integridade da família alheia pois, no fundo, passávamos a ser filhos da mesma mãe: A Pátria.

A viagem se iniciou e, de repente, quase sem perceber, havíamos chegado...

Manhã de sol Um burburinho de agitação percorria a histórica Escola. Apesar de se repetir a cada ano, a chegada de uma nova Turma sempre guardava uma característica especial. Para os que chegavam tudo parecia ser novidade; o olhar vislumbrava os aspectos mais vibrantes; o coração acelerava; as mãos e pernas tremiam levemente; a emoção se misturava à curiosidade. Uma nova etapa da vida se iniciava.

Lá estava a bandeira desfraldada. Ali estava o grande pátio que seria o inseparável companheiro de nossas horas de exercícios.... e caminhávamos todos, tendo no rosto estampada a esperança que alimentávamos, tendo no espírito a coragem e o ideal que nos faziam ali presentes.

Todos, lado a lado, nem se conheciam, iam e vinham com suas malas enormes, seus cabelos compridos e roupas que em nada se assemelhavam aos uniformes que passaríamos a utilizar. Um novo caminho se abria! Uma nova esperança! As aspirações começavam a tomar forma.

E chegamos! Ao som da Banda Marcial, o Hino do Aviador ecoava nos ares e ao retumbar do bumbo entre acordes e ritmos, éramos organizados em “filas”. E a harmonia dos sons ecoava mais forte. Com seu hino de louvor, a Escola saudava seus filhos... E eles iam e vinham: De passo em passo sem saber como, de sorrisos e vibração sem saber porquê. Tudo trazia à tona o grito de guerra de cada um. Tudo transmitia a todos uma nova missão a ser cumprida e um novo objetivo a conquistar. A banda continuava e o desfile prosseguia qual turba desordenada de homens não adestrados. E tudo começou assim, e a nossa vida ia ser vivida; e o velho sonho tornar-se-ia realidade. Assim, chegamos um dia. Éramos então, os 321 alunos que constituíam a Turma 71 da EPCAR

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Em nossa breve passagem pela Escola, muitas coisas nos marcaram profundamente. E também, muitas coisas deixamos marcadas. Foram três anos de muitas alegrias e de tristezas. Foram três anos de experiências, que nos valeram pelos anos já vividos em nossa jovem existência. Muito lutamos e muito ainda teríamos que lutar. E isso a Escola nos ensinou muito bem. Mas, não foi só isso. Ela nos ensinou a valorizar cada ser humano, a aceitar e conviver com as diferenças sem preconceito ou discriminação, pois todos compartilhávamos as mesmas tarefas, obrigações, satisfações e dissabores do dia a dia. Sempre dependíamos uns dos outros. Foram três anos de companheirismo vivido sob o mesmo teto, a mesma luta e sob o mesmo ideal a espargir sobre nós a mesma luz que nos guiava para um mesmo fim.

Juntos aprendemos a "Istudá prá dá aligria prá papai!!"; percebemos que nem um "Super-Bicho" é capaz de atravessar uma porta de vidro; cantamos músicas que contavam nossas desventuras como "turma cobaia"; aprendemos a estória do Barão de Barbacena e outras que se tornaram parte do folclore da turma e da própria Escola; enfrentamos o grau relativo nas provas; conhecemos, enfim, a vida com uma enorme família.

Juntos sofremos, juntos nos alegramos, juntos, enfim, vivemos a dor da renúncia, da perda de um companheiro e o prazer das pequenas, mas profundas vitórias que alcançamos. Hoje, diante de nós as lembranças das aventuras acenam docemente, como capítulos de um grande livro escrito a 321 mãos...Ou seriam 642? E no momento em que os nossos corações suspiram, alguns acontecimentos voltamos a relembrar desta nossa breve e profunda experiência. São alguns fatos que mais nos marcaram...

Revivemos o primeiro ano… a primeira semana de instrução, a tão intimamente conhecida como "Período de Adaptação" ou "Quarentena". Foi nessa semana que tomamos contato com as primeiras dificuldades de nossa vida na Escola. Mas nós as vencemos. E vencemos graças à vivência em comum, pois que, ao vermos aquele desconhecido ao nosso lado vencê-las, nós também éramos levados a superá-las.

O Troféu Lima Mendes, competição interna da Escola… A NAE (competição esportiva entre os alunos do Colégio Naval, Escola Preparatória de Cadetes do Exército e EPCAR) realizada na EPCAR… o Juramento à Bandeira.. o desfile de Sete de Setembro pelas ruas de Barbacena… e quantas histórias mais...

Sabemos que todos foram conduzidos àquela Escola por um nobre e elevado ideal. Deixaram, assim, o regaço acolhedor de seus lares com o objetivo de se preparar para uma vida ou profissão que ainda é, inegavelmente, uma das mais belas e empolgantes. Enfrentaram, deveras esperançosos, os obstáculos que apareceram, porque, e assim não fora, não conseguiriam realizar aquilo a que aspiravam, e desapareceria o anseio, sublime e invejável, de um dia cortar o esplêndido azul de nossos céus, encurtando distâncias e levando até outros continentes a presença deste imenso Brasil.

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P P U U B B L LIIC CIID D A A D D E E

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1972

EMERSON FITTIPALDI É CAMPEÃO NA F-1 BOMBAS DE NAPALM ATINGEM CRIANÇAS NO VIETNÃ

Seis soldados, cinco mulheres e várias crianças foram atingidos por bombas de napalm, uma espécie de gasolina incandescente, no Vietnã. Algumas crianças, queimadas pela substância, arrancaram suas roupas e correram desesperadas por uma estrada próxima de Saigon. O ataque fez parte de uma ofensiva sulvietnamita que tentava desalojar vietcongs do Mercado de Trangbang, durante a Guerra do Vietnã. A tropa comunista, que se dirigia à fronteira cambojana e já havia bloqueado a estrada foi surpreendida pela ação do auxílio aéreo. A foto das crianças correndo sem roupa pela estrada ficou conhecida no mundo todo.

TERROR NAS OLIMPÍADAS DE MUNIQUE

Oito terroristas palestinos invadiram o alojamento de Israel durante os Jogos Olímpicos de Munique. Eles exigiam a libertação de 230 palestinos presos em Israel. Logo na entrada mataram o técnico de luta grecoromana, Moshé Weinberg, que tentou barrá-los. Fizeram o mesmo com o halterofilista, Joseph Romano, que gritou para que os colegas fugissem. Nove atletas conseguiram escapar, mas outros nove ficaram em poder dos invasores. A situação ficou muito tensa quando o governo de Israel se negou a atender o pedido dos palestinos. O desfecho foi trágico. À noite helicópteros levaram reféns e terroristas para o Aeroporto Militar. Lá, atiradores de elite abriram fogo contra os terroristas, que mataram os reféns.

MÚSICA

Acabou Chorare - Novos Baianos

Águas de Março - Elis Regina

Expresso 2222 - Gilberto Gil

Fio Maravilha - Jorge Ben

Imagine - John Lennon

Soley, Soley - Fernand Arbey

CINEMA

O Poderoso Chefão Cabaret

O Destino do Poseidon

Tudo O Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo

Mas Tinha Medo de Perguntar

Último Tango Em Paris

5 MAR - INAUGURAÇÃO DA NOVA CAPELA DA EPCAR

6 MAR - INÍCIO DO ANO LETIVO

Ao iniciar o ano letivo de 1972 já não éramos 321, alguns companheiros haviam deixado a EPCAR prematuramente, para ser mais preciso, considerando os afastamentos durante o ano anterior e os três primeiros meses de 1972, a turma agora totalizava 308 alunos. Mas no decorrer do ano, outros companheiros nos deixariam pelos mais variados motivos. No entanto, a perda mais sentida pela turma, com certeza, foi a do colega Mota (71-278 Rui Guilherme da MOTA Pereira). O paraense saiu de férias no final do ano e não voltou mais. Acabou encontrando seu destino final numa estrada - era um sábado, 30 de dezembro de 1972, e nós só iríamos chorar a sua perda, realmente, ao regressar de férias no ano seguinte e nos depararmos com a notícia. Despediram-se dele, em nosso nome, alguns companheiros que estavam pela EPCAR naquela data e outros que por qualquer motivo conseguiram ser localizados a tempo.

9 MAR - PASSAGEM DE COMANDO DA EPCAR

Em cerimônia presidida pelo Exmo. Sr. Ministro da Aeronáutica, o comando da EPCAR foi transmitido pelo Brig.-do-Ar Zenith Borba dos Santos ao Brig.-do-Ar Oswaldo Terra de Faria.

11 MAIO - 22º TROFÉU LIMA MENDES

A competição esportiva entre as três turmas da EPCAR é realizada anualmente como parte das comemorações do aniversário da Escola.

17 AGO - MORRE CHARLES ASTOR

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SESQUICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA EM SÃO PAULO

Muita coisa aconteceu em 1972... briguinhas com os “camofos”... namoros... competições esportivas... fugas da PA... “VI”... grau relativo... Mas o grande destaque do ano foi o 7 de Setembro!

A Escola participou, a convite do Comando da 4ª Zona Aérea, do Desfile Comemorativo do Sesquicentenário da Independência na capital paulista, com uma representação composta pela Banda de Música, oficiais e alunos.

“São Paulo jamais testemunhou uma festa cívica de tanta vibração.” - “O destacamento da Aeronáutica compôs um belo avião, em sua formatura impecável.”, são trechos da reportagem estampada com grande destaque pela Revista Manchete daquela semana. Além do texto, as imagens eram primorosas com imenso destaque para o nosso desfile que foi um show a parte. Divididos em três pelotões, roubamos a cena pela originalidade, sincronismo e perfeição dos movimentos.

Não foi a toa! Treinamos e nos dedicamos muito para que tudo desse certo! Os instrutores e monitores não perdoavam qualquer deslize durante os treinamentos na EPCAR. Fomos exigidos ao máximo, mas valeu a pena! Quem não se lembra do desfile? Das horas a fio de ordem unida, da preparação dos uniformes, da viagem de trem, do pernoite num hangar da 4ª Zona Aérea e do “mar” de absorventes íntimos que deixamos nas ruas de São Paulo após o desfile?

É bom explicar este último comentário: para quem não se lembra ou não participou do desfile, os “acessórios femininos” foram usados no ombro para aliviar as dores provocadas pelo fuzil durante a marcha. Quando acabamos o desfile, todos deixaram o “acolchoado” pelo chão. Daí...

Bem, ainda a propósito dessa participação, o Comandante da EPCAR recebeu um radiograma contendo a seguinte referência elogiosa:

“AINDA SOB MAGNÍFICA IMPRESSÃO GARBO, DISCIPLINA EPCAR NA GRANDE PARADA SESQUICENTENÁRIO, CUMPRIMENTO CORDIALMENTE COMANDANTE ESCOLA E CADA COMPONENTE REPRESENTAÇÃO. SACRIFÍCIO DESLOCAMENTO E PRECARIEDADE INSTALAÇÕES

POSSÍVEIS SUPERADAS COMPREENSÃO TODOS TANTO CONTRIBUÍRAM IMPONÊNCIA DIGNA NOSSA AERONÁUTICA. FOTOS TIRADAS UMA DAS QUAIS PUBLICADA PRIMEIRA PÁGINA JORNAIS SÃO PAULO ATESTAM RAZÃO NOSSO ENTUSIASMO. DESFILE IMPECÁVEL EPCAR FOI CONTRIBUIÇÃO INESTIMÁVEL CONCEITO PÚBLICO AERONÁUTICA E CONTENTOU NOSSO INTERESSE ESPECIAL SUA VINDA. RECEBA E TRANSMITA OFICIAIS, ALUNOS E AUXILIARES NOSSO APLAUSO E FELICITAÇÕES. - MAJ BRIG DÉLIO JARDIM DE MATTOS - COMZAE QUATRO”

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1973

EUA SE RETIRAM DO VIETNÃ

PALESTINOS ATACAM JUDEUS NO DIA DO PERDÃO ARNALDO JABOR LANÇA TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA

MÚSICA

Gostava Tanto de Você - Tim Maia

Ouro de Tolo - Raul Seixas

Retalhos de Cetim - Benito Di Paula

Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula) - Odair José

Esse Cara - Maria Bethânia

CINEMA

Golpe de Mestre

Amarcord

Cenas De Um Casamento

O Exorcista

Papillon

10 MAIO - 23º TROFÉU LIMA MENDES

"- HAVERÁ CABANGU ESTE ANO?"

A pergunta se repetia durante todo primeiro semestre de cada ano. Na EPCAR, o nome da fazenda onde nasceu Santos-Dumont significava o ápice do treinamento militar - o último ocorrera em 1968. Não houve em 69, 70, 71 e 72, porém...em julho de 73...

Depois de horas a bordo de um trem repleto de histórias e aventuras, realizamos uma marcha de vinte quilômetros, de Santos-Dumont até a Fazenda Cabangu. Ali acampamos no dia 19 de julho, à tarde, após cinco horas de caminhada. Nossa presença abrilhantaria a comemoração do Centenário de Nascimento de Alberto Santos-Dumont realizada no dia 20, na presença de diversas autoridades.

À tarde do dia 20, após a cerimônia e com muita pressa, deixamos a Fazenda: Já era tempo de férias! Cabangu era a última atividade do semestre.

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Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004 MOMENTOS DA NOSSA PASSAGEM PELA EPCAR 50

BALANÇO FINAL

E após mais um período de férias, voltávamos revigorados e prontos para o dia-a-dia da Escola: As conversas sobre os dias de descanso, as aventuras, os amores, e o encontro com mestres e instrutores. Nossa mente voa livremente... flashes daqueles tempos vão se apresentando... estórias completas, outras não... momentos alegres, outros nem tanto o show de Rita Lee e Os Mutantes, o I Festival de Música Popular Brasileira da EPCAR, com show de Eliana Pittman como foi intensa a atividade cultural neste último ano! Recordamos dos amigos, mestres, instrutores, comandantes Recordamos - sua mãe e seu cachorrinho que viviam enchendo . Reviver aqueles tempos é viajar na imaginação para a EPCAR e, sem dúvida, para Barbacena e os "Camofos", termo às vezes pejorativo, às vezes carinhoso com que nos referíamos aos nascidos na "Cidade das Rosas".

Decorridos três anos, 114 companheiros (13 no primeiro ano, 30 no segundo e 71 no terceiro) não conseguiriam atingir o êxito final; ora por reprovação em exames de saúde, ora por outros e inesperados motivos. Assim, sentiam-se como águias de asas partidas, sendo forçados a outros caminhos, podendo ser belos e dignos, longe, porém, de ser aquilo com que sonhavam desde quando ingressaram na EPCAR. E pensar que, no início do curso, éramos apenas "ilustres desconhecidos" e, ao final, tanta coisa conhecíamos uns dos outros. Para sempre seríamos pequeninas partes de vida de cada um, como diversas circunferências que se cortam. Ao final do último ano letivo, venturoso para muitos e de desilusão para outros, constatamos que esta havia sido, acima de tudo, uma feliz oportunidade de adquirir novas experiências e de construir boas e sólidas amizades.

Mil rumos se apresentaram, separando vidas que em três anos conseguíramos unir. E cada um seguiu seu próprio destino que, por vezes, acabou por se confundir com o dos outros. Na vida de cada um, porém, nunca se apagou a chama dos verdadeiros e nobres ideais formados durante aqueles anos de convívio, alimentando um estado de espírito que no jovem jamais pode faltar

No século conturbado em que vivemos, de transformações sociais inevitáveis, em que os nobres valores sofrem tremendos impactos de um mundo em crescente evolução, é confortante saber que muito ainda se pode esperar de uma geração que ingressou na EPCAR em 1971. Em nossa memória ainda vive a lembrança daquela nossa estreita convivência. Nunca estaremos separados... Amamos a Paz, cumprimos as ordens, contribuímos para o progresso. E para concluir a última cerimônia na EPCAR, desfilamos garbosamente. Foi assim que, sob os brados do juramento eterno à Bandeira Nacional, a Nação sobrepôs o manto sagrado da cidadania sobre nossos jovens ombros e a Pátria, a maioridade de seus novos filhos

Ao término do Curso, dos 321 alunos inicialmente matriculados na Turma 71 da EPCAR, apenas 207 (64%) foram matriculados na Academia da Força Aérea - AFA.

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(Adaptação da Revista “Senta a Pua 71”)

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1974

EMERSON É BI NA F-1

REVOLUÇÃO DOS CRAVOS DERRUBA SALAZAR EM PORTUGAL

FUTEBOL EM NOVA ERA

A Copa de 1974 marca o início de uma nova era nas copas do mundo. Em 1970 a taça Jules Rimet foi entregue definitivamente ao Brasil, o primeiro tricampeão da história. Em 1974 a taça foi substituída pela Copa do Mundo Fifa. A campeã deste ano foi, mais uma vez a dona da casa. A seleção alemã, comandada pelo zagueiro Franz Beckenbauer, garantiu o bicampeonato derrotando a Holanda apelidada de "Laranja Mecânica" por 2 a 1 na final.

MÚSICA

Abre Alas - Ivan Lins

Feelings - Morris Albert

Gita - Raul Seixas

Maracatu Atômico - Gilberto Gil

All in Love is Fair - Stevie Wonder

CINEMA

Chinatown

O Poderoso Chefão II

O Inferno na Torre Emmanuelle

O Massacre da Serra Elétrica

4 MAR - INÍCIO DO ANO LETIVO NA AFA

PRIMEIRO ANO - APRENDER A VOAR!!

“Nas asas e mãos dos pilotos voam a confiança e a esperança de um povo!”

Raimundo Liberato de ASSIS

O artista de letras e palavras da Turma assim escreveu num longínquo, mas nem tanto, Dia do Aviador, para companheiros que davam os primeiros passos rumo ao céu. Hoje, nobres e responsáveis senhores conduzem aeronaves de grande porte, transportando passageiros e carga, ou outras um pouco menores e bem mais velozes, envolvidas na defesa da Pátria.

Nem passaria pela cabeça dos cidadãos comuns que vêem estas aeronaves cortar o céu as histórias que seus pilotos protagonizaram durante a sua formação. Histórias tristes de companheiros que partiram, de outros que traçaram diferentes rumos em suas vidas, e daqueles que, depois de anos de convívio, resolveram tomar outros destinos, dedicando-se a diferentes atividades não menos importantes ou nobres.

Não vamos lembrar destas histórias que nos trazem recordações tristes, amargas e saudades de nossos “meio irmãos”. É hora de recordar as aventuras dos cadetes na fase mais divertida de nossa formação Dediquemos alguns minutos para recordar os momentos alegres que, com certeza, tivemos oportunidade de vivenciar na AFA, apesar de todas as dificuldades e desilusões Deixe a tristeza de lado! Cada foto, cada palavra nos leva a viajar no tempo! Assim, quase sem perceber, um sorriso nascerá em nossos lábios

Dito isto, antes de começar a ilustrar o nosso tempo de convívio na AFA, vamos nos situar naquela época. Vamos imaginar a situação que atravessávamos naqueles tempos, principalmente os aviadores que constituíam a grande maioria da turma. Vamos localizar o pessoal que não teve oportunidade de compartilhar conosco aqueles momentos.

Bem, nossa turma foi a primeira (“cobaias” - mais uma vez!) a seguir direto da EPCAR para a AFA, sem passar pelo Centro de Formação de Pilotos Militares, em Natal - RN. O CFPM, até então, havia servido como uma importante fase na formação do piloto militar, o que os aviadores da turma vieram a descobrir ao final do curso na AFA, quando, então, seguiram para fazer um estágio obrigatório de um ano por lá. Era naquele período de um ano entre a EPCAr e a AFA que os alunos tinham o primeiro contato com o avião, sendo selecionados quanto à aptidão para o vôo e, às vezes, para maridos das senhoritas locais

Neste momento, julgo pertinente fazer uma ressalva, por questão de justiça com alguns companheiros que se viram obrigados a interromper abruptamente a carreira de piloto militar: O desligamento do curso durante o vôo não significa, necessariamente, a inaptidão à pilotagem, senão, apenas uma maior dificuldade, que poderia ser até momentânea, em atingir o nível de desempenho desejado num período de tempo previamente estabelecido, característica da aviação militar.

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Esquadrilha

Muitos companheiros desligados na fase do vôo são hoje excelentes pilotos civis e, com certeza, também o seriam no meio militar se tivessem tido um pouco mais de sorte e tempo para o aprendizado. Digo isto por ter plena consciência das dificuldades que enfrentamos, as quais, em alguns casos, vieram a precipitar o afastamento de companheiros dedicados do convívio com a turma, companheiros estes que, ao lerem esta Revista, poderão recordar os momentos pitorescos que enfrentamos durante a fase de instrução aérea.

