TITLE:
Ensaiodevariedadesehíbridosderepolhoparaoverão
AUTHOR:
H.Ikuta
S.Kawasaki
RVencovsky
Ens variedades e hfbridos de repolho para o verio
H.Ikuta S.Kawasaki R.Vencovsky Instituto de Genética ESALQ - PiracicabaIntroducao
Nos grandes centros produtores de repolho de verao no Estado de S.Paulo, i.e. de novembro a fevereiro, planta-se, principaluente, uma variedade de repolho local, denominada "Louco" ou Sabauna.
Desde 1960, tem entrado a semente de repclho hibrido procédente do Japao e sua cultura vem aumentando, com relativo sucesso, substituindo, em parte, a cultura da variedade local. Os dois hibridos que estão sendo importa dos sao: Shikidori e Natsumaki - Riso. O presente trabalho é um ensaio de va riedades e hibridos, onde procuramos comparar as variedades locais com varieda des e hibridos japondses, em relagao às diversas caracteristicas agrondmicas, tais como: resisténcia às doengas, precocidade, péso das cabegas, tamanho de caração, número e pêso das folhas da sáia das plantas, tempo de duração no cam po após a formação da cabeça, número de cabegas rachadas, espigamento e florescimento das plantas.
Material e método
As 9 variedades e 41 hibridos japonéses, utilizados no presente en saio, eram considerados como os mais resintentes ao calor pelos téonicos japonê sesj a essas acrescentamos a variedade local de trés procedéncias, e realizamos o presente ensaio. A semeadura foi feita no diz 5 de dezembro de 1964, sen do as mudinhas repicadas no dia 18 de dozembro e transplantadas para o campo no dia 11 de janeiro de 1252:
0 delineaménto usado foi o de blocos ao acaso com 3 repetiçães. Ca da parcela era constituida de 20 plantas. Com relação às doenças classificame? o8 tratamentos em 6 grupos, recebendo a nota 0, os tratamontos livres de quaisquer doengas, e a nota 5, os tratamentos mais intensamente atacados; os demais tratamentos receberam notas: 1, 2, 3 ou 4 conforme o grau da intonsidade das doenças. Avaliamos a precocidade pelo nimero de dias que a planta ga-tou desdo a sementeira ató atingir o ponto comersial. Ao atingir o ponto comercial, cor tamos 15 oabegas de cada tratamsrio (5 plantas por parcela); ocontamos o nimero das folhas de sdiaj pesamos as cabogas e as saias e cortamos, longitudinalmente tddas as cabegas para verifioar o tamanho de coragao. Quanto ao tamanho de co-
ruçio adotamos o critério de notas: 3, 2 e 1 correspondendo respectivamente o coragao grande, médio e pequeno. Com 10 plantas por parcela que permaneceram no campo, observamos o nimero de dias desde a data em que a cabega atingiu o ponto comercial, até a perda do seu valor em condigoes naturais do campo; anota mos as cabegas rachadas e apodrecidas. Nas 5 plantas restantes por parcela observamos o espigamento e o florescimento. Realizamos a análise da varidncia do tipo bloco ao acaso com todos os dados obtidos.
Resultados
Todos os dados obtidos encontram-se no quadro 1. Os dados referen tes às rachadas e apodrecidas sao apresentados em forma de porcentagem; as no= tas referentes às doengas sao apresentadas em forma de média por parcela e os demais dados em forma de média por planta.
1 - Os resultados das anilises das varidncias indicaram diferenças altamente significativas (nfvel de 0,1%) para todos os c aractéres considerados.
2 - Com relação às doenças faremos referôncias a Xanthomonas campestris (Pam) Dowson e a outra que até o momento não foi possível identificá-la, porém os sintomas das plantas doentes se assemelham muito aos sintomas cau sados pelo Pseudomonas maculicola (Mc.Cul) Stevens.
2.1 - Com relagao a Xanthomonas campestris o tratamento mais resistente foi o hibrido Shinshu com a média das notas 0,60. Segue-se em 29 lu gar um grupo de 13 tratamentos com o mesmo valor 0,99 dos quais quoremos rossal tar a var. Sabauna IAC, As varicdados Piracicaba e Mogi das Cruzes obtiveram 59 lugar, ambas com 1,63.
