Notaer Junho 2023

LEGADO PARA A HUMANIDADE:

NOTAER DESTACA TRÊS AVIAÇÕES E SUAS NOBRES MISSÕES

O NOTAER está em clima de comemoração! No dia 12 de junho, celebramos o Dia da Aviação de Transporte, em homenagem a uma de suas mais célebres missões: o Correio Aéreo Nacional (CAN), com 92 anos de atuação.

Outra data importante é o Dia da Aviação de Reconhecimento, comemorada no dia 24 de junho. Presente no Brasil há 76 anos, essa aviação realiza missões de reconhecimento visual, fotográfi co, meteorológico e infravermelho, por meio de aeronaves equipadas com

MÍDIAS SOCIAIS

sensores ópticos e eletrônicos.

Sempre pronta para salvar vidas, a Aviação de Busca e Salvamento completa 56 anos no dia 26 de junho. Ela tem o propósito de localizar e socorrer ocupantes de aeronaves e embarcações em situações de perigo.

Neste mês, o NOTAER também vai compartilhar a participação da Força Aérea Brasileira (FAB) na SpaceBr Show, uma feira de tecnologia do setor espacial, evento no qual projetos da FAB foram destaques. Também rememora os 100 dias da

Operação Yanomami, com depoimentos de militares que atuaram e atuam na missão.

Além disso, o jornal apresenta o lançamento da página especial em homenagem aos 150 anos de Santos Dumont, central de conteúdo criada para concentrar todas as informações relativas às comemorações do sesquicentenário do Pai da Aviação.

Boa leitura!

Brigadeiro do Ar Adolfo Aleixo da Silva Junior Chefe do CECOMSAER

VÍDEO DA DECOLAGEM DOS F-39 GRIPEN EM NAVEGANTES/SC É DESTAQUE NAS

MÍDIAS SOCIAIS DA FAB

O post com o vídeo dos novos F-39 Gripen incorporados ao Primeiro Grupo de Defesa Aérea, Esquadrão Jaguar, decolando de Navegantes/SC com destino a Anápolis/GO, publicado no dia 09/05, foi destaque nas Mídias Sociais da FAB.

A publicação obteve mais de 270.000 visualizações, 800 comentários e aproximadamente 26.900 curtidas.

A FAB divulga em suas Mídias Sociais os produtos elaborados pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) e as informações enviadas pelos elos do Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica em todo o país.

Expediente

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Adolfo Aleixo da Silva Junior

Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Luis Felipe da Silveira e Eliseu

Chefe da Divisão de Comunicação

Integrada:

Coronel Aviador João Gustavo Lage Germano

Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação:

Tenente-Coronel Rodrigo Caldeira Magioli

Editor-Chefe:

Tenente Jornalista Johny Lucas (MTB/AM 1484)

Editores:

Tenente Relações Públicas Marize Torres (MTB/BA 1904)

Tenente Jornalista Gabrielle Varela (MTB/DF 10234)

Colaboradores:

Textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE

Revisão Ortográfica e Gramatical: Tenente Alex Alvarez Filho e Suboficial SST Rogerio Braga Bandeira

Diagramação:

Suboficial SDE Rafael Machado, Sargento TIN Fabiana Gomes e Soldado SNE Gustavo Nunes

Capa e Artes: Subdivisão de Publicidade e Propaganda

Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte.

Endereço:

Esplanada dos Ministérios Bloco “M” 7º andar

CEP: 70045-900 Brasília/DF

PALAVRAS DO COMANDANTE

VERSATILIDADE EM PROL DO BRASIL

No mês de junho, significativas datas rememoram os esforços de três Aviações da Força Aérea Brasileira: de Transporte, de Reconhecimento e de Busca e Salvamento. No dia 12, comemora-se o Dia do Correio Aéreo Nacional e da Aviação de Transporte. É esse campo de atuação da FAB que se sobressai no serviço de mobilidade de cidadãos, ajuda humanitária, transferência de doentes e feridos, transporte de órgãos e combate a

incêndios florestais.