A chegada na AFA junto com a Turma de 70 que vinha do CATRE, duas turmas chegando ao mesmo tempo, foi tumultuada. Não conhecíamos boa parte deles - os PQD’s da Turma de 70 foram incorporados àquela turma no início do CFPM e, portanto, não tiveram contato anterior conosco, além de já terem concluído 1 ano de vida militar - eram quase “veteranos”. Enquanto isto, os PQD’s da nossa turma estavam recém chegados na AFA, incorporando-se como os mais perfeitos “bichos” no dia a dia da vida militar. A recepção dos PQD’s, após a longa viagem de alguns, do “berço” até a AFA, tinha sido regada a biscoitos com gosto de “nada” e muito refresco “colorido e doce”, comumente chamado entre os cadetes de “suco de pirulito”.

Para sentir o clima, no primeiro dia da AFA, me lembro que o Luiz da nossa turma ficou nas escadas do alojamento da Turma de 70, de 5º uniforme, recebendo a apresentação deles conforme iam chegando e se instalando, curtindo uma de veterano do 4º ano. Dias depois, quando o pessoal de 70 se deparou com o Arataca em forma junto com os bichos da Turma 71... Acho que não preciso fazer comentários a respeito! Bem, mas vamos ao que interessa! Aulas de navegação... aulas de performance... aulas de instrução técnica do avião: um “complexo” T-23 Uirapuru, conhecido pelos cadetes como “Zarapa”, cujos instrumentos somados forneciam menos informações do que um destes modernos relógios cheios de firulas.

Aulas de... Pô! Cadê o vôo? Cadê o avião?... A gente chega lá. É que tem umas preliminares...

Distribuição do macacão de vôo - este é um capítulo a parte: tinha macacão azul e laranja de todos os tamanhos grandes conhecidos – G, L, XG, XL, XXG, XXL... Mas a maioria era, sem dúvida, tamanho E (enorme) – O paraíso dos gordinhos que, mesmo assim, não conseguiam preencher todos os espaços disponíveis nestes uniformes. Um bando de pirralhos vestindo macacão de vôo feito “sob medida”... para o Faustão, o rei Momo e outros acima dos 120 quilos! Ridículo! Basta ver as fotos da época e, com algumas exceções, era um desperdício de pano! E daí? Vamos ao que interessa: O vôo!... Quase...

Mais aula... aula... aula... brifim... brifim.. brifim... hora de nacele (estudo dentro do próprio avião)... cheque de olhos vendados (mostrar ao instrutor que você sabe onde estão todos os instrumentos e interruptores do avião de olhos fechados)... distribuição do equipamento de vôo... Estamos quase lá...

Chegou o dia!... Vamos fazer o primeiro vôo!...

Êpa!... Tá chovendo!... Fica para amanhã!... Melou o vôo!

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Mas, o grande dia chegou! Era uma vez...

Na AFA, as aeronaves de instrução ficavam estacionadas lado a lado num enorme pátio, de tal forma que, nos primeiros vôos do dia, com quase todas estacionadas aguardando os seus pilotos (Instrutor e Cadete) era um pouco mais difícil encontrar aquela na qual iríamos voar

Resumidamente, a seqüência diária era mais ou menos assim: Chegávamos nos hangares divididos em esquadrilhas; era realizada uma formatura; daí entrávamos nas respectivas salas para assistir a um brifim geral, no qual era divulgada a escala de vôo: INSTRUTOR - CADETE - NÚMERO DO AVIÃO.

Apresentávamo-nos ao Instrutor logo após o brifim geral para um outro, específico sobre a missão que iríamos realizar e, após, enquanto o Instrutor tratava de outros assuntos correlatos, éramos orientados para apanhar nosso equipamento de vôo e ir fazendo a inspeção externa da aeronave na qual iríamos voar, sentar na mesma, nos amarrar nos assentos e aguardar a chegada do instrutor.

Aí morava o perigo! Um bando de cadetes a solta, sozinhos, no meio de um pátio cheio de aeronaves não podia dar boa coisa e quase sempre surgia uma boa e nova história, isto sim! Quem não se lembra? É só dar um tempo nas reuniões da Turma para que as histórias comecem a ser contadas, cada uma mais hilariante do que a outra, lembrando o que acontecia no chão ou no ar - Lembrem-se de que o que vale não é o fato mas a “versão” de quem conta. Aproveitem o tempo juntos para trocar recordações e provar desta “fonte da juventude”! Enquanto isso, que tal “matar a saudade” dos instrutores de vôo?

SER CADETE

Segundo a tradição, o cadete era o soldado nobre por ascendência, titular do privilégio de acesso ao oficialato militar, sem estágio nos postos inferiores - praça de pré distinta, ora moço fidalgo, ora descendente de guerreiros enobrecidos nas batalhas

Nos estados modernos, sem regalias de sangue ou de fortuna, o cadete continua a ser, contudo, por sua vocação e opção livre, um soldado privilegiado. No Brasil, é o jovem, brasileiro nato, que ingressa nas Forças Armadas, pelo assentamento de praça nas respectivas fileiras. Cadete da Aeronáutica é o que vem para a Força Aérea, depois de preencher as condições legais de idade, escolaridade, aptidão física, exame médico e psicotécnico.

Ser Cadete da Aeronáutica é pois ser soldado de escol, que adestra o espírito e o corpo para o nobre ofício de servir ao Brasil nos céus, ou na terra em atividades administrativas, operacionais e de combate. É este contexto que ele escolheu para honrar a pátria e defendê-la segundo o seu Código de Honra:

“CORAGEM - LEALDADE - HONRA - DEVER - PÁTRIA”

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VÔO SOLO - BANHO DO LACHÊ

O Cadete, ao iniciar a atividade aérea, passa por uma forte preparação que envolve aulas teóricas dos diversos sistemas do avião, provas sobre os procedimentos normais e de emergência e vôos acompanhados pelo Instrutor. Ao conseguir voar sozinho, ou seja, ao realizar seu primeiro vôo "solo", o mesmo é recebido pelos colegas que formam um corredor "polonês" que termina no "Lago do Lachê", onde acontece o "Banho do Lachê" e a confraternização. É um momento especial na vida do Cadete Aviador e um dos mais significativos de toda a sua carreira.

Na nossa turma, se bem me lembro, os dois primeiros a “lavarem a alma” neste tradicional e almejado banho foram o Passos e o Ingolotti. Depois deles, um a um, ou em grupo, ao ultrapassar mais este degrau da carreira de aviador militar, enfrentávamos com orgulho e alegria o banho, muitas vezes acompanhados pela água proveniente dos caminhões de bombeiro da AFA, logo após o vôo.

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10 JUL - ENTREGA DOS ESPADINS

A entrega dos Espadins aos novos Cadetes foi realizada na data em que se comemora o aniversário de criação da Academia da Força Aérea.

O Espadim é o símbolo do Cadete e representa sua primeira conquista na caminhada para o oficialato. Sua entrega segue um ritual específico que é procedido após a conclusão do Estágio de Adaptação Básico. Ao recebê-lo, o Cadete encontra-se plenamente adaptado à vida acadêmica.

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1975

CHACRINHA FAZ SUCESSO NA TV

ACABA A GUERRA DO VIETNÃ

BILL GATES E PAUL ALLEN FUNDAM A MICROSOFT

MÚSICA

De Frente pro Crime - João Bosco

Moça - Wando

Modinha para Gabriela - Gal Costa

Ovelha Negra - Rita Lee e Tutti Frutti

Philadelphia Freedom - Elton John

CINEMA

Um Estranho no Ninho

Tubarão

Tommy

Monty Python em Busca do Cálice Sagrado

Um Dia de Cão

3 DE MARÇO - INÍCIO DO ANO LETIVO

VI CONGRESSO DESPORTIVO SUL-AMERICANO

Foi realizado em Caracas, Venezuela, no período de 07 à 16 de julho de 1975, o VI Congresso Desportivo Sul-Americano para cadetes sendo a AFA representada, dentre outros, pelos Cad. Marcos Roberto Genes e Cad Eitel de Melo Souza.

SEGUNDO ANO - HAJA “CÊPA”!!

Se a tônica do primeiro ano na AFA foi o vôo, no segundo a história foi outra bem diferente: “Cêpa”!! Muita “Cêpa”!! A dedicação ao estudo tinha que ser total e muita gente virava a noite se preparando para as provas. Mas, como sempre, a nossa Turma manteve a alegria

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DOCA STREET MATA ÂNGELA DINIZ

BRUNO BARRETO DIRIGE DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS

MÚSICA

As Rosas Não Falam - Cartola

Como Nossos Pais - Elis Regina

Pecado Capital - Paulinho da Viola

Apenas um Rapaz Latino Americano -Belchior

"O Que Será - Chico Buarque e Milton Nascimento

CINEMA

Rocky, Um Lutador

Todos os Homens do Presidente

Dona Flor e Seus Dois Maridos

Taxi Driver

O Império dos Sentidos

13 JAN - PASSAGEM DE COMANDO DA AFA

Presidida pelo Exmo. Sr. Ministro da Aeronáutica, Ten.-Brig. do Ar Joelmir Campos de Araripe Macedo, foi realizada a solenidade de Passagem de Comando da Academia da Força Aérea, do Brig. do Ar Clóvis

Pavan para o Brig. do Ar Clóvis de Athayde Bohrer

30 JAN - PASSAGEM DE COMANDO DO CCAER E DO GIA

Em 30 de janeiro de 1976, realizou-se as passagens de comando do Grupo de Instrução Aérea, do Maj.-Av.

Délcio Francisco Possas Santos para o Ten.-Cel.-Av. Flávio Petersen, e do Corpo de Cadetes, do Maj.-Av. Osiris Castilho para Ten.-Cel.-Av. Sérgio Pradatzky Marques.

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8 MAR - INÍCIO DO ANO LETIVO

15 MAIO - IV CAMPEONATO INTERNO

Nesta data, realizou-se a cerimônia de abertura do IV Campeonato Interno do Corpo de Cadetes da Aeronáutica, cujas competições ocorreram no período de 15 a 21 de maio. O encerramento do campeonato (cerimônia) previsto para o dia 29 de maio foi su enso em virtude do falecimento do Maj.-Av. Jair Ferguson rrido em 28 de maio num acidente automobilístico. O 3° Esquadrão classificou-se em 3° lugar, tend Menescal (salto em altura), Cad. Curado (arremesso dley).

sp , o oco como destaque os primeiros lugares obtidos pelo Cad. de peso) e Cad. Eitel (100 m nado de costas e 200 m me

13 SET - XII NAVAMAER

No período de 13 a 17 de setembro de 1976, foi realizado no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, a XII NAVAMAER. A NAVAMAER é uma competição anual da qual participam os Aspirantes da Escola Naval, Cadetes da AMAM e da AFA. Foram disputadas as modalidades de atletismo, esgrima, natação, pentatlo militar e tiro. Durante as competições destacaram-se em primeiro lugar o Cad Eitel (100 m peitonovo recorde da NAVAMAER, e 200 m medley) e a equipe de e pada, ehlen sgrima - es composta pelo Cad. Ingolotti e pelo Cad G

12 NOV - CLUBE DE VÔO A VELA

Foi inaugurado no dia 12 de novembro de 1976, com a presença do Exmo Sr. Ministro da Aeronáutica, Ten.-Brig -do-Ar Joelmir Campos de Araripe Macedo, o Clube de Vôo a Vela da AFA, cujo moto é: “Voar pelo prazer de voar!”, com um acervo de 10 planadores TZ-13, 2 rebocadores Ipanema e 1 moto-planador.

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1977

MORRE CHARLES CHAPLIN

BRASILEIROS PODEM SE DIVORCIAR

GOVERNO FECHA O CONGRESSO COM O PACOTE DE ABRIL

MÚSICA

Amigo - Roberto Carlos

Flor de Lis - Djavan

Maluco Beleza - Raul Seixas

Pombo Correio - Moraes Moreira

Romaria - Elis Regina

Baby I Love Your Way - Peter Frampton

Dancing Queen – Abba

16 JAN - XIX

CINEMA

Contatos Imediatos de Terceiro Grau

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa

O Homem De Itu

Os Embalos de Sábado à Noite

Lúcio Flávio, O Passageiro Da Agonia Orca, A Baleia Assassina

CAMPEONATO BRASILEIRO DE VÔO A VELA

Desenvolveu-se na AFA, de 16 a 29 de janeiro de 1977, o XIX Campeonato Brasileiro de Vôo a Vela.

9 FEV - INÍCIO DO ANO LETIVO

13 JUN - IV CAMPEONATO INTERNO

Realizou-se na AFA, de 13 a 24 de junho de 1977, o V Campeonato Interno do Corpo de Cadetes da Aeronáutica. A cerimônia de encerramento foi realizada em 24 junho. O 4° Esquadrão classificou-se em 4° lugar tendo como destaque os primeiros lugares obtidos pelo Cad. Curado (arremesso de peso e de dardo), Cad. Siqueira (judô individual - peso pena) e Cad. Eitel (100 m nado de costas e 100 m nado de peito) e a segunda colocação obtida pela equipe de judô (peso médio)

DIA DA PÁTRIA

Realizou-se no dia 7 de setembro, na cidade de Pirassununga, o desfile cívico-militar relativo às comemorações do Dia da Pátria. Um destacamento militar misto, composto pela AFA e pelo 2º Regimento de Carros de Combate, foi comandado pelo Cel.-Av. Geraldo Lessa da Cunha Canto, Subcomandante da AFA O grupamento terrestre da AFA era constituído de Banda Sinfônica, 4 Esquadrões do Corpo de Cadetes comandados pelo Ten.-Cel.-Av. Sérgio Pradatzky Marques, 2 Batalhões de Graduados e o Batalhão de Guarda e Segurança. O grupamento aéreo era constituído de 8 aeronaves T-37C.

10 SET - XIII NAVAMAER

No período de 10 a 18 de setembro de 1977 foi realizada na Academia Militar de Agulhas Negras (AMAN) a XIII NAVAMAER nas modalidades de Atletismo, Esgrima, Natação, Pentatlo Militar, Tiro, Futebol de Campo, Voleibol, Judô, Basquetebol e Polo Aquático. A delegação da AFA foi composta de 163 elementos, sendo 133 cadetes/atletas e foi chefiada pelo Ten.-Cel.-Av. Sérgio Pradatzky Marques, Comandante do Corpo de Cadetes. A AFA destacou-se no Judô (campeã por equipes); na Natação (1º lugar nos 100 m livres e nos 200 m medley) e no Atletismo (1º lugar nos 800 m rasos e no salto triplo).

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GRESUJO

Em 1977 foram lançadas definitivamente as bases para a formação do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Unidos do Jordão - GRESUJO. Daí começaram a ser promovidos encontros, essencialmente no Rio de Janeiro, tendo em vista que a maioria da Turma era nascido nesta cidade. Eu me lembro de um em Paquetá, numa casa cedida pela família do Luiz Cláudio, com direito a observação de dois “golfinhos” da Turma Maracujá que nadavam no porto, ao lado da barca Paquetá - Rio, enquanto o pessoal regressava para o Rio; e outro noma casa em Pedra de Guaratiba. Deste último ainda tenho umas fotos meio ruins. Um pequeno grupo de uns sete ou oito companheiros do GRESUJO chegou a passar um final de semana prolongado em Lambari - MG tornando-se a sensação local no samba e no futebol. Até hoje o grupo ainda é lembrado pelo pessoal que freqüenta o condomínio que ficamos hospedados.

O estandarte do GRESUJO, desenhado pelo Vinícius, se perdeu, nem foto conseguimos recuperar, mas a alegria sempre esteve presente em todos os nossos encontros.

Lembro ainda de um churrasco inesquecível que fizemos em Pirassununga, numa área em frete ao “Postinho”. Foi nesta ocasião que o Luiz “Arataca” instigou o Clenézio a ficar trocando de lugar um tronco de árvore pesadíssimo que havia no terreno, ao sabor da mudança de posição da sombra de uma árvore.

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“AQUI SE ENSINA A VOAR JATO”

O quarto ano da AFA foi ansiosamente aguardado, afinal, era quando voltaríamos a nos dedicar ao vôo. Melhor ainda, o vôo a jato! Era a hora de nos engajarmos no estudo do T37C, uma aeronave bi-reatora que sonhávamos em voar.

Infelizmente para muitos da Turma este sonho se tornou um pesadelo. Passamos muito tempo, desde o primeiro ano, sem voar e saímos do T-23, uma aeronave relativamente simples, para o T-37, que exigia muito mais dos pilotos. Além disso, tinha o tal “número mágico padrão” de formandos por ano a ser atingido. Daí, os desligamentos passaram a ocorrer por “atacado”, arrancando do nosso convívio excepcionais companheiros, muitos dos quais acabaram por concluir o curso de outras especialidades nos anos posteriores, a convite da própria FAB. Em suma, a nossa Turma acabou atingindo um lamentável recorde histórico de desligamentos no quarto ano. Para se ter uma idéia, do meio do segundo semestre em diante a AFA perdeu o controle de faltas da Turma, assim, ia para a aula quem queria.

“A GENTE SE DIVERTE VOANDO JATO”

Vamos deixar esta conversa de lado. O tempo do T-37C me lembra de outras histórias mais interessantes como a do companheiro que resolveu estudar dentro de uma aeronave no fim de semana - em aviação chamamos de fazer "hora de nacele", uma forma de melhor fixar a posição dos diversos interruptores e seqüência de inspeções e cheques da aeronave.

O colega saiu a procura de uma aeronave que se prestasse a este treinamento e, depois de algum tempo, chegou a conclusão de que havia encontrado: a "pérola" estava sobre macacos, dentro do hangar, sem ninguém por perto: Que perigo poderia haver? Ninguém iria ver. De nada adiantaram as advertências dos instrutores para só fazer isto acompanhado de um instrutor e para que apenas simulassem o movimento sem, no entanto, efetivamente ligar e desligar os interruptores, muito menos ligar a bateria da aeronave.

A “sensação” do T-37C era a capota automática como aqueles carros que a gente só via em filme do James Bond: Com o movimento de um simples botão a capota subia e descia, abrindo e fechando num movimento suave e contínuo - Era o máximo!!! O colega não resistiu muito tempo. Alguns minutos foi o tempo que a curiosidade levou para vencer a razão e este ligasse a bateria. Agora, todos os equipamentos estavam prontos para serem utilizados, em especial um diminuto botão que comandava a capota.

Timidamente, o colega comandou o fechamento da capota e "tuiiiiimmm" lá vinha ela; parava de acionar o botão e a capota imediatamente parava também. Que maravilha eletrônica! Fechou... "tuiiiiimm"... Abriu... "tuiiiiimm"... Fechou... "tuiiiiimm"... Abriu... "tuiiiiimm"... Fechou.... e "tu....", aciona o botão para abrir de novo e "tuc..." - nada.

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As luzes da aeronave já fraquinhas se apagam e lá se foi a bateria...E agora? Ninguém por perto. O objetivo era justamente este, não chamar a atenção, mas, como sair da aeronave sem auxílio? Esperar o início do expediente na segunda-feira trancado na aeronave? De jeito nenhum! E aí vem o ridículo: O cara já era baixinho e tinha uma voz esganiçada mas não teve jeito, procurou uma abertura de emergência na lateral da aeronave, do tamanho de um limão e botou a boca no mundo: SOCOOOOORRO! SOCOOOORRO!...

Horas depois, o parabrisas da aeronave todo embaçado, o colega alguns quilos mais leve e quase sem voz continuava: socorrrrrroooo.... socorrroooo... até que um sargento que por ali passava escutou aquele murmúrio suplicante e acabou por "salvar" o nosso colega que jurou nunca mais fazer isto de novo. Será!?!!

Esta capota tem outras histórias

Antes do vôo, ao chegar na aeronave, colocávamos o capacete de vôo apoiado sobre a parte fixa da capotao para-brisas propriamente dito. A parte superior é que se movimentava para cima e para baixo, apoiada na dobradiça na parte traseira como uma concha.

Outro companheiro curioso, o qual usava um dos maiores capacetes disponíveis (acho que mesmo assim ficava apertado) resolveu testar o funcionamento da capota antes do vôo e já com o capacete apoiado no para-brisas.

Preciso concluir? O arataca, num destes sobe e desce da capota se distraiu e "crac" lá se foi um capacete. Até hoje não sabemos o que ocorreu depois. Será que ele voou com o capacete quebrado? Será que pediu para cancelar o vôo? Conseguir trocar o capacete na hora...Creio que não deu: Não tinha outro "invólucro" do tamanho daquele "conteúdo" (me refiro à "caixa" não ao "recheio").

IMAGENS DO VÔO DE T-37C

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ALMOÇO DOS 100 DIAS

O tradicional almoço é realizado anualmente pela turma do 4º ano quando faltam 100 dias para o Aspirantado - um marco rumo ao término do curso, símbolo de mais uma etapa vencida! A partir dele faltava um pouco mais de três meses para o objetivo final. A foto ao lado registra os momentos iniciais do almoço quando todos ainda estavam bastante comportados; no final tudo virava uma grande e alegre festa.

12 DEZ - DECLARAÇÃO DE ASPIRANTES

A Academia da Força Aérea, a 12 de dezembro de 1977, recebeu o Exmo. Sr. Presidente da República, General de Exército Ernesto Geisel e altas autoridades civis e militares, para a solenidade máxima desta Organização Militar: a “Declaração de Aspirantes”.

