www.fgks.org   »   [go: up one dir, main page]

Weekend Edição 06 de Outubro 2023

Page 1

Consumidores passarão a avaliar sistematicamente marcas, produtos e

serviços

Sistema de avaliação de produtos, marcas e brands feita pelos consumidores chegou pela primeira vez a Moçambique, com o lançamento, hoje, (05/10), do concurso ESCOLHA N.1 DO CONSUMIDOR, Nos últimos tempos, o perfil do consumidor mudou, com o avanço das tecnologias de informação e comunicação, o consumidor tornou-se ainda mais exigente, , informado, desconfiado e crítico em relação aos produtos e serviços que consome. Ou seja, o consumidor quer produtos e serviços cómodos, colaborativos e que o identifiquem , e que o motivem.

COMÉRCIO E SERVIÇOS
06 De Outubro 2023 2
Diogo da Cunha, Director Comercial da Escolha do Consumidor em Moçambique

Segundo Diogo da Cunha, Director Comercial da Escolha do Consumidor em Moçambique, a iniciativa avalia as empresas, o desempenho dos seus produtos e das suas marcas.

“A nível nacional, vamos escolher quem é que o consumidor acha que está no topo da lista dos vários produtos e serviços existentes em Moçambique”. Disse Diogo da Cunha.

O sistema chega pela primeira vez a Moçambique e inicia uma nova era para os consumidores, permitindo-lhes avaliar, reconhecer e premiar as marcas que verdadeiramente os cativam e superam as expectativas e, todas as empresas interessadas podem fazer parte, com destaque para a bança, seguradoras, ramo alimentar e bebidas.

“Neste momento ainda estamos em fase de fechar. Mas a banca, obviamente, é um sector muito importante, o sector automóvel, os seguros, bebidas, serviços como segurança e hotelaria. Tudo que tenha consumidor pode ser elegíveis para este prémio. Todas as empresas são livres de entrar. Neste momento, estamos a contactar todos os sectores como banca, indústria, produtos de grande consumo, supermercados. Portanto, é aberto a todo o tipo de produtos e serviços existentes no mercado moçambicano”. Enumerou.

As inscrições para a avaliação a ser feita exclusivamente pelo consumidor já arrancaram.

“Portanto, nós queremos fechar as empresas que pedem para fazer este pagamento. Há um pagamento que se faz para participar. Nós queremos fechar os acordos com as empresas até final de Outubro, para ter tempo para os estudos de mercado serem feitos durante Novembro e Dezembro e em Janeiro serem anunciados os vencedores”. Situou.

Sobre os benefícios para as empresas diiise que estas poderão estender o seu espectro de reconhecimento no mercado e terem um selo ao participar no concurso.

No fundo o sistema, “revolucionário”, coloca o poder nas mãos dos consumidores, permitindo-lhes influenciar o mercado com avaliações directas e transparentes suportado num modelo fiável e de sucesso.

“O sistema Escolha do Consumidor em Moçambique identificará e premiará as marcas, produtos e serviços líderes em várias categorias, proporcionando-lhes uma distinção que comprova o reconhecimento dos consumidores. As marcas premiadas receberão um selo de qualidade que poderão utilizar na sua comunicação e embalagens, oferecendo aos consumidores uma maneira confiável de identificar produtos e serviços que se destacaram e foram reconhecidos pelos próprios consumidores. Este selo será uma referência confiável para os consumidores, ajudando-os a tomar decisões informadas sobre produtos e serviços. Com o início deste projecto, a voz dos consumidores em Moçambique terá um papel central na identificação das melhores marcas do País”.

Esta é a primeira edição e espera-se que o evento aconteça todos os anos em Moçambique, por isso pairam expectativas para os organizadores:

A expectativa é que, de facto, o consumidor sinta-se empoderado e que sinta que tem de facto uma palavra a dizer na sua escolha e que as marcas também vejam isto como um uma forma de ouvirem a opinião dos seus consumidores e trabalharem nela no ano seguinte, caso não ganhem para tentar que no ano a seguir possam ganhar o prémio. Disse

A Consumer Choice, ou simplesmente Escolha do Consumidor, é uma marca que já existe há 12 anos em Portugal e reitera o seu compromisso em fornecer informações valiosas aos consumidores e incentivar o aprimoramento contínuo dos padrões de qualidade.