Na Aviação de Reconhecimento, celebrada no dia 24, militares atuam na vigília dos limites terrestres e das águas brasileiras, no levantamento minucioso de dados de inteligência e no monitoramento de áreas de interesse, colaborando com organismos que atuam na segurança pública do país, principalmente na repressão aos crimes transnacionais como o combate ao tráfico de drogas, armas e munições.

Já o dia 26 é dedicado a consagrar a Aviação de Busca e Salvamento: homens e mulheres tenazes que oferecem suas existências à missão de salvar outras vidas no território brasileiro e em um vasto espaço de águas internacionais do Oceano Atlântico, desempenhando um papel crucial em inúmeras operações de ajuda humanitária ao redor do mundo.

Aos corajosos, nosso agradecimento pelo com-

promisso provado no momento em que abdicam de suas moradas para edificar grandiosas jornadas; e pelo patriotismo, expressado a cada instante que são avocados pela Nação. Nosso reconhecimento a todos aqueles que atuam de modo abnegado ao defender, controlar e integrar todo o território nacional.

Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno Comandante da Aeronáutica

AVIAÇÃO DE TRANSPORTE: INTEGRANDO O TERRITÓRIO NACIONAL

No dia 12 de junho, é celebrado o dia da Aviação de Transporte, braço da Força Aérea Brasileira, responsável por integrar o território nacional, com conexões, por vezes, em todo o mundo. A data também comemora uma de suas mais célebres missões: o primeiro voo do CAN.

O início da história da

Aviação de Transporte se dá juntamente com o primeiro voo do Correio Aéreo Nacional (CAN), em 1931, quando a missão de transportar um malote de correspondências do Rio de Janeiro para São Paulo pelos Tenentes Casimiro Montenegro Filho e Nélson Freire Lavenère-Wanderley, a bordo do Curtiss

Fledgling, matrícula K263, tornou possível o sonho e o projeto de progresso dos homens daquela época.

Ao todo, a FAB conta hoje com 13 Unidades Aéreas que atuam na Aviação de Transporte, sediadas em Manaus (AM), Belém (PA), Parnamirim (RN), Rio de Janeiro (RJ), Canoas (RS), Campo Grande

(MS), Anápolis (GO) e Brasília (DF). Para as missões, os esquadrões utilizam as aeronaves KC-30, KC-390 Millennium, C-130 Hércules, C-105 Amazonas, C-99, C-97 Brasília, C-98 Caravan, C-95 Bandeirante e U-100 Phenom, cumprindo assim a missão em todo o seu escopo de atuação.

CORREIO AÉREO NACIONAL

Atualmente, a Força Aérea conta com 25 Postos do CAN, distribuídos em todo o país, e com 4 Terminais de Transporte Logístico. E para quem imagina que o papel da FAB está limitado a proteger o espaço aéreo brasileiro, saiba que muitas outras missões são realizadas, como transporte de órgãos, transporte de cargas, transferência de doentes e feridos que necessitam de atendimento urgente, ajuda no combate a incêndios florestais, ajuda humanitária, transporte de animais, interiorização de imigrantes, entre muitas outras missões.

O Chefe da Seção de

Cursos e Chefe da Seção de Legislação do Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA), Capitão Gênison da Cruz Barcellos, lembrou de mais um benefício praticado pelo Correio Aéreo Nacional: o encontro de pessoas que moram distantes. “A importância das atividades desenvolvidas pelo CAN não se dá apenas pelas questões governamentais, nas calamidades públicas, na logística da FAB, ou na logística de outras Forças singulares e demais órgãos", destacou o Capitão.

E entre essas inúmeras missões, destaca-se que, entre 2018 e 2022, o CAN trans-

portou mais de 41 milhões de quilos de carga e 361 mil passageiros. Por meio da Operação Acolhida, a FAB realizou a interiorização de mais de 14 mil venezuelanos, levando-os para diversas localidades brasileiras, proporcionando melhores condições de integração e subsistência. Vale destacar,

ainda, o trabalho realizado durante a pandemia da Covid-19, quando foi possível transportar oxigênio, respiradores, pacientes e vacinas para todo o país. Cabe ressaltar também, o resgate de 34 brasileiros e familiares estrangeiros que estavam em Wuhan, na China, epicentro do Coronavírus, em 2020.