ORDEM DO DIA DO EXMO SR COMANDANTE DA AFA

Entrega, hoje, nossa Academia à Força Aérea Brasileira e ao Brasil, mais uma Turma de Oficiais Aviadores e Intendentes. E o faz sob um clima de júbilo e emoção que, normalmente, cerca os grandes acontecimentos.

Nesta oportunidade, honram-nos, sobremaneira, as presenças do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas, do Exmo Sr. Governador do Estado de São Paulo, dos Exmos Srs. Ministros de Estado e Oficiais Generais, das altas autoridades civis e militares, e dos demais convidados. Seu comparecimento nos estimula e sensibiliza.

“Aspirantes da Turma “Ministro Joaquim Pedro Salgado Filho”

Chegais, hoje, ao fim de uma etapa da vossa carreira que, na verdade, se constitui em início de uma nova fase de vossa vida. Durante sete anos, desde que ingressastes na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, sonhastes com este dia Certamente, em muitas ocasiões sentistes vossas forças diminuírem e fostes tentados a vos entregar ao desânimo. O ideal, no entanto, que esteve sempre presente em vossos corações, vos deu a força indispensável para que chegásseis até aqui. Colheis os resultados da vossa obstinação e esforço, evidenciando, também, que estais preparados para enfrentar os sacrifícios que a vida militar impõe. Mas, se essa conquista, com muita justiça, é motivo de júbilo para vós, não o é menos para aqueles tiveram a responsabilidade de vos orientar e transmitir conhecimentos: vossos instrutores e vossos mestres, artífices do trabalho que permitiu a esta Academia o cumprimento da sua missão. Como vós, também eles sentem, neste momento, a suprema felicidade que poderia ser alcançada, que é a satisfação do dever cumprido. A eles, nesta oportunidade, nossa homenagem e nosso profundo reconhecimento.

A partir de agora, vossas obrigações escolares serão substituídas pelas árduas responsabilidades de chefes. A tranqüilidade, até agora encontrada nesta Casa, dará lugar às preocupações de toda natureza que, certamente, estarão presentes em vosso espírito no dia-a-dia de vossas atividades, colocando à prova vossa capacidade de discernimento e decisão.

Até hoje, éreis os únicos atingidos pelos resultados das vossas ações; o maior ou menor interesse que tivestes em vossas tarefas, vosso melhor ou pior desempenho não tiveram outros reflexos ou conseqüências senão em vós mesmos. Fostes, até o momento, os únicos beneficiados ou prejudicados pela forma como procedestes. A partir deste instante, tal não ocorrerá. Investidos das prerrogativas e responsabilidades de chefes, tereis sempre homens sob vossas ordens, os quais, além de dependerem de vós, muito de vós esperarão. Da mesma forma que vossos acertos concorrerão para o correto desempenho de vossos subordinados, vossos erros sobre eles se refletirão. Se é importante que acerteis, tende sempre presente, porém, que errar é humano. E se isto ocorrer, lembrai-vos de que reconhecer o erro é uma grande virtude. Nessas ocasiões, é indispensável que possuamos a necessária humildade, que é ao mesmo tempo grandeza, para modificarmos nossas posições

Permitam-me repetir, aqui, um conselho que demos aos Aspirantes da Turma de 1976. Ides dirigir homens; sede, portanto, profundamente humanos e compreensivos no momento de vossas decisões Lembrai-vos de que é indispensável que saibamos respeitar, se desejarmos ser respeitados; é imperioso que, antes de disciplinar, sejamos disciplinados; que antes de pretender ser obedecidos, saibamos obedecer.

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Esquadrilha

Inspirai-vos no exemplo dado por vosso Patrono que, como primeiro titular do Ministério da Aeronáutica, através de uma ação serena e humana, uniu, num só bloco, as antigas Aviação Militar e Aviação Naval, conseguindo o precioso amálgama que é hoje a nossa Força Aérea.

Ao tratardes com vossos subordinados, tende sempre presente que, em muitos casos, um conselho é quase sempre mais oportuno e eficiente que uma punição, e a disciplina, atributo indispensável de uma Corporação Militar, tem que ser, acima de tudo, um estado de espírito.

Sobre as fundações do preparo recebido nesta Academia, ides construir, nas Organizações da vossa Corporação, a escada que, certamente, vos conduzirá aos mais altos postos da hierarquia militar.

Não vos esqueçais, porém, de que a cada conquista corresponde maior responsabilidade.

A vós, cada vez mais, caberá preservar o inestimável patrimônio, representado pelos altos valores da nossa Corporação e da nossa Pátria que os nossos antepassados nos legaram. E, entre os mais preciosos, evidenciam-se o civismo, o amor à liberdade e a repulsa às doutrinas exóticas e ideologias alienígenas.

Nunca permitais que a influência nefasta dos apátridas tenha ressonância e, muito menos, vingue em nosso solo.

Vigiai sempre e atentamente para que vossos filhos encontrem esta Pátria como nós a recebemos: sob a proteção da Cruz, a cuja sombra ela nasceu e se desenvolve.

Honrai sempre e cada vez mais, o símbolo de autoridade que acabais de receber. Entregando-vos a espada, a Pátria externa sua convicção de que sabereis honrá-la, conduzindo-a não só com energia indispensável, mas também com senso de responsabilidade que não pode estar ausente do Oficial.

Meus caros jovens!

Um longo e árduo caminho abre-se a vossa frente. Muitos obstáculos, certamente, se anteporão a vós na caminhada que hoje iniciais e empreendereis rumo ao objetivo único que devereis ter sempre presente: servir a Pátria! Servir a Pátria que muito espera de vós; servi-la incondicionalmente, sem jamais pensar em dela vos servir!

Em vossas atividades, não esqueçais as palavras que tantas vezes aqui ouviste: “O importante não é dar muito, e sim, dar o melhor de si”.

Aos cadetes das nações amigas – Bolívia, Paraguai e Venezuela – que durante quatro anos conviveram conosco e hoje nos deixam, os nossos melhores votos de felicidades em suas Pátrias Para nós, foi uma honra e motivo de enorme satisfação tê-los conosco durante o Curso que ora se encerra.

Neste instante, que é de festa para todos nós, os cumprimentos de vosso Comandante e a sua certeza de que honrareis esta Academia. Vosso procedimento como cadetes e o sucesso que hoje se concretiza são provas evidentes de que isto ocorrerá.

Segui, portanto, tranqüilos e confiantes e sede felizes!

Brigadeiro-do-Ar Clóvis de Athayde Bohrer Comandante da Academia da Força Aérea

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IMAGENS DO “ASPIRANTADO”

INCORPORAÇÃO DA BANDEIRA

CHEGADA DA AUTORIDADE

DEVOLUÇÃO DO ESPADIM

DESFILE MILITAR FORA DE FORMA...

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REVISTA À TROPA PASSAGEM DO ESTANDARTE HOMENAGENS AO 1º COLOCADO - CADETE AVIADOR 77-302 ROGÉRIO TROIDL BONATTO ENTREGA DA ESPADA
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MARCHE!

A PLACA NO PARABOLÓIDE

A arquitetura da Academia da Força Aérea impressiona pelas formas modernas e arrojadas e também pela quantidade de concreto utilizada. Uma de suas formas mais presente na vida do Cadete é o Parabolóide - uma estrutura enorme, de concreto, sustentada por uma única coluna, onde hoje são afixadas as placas das turmas, perpetuando no bronze os nomes de todos que se formam naquela Escola. É sob os parabolóides que os cadetes entram em forma diariamente para as mais diversas atividades do seu dia-a-dia Os parabolóides ligam o Corpo de Cadetes ao Rancho, ao Cinema e à Divisão de Ensino da AFA. Seus deslocamentos diários e suas principais formaturas acontecem à sombra dos parabolóides

Para quem não se lembra, a nossa Turma Maracujá foi a primeira a fixar uma placa comemorativa do término do curso num parabolóide da AFA. A partir de nossa iniciativa, outras turmas seguiram o exemplo, até mesmo mais antigas, e os parabolóides estão, hoje, povoados de placas similares.

Muito se falou ao longo dos anos sobre os méritos desta criativa idéia, atribuindo-se até ao mais antigo: O Comandante da AFA em 1977. A verdade, no entanto, é que esta é mais uma grande realização da Turma Maracujá, nascida, como sempre, da mente fértil e espirituosa de seus integrantes.

O Theodoro e o Soeiro estavam conversando no alojamento sobre a nossa Festa de Formatura quando o Soeiro comentou que, mesmo com o pagamento das despesas previstas, ainda ia sobrar dinheiro. O que fazer?

O Theodoro, num gracejo, imediatamente sugeriu a aquisição de um Chevete para sortear entre o pessoal da Turma ao que o Soeiro não concordou pois, com a sorte que o Theodoro tinha, ele é que ia acabar sendo sorteado. O Theodoro, ainda bizonhamente, sugeriu, então, que se fizesse diversas placas com cada um dos nomes dos formandos, que eram poucos, fixando-as nos parabolóides para “batizar” cada um deles com nossos nomes.

Daí, numa conversa posterior com o Beato e o pessoal da Sociedade Acadêmica, a idéia até então jocosa acabou tomando forma mais séria, decidindo-se por gastar o dinheiro remanescente na confecção de uma única placa metálica com o nome de todos os formandos da Turma Maracujá, a qual, com a “autorização” do Comandante da AFA (sua única participação neste episódio), seria fixada em um dos parabolóides existentes no pátio da Academia.

De mais uma brincadeira, um comentário quase sem propósito de um companheiro, surgiu o que viria a se tornar o embrião de um procedimento histórico, marcante para os componentes das diversas turmas que passaram pela AFA e para os jovens cadetes que têm a oportunidade de “conviver” com as outras turmas mais antigas e seguir seu exemplo.

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1978

MICKEY MOUSE COMPLETA 50 ANOS

CRIAÇÃO DE GARFIELD, PERSONAGEM DE JIM DAVIS

NASCE O PRIMEIRO BEBÊ DE PROVETA

COPA DO MUNDO POLÊMICA NA ARGENTINA

MÚSICA

Café da Manhã - Roberto Carlos

Cálice - Chico Buarque e Milton Nascimento

Dancin´Days - Nelson Mota

Força Estranha - Roberto Carlos

Maria, Maria - Milton Nascimento

Sampa - Caetano Veloso

Stayin´Alive - The Bee Gees

We Are the Champions – Queen

1979

CINEMA

Amargo Regresso

O Expresso da Meia-Noite

Clube Dos Cafajestes

Grease, nos Tempos da Brilhantina

Os Trapalhões Na Guerra Dos Planetas

Superman

LEI ANISTIA PRESOS POLÍTICOS E EXILADOS

DOCA STREET É CONDENADO

REVOLUÇÃO ISLÂMICA LEVA KHOMEINI AO PODER NO IRÃ

MÚSICA

O Bêbado e o Equilibrista - Elis Regina

Começar de Novo - Ivan Lins

Super-Homem - A Canção - Gilberto Gil

Vou Festejar - Beth Carvalho

I Will Survive - Gloria Gaynor

Y.M.C.A - Village People

1980

JONH LENNON É ASSASSINADO

CINEMA

Alien, o 8º Passageiro

Apocalypse Now

Kramer vs Kramer

Jornada Nas Estrelas

Mad Max

A Vida de Brian

EUA BOICOTAM JOGOS OLÍMPICOS DE MOSCOU

COMEÇA A GUERRA IRÃ-IRAQUE

PELÉ É ELEITO O ATLETA DO SÉCULO

MÚSICA

Bandolins - Osvaldo Montenegro

Canção da América - Milton Nascimento

Mania de Você - Rita Lee

Menino do Rio - Baby Consuelo

Another Brick in the Wall - Pink Floyd

CINEMA

Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu

O Iluminado

Os Sete Gatinhos

Sexta-Feira 13 - Parte 1

Gente Como a Gente

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LADY DIANA E O PRÍNCIPE CHARLES SE CASAM PAPA É BALEADO NA PRAÇA SÃO PEDRO

NELSON PIQUET É CAMPEÃO DE FÓRMULA UM

MÚSICA

Emoções - Roberto Carlos

Nos Bailes da Vida - Milton Nascimento

Woman - John Lennon

1ª “MARACUJADA” - EPCAR

CINEMA

Carruagens de Fogo

Indiana Jones, Os Caçadores da Arca Perdida

Os Saltimbancos Trapalhões

Com a presença ilustre da Isabelinha, do “Capitão” Segadães e do professor Baumgarten, realizou-se na EPCAR, em Barbacena - MG, a primeira reunião da Turma Maracujá após o término do curso na AFA em 1977. Comemorávamos o aniversário de 10 anos do ingresso na EPCAR em 1971. Nesta época, como pode ser percebido na foto, ainda tínhamos cabelo, porte atlético e aparência de jovens.

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1982 76

SPIELBERG LANÇA E.T. – O EXTRATERRESTRE

BRASIL ELEGE GOVERNADORES

TRAGÉDIA BRASILEIRA NA COPA DA ESPANHA

A derrota do Brasil na Copa da Espanha, em 1982, foi uma das mais tristes na história da participação do País no mundial. Foi a derrota do futebol arte pela força. A seleção brasileira, dirigida por Telê Santana, contava com craques incontestáveis como Zico, Sócrates e Falcão. O Brasil estreou com vitórias mas deu adeus ao título no primeiro jogo da segunda fase, quando perdeu para a Itália por 3 a 2. Os italianos venceram a competição se tornando tricampeões.

MÚSICA

Fera Ferida - Roberto Carlos

Fuscão Preto - Os Gladiadores

Morena Tropicana - Alceu Valença

O Que é o Que é? - Gonzaguinha

Você Não Soube Me Amar - Blitz

Endless Love - Lionel Richie

Ribbon in The Sky - Stevie Wonder

1983

CINEMA

Gandhi

A Escolha de Sofia

Tootsie

ET, O Extraterrestre

Poltergeist, O Fenômeno

Rambo 1, Programado Para Matar

Blade Runner, O Caçador de Andróides

PRIMEIROS TELEFONES CELULARES APARECEM NOS EUA

PIQUET É BICAMPEÃO DE FÓRMULA UM

SURGE A CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES (CUT)

MÚSICA

Banho de Cheiro - Elba Ramalho

Como Uma Onda - Lulu Santos

Pro Dia Nascer Feliz - Barão Vermelho

Menina Veneno - Ritchie

Você é Linda - Caetano Veloso

Beat It e Billie Jean - Michael Jackson

CINEMA

Flashdance, Em Ritmo de Embalo

Laços de Ternura

E La Nave Va

Vidas Sem Rumo

Fanny e Alexandre

The Day After - O Dia Seguinte

“O Maracujá” foi o nome atribuído ao primeiro jornal da Turma 71. Surgiu em 1983, na AFA, logo após a promoção de componentes da turma ao posto de Capitão. Foram vários os motivos que levaram o grupo a essa iniciativa, porém o que fez despertar essa ação foi estarem concentrados em um mesmo local, um grande número de pessoas da Turma 71 - cerca de 33 - e o já conhecido espírito de união dos integrantes dessa casta.

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O PERIÓDICO DA TURMA

As lembranças de um tempo vivido em comum ainda eram muito fortes em nossas mentes. Liderados e ao mesmo tempo motivados pelo Galvão, após várias reuniões, surgiu à idéia de se criar um veículo de comunicação que divulgasse a Turma, os fatos e ao mesmo tempo nos mantivéssemos ligados. Definiu-se o nome e elaborou-se como seria a capa. Recordo-me que o nome do jornal – O MARACUJÁ – vinha ladeado por duas faces de um urubu que teria sido copiado da revista de Barbacena, coisas do nosso gaúcho-santista. Foram vários os colaboradores, não se restringiu somente a esse grupo de Pira, mas a diversos outros companheiros de localidades diferentes

Havia uma comissão organizada com redator, fotógrafo, chargista, diagramador, digitador, impressor etc, algo muito bem elaborado. O Galvão era o responsável pelos artigos e montagens. O primeiro exemplar foi totalmente montado pelo Galvão e sua equipe no Esquadrão de Instrução Aérea, a reprodução de seus exemplares foi feita pelo Coelho que tinha em seu setor de trabalho uma copiadora para reproduzir documentos e o boletim sigiloso. O Coelho também era o responsável pela remessa que seguia por dois caminhos: malote para os militares e reembolso postal para os civis.

Não posso precisar quantas tiragens por exemplares eram produzidas, mas tenho a lembrança que chegavam perto das duzentas cópias. Esse veículo foi muito importante para nos divulgar e nos aproximar. Graças a ele conseguimos realizar nossa segunda grande reunião de turma, a de dez anos de Pirassununga, ocorrida na própria Academia, em outubro de 1984

Vários companheiros empolgados enchiam-se de inspiração e escreviam seus artigos, foi assim com o Audálio, Lucci, Vidal, Siqueira, Bragança, Alírio e outros. Lembro-me ainda de um colaborador externo que teve seus artigos publicados em diversos exemplares, liderava ferrenhas campanhas anti-tabagista e antialcoólica – que foi o Russo. Havia uma coluna dedicada a charges com o título: “Adivinhe quem é?”

A publicação era bimestral, mas não me recordo quando saiu o primeiro exemplar, nem quando publiquei o último, penso que esse derradeiro foi em inícios de 1986. Uma das razões para o adormecimento do periódico foi por causa da redução de colaborações com artigos. Trago lembranças de nosso comunicador funcionando a pleno vapor nos anos de 1984 e 1985. Tivemos três tiragens do jornal rodadas na gráfica do Jornal “A Tribuna” de Pirassununga. Foram produzidos cerca de 16 exemplares.

Até três anos atrás, tinha comigo todos os recortes, notas e originais do jornal, porém, misteriosamente, a caixa desapareceu em minha última mudança. Outro grande colaborador desse empreendimento foi o Lucci. Ele era o responsável pelo arquivo fotográfico e pela guarda de alguns outros documentos e dados históricos da turma.

A relação dos integrantes da turma que estavam em Pirassununga em 1983 é a seguinte: Alírio, Audálio, Bragança, Bittencourt, Coelho, Cunha, Dos Santos, Franz, Galvão, Genes, Junqueira, Lucci, Luiz Cláudio, Luiz Couto, Marco Antonio, Mario, Nogueira, Osmar, Passos, Rafael, Rezende, Roberto, Rodolfo, Sendim, Sidney, Siqueira, Soeiro, Tosta, Velasco, Vidal, Vinícius e Willie. Caros companheiros, caso eu tenha esquecido de alguém, queiram informar-me.

77-296 COELHO 1984

O MOVIMENTO DIRETAS JÁ

MADONA LANÇA “LIKE A VIRGIN”

BLOCO SOVIÉTICO BOICOTA OLIMPÍADAS DE LOS ANGELES

MÚSICA

Fullgás - Marina Lima

Inútil - Ultraje a Rigor

Óculos - Paralamas do Sucesso

Sonífera Ilha - Titãs

No Te Reprimas - Menudo

All Night Long - Lionel Richie

I Just Called to Say I Love You - S. Wonder

CINEMA

Amadeus

Gritos do Silêncio Os Caça-Fantasmas

Gremlins

A Hora Do Pesadelo

Karatê Kid 1 - A Hora Da Verdade

O Exterminador do Futuro

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2ª “MARACUJADA” - AFA - 13 OUT 84

Mineiros, que de maneira alguma perdem o trem, Camargão e Assis foram os primeiros a chegar. Depois, o Vinícius passou em casa e juntos encontramos o “Zé Tito do Canto Filho" no Corpo de Cadetes. Enquanto instalava-se o Cabeção, imaginem a figuraça que apareceu: o famoso Capaégua: - Aí tivemos a certeza do sucesso da festa, pois sucederam-se as chegadas, sempre acompanhadas da maior algazarra e comemorações. Os abraços já de largo tempo guardados saíram do peito. Às vezes a má notícia de uma ausência era bruscamente interrompida pela alegria de uma presença até então inesperada.

A noite do primeiro dia tomamos um caldo patriótico (verde-amarelo, porque o cozinheiro errou na farinha, colocando farinha de milho, em.vez da devida farinha de trigo do caldo-verde...) e logo saímos para a cidade. Haja festa e cerveja! Retornamos e durante o sono da rapaziada, baixou o santo bombeiro no Melichar e no Villasboas - ô duplinha de dois! - que resolveu banhar a turma com o conteúdo de dois extintores de incêndio. Resolvido o Banzé, iniciaram-se as atividades na parte da manhã, com e celebração de uma missa em ação de graças. Seguiu-se a reunião em que foram tomadas algumas resoluções, referendadas por aclamação. (...)