2.2 - Com relação a outra doenga nao identificada, o tratemen to mais resistente foi o hibrido Aki-Sosei com nota 0. A var. Piracicaba o Mogl das Cruzes aspresentaram resultados muito préximos com 0,87 e 0,99. A var.
Sabauna IAC alcangou a média 1,16 por parccla.
3 - Com relagao a prococidade, a var. Nambu Wakagoma foi a mais tardia com a média de 122,6 dias dosde a somentoira ató a formação do cabega.
Segue-so a var. Sabauna IAC com 121,5 dias. Os dois tratamontos mais precocos foram: CM o Sosei-Mavu, ambos hibridos, rospectivamente com 86,9 o 87,0 diaa.
Seguem-se as var. Mogi das Cruzes e Piracicaba, respcctivamonte com 94,3 e 94 5 dias.
4 - Com relação ao pdso das caboças, o tratamento que possue cabe ças mais pesadas foi a var. Sabauna IAC com 3,222 g do pôso médio das ocaboças. As var. Mogi das Cruzos e Piracicaba possoum cabeças do pôsos módios, respoctivamente oom 1.414g o 1.226 g.
5 - Com rolagao ao número das félhas e o pôso da saia, as trds va-
riedades nacionais pertencem ao grupo com número de félhas maior e consequente= mente de p#so também maior, tddas as trés variedades possuem em média mais de 16 fôlhas por planta e com mais de 1.000g.
6 - Com ralação ao coração, o tratamento que possue O menor coração foi o hibrido Rokumaru com a média das notas 1,5. As var. Mogi das Cruzes, Piracicaba e Sabauna IAC pertencem ao um grupo com tamanho de coragao médio para grande, respectivamente, com as médias: 2,15 2,4 e 2,7.
7 - Com relagdo ao mimero de dias de duragao no ocampo, apés a for magao de cabegas, 23 tratamentos tiveram uma duragao média acima de 20 dias. o tratamento que alcançou maior duração foi Banchu-Riso com a média de 37,03 dias. A var, Piracicaba com 21,20 dias ocupa o 20º lugar; a var. Mogi das Cruzes com 15,70 o 30º lugar e a var. Sabauna IAC com 12,63 dias o 40º lugar. As 6 linhagens Yoshim que entraram no ensaio tiveram pouca duração com a média menor que 15 dias. Todos os hibridos procedentes de Takii Seed Company com denominação Riso tiveram ótima duração com média acima de 24 dias.
8 - Com relação às cabegas rachadas, entre os 6 tratamentos que apresentaram 0% de rachamento 5 são procedentes de Takii Seed Company e 4 têm a denominação de Riso. A var. Sabauna IAC, Mogi das Cruzes e Piracicaba apresentaram respectivamente: 39,9%; 54% e 56,5%.
9 - Com relação as cabeças apodrecidas, a var. Sabauna IAC, Piraci caba e Mogi das Cruzes apresentaram respectivamonte: 3,3%; 30% e 36,7%.
10 - Com ralação ao florescimento, 5 variedades e 13 hibridos proce dentes do Japão conseguiram floroscer nas condiçses climáticas de Mogi das Cruzes, permitindo obtenção de sementes nas nossas condições.
Conclusões
1 - Com relação a resistôncia às doengas, precocidade, pêso das ca begas, as varicdades nacionais de repolho apresentaram qualidades relativamente boas.
2 - Há um grupo de varicdados e hibridos japonéses cujo tamanho de eoração 6 monor que as nossas variedades locais.
3 - Há um grupo do variodades e hfbridos japonêses cujo número das fôlhas e o pêso das saias, são monores que as nossas variodades locais, permitindo, consequentemento, a produção por unidade da ároa.
4 - Há um grupo do varicdados o hibridos japondses cuja duração, no campo, após a formação da cabeça, é bem maior que as variedades locais, permitindo colheitas parculadas.
5 - Teve um grupo de hfbridos ¢ variedades japondses que produziram muito bem durante a ópoca quento em Mogi das Cruzos.
6 - Os dois hibridos: Natsumaki-Riso o Shikidori apesar de serem
importados em escala comercial, nao são os molhoreos para sorem cultivados em nossas condigdes, pois foram superados por outros híbridos e variodados (Banchu Riso, Bankamaki-Shigatsudori, Tokushin) em diversos caractéres.