Moçambique tornou-se no primeiro país africano a receber asta iniciativa e espera-se estender brevemente para Angola, Ásia e Arábia Saudita.

COMÉRCIO E SERVIÇOS
3

‘Low-cost’ sul-africana passa a ligar Joanesburgo e Maputo – Lusa

A companhia aérea ‘low-cost’ sul-africana FlySafair estreia hoje voos entre Joanesburgo e Maputo, no âmbito da estratégia de alargamento da operação internacional, anunciou a transportadora.

De acordo com informação da companhia, que já transportou mais de 30 milhões de passageiros, a FlySafair realiza voos domésticos na África do Sul, entre oito localidades, além de voos internacionais para as Maurícias e Zanzibar (Tanzânia), adianta a Lusa.

“Na primeira semana de Outubro, estaremos a expandir a nossa rede de rotas adicionando voos de Joanesburgo para Livingstone, Harare, Victoria Falls e, claro, Maputo”, acrescentou fonte da companhia.

O voo de estreia da FlySafair para Moçambique parte hoje quinta-feira, 05 de Outubro, às 18:20 de Joanesburgo (menos uma hora em Lisboa), para aterrar em Maputo cerca de uma hora e dez minutos depois. No planeamento da companhia, estão previstos voos ao domingo, segunda, quinta e sexta-feira.

“A FlySafair é uma companhia aérea de baixo custo sul-africana que iniciou suas operações em Outubro de 2014 e está expandindo sua rede de rotas para países vizinhos da África Austral. A companhia aérea faz parte da Safair Operations, que tem sido um dos principais fornecedores de serviços de aviação especializados em África desde sua fundação em 1965”, explica a transportadora.

CONJUNTURA
06 De Outubro 2023 4

Brasil reata interesse no financiamento da barragem

Moamba- Major

Brasil pondera retomar, nos próximos tempos, o financiamento das obras de construção da Barragem de Moamba Major , localizada no distrito da Moamba-Major, localizada no distrito da Moamba, província de Maputo, Paralisadas há quase sete anos. Segundo o “Noticias”, a pretensão foi partilhada, recentemente, em Maputo, pelo embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra da cruz Júnior, durante uma feira de negócios entre empresários dos dois países, visando explorar as oportunidades de investimento disponíveis no país.

Segundo o diplomata, citado pelo “Noticias”, do lado do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico Social do Brasil não há problemas em financiar o empreendimento, até porque esta instituição tem programas de apoio à exportação e projectos.

“Não há dificuldade; é uma questão de tempo. Este é um assunto que precisa de ser tratado e estamos em conversações e numa fase muito avançada, em busca de soluções”, assegurou o diplomata.

De acordo com a fonte, este é um assunto que a embaixada, por ser o ponto focal das discussões entre os

governos de Moçambique e do Brasil, tem na agenda de modo a se desenvolver um instrumento que possa rapidamente ajudar a desbloquear o financiamento.

“O que posso dizer agora é que há avanços significativos, inclusive conversas com autoridades de alto nível e estamos optimistas de que esta é uma questão que a gente pode desbloquear”, frisou.

Ademar Seabra da Cruz Júnior explicou que neste momento não se pode falar de prazos, mas há avanços, sobretudo de detalhes técnicos que precisam de ser considerados.

Recordou que o Brasil teve uma participação muito importante no financiamento deste empreendimento, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico Social, com cláusulas muito específicas e estritas sobre o cronograma de desembolso.

O projecto de construção da Barragem de Moamba Major, no rio Incomáti, está orçado em cerca de 700 milhões de dólares norte-americanos e terá capa cidade de abastecer a área metropolitana de Maputo com 760 milhões de metros cúbicos de água por ano.

INVESTIMENTOS
5

Perspectivas económicas da África Subsahariana permanecem sombrias

Crescimento económico na África Subsahariana deverá desacelerar para 2,5% em 2023, contra 3,6% em 2022

Prevê-se que a inflação diminua de 9,3% em 2022 para 7,3% em 2023

Prevê-se que o PIB da África do Sul cresça apenas 0,5% em 2023, Para evitar uma “década perdida”, África deve alcançar urgentemente a estabilidade, aumentar o crescimento e criar empregos – Banco Mundial

As perspectivas económicas da África Subsahariana permanecem sombrias no meio de uma recuperação do crescimento indescritível. De acordo com o último relatório Africa’s Pulse do Banco Mundial, a crescente instabilidade, o fraco crescimento nas maiores economias da região e a incerteza persistente na economia global estão a prejudicar as perspectivas de crescimento na região.