Nesta reunião, além destas decisões, ouvimos também palavras do Assis, escutamos conhecidas poesias gaúchas, recitadas pelo Turmina e por mim (Galvão), e ainda duas ou três piadas saborosíssimas. Saímos dali para um gostoso churrasco, onde picanhas, lingüiças e lombos acompanhavam - imaginem a barbaridade - 180 litros de chope que foram ingeridos pelos oitenta comensais em pouquíssimas horas. Aliás, antes deste churrasco, tiramos a foto oficial do encontro, que acompanhada de uma caneca de chope especialmente feita para a ocasião, teve o propósito de servir de álibi irrefutável às madames... Até é bom aproveitar e ocasião para atestar publicamente que o Junger, o Elael e o Azevedo estiveram aqui, também, mas só que na hora da foto o Junger e o Azevedo estavam na cidade, providenciando ônibus de volta para o Rio e o Elael estava na sala ao lado do local, “sem saber porque todo mundo estava fazendo pose ...”

Após o churrasco houve um passeio e a turma invadiu o bar da moda. Não aconteceu nenhuma provocação ao pessoal da cidade, mas a autoridade eclesiástica da turma, Bispo, deu seu show a parte: o mínimo que fez foi lamber a cabeça de um menos provido de pelos (careca é a vó!)... (...)

No domingo pela manhã chope, salgadinhos e peladobol. Destacaram-se pelas brilhantes atuações o Mandril (enterrou o meu time, o danado...), o Bode que tá gordinho, uma “gracccinha”!!! e o Peito de Pomba que fechou o gol de um dos times (...) Terminado o campeonato, o pessoal comeu um belo supremo de frango no almoço e a seguir nos despedimos, satisfeitos com os abraços e com as amizades reanimadas pela reunião. (...)

Nota: Sobre o peladobol, é bom ressaltar que o Passos jogou brilhantemente por ... 15 segundos!!

77-036 GALVÃO (71-036) - O Maracujá - Ano I - Nr 3

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Participaram desta reunião: (Rafael, Dos Santos, Duarte, Freire, Washington, Garcia, Camargo, Wellington, Belarmino, Bunn, Duque, Porto, Junqueira, Oliveira, Jayro e Ruy); (Eitel, Noro, Campos, Vinicius, Colens, Siqueira, Eustáquio, Milan, Servan, Tito, Audálio, Gehlen, Pastrello, Naves, Lucci, Veloso, Bispo, Sendin, Genibaldo, Tamarindo, Turmina, Zoch, Nogueira, Walter, Jailton, Autran, Pierre e Kleber); (Martins, Rezende, Carmo, Assis, Passos, Aderson, Rene, Menescal, Tavares, Bourrus, Coelho, Roberto, Villasboas, Marco Antônio, Cláudio, Moreira, Rodolfo, Bittencourt, Wilson, Genes, Lourival e Galvão); (Russo, David, Jaime César, Murilo, Carvalho, Elmo, Willie, Sganzerla, Soares, Melichar e Soeiro); Azevedo, Bigeli, Bragança, Cássio, Elael, Ívano, Junger, Lobo, Nascimento, Osmar, Tosta e aqueles que eu esqueci.

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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1985

XUXA ESTRÉIA NA GLOBO

GORBATCHEV CHEGA AO PODER NA URSS

A MÚSICA “FRICOTE” INAUGURA O MOVIMENTO AXÉ MUSIC

A MORTE DE TANCREDO NEVES

Eleito por Colégio Eleitoral em 1984, Tancredo Neves seria o primeiro presidente civil do Brasil depois de vinte anos de Ditadura Militar. Tancredo era do PMDB, partido oriundo do Movimento Democrático Brasileiro, principal força de oposição ao regime. Ele foi eleito graças ao apoio da Frente Liberal, formada por deputados dissidentes do PDS, partido de sustentação do governo. Nas vésperas da posse, no entanto, Tancredo foi internado com problemas no aparelho digestivo. O vice, José Sarney, assume a Presidência. No dia 21 de abril, Tancredo morreu após 38 dias de agonia. A população comovida acompanhou o cortejo fúnebre nas principais capitais do País.

MÚSICA

Escrito nas Estrelas - Tetê Espíndola

Geração Coca-Cola - Legião Urbana

Louras Geladas - RPM

Papel Marchê - João Bosco

Whisky a Go Go - Roupa Nova

Like a Virgin - Madonna

Purple Rain – Prince

1986

CINEMA

A Cor Púrpura

Admiradora Secreta

Entre Dois Amores

O Beijo da Mulher Aranha

De Volta Para o Futuro

Os Goonies

PLANO CRUZADO CONGELA OS PREÇOS A COPA DE MARADONA

A Copa do México trouxe mais uma decepção para o Brasil e o título para a Argentina. Na primeira fase, os destaques foram Dinamarca, apelidada de “Dinamáquina" por causa do futebol ofensivo, e Marrocos, campeão do seu grupo e superior ao time da Inglaterra. As duas equipes foram eliminadas nas oitavas-definal. O Brasil venceu os primeiros jogos e pegou a França, de Platini, nas quartas-de-final. O jogo foi dramático e a seleção foi eliminada nos pênaltis. O caminho da Argentina rumo ao título foi duro, mas Diego Maradona levou seu time ao bicampeonato com uma vitória sobre a Alemanha na final.

TRAGÉDIAS NAS GRANDES POTÊNCIAS

As duas potências econômicas mundiais enfrentaram tragédias em 1986. Os EUA viram sua nave espacial Challenger explodir no dia 28 de janeiro, 72 segundos após o seu lançamento no Cabo Canaveral, na Flórida. O acidente levou à suspensão de novos vôos tripulados no país. Na União Soviética, um grave acidente nuclear ocorreu na Usina de Chernobyl, perto de Kiev. O núcleo do reator derreteu, provocando um incêndio. A radioatividade se espalhou atingindo a Escandinávia Seria o maior acidente nuclear da União Soviética e deixou milhares de vítimas.

MÚSICA

Toda Forma de Poder - Engenheiros do Hawai

Tempo Perdido - Legião Urbana

Melô do Marinheiro - Paralamas do Sucesso

Rádio Pirata (ao vivo) - RPM

Homem Primata - Titãs

A Kind Of Magic - Queen

CINEMA

Curtindo a Vida Adoidado

A Cor do Dinheiro

Platoon

Ases Indomáveis

Cobra

Um Dia A Casa Cai

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3ª “MARACUJADA” - EPCAR - 05 JUL 86

Desta, infelizmente, só temos as fotos para registrar o espírito de amizade e alegria presente em todas as nossas reuniões.

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1987

PIQUET É TRICAMPEÃO DE FÓRMULA UM

DESARMAMENTO NUCLEAR É ACELERADO

O AZT COMEÇA A SER USADO NO COMBATE A AIDS

MÚSICA

Nosso Amor a Gente Inventa - Cazuza

Kátia Flávia - Fausto Fawcett

Faroeste Caboclo - Legião Urbana

Vida Bandida - Lobão

1988

CINEMA

Atração Fatal O Último Imperador

Os Intocáveis

Robocop

AYRTON SENNA É CAMPEÃO DE FÓRMULA UM

HENFIL MORRE VÍTIMA DE AIDS

TERMINA A GUERRA IRÃ-IRAQUE

SALMAN RUSHDIE ESCREVE “VERSOS SATÂNICOS”

MÚSICA

Faz parte do meu show - Cazuza

Quase um segundo - Paralamas do Sucesso

Fast Car - Tracy Chapman

Alw ays On My Mind - Pet Shop Boys

Silent Morning - Noel

1989

CAI O MURO DE BERLIN

CINEMA

Uma Cilada para Roger Rabbit

Cinema Paradiso

Rain Man

Uma Cilada para Roger Rabbit

Mississipi em Chamas

O MASSACRE NA PRAÇA DA PAZ CELESTIAL EM PEQUIM

ELEIÇÕES DIRETAS: O BRASIL ELEGE O PRESIDENTE

MÚSICA

Burguesia - Cazuza

Oceano - Djavan

Meninos e Meninas - Legião Urbana

Girl You Know It´s True - Milli Vanilli

Bye Bye Tristeza - Sandra de Sá

CINEMA

Chuva Negra

Conduzindo Miss Daisy

Contos de Nova York

Batman

Nascido em 4 de Julho

turMAmaRACUJÁ
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1990

SENNA É BICAMPEÃO DE FÓRMULA UM

O CONFISCO DO PLANO COLLOR CAZUZA MORRE DE AIDS O FUTEBOL ESTÁ NA DEFESA

A Copa da Itália foi caracterizada pela adoção de esquemas defensivos. O mundial teve uma média de apenas 2,21 gols por jogo, a menor da história das Copas até então. O Brasil também mudou seu estilo de jogo. Adotou o líbero e alas em vez de laterais e foi eliminado nas oitavas-de-final registrando sua pior participação desde 1966. A única surpresa da Copa foi a equipe de Camarões que, comandada pelo veterano Roger Milla, alcançou as quartas-de-final. Os dois finalistas foram definidos nos pênaltis. Campeã de 1986, a Argentina enfrentou a Alemanha, mas foi derrotada por 1 a 0 e deu adeus a sonho de ser tricampeã.

MÚSICA

Adocica - Beto Barbosa

Sweet Child O´ Mine - Guns N´ Roses

Lambada - Kaoma

Listen To Your Heart – Roxette

1991

O FIM DA URSS

EUA ATACAM O IRAQUE

CINEMA

Dança com Lobos

Ghost - Do Outro Lado da Vida

Dick Tracy

Lua de Cristal

O presidente do Iraque, Saddan Hussein ordenou a invasão do Kuwait no dia 4 de agosto de 1990. Como represália, a Organização das Nações Unidas, a ONU, determinou o bloqueio econômico ao Iraque. Mas a medida não intimidou Hussein que anexou o Kuwait ao Iraque no dia 28. Fracassadas as tentativas de solução diplomática, as forças de 28 países liderados pelos Estados Unidos iniciam um bombardeio aéreo a Bagdá, capital do Iraque, em 16 de janeiro de 1991. Era a Guerra do Golfo, que acabou em fevereiro com a rendição do Iraque.

ASSINADO O TRATADO DE MAASTRICH AYRTON SENNA É TRICAMPEÃO MUNDIAL DE FÓRMULA

MÚSICA

Zé Ninguém - Biquini Cavadão

Boy - Deborah Blando

O Papa é Pop - Engenheiros do Hawai

W Brasil - Jorge Benjor

Teatro dos vampiros - Legião Urbana

Beija Eu - Marisa Monte

Loosing My Relligion - R.E M

CINEMA

O Silêncio dos Inocentes

Caçadores de Emoção

JFK- A Pergunta Que Não Quer Calar

Thelma & Louise

A Família Addams

Tomates Verdes Fritos

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4ª “MARACUJADA” - EPCAR - JUL 91

A reunião de 20 anos em 91 foi em BQ e me lembro muito bem dela porque estava em Brasília e fui de Bandeirante. Os pilotos eram o Genes e eu. (...) me lembro de ter tirado foto do meu filho (que foi comigo) na cadeira do Bandeirante (não em vôo, claro). Meu filho, na época com onze anos, foi o goleiro do futebol no qual o Theodoro, o Davi e outros juntaram todo o time dos melhores de um lado e mandaram um monte de gols no coitado. Depois eu vou acioná-los judicialmente por danos moraiseles traumatizaram o coitadinho que desistiu de uma brilhante carreira milionária, hahahaha!!!!!!

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77-034 AURÉLIO (71-215)

Esquadrilha

1992

O IMPEACHMENT DE COLLOR

CHARLES E DIANA SE SEPARAM

MÚSICA

Everything I Do - Bryan Adams

O Canto da Cidade - Daniela Mercury

Tears In Heaven - Eric Clapton

1993

MORRE GRANDE OTELO

FORMADA A UNIÃO EUROPÉIA

MÚSICA

Meu Cabelo Duro - Chiclete com Banana

Lôraburra - Gabriel O Pensador

Menina - Netinho

1994

CINEMA

Cães de Aluguel

Perfume de Mulher

Drácula de Bram Stoker

CINEMA

Lista de Schindler

Filadélfia O Fugitivo

O BRASIL É TETRACAMPEÃO DE FUTEBOL

O BRASIL PERDE UM ÍDOLO: AYRTON SENNA

PLANO REAL INICIA A ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA

INAUGURADO O EUROTÚNEL SOB O CANAL DA MANCHA

MÚSICA

Onde Você Mora - Cidade Negra

Requebra - Olodum

Ara Ketu Bom Demais - Ara Ketu

1995

CINEMA

Forrest Gump - O Contador de Histórias

Pulp Fiction

O Rei Leão

VIRÚS EBOLA CAUSA MORTES NA ÁFRICA

ENTRA EM VIGOR O MERCOSUL

MÚSICA

Mamonas Assassinas - Vira-vira

Luiz Inácio (300 picaretas) - P. do Sucesso

Like A Rolling Stone - Rolling Stones

CINEMA

Coração Valente

Toy Story

Apollo 13

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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1996

MORRE ELLA FITZGERALD CHARLES E DIANA SE DIVORCIAM BIENAL DE VENEZA - ITÁLIA HOMENAGEIA OSCAR NIEMEYER

BOMBA EXPLODE EM ATLANTA

Os Jogos Olímpicos de Atlanta foram marcados por um triste incidente. Em plena comemoração dos 100 anos das olimpíadas uma bomba estourou no parque Centenário, no centro da cidade, matando duas pessoas e deixando mais de 100 feridos. O Brasil ganhou 15 medalhas nos jogos - três ouros, três pratas e nove bronzes. Foi a melhor campanha brasileira na história dos jogos

MÚSICA

Amor, Meu Grande Amor - Barão Vermelho

Free As A Bird - Beatles

Maracatu atômico - Chico Science

Big Me - Foo Fighters

Preciso de Você - Netinho

Wonderwall – Oasis

CINEMA

O Paciente Inglês

O Povo Contra Larry Flynt

Jerry Maguire - A Grande Virada

Férias Frustradas em Las Vegas

O Professor Aloprado

Striptease

5ª “MARACUJADA” - EPCAR - 06 JUL 96

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Esquadrilha EDIÇÃO

1997

GUGA VENCE O TORNEIO DE ROLAND GARROS

O CLONE DOLLY É APRESENTADO AO MUNDO

A TRISTE MORTE DE DIANA

MÚSICA

Quero te Encontrar - Claudinho & Buchecha

É uma Partida de Futebol - Skank

Heloísa, mexe a cadeira - Vinny

1998

CINEMA

Amistad

Titanic

Gênio Indomável

ESCÂNDALO MONICA LEWINSKY ABALA CLINTON TRISTEZA BRASILEIRA NA NA COPA DA FRANÇA

MÚSICA

I Don´t Want To Miss A Thing - Aerosmith

Fácil - Jota Quest

Ela Disse Adeus - Paralamas do Sucesso

1999

CINEMA

O Resgate do Soldado Ryan

A Vida é Bela

Formiguinhaz

“CENTRAL DO BRASIL” CONCORRE AO OSCAR

EURO É A NOVA MOEDA DA EUROPA

MÚSICA

Sozinho - Caetano Veloso

Anna Júlia - Los Hermanos

Mulher de Fases – Raimundos

2000

CINEMA

Clube da Luta

Beleza Americana Matrix

BRASIL VOLTA DAS OLIMPÍADAS DE SIDNEY SEM OURO

PAPA JOÃO PAULO II VISITA ISRAEL

MÚSICA

Esperando na Janela - Gilberto Gil

Hoje à Noite Não Tem Luar - Legião Urbana

Beatiful Day - U2

CINEMA

O Auto da Compadecida

Gladiador

O Tigre e o Dragão

ESPECIAL
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2001

ATENTADO TERRORISTA AO WORLD TRADE CENTER

PLATAFORMA MARÍTIMA P-36 DA PETROBRÁS AFUNDA

MÚSICA

Quem de Nós Dois - Ana Carolina

Cerol na Mão - Bonde do Tigrão

Malandragem (acústico) - Cássia Eller

CINEMA

O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel Shrek Monstros S.A.

6ª “MARACUJADA” - EPCAR - 28 ABR 01

Ao invés de contar como foi a festa, achei melhor usar as fotos e as próprias palavras dos e-mails transmitidos por todos que lá estiveram, inclusive eu, para ilustrar como foi o nosso encontro. Só para recordar, o “programa oficial” começava no sábado ao meio-dia com um churrasco de boas-vindas no Clube dos Oficiais da EPCAR e prosseguia a noite com um coquetel dançante no mesmo local, oportunidade na qual fizemos a entrega de lembranças da Turma para o “Capitão Segadães” e para nossos professores. No domingo pela manhã, missa alusiva ao evento, a qual teve como destaque a “chamada” aos que deixaram o nosso convívio, ao que todos os presentes respondiam uníssono: “- PRESENTE!!!”; foto oficial em frente ao prédio do Comando, na qual muitos não apareceram por terem perdido a hora, desfile militar sob o comando do “Segadães”, e reunião no cinema com palestra do Comandante da EPCAR e do Brigadeiro Oswaldo Terra de Faria, Comandante da EPCAR na nossa época, que emocionou a todos com suas palavras. Para quem chegou na véspera, houve ainda uma animada reunião na noite de sexta-feira no Gino’s

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Esquadrilha

Muita coisa aconteceu depois da nossa reunião. Muita coisa aconteceu antes da nossa reunião. Muita coisa aconteceu durante a reunião. Muita coisa que, talvez envolvido pelo corre corre para que tudo estivesse a contento, acabei por não ter oportunidade de perceber e sentir Me perdoem se não pude dar atenção a todos, e se não pude prolongar os agradáveis papos por telefone quando os localizava um a um. (...) Todo este trabalho começou quando o Andrade me ligou de BQ dizendo ter sido o único representante de nossa turma na festa dos 50 anos da EPCAR. Durante mais de uma hora ele me incentivou a tomar a frente deste trabalho de reunir os demais companheiros. (...) O primeiro contato que fiz foi um grande mano: O Alírio. Naquele momento eu tive a primeira sensação que tudo ia acabar dando certo, ele já tinha a idéia de colocar uma página nossa na Internet e, na verdade, já estava fazendo isto. Foi um longo tempo de troca de informações para aperfeiçoar a página, inserir endereços dos novos localizados, escrever causos e vejo que hoje temos um companheiro para dar prosseguimento ao trabalho iniciado por ele. (.. )

77-176 OSCAR (71-214)

(...) Certamente, as nossas esposas não se sentiram deixadas de lado, (...), todas estavam ali presente, felizes e conseguiram identificar, através de sentimentos puros que nos unem, que aquele momento (...) pertencia a nós. (...) seria redundante tentar expressar tudo o que revivi e senti transbordar de emoção (...). eu também fiquei abobalhado, emocionado e deixei o pranto rolar, ao atender uma ligação em determinado dia do mês de setembro de 2000 e do outro lado alguém a perguntar: “- É o Malcher? Marco Aurélio Malcher? 71-218? (...) O coraçãozinho do velhinho agüentou, mas é difícil até hoje relembrar aquele dia. (...) Festa dos 30 Anos. Imaginem qual foi o comportamento após tudo aquilo que passamos nos dois dias de reunião! Que bom fazer parte desta família!

MALCHER (71-218)

Passados 27 anos, estar em BQ novamente foi divertido e emocionante. A aproximação com o tempo passado foi maior no paradão. Aluno com desempenho militar regular, confesso que nunca fui muito chegado a uma marcha, porém esta foi demais de bom, sô! A melhor de todas, sem dúvida. (...)Tudo bem que a cada toque de corneta se ouvia as mais diferentes sugestões: esquerda, direita, meia-volta etc houve até quem batesse continência em frente ao palanque em pleno desfile. A conversão da reta não estava lá estas coisas e os presos aparentemente foram todos anistiados. (...)

VENZON (71-256)

Ainda estou me refazendo da forte emoção deste encontro que me fez retornar no tempo aos meus anos dourados. Mesmo tendo deixado Barbacena, ela nunca saiu da minha cabeça; embora hoje entendendo estar entre os bem sucedidos da turma, reconheço que aquele período em que marchamos juntos, teve um brilho destacado em toda a minha vida. Portanto esperar ainda quatro anos para rever, ou ir ao encontro da minha juventude, é por demais distante nas minhas expectativas, motivo pelo qual anteciparei em muitas vezes os meus passeios à cidade de BQ, tentando com isto esvaziar os sentimentos recolhidos, pelo afastamento de tão significativa fase da minha vida

CABRAL (71-315)

(...) Foi gratificante e emocionante, após 30 Anos poder reencontrar amigos com os quais já não tínhamos contato e melhor ainda, ver que aqueles senhores já com seus cabelos brancos , ou mesmo sem eles, ainda estão em plena forma e gozando de saúde. Com o término das atividades, fiquei tão emocionado que não tive estrutura e nem coragem para me despedir de cada um que ali estava presente (...).

MALCHER (71-218)

(...) Agradeço as emoções que (...) me trouxeram. (...) De minha parte tenho a dizer: muito obrigado (...)! Obrigado por cada lágrima que derramei, por cada amigo que abracei. Obrigado por me fazer sentir parte de uma grande turma, pois eu já havia me esquecido.