DIA DA AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO

AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO OS OLHOS DA PÁTRIA NA GUERRA E NA PAZ

Ten JOR Gabrielle Varela redor do mundo, fornecendo inteligência valiosa sobre o terreno, posições inimigas e condições atmosféricas.

As atividades de reconhecimento surgiram em meio às guerras Napoleônicas, Franco-Prussiana e Guerra do Paraguai, quando as missões eram realizadas por balões e os olhos eram os únicos sensores. Com o desenvolvimento do material bélico e de novas tecnologias, vieram os aviões de caça e de bombardeio adaptados e equipados para o reconhecimento aéreo. Desde então, a Aviação de Reconhecimento desempenha um papel crucial em inúmeras operações militares ao

Na Força Aérea Brasileira (FAB), as missões de reconhecimento nasceram em 24 de junho de 1947, quando aconteceu a primeira missão com a ativação do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV – Esquadrão Poker), e as metralhadoras de defesa das aeronaves de ataque A-20 foram substituídas por câmeras fotográfi cas.

O atual Comandante do 1º/10º GAV, Tenente-Coronel

Aviador Marcio Rassy Teixeira, declarou que o Esquadrão Poker, uma unidade altamente treinada e especializada, realizou no último ano uma missão extremamente desafi adora para a equipe. “Em novembro de 2022, tivemos uma operação com o objetivo de reconhecer 64 alvos e locais de interesse, o

que representou um marco signifi cativo na história da Unidade Aérea, uma vez que foi cumprida com um total de 6h25 de voo ininterruptas, tornando-se o quinto voo mais longo da história da aeronave AMX A-1M na FAB”, expressou o militar.

Em um cenário de evolução operacional na FAB,

em 2017, surgiu o conceito IVR, uma aplicação integrada da Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, tanto em período de paz quanto em situações de conflito. As aeronaves E-99 são empregadas em missões de Controle e Alarme em voo; as R-99 e RA-1, bem como as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450, RQ-900 e RQ-1150, realizam diversas missões de Reconhecimento Aéreo e também se destacam nas atividades de vigilância, especialmente em Operações Conjuntas.

O Comandante do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV – Esquadrão Hórus), Tenente-Coronel Aviador Ricardo Starling Cardoso, por sua vez, destacou que “o maior desafio desse tipo de sistema é o gerencia-

mento de tráfego aéreo e a implementação de tecnologias de detecção e prevenção de colisões avançadas para permitir uma coexistência segura e eficiente, no mesmo espaço aéreo, entre Aeronaves Remotamente Pilotadas e Aeronaves Tripuladas”. Por fim, o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV –Esquadrão Guardião) atua com o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) e é responsável por vigiar e proteger a Amazônia Legal, bem como planejar e executar ações de Controle e Alarme em Voo, além de Reconhecimento Aéreo. Nesse contexto, destacam-se as atuações do R-99 em diversas missões da FAB, a exemplo do Exercício Conjunto TÁPIO e das Operações Formosa, Samaúna, Brasil e Ágata.

DIA DA AVIAÇÃO DE BUSCA E SALVAMENTO

AVIAÇÃO DE BUSCA E SALVAMENTO CELEBRA SEUS 56 ANOS

Quando o assunto é Aviação de Busca e Salvamento, a frase que ecoa há 56 anos na Força Aérea Brasileira é: “Eu sabia que vocês viriam!”. A expressão remete ao dia 26 de junho de 1967, quando cinco militares foram resgatados após o desaparecimento da aeronave C-47 FAB 2068, na selva Amazônica.

A operação foi tão marcante que, por isso, a data foi escolhida para celebrar o Dia da Aviação de Busca e Salvamento. É ela que está sempre pronta para salvar vidas.