BORGES (71-187)

Ainda hoje (...) estou tomado pela emoção da vivência que tivemos no último fim de semana. As mensagens estão chegando e cada vez mais reacendendo as sensações vividas no nosso encontro de 30 anos. (...) Muitas emoções vêm no coração, a grata satisfação dos inúmeros abraços apertados de amigos sinceros, as gostosas gargalhadas de "causos" relembrados e a vibração do "paradão" comandado pelo Cap. Segadães, momento em que as lágrimas não puderam ser contidas. (...) mais marcante, foram as palavras finais do Pach que me fizeram recuperar o sentimento e orgulho, que estavam latentes, de ser integrante de uma irmandade fraterna e familiar, a qual vivenciei cotidianamente de 71 a 73, e que estava adormecida e hoje acordo dando continuidade ao sonho.

SEVERIANO (71-248)

Sem dúvida, nossa reunião marcou certeza de que existem momentos em nossas vidas em que o Criador teve alguma intenção quando reuniu 321 vidas por três anos. Quem sabe? (...) Aos fisicamente ausentes, a certeza de que estiveram em nossos corações. Vinte e sete anos sem vê-los e parece que foi ontem!

77-039 BERNARDES (71-179)

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
90
turMAmaRACUJÁ
Grupo de Aratacas Turma A Turma E Turma G Turma H
91
Turma I
Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004 92

2002

BRASIL É PENTA-CAMPEÃO MUNDIAL DE FUTEBOL PAULO COELHO TOMA POSSE NA ABL

O dia 28 de outubro parecia ter sido escolhido a dedo para que o escritor Paulo Coelho tomasse posse como o mais novo integrante da Academia Brasileira de Letras. Isso porque nessa data comemora-se o dia de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis. Coelho, porém, disse que tudo não passou de coincidência Apesar disso, reconheceu as dificuldades que encontrou para driblar as críticas a seu trabalho, vencer a resistência dos imortais e, enfim, vestir o fardão da Casa de Machado de Assis. O escritor tornou-se uma celebridade mundial com a venda de mais de 50 milhões de exemplares de best-sellers. Sua obra foi traduzida para dezenas de países, onde ele recebeu as maiores condecorações que um brasileiro poderia ter em vida.

LULA É ELEITO PRESIDENTE

Depois de três derrotas consecutivas em 1989, 1993 e 1997, Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu eleger-se o 30º presidente da história do Brasil. O candidato do PT derrotou o ex-ministro da Saúde José Serra, representante do governo, por uma diferença de quase 20 milhões de votos. Ele foi o primeiro colocado nas pesquisas desde o início da campanha e quase liquidou a disputa no primeiro turno. O ex-torneiro mecânico e líder sindical comemorou seu aniversário de 57 anos com a faixa presidencial no peito.

MÚSICA

By The Way - Red Hot Chili Peppers

Wherever You Will Go - The Calling

A Festa - Ivete Sangalo

A Sua Maneira - Capital Inicial

Epitáfio - Titãs

CINEMA

Cidade de Deus

Uma Mente Brilhante

Dia de Treinamento

Moulin Rouge - Amor em Vermelho

Falcão Negro em Perigo

2003 e 2004 SCHWARZENEGGER É GOVERNADOR DA CALIFÓRNIA

SADDAM É CAPTURADO APÓS OITO MESES DE OCUPAÇÃO

Exatamente oito meses e 24 dias depois que os primeiros bombardeios em Bagdá anunciaram o início da guerra no Iraque (em 14 de dezembro), o ex-presidente Saddam Hussein foi capturado. Saddam foi preso após ser encontrado dentro de um buraco em um depósito. A Segunda Guerra do Golfo começou no dia 20 de março de 2003 e, menos de um mês após o primeiro ataque, tropas dos EUA tomaram Bagdá. No dia 1º de maio, o presidente dos EUA George W. Bush anunciou o fim das operações militares e deu início às operações pós-guerra no país.

DAIANE TEM CHANCES DE GANHAR MEDALHA OLÍMPICA

A ginasta Daiane dos Santos ganhou medalha de ouro na Copa do Mundo de Stuttgart e no Mundial de Anaheim, as primeiras da história da ginástica brasileira. Nas duas competições, Daiane usou o que sua treinadora, Adriana Rita Alves, chamava de impulsão fenomenal de perna. O salto duplo twist carpado e o duplo twist estendido receberam da Federação Internacional de Ginástica (FIG) o nome de Dos Santos. Nas duas competições, os saltos receberam nota Super E, que significa grau máximo de dificuldade, o que provoca uma mudança no código de pontuação do esporte após a Olimpíada de Atenas, em 2004.

MÚSICA

Tô Nem Aí - Luka

Brilha La Luna - Rouge

Prometida (Guararê) - Br’oZ

Cara Estranho - Los Hermanos

CINEMA

Carandiru

Matrix 3 - Revolutions

O Senhor dos Anéis - O Retorno Rei Maria, Mãe do filho de Deus

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7ª “MARACUJADA” - AFA - 11 JUN 04

O humano é sem dúvida racional, e para ser humano necessariamente é emocional. É por esta razão que estaremos nos reunindo em Pira a partir de amanhã, rindo, chorando, lembrando, planejando, vivendo...

77-022 WALTER (71-148)

O que move as pessoas a sair de Londres, Assunção, Foz do Iguaçu, Curitiba, Brasília, Natal, São Paulo, Belém, Porto Alegre, Rio de Janeiro ou outras cidades para se reunirem em um só lugar: Pirassununga, Estado de São Paulo, pequena cidade, quase sem atrativos e com poucos hotéis, se comparada às grandes metrópoles mencionadas - um lugar simples e quase sem importância turística.

Cabe lembrar que a cidade não é o motivo desses deslocamentos e sim o encontro de vários amigos que, há trinta anos chegaram nesta ainda pequena cidade, com poucas mudanças, apesar do tempo decorrido.

Se nos conscientizarmos que a Cachoeira de Emas continua no mesmo lugar, que o peixe continua gostoso e que o ruído das águas do rio rolando sobre as pedras continua o mesmo, embora muitas vezes não o percebamos, podemos tentar uma volta ao passado e relembrar as noites de quarta-feira, quando os cadetes do quarto ano podiam sair a noite, para curtir as peias levadas durante o dia.

Hoje, embora sejamos engenheiros, médicos, empresários, aposentados, oficiais, militares ou não, continuamos cadetes. Envelhecemos, a palavra é forte mas verdadeira, pois o amadurecimento e a experiência tão buscados trouxeram consigo o acúmulo dos anos e das gorduras que conduzem à flacidez dos tecidos. Todavia, apesar de tudo isso, não conseguimos esquecer do primeiro dia na Academia da Força Aérea.

Em 4 de março de 1974, uma segunda-feira, lá estávamos, 316 jovens cheios de vida, expectativas, ilusões e sonhos, com vários pensamentos e objetivos pessoais, mas com um alvo em comum, tornar-se oficial da Força Aérea Brasileira. Cada indivíduo trazia consigo uma bagagem de poucas experiências já vividas que, para alguns, parecia ser o ápice (eu sou tão “especial” que a Força Aérea me chamou pra ser cadete!). Ali começaram a escrever no livro histórico da AFA um novo capítulo, aquele que seria dedicado à turma que ingressou em 1971 na EPCAR e que, a partir de 1976, já na AFA, passou a se intitular como Turma Maracujá - “- nóis fica véio, séca, mais num cai do gáio!” (by Mário “Beautiful”). Assim a Turma efetivamente nascia com o espírito de grupo, com o “corpo de tropa” da FAB.

A partir daquele distante mas nem tanto 4 de março vivemos grandes dias de aperto, de ralação, de tristeza e decepção. A perda definitiva de amigos... o desligamento de outros... a frustração pessoal de não conseguir atingir uma meta... mas nenhuma dessas dores modificará o fato de que, sejam civis ou militares, estejam vivos ou não, na ativa ou na reserva, cada um dos garotos de Barbacena, cada um dos PQD´s, cada um dos gringos, cada um dos alunos de Colégio Militar, sempre farão parte da Turma Maracujá.

Não há outra razão que te faça viajar, adiar compromissos, colocar seus problemas de lado, para se reunir, rever e relembrar estes momentos marcantes, tão bem vividos e tão importantes na vida de cada um de nós. Não importa o que nos tornamos, não importa que a vida não nos tenha proporcionado grandes coisas ou grandes momentos. A estrada nem sempre é reta, plana e asfaltada; nela encontramos pedras, pedregulhos, poeira, obstáculos, lama, altos e baixos e se não estivermos preparados derrapamos, atolamos, rodamos, ou capotamos mas, graças aos céus, nada é eterno e, desta forma, tudo volta ao seu lugar.

Valeu a pena pela alegria que este encontro nos proporcionou! As dores do passado não conseguiram macular os momentos felizes que passamos. Quando reencontramos os amigos, a emoção e a juventude retornam, a recordação das traquinagens vividas nos faz rir, dilata o coração e aquece a alma, nos sentimos mais perto uns dos outros que do nosso dia-a-dia, parece que o mundo não importa, parece que ser Maracujá é a coisa mais importante do mundo mas, por quê não?

Esses anos áureos anos nos fazem refletir. Nós fazemos parte de uma história, a da Força Aérea deste país. Somos membros da Turma mais espetacular que passou pela AFA.

Somos MARACUJÁ!!! E isto ninguém poderá nos tirar: “Nóis fica véio, seca, mais não cai do gaio!”

77-209 ARGOLO

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
Esquadrilha
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10 DE JUNHO - QUINTA-FEIRA

Há quem diga que a 7ª Maracujada começou logo após o término da reunião de 2001 em Barbacena, no primeiro encontro da equipe de coordenação liderada pelo Tito - ou mesmo em qualquer momento significativo entre estes e o primeiro evento previsto para o encontro. Eu prefiro dizer que ela realmente começou quando iniciamos a jornada de nossos lares para Pirassununga.

E aí, chegamos! O primeiro grupo apareceu em Pirassununga no dia 10, véspera do encontro, e no início da noite muitas histórias já haviam sido lembradas na varanda do hotel - o papo começava a ser posto em dia!

Bem, a chegada na véspera não era por acaso, atendíamos a uma convocação do Argolo que lançou um tímido convite pela internet, o qual acabou por se constituir num dos focos principais da reunião:

UM CHOPPS E DOIS PASTEL NA CACHOEIRA DAS EMAS

Bem, o evento começa na sexta, eu pretendo chegar na quinta à tarde e tomar um chopp na Cachoeira de Emas à noite. No nosso último encontro aqui em S. José uns quatro amigos demonstraram interesse nessa programação inicial. Se alguém mais tiver a fim de participar é só confirmar aqui, tendo uma idéia do número a gente define o boteco e tenta reservar alguma coisa (acho difícil), depois do chopp e peixe frito a gente dá um rolê na Rua Duque e na Praça.

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As fotos não fazem jus ao sucesso do evento mas servem de inspiração para que em outras reuniões possamos pensar em alguma coisa para ser feita na véspera do início do “programa oficial” - tem sempre um grupo de companheiros que se propõe a chegar mais cedo e, desta vez foram mais de cinquenta pessoas entre colegas de turma e seus familiares.

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11 DE JUNHO - SEXTA-FEIRA

A primeira atividade prevista no programa oficial do encontro foi às 18:45h, no Cinema da Academia, também conhecido como “Caixa Forte do Tio Patinhas” pela sua aparência externa. Tratava-se da distribuição dos brindes seguida de Palestra do Comandante da AFA, a qual, em virtude de viagem de última hora do Brigadeiro-do-Ar Mendes, acabou sendo proferida pelo Cel.-Av. Vander.

A palestra atualizou nosso conhecimento quanto à formação dos jovens cadetes, a qual, apesar de guardar as mesmas características gerais dos idos de 1974, sofreu profundas alterações em alguns aspectos, dentre estas, a recente inclusão de cadetes do sexo feminino no Curso de Formação de Oficiais Aviadores

Logo após a reunião, participamos de um farto coquetel, animado pelo Pach e seu piano, no Rancho dos Oficiais. Foi ali, após algumas doses de um “santo remédio” para soltar a língua, que começamos a lembrar nossas divertidas aventuras no tempo da AFA e mesmo depois, ou antes, quando alunos da EPCAR - Tudo em nome da alegria!

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
Esquadrilha
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12 DE JUNHO - SÁBADO

Às 9:30h reunimo-nos em baixo dos parabolóides para a missa de ação de graças rezada pelo Padre Lopes, Capelão da AFA, e pelo Frei Gilberto, Capelão na nossa época de cadetes. Na homília, Frei Gilberto lembrou de momentos pitorescos quando transmitia o conforto espiritual para aqueles que íam mal no vôo, arrancando sorrisos da atenta audiência constituída também de nossos familiares.

Logo após a missa seguimos para o local onde iria ser inaugurado o marco relativo ao encontro da turma: Frei Gilberto abençoou o monumento e Tito (idealizador do menir) e Marinho (criador dos dizeres registrados para a posteridade) descerraram a placa Em seguida reunimo-nos ao redor do menir para a foto oficial onde poderá ser notada a ausência de alguns “dorminhocos”, seguindo-se o momento de maior emoção: o desfile militar. Não é que a gente ainda sabe manter a cobertura, o alinhamento e, principalmente, o passo certo?

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Esquadrilha

Logo após o “show” de desfile “quase militar” e antes do churrasco tivemos oportunidade de visitar as instalações da AFA, em especial o pátio de estacionamento de aeronaves e o hangar onde se alojavam as esquadrilhas de vôo, hoje ocupado pela Esquadrilha da Fumaça, local de tantas lembranças...

A Academia que já havia nos recebido de braços abertos, agora se deixava à mostra para que pudéssemos levar nossos familiares àqueles lugares que marcaram nossas vidas 30 anos atrás. Os atuais cadetes serviram de elo de ligação entre o presente e o passado. Se foi importante para nós conversar e conviver um pouco com eles, com certeza também foi importante para a Academia escutar nossas vozes e compartilhar nossa saudade.

Aproximava-se a hora da despedida e São Pedro, antecipando-se à tristeza da separação, determinou que a chuva viesse para lavar nossa alma e acalmar nosso espírito: o churrasco seria o último evento previsto na reunião - durante o mesmo alguns companheiros já começaram a deixar a AFA e Pirassununga. O pensamento voltava-se para a próxima reunião em Barbacena - 2006.

Foi um prazer inestimável comparecer, pela primeira vez, diga-se de passagem, à nossa gloriosa Academia da Força Aérea. A nossa festa me proporcionou esse dia que estava faltando em minha vida. Esse dia que não existiu para mim trinta anos atrás veio agora com um sabor muito maior: O sabor da espera. E Deus sabe quanto esperei por esse dia. Agradeço (...) a todos os companheiros da Turma Maracujá por esse momento de realização. Agora eu posso dizer: "Eu fui pra AFA!"

BERNARDO (71-217)

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Participaram desta reunião: Franciscon, Vidal, Pinheiro, Edson, Medeiros, Argolo, Jailson, Leomar, Lomonte, Dull, Benedito, Cosme, Godói, Gutembergue, Coutinho, Coelho, Edvaldo, Oscar, Feitosa, Palomar, Barros, Edimar, Zanqui, Vilasboas, Parente, Donizetti, Borges, Elmar, Junger, Pastrello, Santoyo, Freire, Bernardo, Malcher, Prudêncio, Dalton, Belmar, Camargo, Nascimento, Frantz, Aquino, Ronaldo, Romulo, Neiva, Colens, Rodolfo, Campos, Assis, Autran, Hildebrand, Porto, Marinho, Willie, Mauro, Pintor, Galvão, Pach, Sampaio, França, Alírio, Nogueira, Pires, Osmar, Walter, Belarmino, Ferraresi, Bittencourt, Mário, Moreira, Soeiro, Meireles, Jarbas, Isnard, Aurélio, Beviláqua, Destro, Dias, Tito, Da Silva, Elmo, Fernando, Hélio, Noro, Padilha, Wellington e outros que eu esqueci.

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(...) Se por um lado são trabalhosas essas tarefas por outro se tornam gratificantes quando constatamos a felicidade do pessoal em participar. Isso mexe muito com o emocional dos integrantes da turma. Provavelmente, esse último evento fez muitos se sentirem vivos e motivados a viver novamente. Muitos perceberam que ser jovem não é apenas ser mais moço em termos de idade, mas sim ser capaz de vibrar e sentir na alma o prazer de saber que contribuiu de alguma forma para o crescimento de algo que ele mesmo foi um dos protagonistas. (...) Finalmente, não foi tão ruim assim, saio convicto de que contribui, como os demais companheiros, para manter acessa a união da nossa turma(...).

77-098 TITO (71-311)

Apesar de todo este tempo ter sido apenas ouvinte neste fórum tão privilegiado, a reunião de Pira fez-me quebrar o silêncio. Impossível ficar calado ao ver velhos amigos se mobilizando, quebrando a rotina e a preguiça, jogando tudo para o alto no intuito de partirem em busca de muitas lembranças e de muitos rostos amigos que, com certeza, ficaram indeléveis em suas memórias nestes últimos 30 anos. Parabéns a todos aqueles que puderem realizar este sonho, através deste encontro. (...) Aqui, do outro lado do mundo, do Império do Meio, da terra do Sun Tzu desejo a todos um excelente encontro, no próximo podem contar comigo.

77-081 VAZ (71-228)

Foram dois dias maravilhosos, que não passaram e sim voaram. (...) Senti saudades de todos os que não puderam comparecer, e tenho certeza que cada um dos que lá não estiveram fisicamente, estavam mentalizando para que Deus protegesse a viagem dos que foram até Pira. Todos os momentos foram de muita alegria e entusiasmo, mas na hora do desfile, aí não dá para descrever, é muita emoção, ver que passados 30 anos para a grande maioria que está na vida civil, e cantam o Hino dos Aviadores, com se cadetes fossem. Não dá para descrever, só estando lá, só desfilando conosco. Por tudo descrito, peço a todos que se programem para que não faltar no próximo. Muito obrigado por estes momentos mágicos, e como diz o poeta: “Felicidade são momentos.”

77-111 ELMAR (71-216)

(...) tenho que manifestar o sentimento que pude perceber ao longo dos dias que passamos em Pira, retomando contato com alguns, conhecendo outros que só sabia da existência, enfim, o encontro permitiu que todos tivessem a possibilidade de estar com a emoção a flor da pele. Parabéns (...) companheiros que participaram, direta ou indiretamente desta organização. (...) O sorriso de cada, fruto da alegria do reencontro, da piada, da brincadeira, enfim da felicidade de reencontrar, é tão contagiante, que nunca envelheceremos em espírito.

PACH (71-273)

Meu caro Moita, você perdeu uma oportunidade ímpar, de se livrar da pecha de "TIO" (...). Nosso encontro estava repleto de companheiros "curtindo" esta nova fase de suas vidas. Collens então, estava radiante!!! Maurette, causou furor com seu novo "Look" estilo "Belo no último Show de Pagode". Quando as fotos começarem a pintar você. vai entender do que estou falando.

77-113 DONIZETT (71-275)

(...) estou acompanhando a reunião pelas fotos e comentários dos amigos dessa grande turma. Parabéns a todos que organizaram e a todos que foram. Lamentar não ter ido não resolve, por isso me sinto gratificado pela alegria dos amigos da turma que foram e se divertiram

77-223 MORAES

Gostaria de poder dizer o quanto foi bom poder estar na Festa em Pira. Não fazia idéia de quanta emoção podia estar nisso tudo. Meu muito obrigado a cada um de vocês, e saibam que, agora mais que nunca, é uma honra poder pertencer a essa Família. Ainda mais com os "novos" irmãos que vim a conhecer. Meu muito obrigado a todos, especialmente aos que organizaram a festa (...), que após tanto esforço e dedicação, fizeram com que acontecesse com tanto brilho!!! Me desculpem aqueles que não puder dar a atenção que gostaria, mas acreditem que foi por pura falta de tempo em poder conversar, pelo menos um pouquinho, com cada um de vocês.

77-243 HILDEBRAND

(...) Trinta anos depois, foi uma alegria reencontrar antigos colegas e eternos amigos, bem como rever o nosso querido "Ninho das Águias". Foi gratificante também testemunhar o sucesso daqueles poucos de nós que conseguiram realmente atingir o ideal que desde a juventude almejávamos. Que idéia brilhante tiveram ao programar a parada militar, momento de grande emoção, que nos permitiu, ao menos por alguns minutos, cerrar os olhos e sonhar. Os sonhos, certamente, nos energizam para enfrentarmos a realidade cotidiana. Em suma, os momentos vividos nos dias 11 e 12 de junho de 2004 ficarão marcados em nossas mentes, como ficaram os instantes em que, há 30 anos, convivíamos como Cadetes da Força Aérea.

Algumas situações interessantes ocorreram em PIRA:

1- os colegas menos atentos ficaram procurando o Gogó da Ema ao invés da Cachoeira;

2- duro mesmo foi achar uma calça Lee prá compor o uniforme de dia;

3- descobrimos que o Pintor dormiu nas aulas de matemática em BQ;

4- apesar do nosso amigo Moita não ter ido, mandou a sobrinha errada que dormiu logo após o churrasco (...).