A Aviação de Busca e Salvamento – SAR, do inglês Search And Rescue – é a atividade da FAB especializada no resgate de vítimas de acidentes aéreos, resgates em alto-mar ou em áreas inóspitas, nas quais somente é possível

Ten JOR Mônica Lopes chegar por meio aéreo. Os resgates são feitos com helicópteros – como o H-36 e o H-60L – devido à capacidade de realizarem voos pairados. As aeronaves de asa fixa estão à disposição para as missões de busca: o SC-105, o P-3AM, o P-95 e o C-130. Atualmente, dez Esquadrões compõem a aviação e estão localizados em todas as regiões do Brasil, sendo eles: 2º/10º GAV – Esquadrão Pelicano e o EAS – Esquadrão PARA-SAR, localizados em Campo Grande (MS); 1º/8º GAV – Esquadrão Falcão, em Parnamirim (RN); 3º/8º GAV – Esquadrão Puma, 1º/7º GAV – Esquadrão Orungan e 1º/1º GT – Esquadrão Gordo, no Rio de Janeiro (RJ); 5º/8º GAV – Esquadrão Pantera, em Santa Maria (RS); 2º/7º GAV – Esquadrão Phoenix, em Canoas (RS); 7º/8º GAV – Esquadrão Harpia,

em Manaus (AM); e 3º/7º GAV – Esquadrão Netuno, em Belém (PA).

O Comandante do 2º/10º GAV – Esquadrão Pelicano, Tenente-Coronel Aviador

Emanuel Patrício Beserra Garioli, fala sobre os desafios da missão de busca. “As aeronaves devem voar o mais baixo e o mais lento possível dentro de suas margens seguras, sobre regiões normalmente montanhosas, em épocas do ano em que a meteorologia não se apresenta da melhor forma; devem, sobretudo, voar sempre até o máximo de sua autonomia, permane-

cendo a tripulação a bordo por longas horas, uma vez que o tempo na área sempre é traduzido em maior chance de sucesso e maior chance de se encontrar a vida”, disse. “Todo trabalho, todo treinamento e todo emprego do esforço aéreo se fazem válidos quando lembramos que esse elemento, essa abnegação, pode vir a ser o único fio que sustenta a vida de alguém. O espírito e a emoção envolvidos no caso do FAB 2068 jamais deixarão de fomentar as virtudes dos homens que juraram que por uma vida a ordem é lutar”, finalizou o

Tenente-Coronel Emanuel.

A FAB está preparada para o resgate 24 horas por dia. No dia 9/05, por exemplo, o 1º/8º GAV – Esquadrão Falcão foi acionado para resgatar um homem de 54 anos com um grave trauma na região pélvica. A vítima estava a bordo do navio mercante Kynouria, das Ilhas Marshall, que se encontrava afastado do litoral de Pernambuco por cerca de 230 quilômetros.

De acordo com o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Almeida Cândido da Silva, a tripulação em voo e todos os

militares que ficaram em solo atuaram de maneira sinérgica para resgatar a vítima que estava em grande sofrimento. “O procedimento realizado para resgate em navio exige perícia da tripulação, com uso de guincho e equipe de resgate, mas também grande coordenação entre o SALVAERO, o SALVAMAR, militares do esquadrão e da BANT. “Ficamos muito orgulhosos em presenciar o excelente espírito de corpo da Unidade Aérea, que permitiu chegar ao final do dia com mais uma vida salva. Missão cumprida!", comemorou.

SPACEBR SHOW 2023

A FEIRA DE TECNOLOGIA ESPACIAL QUE IMPRESSIONA

A cidade de São Paulo se tornou o centro das atenções no cenário da tecnologia espacial com a SpaceBR Show 2023, uma das maiores e mais aguardadas feiras do setor no Brasil. Com mais de 5 mil participantes, a terceira edição do evento teve como objetivo principal apresentar o potencial de novos negócios gerados pela exploração espacial para a comunidade

latino-americana. Realizada no renomado Shopping Frei Caneca, em São Paulo (SP), a feira reuniu expositores, especialistas, entusiastas e curiosos em um ambiente inspirador e inovador.