77-172 SAMPAIO (71-156)

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77-301 EDSON
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“MARACUJADAS” REGIONAIS

Como preparativo para a reunião geral da Turma em 2001 foram incentivadas as reuniões regionais a fim de estimular a participação maciça dos companheiros no evento a ser realizado na EPCAR. A idéia pegou, principalmente no Rio de Janeiro que concentra a maior parcela da Turma, e ao longo dos anos seguintes muitas reuniões e churrascos foram realizados regionalmente.

O destaque, sem sombra de dúvida, é do pessoal que mora na área do Rio de Janeiro, mas as “Maracujadas” regionais se sucederam em Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, São Paulo, São José dos Campos e até no exterior. O encontro de pelo menos dois companheiros já é motivo para muita festa e alegria

Cada grupo promoveu as “Maracujadas” de acordo com as condições e costumes locais. O pessoal do Rio de Janeiro tem a facilidade de contar com churrasqueiras em áreas residenciais da Aeronáutica e com o mais entusiasmado churrasqueiro da Turma: Coelho. Ele organiza, providencia a reserva e a limpeza do local antes e depois do churrasco com uma disposição e boa vontade invejáveis. É o primeiro a chegar e o último a sair, quase não aparece nas fotos e quem quiser bater um papo com ele tem que chegar próximo à churrasqueira que ele só abandona por uns poucos momentos durante todo o tempo em que durar o churrasco.

Junto com o Coelho, tem uma “equipe” de voluntários que auxilia no assado, corta e distribui as carnes, dentre outras tarefas. Deste grupo, me lembro do Malcher, que também cuida de “promover” o evento junto com o Graça - “Moita”, o Pereira e o Moraes - “Peninha”, dentre tantos que se revezam. Já ía esquecendo, tem também o “fornecedor” da pinga especial de alambique e grande companheiro do Coelho nestes eventos: Sendim.

Em São Paulo as coisas são muito mais organizadas, como podemos notar nas fotos que circulam pela Internet, tem churrasqueiro contratado, carnes arrumadinhas na churrasqueira e por aí vai... No resto é tudo igual.

Em Londres as coisas são mais ou menos no improviso, bem que tentei construir uma churrasqueira no quintal lá de casa mas o pessoal do condomínio mandou demolir antes do primeiro churrasco - coisa de súditos da Rainha que não sabem como é bom o churrasco brasileiro. Pura inveja!

Bem, tem reunião fardada, de terno, de bermuda... tem reunião na casa de um ou de outro, em bares ou até num tal de Caneco 70, no Rio, o qual, como já disse o Graça, ele não vai porque deve ser bar de “lanceiro”

Como em todas as cidades, tem os que têm mais disposição do que os outros e vão para os eventos com calor ou frio, quer chova ou faça sol, com ou sem a família que sempre se diverte muito ao ouvir nossas histórias. Mas tem gente que não gosta, né?

Tem aqueles que acham isso uma “bobeira”, que reclamam que o local é longe. Aí, quando a gente muda para perto da casa dele, ele também não vai... mas tem outros que dão nem que seja uma passadinha porque têm que trabalhar ou porque saíram tarde do trabalho, só para poder curtir um pouco os amigos.

Enfim, quem pode vai, quem não pode fica se remoendo de vontade de compartilhar estes momentos com os amigos de tanto tempo. Eu me revigoro em cada encontro e tenho certeza que neste mundo estressante no qual vivemos hoje temos que aproveitar estes poucos momentos para relaxar.

As fotos a seguir não seguem nenhuma ordem, foram escolhidas aleatoriamente de modo que pudessem registrar as “Maracujadas” em geral, sem se dedicar a nenhuma em especial.

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A A t t u u r r M M A A m m a a R R A A C C U U J J Á Á

As fotos velhas de você novinho...

77-152 ADERSON de Oliveira Lima Junior 29/04/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-249 AMÉRICO Luis Martins da Silva 21/07/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-237 ADILSON Barbosa 29/05/1950 - Alegre - ES Aspirante-Intendente - 1977

77-284 AIRTON Pedro Miranda do Amaral 26/11/1954 - Santiago - RS

77-298 AMILCAR de Carvalho Jacobina 25/05/1952 - Dianópolis - TO

77-267 Carlos Alberto de Almeida ALBERNAZ 26/01/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-233 Carlos Alberto de ANDRADE 15/05/1952 - Nova Iguaçu - RJ

77-285 Vitor ALBUQUERQUE 21/11/1954 - Recife - PE Aspirante-Aviador - 1977

77-047 ALÍRIO Antonio Pires Ferreira 28/04/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-149 ALUIZIO Augusto Ruiz César 13/12/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-240 ANTONIO CARLOS de Araújo 08/06/1951 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-162 Carlos Moraes ANTUNES 08/12/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-234 José Carlos AQUINO 21/10/1954 - Porto Alegre - RS Aspirante-Aviador - 1977

77-125 Francisco Carlos de Brito ARAÚJO 04/01/1954 - Belém - PA Aspirante-Especialista - 1977

77-082 Paulo Roberto Pinto ALVARENGA 14/10/1953 - Duque de Caxias - RJ

77-209 José Carlos ARGOLO 30/09/1955 - Coaraci - BA Aspirante-Aviador - 1977

77-174 Emmanuel AMAZONAS R. de Oliveira 31/03/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-193 ARY Monteiro Barroso 22/02/1953 - Guaçuí - ES

Aspirante-Especialista - 1978

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77-046 Raimundo Liberato de ASSIS 17/08/1953 - Lamin - MG

77-126 Cezar Augusto Carneiro BENEVIDES 15/01/1954 - João Pessoa - PB

77-011 AUDÁLIO Monteiro Junior 02/06/1955 - Fortaleza - CE Aspirante-Aviador - 1977

77-245 Otávio AUGUSTO da Silva Pinheiro 18/03/1951 - Belém - PA

77-293 BENITO Mendes 07/02/1953 - Salvador - BA

77-132 Jusan Garcia BENVINDO 23/04/1954 - Duque de Caxias - RJ

77-034 AURELIO Agostinho dos Santos 07/10/1954 - Araguari - MG Aspirante-Aviador - 1977

77-189 Marco Antônio P. AUTRAN de Abreu 21/06/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-039 Silvio Fernando BERNARDES Pinto 11/04/1956 - Petrópolis - RJ

77-093 Mário Ivo BERNI Ramos 07/12/1954 - São Luiz Gonzaga - RS

77-079 Edson AZEVEDO 27/02/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-147 Carlos Alberto BARBOSA Souza 21/03/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-055 Ian Araújo BESCHOREN 11/02/1955 - Cruz Alta - RS Aspirante-Intendente - 1977

77-173 Clóvis BEVILAQUA Marinho 09/02/1954 - Fortaleza - CE

77-057 Carlos Alfredo BARRETO de Sá 12/11/1955 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-088 Ruy Vieira BARROS 05/11/1953 - Santos - SP Aspirante-Intendente - 1978

77-051 Jony de Vargas BEATO 13/04/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-040 Pedro BIGELI Neto 22/01/1954 - Pederneiras - SP

77-094 Fernando Gonçalves BISPO 08/12/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-186 BENEDITO Pereira de Souza 27/07/1952 - Taubaté - SP

77-119 Alexandre BITTENCOURT 02/01/1956 - Duque de Caxias - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-304 Ludovico BONATO 03/04/1953 - Campinas - SP

ESPECIAL 2004
Esquadrilha EDIÇÃO
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77-258 BORYS Gabriel Trzeciak 12/10/1951 - Curitiba - PR

77-255 Ademir da Silva CARVALHO 03/08/1952 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-128 Fernando Luiz Matheus BOURRUS 17/01/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-041 CÁSSIO Lacerda Rozelli 08/08/1954 - Ribeirão Preto - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-013 Antônio BRAGANÇA Silva 20/09/1955 - Itabira - MG Aspirante-Aviador - 1977

77-064 Cezar Roberto Menezes BUNN 15/12/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-006 Hélio Freitas CAMARGO 23/03/1954 - Arcos - MG Aspirante-Intendente - 1978

77-201 Antonio Luiz da Costa CAMPOS 19/11/1954 - São Paulo - SP Aspirante-Aviador - 1977

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77-038 Geraldo CARMO de Assis 16/07/1952 - Lamin - MG Aspirante-Intendente - 1977

77-222 Antonio Fernando CECCHI 23/08/1955 - Fortaleza - CE Aspirante-Aviador - 1977

77-242 José CELSO Fernandes 11/11/1954 - Cascavel - PR

77-275 Antonio Carlos CEREZETTI 02/01/1954 - Piracicaba - SP

Aspirante-Intendente - 1977

77-212 Manoel Vieira de CERQUEIRA Neto 25/09/1954 - Santos - SP

77-157 Antônio Carlos CÉSAR 10/10/1952 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Especialista - 1977

77-014 José CESÁRIO Monteiro da Silva Jr 29/05/1956 - Juiz de Fora - MG

77-229 Ivanir CHAPPAZ 02/09/1953 - Porto Alegre - RS

77-171 Flávio dos Santos CHAVES 04/09/1954 - Lajeado - RS

Aspirante-Aviador - 1977

77-076 Luis CLÁUDIO de Almeida Araujo 24/03/1954 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Aviador - 1977

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CANTIDIANO de Oliveira Freitas 03/01/1953 - Colinas - MA Oscar Alves CAPELLA Filho 20/06/1955 - Santos - SP Carlos José CARDOZO 02/04/1953 - Rio de Janeiro - RJ José CARLOS Neves da Silva 19/11/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977
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Esquadrilha

77-086 CLENÉZIO da Silva Oliveira 03/08/1952 - Cabo Frio - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-101 Lecio CLETO de Araujo 28/12/1954 - Guaranhuns - PE

77-283 Jorge Luiz Viana da CRUZ 24/12/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-296 Márcio Antônio Gonçalves COELHO 27/12/1953 - Santos Dumont - MG Aspirante-Aviador - 1977

77-246 Ulysses Julio Silveira COLENS 11/08/1955 - Belo Horizonte - MG Aspirante-Aviador - 1977

77-067 Mauro Sérgio CONSTÂNCIO 22/04/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-052 Alberto Wagner da CUNHA Baptista 29/10/1955 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-002 José Maria CURADO Ribeiro 09/10/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-141 Angelo Silva DA COSTA 20/02/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-187 Roberto Alves DANTAS 07/06/1954 - Campo Grande - MS

77-314 Francisco Barbosa CORDEIRO Neto 23/02/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-178 José Pimentel CORREIA 24/07/1955 - Belford Roxo - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-297 Antônio Carlos de Oliveira COSTA 09/06/1952 - Bom Jesus do Itabapoana - RJ

77-063 DAVID de Moraes Carvalho 02/09/1952 - Niterói - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-151 DAVIDSON Batista de Oliveira Filho 12/01/1955 - Fortaleza - CE

77-263 Jorge Luiz DE CASTRO 10/07/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-289 Sérgio da COSTA MORAIS 12/05/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-215 Nilton Teixeira DE PAULA 26/04/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-158 José COUTINHO Neto 03/04/1954 - Ro de Janeiro - RJ

77-248 Edilson Mandarim Gomes DE SOUZA 11/08/1951 - Recife - PE

77-037 João Almeida COUTO 08/03/1953 - Conceição do Norte - GO Aspirante-Engenheiro - 1981

77-290 DEJAIR Ramos Avellar 14/04/1952 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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77-085 Antônio Carlos DESTRO 05/04/1956 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-059 Victor Hugo DETONI 04/07/1955 - Barbacena - MG Aspirante-Intendente - 1978

77-179 César DIAS Ribeiro 27/09/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-112 Roberto João DOERL 15/10/1953 - Teófilo Otoni - MG Aspirante-Aviador - 1977

77-167 Walter DOMINGOS 06/02/1953 - São Paulo - SP

77-163 Eugênio Carvalho DUQUE 08/09/1954 - São João de Meriti - RJ

77-074 EDIMAR Borges de Freitas 08/09/1953 - Vitória - ES

77-301 EDSON Ramos de Siqueira 06/04/1956 - Pinhal - SP

77-153 EDVALDO Ribeiro 10/08/1953 - Santos - SP

77-218 Modesto DONATINI Dias da Cruz 31/12/1951 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-129 Valter Augusto DONATO de Jesus 26/11/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-113 DONIZETT Ferreira Chaves 02/11/1955 - Duque de Caxias - RJ

77-065 EITEL de Melo Sousa 20/06/1955 - Formiga - MG

Aspirante-Aviador - 1977

77-033 Marcos ELAEL da Silva 22/02/1955 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1977

77-042 Eleandro ELIAS de Lima 29/11/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-111 ELMAR Pessoa Silva 21/07/1953 - Uberlândia - MG

77-115 Luiz Roberto DOS SANTOS 14/07/1952 - Artur Nogueira - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-080 Celso Pereira DUARTE 11/03/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-160 ELMO de Oliveira Menezes Filho 05/05/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-306 Amaro EURIQUES do Nascimento 13/07/1950 - Caçador - SC

Aspirante-Intendente - 1978

77-122 José DULCÍLIO Silva 21/11/1953 - Cachoeiro do Itapemirim - ES

77-087 EUSTÁQUIO Ferreira Correa 10/09/1953 - Januária - MG

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Esquadrilha

77-203 FÁBIO Rodrigues Alves 24/09/1953 - Londrina - PR

77-269 Antônio Carlos da FONTOURA 27/06/1954 - Santa Cruz do Sul - RS

77-315 Otávio José FACCHINI 20/05/1955 - Casa Branca - SP

77-308 Adilson FRANÇA de Carvalho 27/10/1953 - Nova Friburgo - RJ

Aspirante-Aviador - 1977

77-143 Armando Ribeiro FALCÄO Filho 25/09/1952 - Salvador - BA

77-225 Antonio Celso FRANCISCON Rocha 31/03/1954 - São Paulo - SP

77-216 Pedro FARIA dos Santos Filho 04/03/1956 - São Paulo - SP

77-096 Luiz Antônio Andrade FRANCO 29/03/1954 - São Paulo - SP

Aspirante-Aviador - 1977

77-056 Almir Galvão FEITOSA 27/08/1952 - Santa Rita - PB

77-253 FRANZ Luiz Matheus 29/01/1952 - São Paulo - SP

Aspirante-Aviador - 1977

77-257 José Roberto FERNANDES Martins 01/07/1953 - São Paulo - SP

77-231 Miguel Fernandes FREIRE 30/05/1954 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

77-070 FERNANDO Jose da Silva Fernandes 26/03/1956 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-021 José Estéfano FERRARESI 12/12/1952 - Itápolis - SP Aspirante-Intendente - 1978

77-100 Luiz Carlos FERREIRA 25/08/1952 - Bom Jesus do Galho - MG Aspirante-Aviador - 1977

77-299 Roberto FERREIRA NEVES 30/12/1954 - São Paulo - SP Aspirante-Intendente - 1978

77-232 Elias FIGUEIREDO de Souza 11/01/1952 - São Gonçalo - RJ

77-166 Carlos Alberto FREITAS 01/03/1953 - Simão Dias - SE

Aspirante-Especialista - 1978

77-090 Carlos GALLUZZO 19/12/1952 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Aviador - 1977

77-036 Marcus Vinitius M. GALVÄO de Souza 06/02/1956 - Bagé - RS

Aspirante-Aviador - 1977

77-272 Paulo GARCIA Soares 30/06/1955 - Patos de Minas - MG

Aspirante-Engenheiro - 1980

77-241 Edel Norberto GEHLEN 27/06/1955 - São Domingos - SC

Aspirante-Aviador - 1977

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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77-206 Marcos Roberto GENES 04/05/1954 - Campo Grande - MS Aspirante-Aviador - 1977

77-277 GENIBALDO Bezerra de Oliveira 25/01/1955 - Campina Grande - PB Aspirante-Intendente - 1977

77-235 José GERARDO Saraiva 28/03/1953 - Fortaleza - CE

77-009 Marcelo Mario de HOLANDA Coutinho 18/06/1953 - Recife - PE

Aspirante-Aviador - 1977

77-228 Ubirajara INÁCIO de Godoi 10/01/1954 - Monte Alegre do Sul - SP

77-208

77-196 Marquil GÓES Machado 28/12/1953 - São João de Meriti - RJ

77-199 Vicente Fernando Q. INGOLOTTI 18/10/1953 - Paraguai

Aspirante-Aviador - 1977

77-273 ISNARD Batista de Souza Filho 01/05/1955 - São João del Rei - MG

Aspirante-Intendente - 1977

77-312 Francisco ÍVANO Monte Alcântara 12/05/1956 - Oiticica - CE Aspirante-Intendente - 1977

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77-280 GUTEMBERGUE Gomes da Silva 08/09/1951 - Pires do Rio - GO

- 1977

77-243 Paulo de Moura HILDEBRAND 10/02/1954 - Leme - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-210 JAILSON Barboza de Magalhães 18/12/1953 - Arapiraca - AL Aspirante-Intendente - 1978

77-019 JAILTON Porto de Faria 04/04/1956 - Barbacena - MG Aspirante-Intendente - 1978

77-270 JAIME CEZAR da Silveira Ferreira 18/02/1951 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1977

77-182 JARBAS Abreu Junior 27/03/1955 - Guaratinguetá - SP Aspirante-Intendente - 1978

77-161 JAYME Cruz da Costa 05/05/1953 - Altaneira - PR

77-005 JAYRO José da Silva 19/08/1953 - Barra do Piraí - RJ Aspirante-Intendente - 1977

turMAmaRACUJÁ
José Carlos de GODOI e Silva 20/08/1953 - Sete Lagoas - MG Ronaldo José GOMES de Carvalho 22/03/1955 - Rio de Janeiro - RJ Rafael Roberto GOMIDE 09/05/1956 - São Paulo - SP Altivo GUAIANÁS de Souza Tavares 29/04/1954 - Rio de Janeiro - RJ Paulo Barbosa GUEDES 08/02/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978 Aspirante-Intendente
111

77-097 JERSON Nunes de Azevedo Junior 07/09/1954 - Campos - RJ

77-239 LEOMAR Teixeira Gonçalves 15/01/1953 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Aviador - 1977

77-291 JOHAN Carlos Barbosa 25/11/1954 - Três Lagoas - MS Aspirante-Intendente - 1978

77-028 JORGE Carlos de Araujo 04/10/1954 - São Paulo - SP

77-030 Jorge Mota LIMA 10/12/1952 - Belém - PA

77-133 JOSÉ LUIZ de Araujo 03/09/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-026 Alberto LIPP 04/03/1954 - Curitiba - PR

77-310 JOSÉ RONALDO de Oliveira Moraes 09/07/1953 - Santa Maria - RS Aspirante-Intendente - 1977

77-015 João Pinto Barbosa JUNIOR 06/02/1957 - Aparecida - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-139 Paulo Salgado JUNQUEIRA 22/12/1955 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-279 KLEBER da Silva Valente 11/11/1952 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1977

77-068 LAURO de Oliveira 27/02/1953 - Jacutinga - MG

77-195 José LÁZARO 05/11/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-029 Luiz Antônio LISBOA 06/02/1953 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

77-156 Paulo Estevão LOBIANCO 01/05/1953 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Intendente - 1977

77-221 Ronaldo Rui LOBO César 20/09/1953 - Belém - PA

Aspirante-Aviador - 1977

77-251 Wantuil LOMONTE de Oliveira 28/10/1954 - Conceição de Aparecida - MG

Aspirante-Aviador - 1977

77-105 LORAYDAN Soares Junior 01/09/1953 - Conselheiro Lafaiete - MG

77-130 LOURIVAL Alves Neto 25/12/1953 - Campos - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

77-286 Reinaldo LUCCI 07/10/1950 - São Paulo - SP

Aspirante-Aviador - 1977

77-075 Luis Alberto Gomes LEÄO 20/04/1952 - São Paulo - SP Faleceu em 29/10/1976

77-305 Harry LUETKE Junior 19/12/1953 - Benedito Novo - SC

Aspirante-Intendente - 1978

ESPECIAL
Esquadrilha EDIÇÃO
2004
112

77-230 LUIS COUTO Correa Pinto 30/07/1951 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-134 LUIZ Fernando de Assis 11/09/1952 - Fortaleza - CE

77-144 Marcos Antônio da Silva MARCELINO 05/10/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-183 Luiz Antônio MARCIANO dos Santos 20/05/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-311 LUIZ ALBERTO Silva 26/01/1950 - Florianópolis - SC Aspirante-Intendente - 1977

77-282 LUIZ CARLOS de Souza 05/06/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-247 MÁRCIO Luis da Costa 06/09/1956 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-252 MARCOS ANTÔNIO Borges 07/06/1953 - Presidente Epitácio - SP