Um dos destaques da feira foi a participação da Força Aérea Brasileira (FAB), que apresentou seus principais projetos estratégicos na área aeroespacial, entre eles os vetores VSB-30, VS-30, VS-40 e VS-50. Assim, os visitantes

tiveram a oportunidade de conhecer de perto essas impressionantes tecnologias que impulsionam o progresso no espaço.

Além disso, os interessados em conhecer mais sobre os bastidores dos lançamentos de foguetes puderam explorar uma maquete detalhada do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), que despertou a curiosidade e o fascínio dos visitantes ao revelar as especificidades

envolvidas nos lançamentos espaciais.

A presença do Capitão Carlos Eduardo de Sá Amaral Oliveira, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e participante do evento, reforça a importância da participação da FAB na SpaceBR Show. Ele ressaltou que eventos desse porte são uma oportunidade única de demonstrar para a sociedade o investimento contínuo em ciência, tecnologia, educação

e capacitação de recursos humanos para o setor espacial e aeronáutico.

Uma das atrações mais empolgantes da feira são as maquetes dos satélites ITASAT-1 e SPORT, atualmente em órbita desde o fi nal de 2018 e 2022, respectivamente. Esses satélites, além de cumprir suas missões específicas, também têm como propósito fundamental capacitar os re-

cursos humanos envolvidos em seu desenvolvimento. Eles foram criados por engenheiros que fazem parte dos programas de pós-graduação do ITA, demonstrando o alto nível de conhecimento e expertise presente no Brasil.

O Chefe do Subdepartamento Técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentin

Rechiuti, destacou os benefícios que a participação da FAB na SpaceBR Show traz para a sociedade, enfatizando que a feira é o ambiente ideal para a interação entre indústria, governo e meio acadêmico. Dessa forma, ressaltou o papel atuante da Força Aérea nesse setor.

Atento a todas as inovações do mercado aeronáutico, o Comandante da Força Aérea, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, também ressaltou a importância da participação da Força Aérea em eventos desse tipo para mostrar à sociedade os produtos desenvolvidos em benefício do Brasil, garantindo sua sustentabilidade e segurança.

"Participar de uma feira como essa é fundamental para ter uma visão abrangente das novas tecnologias. Aqui pude observar a evolução dos satélites e sua aplicação multidisciplinar, tanto na agricultura quanto no mapeamento e imageamento", destacou o Comandante da FAB.

OPERAÇÃO YANOMAMI

OPERAÇÃO YANOMAMI COMPLETA 100 DIAS

No dia 22 de janeiro, devido às condições de calamidade pública, decretada pelo Ministério da Saúde e ocasionada pela crise sanitária que atingiu as populações em Terra Indígena Yanomami, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionada para realizar o envio de cestas básicas para a Comunidade Indígena da Kataroa, assolada pelo alto índice de desnutrição e de doenças infecciosas. Desde a referida data até o presente, a força-tarefa para enfrentar a crise já completou mais de 100 dias e tem alcançado resultados notáveis.

Desde o início de suas atividades, equipes médicas foram mobilizadas para levar cuidados de saúde às comunidades Yanomami, fornecendo serviços de atendimento médico, vacinação, diagnóstico e tra-

tamento de doenças comuns, além de oferecer orientações sobre saúde preventiva e higiene. A Operação Yanomami já entregou mais de 20 mil cestas básicas a mais de 300 comunidades da terra indígena, ultrapassou 4.000 horas de voo e mais de 1 milhão e 100 mil quilômetros percorridos com a realização de viagens de Boa Vista a Surucucu (328 quilômetros) e de Boa Vista a Auaris (445 quilômetros).

O trabalho desenvolvido na região Yanomami, em Roraima (RR), ocorre em conjunto entre as Forças Armadas e o Governo Federal, por meio do Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz). Nesse sentido, o Exército Brasileiro (EB) possui o papel de coordenar a chegada das cestas básicas bem como o acondicionamento delas, para serem carregadas nas aeronaves.