Aspirante-Aviador - 1977

77-137 LUIZ FERNANDO Junqueira 21/05/1953 - Três Corações - MG

77-262 MARCOS FERREIRA Netto 18/09/1952 - Cachoeira do Itapemirim - ES

77-268 LUIZ GERALDO Machado 18/10/1951 - Curitiba - PR

77-118 MÁRIO Lúcio Ribeiro 24/01/1954 - Sapucaí - MG

Aspirante-Aviador - 1977

77-069 Mário Rubens MACEDO Vianna 29/05/1954 - Volta Redonda - RJ

77-250 MARIO LÚCIO Ferreira Borges 08/03/1954 - Coromandel - MG

77-236

77-135

77-121 Hélio Carlos Braz MANDARINO 29/07/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-238 Sérgio de Oliveira MARTINS 03/10/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-278 MAURÍCIO Dias Rodrigues 26/06/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-168 Marcos Antônio MARCATO 02/06/1954 - São Paulo - SP

77-165 MAURO César Pimentel de Andrade 26/10/1954 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

77-107 Winston Costa MEIRELES 02/05/1955 - Caravelas - BA

Aspirante-Intendente - 1978

turMAmaRACUJÁ
Gerson N. MACHADO de Oliveira 11/04/1955 - Araraquara - SP Aspirante-Aviador - 1977 José Wilson Barboza de MAGALHÄES 21/05/1952 - Arapiraca - AL
113

Esquadrilha

77-123 Luiz Fernando de MENDONÇA Neves 11/12/1954 - Guaratinguetá - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-106 Alberto César G. da Justa MENESCAL 09/04/1955 - São Paulo - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-309 Waldir MICHELONE 30/09/1953 - São Paulo - SP

77-274 Pedro Ramalho NEDER 27/01/1952 - Serrania - MG

Aspirante-Intendente - 1977

77-159 Jader NEIVA Mello 16/12/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-050 NÉLIO Machado Pinheiro 10/02/1955 - Nova Iguaçu - RJ

77-001 MILAN Wohland 29/03/1956 - Amparo - SP

77-197 Juan Pozo MONROY 04/08/1953 - Cochabamba - Bolívia Aspirante-Aviador - 1977

77-223 Clovis da Silva MORAES 24/11/1954 - Nova Friburgo - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-217 José Roberto MOROTTI 19/02/1953 - Santos - SP Aspirante-Intendente - 1978

77-017 Francisco Carlos Siqueira MOURA 01/01/1954 - Salvador - BA Aspirante-Intendente - 1977

77-102 José MURILO Ramos 08/05/1954 - São Luiz - MA Aspirante-Intendente - 1978

77-023 José Renato de Souza NASCIMENTO 11/08/1955 - Irapuru - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-077 José Roberto NAVES Silva 26/11/1953 - Uberlândia - MG

77-010 NESTOR Rodrigues 12/06/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-259 Fernando Augusto de Oliveira NEVES 09/12/1955 - Magé - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

77-058 José NEWTON de Almeida 28/08/1953 - Porto Alegre - RS

Aspirante-Intendente - 1978

77-181 NILSON Carlota de Souza 22/11/1953 - Nova Iguaçu - RJ

77-220 Paulo Maria NOGUEIRA de Lima 07/07/1954 - Fortaleza - CE

Aspirante-Aviador - 1977

77-018 Dirceu Tondolo NORO 23/12/1952 - General Vargas - RS

Aspirante-Aviador - 1977

77-078 Carlos Alberto NUNES 13/02/1954 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Especialista - 1977

77-190 ODILON Duque da Silva Filho 10/05/1954 - Rio de Janeiro - RJ

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
114

77-053 Luiz Antônio de OLIVEIRA 29/10/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1977

77-099 José Carlos ORTIZ da Cruz 28/03/1955 - Presidente Epitácio - SP

77-066 Julio Cezar Pereira PASSOS 29/12/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-140 Wagner de Jesus PASTRELLO 12/01/1954 - São Paulo - SP

77-176 OSCAR Machado Junior 08/03/1956 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-084 OSMAR Geraldo da Silva 14/02/1953 - Hermílio Alves - MG Aspirante-Aviador - 1977

77-288 José Pio Ramos OTTONI 21/08/1949 - Teófilo Otoni - MG Aspirante Intendente - 1978

77-264 Mario Lucio da Costa PACHECO 11/12/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-169 PAULO Antônio Correia 13/06/1952 - Paulo Afonso - BA

77-313 Pedro PAULO LIMA 14/08/1951 - Porto Alegre - RS

77-214 PEDRO PAULO Antunes 29/06/1952 - Lauro Muller - SC

77-150 Elzo Luiz PADILHA Freitas 02/07/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-116 Jorge da Silva PEIXOTO 08/12/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-142 Sérgio Luiz PAIS Ribeiro 15/09/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-049 José Luiz PALOMAR Fernandes 03/06/1955 - Santo André - SP

77-025 Lauro Antônio PEREIRA 02/09/1953 - Oriente - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-276 Paulo PEREIRA SANTOS 10/12/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1977

77-175 Enio PETROCCHI 01/10/1954 - Lagoa Santa - MG

77-191 Milton PANIÁGUA 28/05/1952 - Campo Grande - MS

77-177 PIERRE Fernandes Bezerra 07/04/1954 - Ro de Janeiro - RJ Aspirante-Especialista - 1977

77-136 Rui Correa PARENTE 05/08/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-073 Ricardo PIMENTEL da Silva 27/01/1953 - São Paulo - SP

turMAmaRACUJÁ
115

Esquadrilha

77-164 Ruben Oliva de Barros PINHEIRO 03/07/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-307 Lindolfo REITZ 22/03/1951 - Porto Alegre - RS

77-213 José Francisco da C. PINHO Souza 08/12/1953 - Penalva - MA

77-061 RENE Reis Fernandes 01/06/1953 - São Paulo - SP

Aspirante-Aviador - 1977

77-110 José Luis PINTO Cardoso 28/07/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-104 Oduvaldo RESPINO 24/05/1952 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-185 Jorge Marques PINTOR 06/04/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-127 Luiz Marcos Vieira de REZENDE 09/06/1953 - Lagoa Dourada - MG

Aspirante-Aviador - 1977

77-092 Luís Vidigal PIRES 17/02/1955 - Conselheiro Lafaiete - MG

77-204 Carlos Alberto RIBEIRO da Silva 24/01/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-145 Vilson Carvalho PORTO 01/08/1954 - São Gonçalo - RJ

77-089 RICARDO Mendes 17/09/1955 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-035 Evandro César Fernandes PRAÇA 31/01/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-020 Benedito Antônio QUAIATTI 15/10/1952 - Campinas - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-292 Denir Rezende QUINTANILHA 26/07/1952 - São João do Meriti - RJ

77-032 José ROBERTO Machado e Silva 26/08/1955 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-295 David ROBINSON dos S. Medeiros 19/12/1954 - Bela Vista - MS

77-120 Joacil Basílio RAEL 15/06/1956 - Porto Alegre - RS

77-043 ROBSON Sant'Anna Rodrigues 22/12/1955 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Especialista - 1977

77-254 Renato ROCHA Pinto 01/10/1951 - Belo Horizonte - MG

77-083 RAFAEL Rodrigues Filho 16/06/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-091 Marco Aurélio Pereira RÓCIO 26/03/1955 - Lajeado - RS

ESPECIAL 2004
EDIÇÃO
116

77-226 RODOLFO Vieira Alves 07/10/1955 - Mesquita - RJ Aspirante-Intendente - 1977

77-302 ROGÉRIO Troidl Bonatto 31/08/1954 - Curitiba - PR Aspirante-Aviador - 1977

77-003 RÔMULO Peixoto Figueiredo 31/10/1955 - Fortaleza - CE Aspirante-Aviador - 1977

77-154 RONALDO dos Santos Pimentel 09/11/1952 - São Paulo - SP Aspirante-Intendente - 1978

77-027 Ronaldo Silva ROSAS 28/11/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-261 Luiz Alfredo Lima SAPUCAIA 29/12/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-180 Augusto de Souza SARAIVA 11/06/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Especialista - 1977

77-054 José Roberto SCHNEIDER 13/07/1952 - Novo Hamburgo - RS

77-108 SEBASTIÄO R. Magalhães Machado 20/09/1953 - Guaçuí - ES

77-004 Gilson RUSSO 28/01/1955 - São Paulo - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-072 RUY Lopes Gonçalves 22/07/1952 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-172 Orlando Correa SAMPAIO 13/01/1954 - Campo Grande - MS

77-256 Marco Aurélio SENDIN

17/06/1955 - Belo Horizonte - MG

Aspirante-Aviador - 1977

77-095 Antônio SÉRGIO Alves Lima 03/02/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-244 Luiz Antônio SERRA

08/06/1950 - Rio de Janeiro - RJ

77-012 SAMUEL dos Santos Guerra Filho 09/08/1956 - Pirajú - SP

77-219 Ricardo da Silva SERVAN 01/06/1952 - General Câmara - RS

Aspirante-Aviador - 1977

77-266 Flávio Lúcio SGANZERLA

18/08/1954 - Rio Claro - SP

Aspirante-Aviador - 1977

77-271 José Augusto S. SANTOS E SILVA 04/10/1952 - Rio de Janeiro - RJ

77-281 Edson SIDNEI da Silva Batista 10/12/1952 - Canoas - RS

Aspirante-Intendente - 1977

77-071 Rene SANTOYO Junior 19/11/1953 - São Paulo - SP Aspirante-Intendente - 1978

77-044 Ronaldo Ferreira da SILVA 10/02/1953 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

turMAmaRACUJÁ
117

Esquadrilha

77-008 SILVESTRE Soares de Aguiar 09/12/1953 - Caratinga - MG

77-294 Ubyrajara Antonio TORRES de Moura 31/08/1954 - Recife - PE

Aspirante-Intendente - 1978

77-202 Luiz Abel SIMÕES Vieira 21/06/1956 - Rio de Janeiro - RJ

77-303 Carlos Augusto TOSO 29/11/1954 - Pancas - ES

Aspirante-Intendente - 1978

77-265 Ivan Nunes SIQUEIRA Junior 07/08/1954 - Mogi das Cruzes - SP

Aspirante-Aviador - 1977

77-031 Edson SOARES 05/04/1954 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

77-103 Antônio SOEIRO Filho 14/03/1955 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-060 Paulo Renato Silva e SOUZA 26/08/1954 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Aviador - 1977

77-016 Alberto TAVARES de Oliveira 20/02/1955 - Cruz Alta - RS

Aspirante-Intendente - 1977

77-260 Redotable Jorge TEIXEIRA Braga 04/04/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-138 Roberto Luiz TOSTA Pereira 28/05/1954 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Aviador - 1977

77-146 Gilberto TURMINA (TORMENA) 30/08/1952 - Antônio Prado - RS

Aspirante-Intendente - 1977

77-114 UBIRAJARA Lopes da Silva 12/01/1955 - Santa Rita do Sapucaí - MG

Aspirante-Intendente - 1978

77-316 Hector Luis VALENCIA Sanoja 10/08/1955 - Venezuela

Aspirante-Aviador - 1977

77-081 Jorge Jaime Moreira VAZ Ferreira 18/11/1954 - Viamão - RS

Aspirante-Aviador - 1977

77-048 Edgel VELASCO Barcelos 10/03/1953 - Campos - RJ

Aspirante-Aviador - 1977

77-194 João THEODORO de Moraes Neto 05/05/1952 - Nova Iguaçu - RJ

Aspirante-Intendente - 1978

77-098 José TITO do Canto Filho 09/07/1953 - Fortaleza - CE

Aspirante-Aviador - 1977

77-184 Jorge Alberto TORQUATO Pessoa 11/04/1954 - Rio de Janeiro - RJ

77-224 Robinson VELLOSO Filho 12/08/1955 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Aviador - 1977

77-148 Sebastião Machado VIANNA 11/02/1954 - Rio de Janeiro - RJ

Aspirante-Especialista - 1977

77-007 José Geraldo Percegoni VIDAL 24/04/1956 - Além Paraíba - MG

Aspirante-Aviador - 1977

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
118

77-131 Artur VIDEIRA 03/09/1953 - Rio de Janeiro - RJ

77-207 Antonio WELLINGTON Sales Rios 20/06/1954 - Fortaleza - CE Aspirante-Engenheiro - 1981

77-227 Marcelo VILELA de Andrade 06/08/1955 - Rio de Janeiro - RJ

77-170 WILLIE M. Rodrigues de Carvalho 25/03/1954 - Natal - RN Aspirante-Aviador - 1977

77-211 Marcus VINICIUS Nogueira 04/07/1956 - Natal - RN Aspirante-Aviador - 1977

77-198 Herbert VIRUEZ Gutierrez 11/08/1953 - Bolívia Aspirante-Aviador - 1977

77-022 WALTER dos Santos Barboza 29/06/1953 - Rio de Janeiro - RJ Aspirante-Intendente - 1978

77-300 WASHINGTON Vieira da Silva 06/04/1952 - São Paulo - SP Aspirante-Aviador - 1977

77-045 WILSON Ferreira de Almeida 22/08/1953 - Conselheiro Lafaiete - MG Aspirante-Engenheiro - 1981

77-287 Cyro WITHOEFT

22/07/1955 - Blumenau - SC

Aspirante-Aviador - 1977

77-024 Nilton ZANQUI 05/12/1953 - São Paulo - SP

77-200 Giovanni Figueiredo ZOCH 24/07/1955 - Vacaria - RS Aspirante-Aviador - 1977

Não achou o pessoal tão “novinho” nas fotos?

E que tal estas outras fotos, você saberia dizer de quem são?

turMAmaRACUJÁ
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RESERVADO PARA

P P U U B B L LIIC CIID D A A D D E E

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
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NOSSA LEMBRANÇA

Escrever sobre quem não está mais entre nós talvez seja a mais difícil tarefa com a qual me defrontei ao escrever esta revista. Como fazê-lo sem ser piegas ou funesto, deixando o registro do convívio destes amigos na exata medida, sem que a emoção da saudade me domine ao relembrá-los? A solução foi usar as palavras de J. G. de Araújo Jorge em dois de seus poemas e as imagens alegres destes companheiros enquanto ainda estavam entre nós. Consegui as fotos de quase todos, infelizmente vocês não verão nenhuma foto do Marcus (71-259) e alguns outros companheiros serão lembrados somente em fotos “3X4”.

Aproveitei também alguns comentários que me foram transmitidos por e-mail sobre estes amigospassagens que bem ilustram seus comportamentos e aventuras, as quais vão nos ajudar a lembrar de muitas outras passagens, tenho certeza.

Todos foram perdas sentidas, todos eram companheiros, amigos e “irmãos”: Aderson, Antônio Carlos - o primeiro a ser vítima de um acidente aéreo quando estávamos em Natal, Beato - que vinha organizando as reuniões da nossa Turma até 1996, Bispo - o “Super-Bicho”, Carneiro, Constâncio - o “Molu” que adorava capoeira, Curado, Dejair, Detoni - “Camofo”, Donato - “Magro”, Ernesto - “Arataquinha”, Franco - “Gato de Armazém” (Quem não comprou roupa da Gledson vendida por ele nos tempos da AFA?), Jayme - “Aranha”, Junior - o mais jovem de toda a Turma, Lobo, Loraydan - “Manequim”, Lucci - que estava organizando a revista da nossa Turma da AFA antes de vir a falecer, Luiz - “Luiz Arataca”, Mandarino, Marcato - “Pinda”, Marcus - “Sagüi”, Mendonça - “Muvuco”, Mota, Quaiati, Ribeiro - “Boca”, Ruy, Sidnei - “Parrudo” e Viruez

Quatro destes companheiros não seguiram para a AFA: Carneiro, Ernesto - que foi direto para o CFPM em Natal, Marcus e Mota. Destes, apenas o último veio a falecer quando a Turma ainda estava na EPCAR: Saiu numa sexta-feira e não voltou mais, mais ou menos como aconteceu com o Leão quando estávamos na AFA. Para todos estes amigos que partiram deixamos a nossa homenagem.

Nunca morrer aos poucos, devagar, (a Vida a se extinguir como um lamento) - sem mais nada fazer do que esperar que a brasa esfrie sob o frio vento...

Nunca morrer assim... ao sofrimento que, como um polvo de insondável mar, nos abraça e nos tolhe até o momento em que, não mais podemos respirar...

Morrer, - por certo ! – em pleno vôo, em pleno prazer, sem medo e dor, forte e sereno, num tropeço imprevisto de quem corre, como a criança que cai, a rir, contente, como a luz que se apaga de repente... - Morrer assim, sem se saber que morre!

turMAmaRACUJÁ
" Nunca Morrer Assim... " JG de Araujo Jorge
121

"

" Q Q u u a a n n d d o o " "

JG G d d e e A Arra a u ujjo o J J o orrg g e e

Q Q u u a a n n do o o o p p a a n n o o d d a a s s p p á állp p e e brra a s s c c a aiir r s s o o b brre e o o p p a allc c o o ffe e c c h h a a d d o o d d a a s s rre etti i n n a a s s q q u u e e jjá á n n ã ã o o p p o o d d e e m m v v e err, , e e o o n n d d e e p p a a s s s s a arra a m m tto o d d o o s s o o s s b b o o n n e e c c o o s s e e ffa a n ntto o c c he e s s,, q q u u e e e e m m v viid d a a m m e e a ajju u da arra a m m n n a a p p a a n ntto o m miim m a a e e s sttr r a a n n h h a a d d o o m m e e u u S S e err...

Q Q u u a a n n d d o o a a s s ú úllt tiim m a a s s llu u z z e e s s s s e e e e x xtti i n n g g u uiir r e e m m a a p p ó ó s s o o s s d d e errr r a a d d e eiir r o o s s o o b b s sttá á c c u ullo o s s,, e e ffi i c c a arre e m m v v a a z ziia a s s m miin n ha a s s ó órrb biit t a a s s c c o o m m o o o o s s g grra a n n d d e e s s a a n nffi itte e a attr r o o s s s siil l e e n n c ciio o s s o o s s d d e e p p o oiis s d d o o s s e e s s p p e ettá á c c u ullo o s s...

Q u u a a n n d d o s s o o b brre e o o m m e e u u peiit t o a a s s m miin n h h a a s s m m ã ã o o s s d d e e cerra a g g é élli i d d a a s s s s e e e e n nttr r e ella a ç ç a arre e m m jjá á se e m m v viid d a,, c c o o m m o o q q u u e e s s e e d d e e s s p p e e d diin n d d o o m m u uttu u a a m m e e n ntte e n n a ú úllt tiim m a a d d e e s s p p e e d diid d a... Q Q u u a a n n d d o o d d e e n nttr r o o d d a a rro o c c h h a a d d o o m m e e u u p p e eiit t o o o o corra a ç ç ã ã o o m m o orrr r e err. .... . não p p u ulls s a arr m m a aiis s,, e e ffi i c c a arr e e n ntte errr r a a d d o o n n o o m m e e u u c c o orrp p o o c c om m o o os d diia a m m a a n ntte e s s no o iin ntte erri i o orr d d a a tte errr r a,, -- ttr r o o c c a a n n d d o o a a s s u u a a v viid d a a h h u u m m a a n n a a e e ttr riis stte e p p e ella a v viid d a a ffe elli i z z d d o o s s m miin n e erra aiis s... ...

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Q Q u u a a n n d d o o s s o o b brre e o o s s m m e e u u s s llá á b biio o s s e e n nttr r e e a a b b e errt t o o s s ffi i ca arr s s o orrr riin n d d o o u u m m ú úllt tiim m o s s o orrr riis s o,, -- e e s s s s e e m m e e s s m m o o s s o orrr riis s o o d d a a s s e e s sttá áttu u a a s s e e d d o o s s c c o orrp p os s q q u u e e u u m m a a a allm m a a jjá á nã ã o o tte e m m...

Q Q u u e e n niin n g g u u é é m m c c h h o orre e a a o o m m e e u u rre e d d o orr !!. .... . N Niin n g g u u é é m m!!

M M a aiis s rra a z z õe e s s h h a a v v e erri i a a p p a arra a o o p prra a n ntto o n n o o iin n s stta a n ntte e e e m m q q u u e e n n o o m m u u n n d d o o d d e e s s p p e errt t e eii !!...

E E q q u u e e m m c c h h o orro o u u ? ? Niin n g g u u é é m m c c h h o orro o u u !! -- n n o o e e n ntta a n ntto o q q u u e e rri i d dííc c u ulla a s s ffe e s stta a s s m m e e ffi i z z e erra a m m,, a atté é pa arre e c c e e q q u u e e n n a a s s c ciia a u u m m rre eii! !

Q Q u u e e a a o o v viir r p p o orrt t a a n ntto o o o d d e errr r a a d d e eiir r o o d diia a,, o o ffi i m m d d o o m m e e u p p e e n n o o s s o o d d e e s s p p e errt t a arr, , -- q q u u e e h h a ajja a m m ú ú s siic c a a,, rri i s s o o s s e e a alle e g grri i a a e e q q u u e e eu,, a a p p e e n n a a s s eu,, tte e n n h h a a o o d diir r e eiit t o o d d e e,, a a o o d d e eiix x á á--l l o o s s n n a a v viid d a a,, iin ntte erri i o orrm m e e n ntte e n n o m m eu s s o orrr riis s o à à m m o orrt t e e,, s s o ollu u ç ç a arr...