O Cmdo Op Cj Amz, por

meio da FAB, tem intensificado as ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) nas áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

Durante a Operação Yanomami, a FAB tem identificado diversos garimpos entre ativos e inativos, pistas de pouso não homologadas e exploração mineral de cassiterita. Com isso, o Cmdo Op Cj Amz tem contribuído para que a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Força Nacional (FN), desativem os principais garimpos, destruam aeronaves irregulares e apreendam materiais de apoio ao garimpo, como gerador de energia, motores hidráulicos, serra elétrica, antenas de comunicação via satélite, dentre outros.

A implantação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) no espaço aéreo da Região Norte foi estabelecida com base no Decreto Presidencial N° 11.405/2023, referente ao combate ao garimpo ilegal. Essa ação reforçou o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, na medida em que contribui para o controle do espaço aéreo e inviabiliza os voos irregulares em apoio ao garimpo ilegal. E por meio da Portaria nº 710, o Cmdo Op Cj Amz foi ativado pelo Ministério da Defesa para atuar na área do Estado de Roraima e na porção do Estado do Amazonas.

São diversos desafios logísticos na Operação Yanomami. Para chegar às mais de 300 aldeias localizadas na Terra Indígena, por exemplo, é necessária a utilização de helicópteros, como o UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil; o HM-2 Black Hawk, do Exército Brasileiro; o H-36 Caracal e o H-60 Black Hawk, da FAB, pois são as aeronaves que atendem os requisitos de autonomia para atuar na vasta área da Terra Indígena Yanomami.

Um Hospital de Campanha (HCAMP) da Força Aérea Brasileira (FAB) foi montado ao lado da Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista (RR). A unidade móvel prestou atendimento aos povos da Terra Indígena Yanomami. Militares atuaram na linha de frente do hospital e realizaram mais de 2.000 atendimentos, entre eles cirurgia, ortopedia, pediatria, odontologia, cardiologia e ginecologia.

Conforme o Comandante do Cmdo Op Cj Amz, Major-Brigadeiro do Ar Raimundo

Nogueira Lopes Neto, a interação das Forças Armadas na condução do Comando Conjunto tem demonstrado importantes resultados. “Essas ações estão sendo a resposta do Comando Conjunto ao estado de calamidade pública encontrado no início da Operação, e o mais importante é que chegamos a esses números com um altíssimo nível de segurança

e sem qualquer índice de acidente ou incidente registrado, principalmente pela interação das Forças Armadas com os demais órgãos governamentais, o que tem contribuído para que o nosso trabalho consiga se desenvolver com a efetividade necessária. São resultados que beneficiam não apenas a região Yanomami, mas toda a sociedade brasileira”, concluiu.

FAB LANÇA PÁGINA ESPECIAL EM HOMENAGEM AOS

150 ANOS DE SANTOS DUMONT

A história do primeiro aeronauta a alcançar a dirigibilidade dos balões e a voar num aparelho mais pesado que o ar pode ser conferida em uma página especial. A Central de Conteúdo foi criada para concentrar todas as informações relativas às comemorações do sesquicentenário do Pai da Aviação. O hotsite concentra todas as informações relativas à vida, à obra e aos valores de Alberto Santos Dumont, desde fotografias, arquivos e vídeos, até livros e publicações que contam a sua história. A página tem caráter dinâmico e será atualizada à medida em que novidades e eventos acerca das comemorações do sesquicentenário do herói nacional forem sendo definidos pelo Comando da Aeronáutica (COMAER). Brasileiro e obstinado a realizar o sonho de voar, Santos Dumont criou alguns experimentos até conseguir pilotar, em 19 de outubro de 1901, o dirigível de nº 6, quando instituiu um marco para a história da navegação aérea, ao ganhar o prêmio do Deutsch de La Meurthe, por realizar o percurso de Saint-Cloud, contornando a Torre Eiffel e retornando ao ponto de partida em menos de 30 minutos.

Em 1906, projetou o primeiro modelo de aeroplano. Pesquisou, observou e testou seu invento ligado ao dirigível de nº 14, por isso o batizou de 14 Bis. No dia 23 de outubro de 1906, o 14 Bis decolou no Campo de Bagatelle.

Por meio do QR CODE ao lado, acesse o portal especial.