Enfim, sabem o que eu acho ? Acho que eles neste momento estão nos observando... Voando em céus mais brigadeiros do que nunca.. Sem precisar de máquina e sem ter medo de cair... Devem estar rindo das cagadas que fazemos... É galera, eu acho que é assim que eles podem estar. Assim espero!!!

77-159 CAPELLA (71-232)

Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
122

Posso me sentir ainda nos ares. É difícil que eu pouse tão cedo, sentir que não existe um horizonte que separe a terra do céu! (...) Trazendo em minhas mãos uma criação de engenhosidade dos homens. Na reta final aquela vontade de eternizar-me entre céu e nuvens e realizar em Deus a eterna clamação. Em seu reino voar, voar cada vez mais, tornando-me de um mortal vulgar, em um piloto eterno. (...) Foi então que Deus disse: - Olhe para os teus braços! E ao olhar vi que não os tinha mais, no seu lugar ganhei duas enormes asas. Muito obrigado Senhor! (Trechos esparsos de poema do próprio Antônio Carlos encontrado entre seus pertences)

(...) amigo de AP, de esquadrilha e de muitas lembranças, extrovertido e brincalhão que era, não perdia a oportunidade de uma brincadeira, uma piada, fosse transitando pela Academia, na sala de aula, no GIA e assim por diante.

(...) O meu até breve ao SAPO-BOI, ou SUPER-BICHO, como deve ser mais bem lembrado por ter ultrapassado a porta de vidro do cinema em BQ. Mesmo os que conviveram apenas um mês, hão de se lembrar do fato, quando imediatamente após a liberação pelo “Chumbinho”, em desatada correria a fim de piruar uma “pole position” para beber água ou satisfazer outra necessidade qualquer, não se dera conta da moderna porta de vidro, que não resistindo à sua pressa foi reduzida a pó causando um barulho assustador ao resto da turma, que naquele momento mal havia se levantado Daí a pecha de SUPER-BICHO, pois que surgira dos estilhaços com escoriações por todo o corpo, felizmente sem maior gravidade. De lá para a AFA, quando mais proximamente convivemos, era o mesmo BISPO a comentar com bom humor suas peripécias aeronáuticas diante do seu instrutor de vôo, o famoso “Barbosinha”, instrutor da esqda. Sírius, cujos debriefings eram por ele tão bem imitados. Nunca mais nos vimos desde então, embora tenha acompanhado sua trajetória como oficial da Marinha Mercante e esporadicamente recebido notícias através de um ou outro. Ao retornar de férias no entanto leio a notícia da sua corrida definitiva, mais uma vez apressado ele se antecipou para chegar primeiro. BISPO, de novo você abandonou o recinto sem que ninguém notasse, sem autorização, e dessa vez você se superou meu amigo, pois foram dois ou três dias até o ruído do vidro quebrando. Dei boas gargalhadas a pouco quando relembrei o episódio da porta de vidro em BQ, agora um pouco comovido relembro um encontro de turma, quando me disseram que você freqüentemente perguntava por mim. E eu que havia me prometido fazer um contato por qualquer meio disponível, mas você apressadinho tinha que sair na frente. De minha parte quero te pedir para tirar um pouco de motor, ter paciência e esperar até o dia em que de novo possamos estar todos juntos. Até lá por favor aguarde para quebrar novas portas. Nós todos pedimos por você. 77-070 FERNANDO (71-263)

(...) Dias antes de morrer ele propôs trocar de Esquadrão comigo, já que não estava seguro com seu futuro na Aviação de Caça, e eu estava fazendo o curso de Bandeirante, após o afastamento do Joker (Unidade de Xavante que preparava os futuros pilotos de caça). Aliás, ele havia pedido afastamento do curso meio sem firmeza, e daí não deram - uma forçada de barra, e deu no que deu logo no primeiro vôo após o pedido: um estol assimétrico (violenta perda de controle lateral) no estande de tiro de Maxaranguape e uma entrada chão adentro. Lembro que no 4º Ano ele já havia demonstrado intenção de direcionar sua carreira para a aviação de transporte, onde, em suas palavras, poderia ajudar aos mais necessitados: a inspiração do legado do Correio Aéreo fazia mais uma cria... Acontece que possuía habilidade destacada no desempenho da atividade aérea, e aí nossos instrutores buscaram ao máximo - para mim na boa intenção do serviço e do aproveitamento do dom - seu emprego na Aviação de Combate. Vale ainda dizer que passamos juntos a ameaça de desligamento do curso de aviadores: eu não enxergava e ele não escutava... nas noites de sexta-feira de Pirassununga, por várias vezes, no balcão do Bar Azul, tragávamos a infelicidade presumida combinando, caso fôssemos desligados, não voltar para os respectivos lares: iríamos para a Amazônia buscar a vida, talvez com madeira, mas por certo entraríamos para um empreendimento, pois não ficaríamos parados no lamento do passado. O destino levou a que eu pudesse casar o sonho com meia-realidade, posto que servi por seis anos na Região Amazônica, e sempre que sobrevoava Humaitá, ali perto do Madeira no limite Amazonas - Rondônia me lembrava dele, isso porque foi um dos longínquos lugares do imaginário acadêmico que nos inspirava o futuro alternativo. Soube de sua morte após o regresso de uma viagem de serviço, quando vi que algo não ia bem ao olhar pela janela do Bandeirante: havia uma movimentação irregular no pátio de Natal, para mim era 10 de outubro de 1978. Muitos anos depois, falei por telefone com sua irmã, a qual eu nunca havia conhecido - nem sabido -, já que o Curado sempre falava de sua mãe e da vontade que ele tinha em ajudá-la: foi uma conversa que emocionou a ambos.. coisas da vida! A última vez que o vi, bebemos vinho e jogamos as garrafas no leito do Rio Potengi, vai ver as garrafas ainda estão lá, como prova da nossa amizade Se assim não foi, devia ter sido.

77-003 ROMULO (71-162)

turMAmaRACUJÁ
77-228 INÁCIO
123

Tenho uma passagem sobre o Constâncio que é da época da EPCAR (creio que ele não foi para a AFA): Você se lembra que o Constâncio era corredor de 400 metros. Com isso é de se esperar que os músculos da perna dele fossem bastante desenvolvidos, notadamente os da coxa. Pois bem, estávamos em um dia meio frio lá na piscina do ginásio de BQ e o Constâncio veio de um de seus treinamentos na pista de corrida. Sem cerimônias ele saltou na piscina e, de repente, começou a gritar dentro da água. Dizia que senti uma forte dor na perna direita. Foi um sufoco tirar aquele brutamontes da água. Verificamos que ele estava com uma tremenda câimbra no quadríceps (músculo frontal da coxa). Rapaz, eu nunca tinha visto uma câimbra daquelas. Tinha uma bola na perna dele, do tamanho de um punho. ele gemia e se contorcia de dor. Finalmente, chamamos o mestre da natação e ele deu um jeito, com alongamento e massagem, trazendo o nosso Constâncio à normalidade.

77-034 AURÉLIO (71-215)

(…) me fez lembrar de um episódio ocorrido em Fortaleza, não me lembro o ano exatamente (85 ou 86). Foi durante um deslocamento do 1°/14° para uma manobra nos ares cearenses. Após um dia de muitos vôos, REVO's (reabastecimento em vôo) bem balançados e calor intenso fomos todos espairecer lá pelas bandas da praia de Iracema. Assim, depois de um certo tempo, algumas cervejas já tinham rolado, alguns já não estavam mais no campo visual ( ). Ainda estávamos lá alguns companheiros, entre eles o Donato, o Louco Manso como ficou conhecido nos pampas. Já com a conversa um tanto pastosa, ele falou: " - Acho que vou dar uma jogadinha naquela máquina lá." Era uma máquina daquelas de "come-come", que fazia um barulhinho irritante à medida que o bonequinho "comia" os pontinhos da tela. Nosso amigo Donato comprou uma (isso mesmo, apenas uma) ficha e estacionou na frente da máquina por volta das 23:00 hs e começou a jogar... "pi... pi... pi..." e lá vai o bonequinho "comendo" os pontinhos da tela, enquanto o fantasminha tentava, em vão, alcançar o bonequinho. Plim... o Donato ganha mais uma vida e continua a manobrar o bonequinho.. "pi... pi... pi.. "... plim... mais uma vida. E assim foi até que lá por volta da meia noite algumas pessoas da fila, que já tinha se formado atrás, começaram a desistir de jogar. "pi... pi... pi..."... plim... mais uma vida, e lá vai o Louco Manso manobrando o tal do bonequinho. A gente continuava a abastecer o Donato com cervejas, a pedido é claro, mesmo porque ele não podia deixar a máquina nas mãos de qualquer um de nós ali, senão a balança iria pender para o lado do fantasminha. Para encurtar essa história, lá por volta das 02:30, alguém arrancou o Donato da máquina, sem ter perdido uma única vida até aquele momento, aliás, tinha colecionado um monte delas. Depois que o Donato saiu da máquina, ainda demorou para o fantasminha detonar todas elas. É isso aí (…) o Donato era assim, tinha uma tremenda habilidade e uma sagacidade ímpares. Além disto, era um grande e verdadeiro amigo, daqueles no qual a gente podia confiar sem o mínimo receio.

77-034 AURÉLIO (71-215)

(…) E o Donato ? Quantas partidas de pebolim, xadrez, futebol e sinuca perdi para o cara ? Além de ser um tremendo safo... E quando juntava Bigeli, Donato, Oscar, Leão, Ronaldo, e ... eu... Bem, boa coisa não se podia esperar. Sempre um estava ferrado! Invariavelmente eu... Não era muito safo como eles...(...)

77-159 CAPELLA (71-232)

(...) lembro-me de um fato interessante que ligou dois dos nossos amigos que já se foram do Planeta. Consta que o Franco tinha alguns poderes mediúnicos, os quais, infelizmente ou felizmente, só o Criador sabe, não serviram para alertá-lo do momento da sua passagem. Quando regressamos para a Academia após o final de semana em que falecera o Leão, o Franco me disse que na noite de quinta para sexta feira anterior havia sonhado com um acidente com um colega de turma e com um chevette, só que ele não identificou no sonho quem era. Então, na sexta feira procurou alertar todos os colegas que possuíam chevette do sonho que havia tido. Quando chegou para falar com o Leão, já na saída para o licenciamento, ele, o Leão, que havia incrementado o seu carro amarelo trigo, disse para o Franco entrar no carro e experimentar dirigí-lo um pouco, etc. E com isso, o Franco se esqueceu de avisálo sobre o sonho (o que particularmente eu acho que não faria a menor diferença para o Leão) O curioso foi que ao contar o caso para mim, como disse no início, já na segunda feira, o Franco, achando que eu não estava acreditando muito, me colocou frente a frente com colegas que confirmaram que na sexta o Franco realmente os havia alertado Grande figura o nosso saudoso "Gato de Armazém". Com certeza, ele está bem.

77-061 RENÊ (71-300)

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
Esquadrilha
124

(…)Não sabia de tantos companheiros de caserna que já despertaram para a Vida Real. De todos tenho lembranças com carinho... De alguns porém tenho vívidas memórias de companheirismo e camaradagem... Não que os outros não o fossem, porém trata-se apenas de flashes da convivência da época. Quem não se lembra do Leão? Era impossível ficar sério durante o hastear e baixar da bandeira do pátio. A Reta da Turma H estava sempre se ferrando, mas era demais... Quantas cervejas não tomamos juntos na ruela ao lado do muro de BQ... (.. )

77-159 CAPELLA (71-232)

(...) Luís vinha de Ribeirão Preto naquele fusca amarelo, com farol de milhas, som e tudo mais, juntamente com outros companheiros de farra. Já eram altas horas da madrugada quando trafegando pela estrada Pira para Aguaí, próximo da Academia, surge repentinamente um lobo. A Turma meio pra lá e meio pra cá, cheia de chope do Pingüim, avisa para o Arataca: - Lobo a frente...passa alguns segundos e o negão fala: - já era pessoal, o lobo se foi. Inconformados com o atropelamento, mas preocupados com o estado do carro, a turma pára adiante e desce para verificar as avarias. Não havendo problemas com o carro decidem - vamos levar o lobo para a Academia. Pegam o defunto e o alojam no porta-bagagem do carro e retomam o rumo da AFA. No caminho decidem o que fazer com a criatura. Ao chegarem no estacionamento carregam o defunto nos braços e o colocam na cama de outro arataca que carinhosamente se enroscou com ele.

Outra do negão e comparsas que me contaram. Como de costume, voltando da farra naquele tremendo bólido amarelo, resolve o Luís e companheiros pregarem uma peça no alojamento. Por votação o escolhido foi o (...), que naquela altura da madrugada fria dormia em berço esplendido, sonhando em alçar vôos sob o manto da águia altaneira, embalado pelo canto da "esquadrilha é um punhado de amigos a vibrar a vibrar de emoção..." Coitado, mal sabia o que estava prestes a lhe acontecer. No estacionamento desembarca o negão e sua turma. Sobem silenciosamente a escada do alojamento e no corredor começam a preparar a peça. Abrem uma abóbora, que o negão fazia questão de chamar de jerimum. Com uma faca pontiaguda abrem quatro furos em uma das faces do jerimum representando os olhos, o nariz e a boca. Introduzem no interior do jerimum uma vela. De uma face a outra abrem dois pequenos furos de modo que por ali passasse uma guia. Tudo pronto, guia montada de uma divisória a outra e vela acesa, corre o negão ao banheiro e coloca sua mão na água fria que jorrava da torneira Com a mão quase gangrenando pelo frio, retorna rapidamente ao cômodo entre as duas divisórias e se aloja em baixo da cama do (...). Coloca a mão sobre o peito da vítima e pede, após proferir por diversas vezes a frase: "acorda (...), acorda..., que soltem a parafernália. (...) meio cambaleante das idéias, não entendendo nada, mais sentindo que algo estranho e gélido havia se apoderado do seu peito, abre os olhos e se depara com uma caveira aproximandose com uma velocidade igual a de um jato. Em pânico se levanta e sai correndo aos gritos pelo alojamento. Coitado do (...). O susto foi tão grande que acabou tendo que ir para o hospital e a turma depois arrependeu-se do que fez.

77-098 TITO (71-311)

(…) a idade já pesa as lembranças se tornam confusas mas certos momentos são indeléveis: nosso Grande Amigo Marcato geralmente nas corridas pela cidade ficava estatelado na primeira ladeira após a vila dos oficiais e conseguia escapulir da suga mais puxada... mas teve um dia que ele foi imbatível, teria superado o próprio Super Senna se o mesmo estivesse presente no evento. Era um domingo ensolarado, em torno das 07:00 da manhã, a grande maioria dos alunos que não viajaram ainda estavam curtindo o berço. Marcato dormia na cama de cima próxima a janela do corredor, ainda estávamos no primeiro ano da gloriosa EPCAR, e eu já tinha acordado e arrumava meu armário numa posição privilegiada de onde podia contemplar quase todo o alojamento, principalmente próximo a entrada do banheiro, quando um grande estrondo acompanhado de vidro quebrado, poeira e vapor adentrou o alojamento. Neste instante, que para mim foi muito demorado pois consegui ver quase todos os detalhes do alojamento passando em câmera lenta, verifiquei que o Marcato tinha incorporado a agilidade de um gato conseguindo passar pela janela guilhotina semi-aberta com um único toque no solo ou seja, do beliche à janela ele só tocou no solo uma única vez. Todos correram, para a porta, mas Marcato tinha se comparado a Ícaro, ele não correu ele decolou. Grande Marcato! Grande Amigo! (A explosão foi proveniente do vaso acumulador de vapor da caldeira nos últimos meses de 1971)

77- 158 COUTINHO (71-051)

turMAmaRACUJÁ
125

Esquadrilha

Em 1978, eu estava fazendo o curso de controlador de tráfego aéreo no ITA em S. José dos Campos, quando me deparei com colegas da turma que estavam por lá fazendo algum curso. Não me recordo mais com quem eu me encontrei, mas fiquei feliz de saber que o Quaiati estava por ali. Era um dos que eu havia feito amizade em BQ. Como faziam quase cinco anos que eu não via nenhum deles, fiquei por ali para ver se era reconhecido e para matar as saudades. De repente, lá vem o Quaiati... Uniforme meio desconjuntado, sem cinto! Veio distraído (provavelmente preocupado com a falta do cinto), parou na minha frente e, para surpresa e gozação de todos, olhou para mim e disse: " - Oi, Borges! Você tem um cinto para me emprestar?"

BORGES (71/187)

(...) judoca faixa preta, sorriso constante. O que aconteceu com ele após os anos que convivemos no mesmo tatame, não são de meu inteiro conhecimento (...) de BQ e do Rio de Janeiro, nas férias de 1972/1973, posso lembrar de coisas maravilhosas, as quais nosso companheiro Souza poderá complementar (...), pois foi na sua casa, no Estácio, onde fiquei hospedado (...). O Ruy, sempre foi uma pessoa, que demonstrava não existir tempo ruim, sendo sempre gentil e educado com todos, tendo sempre uma palavra de reforço ao ânimo do dia a dia, além de ser um excelente atleta, campeão tantas vezes por nossa escola (EPCAR). No verão 72/73, fui conhecer sua casa, no Morro do Catete, onde tinha guardado um carro antigo, não me lembro o ano, mas era muito antigo. Um conversível de dois lugares e os dois adicionais eram obtidos através da abertura de um capo traseiro. Descíamos o morro em zig-zag (pra quem conhece a descida do morro do Catete), com um volante que tinha quase duas voltas de folga. Podem imaginar a dificuldade em dirigí-lo. Pura curtição. Na época, eu iniciei um namorico com a prima do Souza, que morava em Quintino (ela) e íamos todos passear de conversível (antigo), descendo de Quintino para a Barra, se bem me lembro, outra pedreira para o volante. Na lembrança, um sorriso do Ruy, típico de quem estava dizendo: " - Você não queria dirigir? Pois então agora dirija. Eu disse que era pedreira!" O amor foi de carnaval, mas a lembrança de um irmão, que teve um significado muito grande na minha vida, pela humildade, serenidade, companheirismo, parceria, cumplicidade na busca conjunta de objetivos comuns, fazem deste personagem maracujá, uma das melhores lembranças que posso guardar na memória. Ruy Lopes Gonçalves - 71/320, um dos últimos na numeração, mas o primeiro na minha memória.

PACH (71-273)

Nem tudo roda debaixo da nossa vontade e frente às decisões do destino há que nos sentirmos pequenos e assombrados. Quis este tirano roubar-nos as alegrias geradas na reunião da turma, esvaziando nossos corações num único segundo... Lembram-se do Sidney? - Quase sempre quieto, às vezes parecendo mesmo alienado, mas sempre capaz de nos surpreender com as melhores imitações e os melhores “causos”. Ninguém viu-lhe nervoso com o que quer que fosse em nenhuma ocasião e no entanto, foi a este homem que o acaso levou. Num acidente de moto. Entretanto a impressão que dele devemos guardar não é a do estarrecimento pela brutalidade de seu falecimento, mas a do “super”, capaz de inúmeras proezas agarrado a uma barra horizontal. Temos de nos lembrar é do seu espírito cordato e amigo, pois acreditamos que, tanto quanto nós, também ele queria driblar (ou levar de roldão) a tristeza, fazendo prevalecer o espírito de alegria e companheirismo que começa a nos cercar. Permitamos que o seu desaparecimento tenha embotado o brilho de nossa felicidade apenas pelo tempo em que estivemos sob o impacto do choque, mas que agora esteja também ele velando pelo porvir, em que sua companhia estará indelevelmente marcada na nossa lembrança. Sidney, agradecemos por teres existido e por ter-nos dado o valor da tua camaradagem e amizade durante a tua feliz estadia neste mundo.

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra...

Cada um que passa sozinho, não fica só:

Leva um pouco de nós e deixa um pouco de si mesmo...

Eis a mais bela realidade da vida.

A prova tremenda de que ninguém se aproxima do outro por acaso...”

(Adaptação livre de texto de Antoine de Saint-Exupéry)

EDIÇÃO ESPECIAL 2004
77-036 GALVÃO (71-036)
126

MISSÃO CUMPRIDA

(Ayrton Senna da Silva, 1960-1994)

Quando colocamos uma porca em um parafuso, se começamos errado e continuamos forçando, o parafuso irá espanar ou o mecanismo travará, o certo é recomeçar de maneira mais acertada.

Quantas pessoas desejariam que o tempo retrocedesse para mudar muita coisa em sua vida, mas como a água que segue o seu curso, assim o tempo segue em seu próprio ritmo.

Não é tentando voltar no tempo, mas recomeçando de maneira mais acertada e corrigindo as distorções que acertaremos o fim.

É lógico que nem tudo é possível recomeçar, mas tudo, inclusive esta revista, pode ser melhorado.

turMAmaRACUJÁ
“Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos recomeçar e fazer um novo fim.”
127

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Esquadrilha EDIÇÃO ESPECIAL 2004
128
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