Prevê-se que o crescimento económico na África Subsahariana desacelere para 2,5% em 2023, contra

3,6% em 2022. Prevê-se que o PIB da África do Sul cresça apenas 0,5% em 2023, à medida que os estrangulamentos energéticos e de transporte continuam a agravar-se. A Nigéria e Angola deverão crescer 2,9% e 1,3%, respectivamente, devido aos preços internacionais mais baixos e às pressões cambiais que afectam a actividade petrolífera e não petrolífera. O aumento dos conflitos e da violência na região pesa sobre a actividade económica e esta fragilidade crescente pode ser exacerbada por choques climáticos. No Sudão, prevê-se que a actividade económica contraia 12% devido ao conflito interno que está a interromper a produção, a destruir o capital humano e a prejudicar a capacidade do Estado.

Em termos per capita, o crescimento na África Subsahariana não aumentou desde 2015. Na verdade, prevê-se que a região contraia a uma taxa média anual per capita de 0,1% durante 2015-2025, marcando assim potencialmente uma década perdida de crescimento na as consequências da queda dos preços das matérias-primas em 2014-15.

ÁFRICA
06 De Outubro 2023 6

“As pessoas mais pobres e vulneráveis da região continuam a suportar o peso económico deste abrandamento, uma vez que o fraco crescimento se traduz numa lenta redução da pobreza e num fraco crescimento do emprego”, afirmou Andrew Dabalen, Economista-Chefe do Banco Mundial para África . “Com cerca de 12 milhões de jovens africanos a entrar no mercado de trabalho em toda a região todos os anos, nunca foi tão urgente que os decisores políticos transformem as suas economias e proporcionem crescimento às pessoas através de melhores empregos.”

Apesar da perspectiva sombria, existem alguns pontos positivos. Prevê-se que a inflação diminua de 9,3% em 2022 para 7,3% em 2023 e os saldos orçamentais estão a melhorar nos países africanos que prosseguem políticas macroeconómicas prudentes e coordenadas.

Em 2023, a comunidade da África Oriental (EAC) deverá crescer 4,9%, enquanto a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) deverá crescer 5,1%. No entanto, o sobreendividamento continua a ser generalizado, com 21 países em elevado risco de sobreendividamento externo ou em situação de sobreendividamento em Junho de 2023.

No geral, as actuais taxas de crescimento na região são inadequadas para criar empregos de alta qualidade suficientes para fazer face ao aumento da população em idade activa. Os actuais padrões de crescimento geram apenas 3 milhões de empregos formais anualmente, deixando assim muitos jovens subempregados e envolvidos em trabalhos ocasionais, fragmentados e instáveis, que não tiram pleno partido das suas competências. A criação de oportunidades de emprego para os jovens impulsionará o cres-

cimento inclusivo e transformará a riqueza demográfica do continente num dividendo económico.

“A urgência do desafio do emprego na África Subsahariana é sublinhada pelas enormes oportunidades decorrentes das transições demográficas que temos visto noutras regiões”, afirmou Nicholas Woolley, Economista do Banco Mundial e colaborador do relatório . “Isto exigirá um ecossistema que facilite o desenvolvimento do sector privado e o crescimento das empresas, bem como o desenvolvimento de competências que correspondam à procura empresarial.”

O desenvolvimento da indústria transformadora com utilização intensiva de mão-de-obra parece estar em falta em África, limitando outros efeitos para a criação indirecta de empregos nos serviços de apoio e no comércio internacional. Isto pode dever-se, em parte, à falta

Andrew Dabalen, Economista-Chefe do Banco Mundial para África
ÁFRICA 7

de capital, que continua a dificultar a transformação estrutural necessária para empregos de boa qualidade. Embora a região contribua com 12% da população mundial em idade activa, a África Subsahariana possui apenas 2% do stock de capital mundial. Isto significa que as pessoas têm menos bens para serem produtivas na África Subsahariana , em comparação com outras regiões.

O relatório identifica um conjunto de políticas para superar obstáculos e desencadear a criação de emprego na África Subsahariana , incluindo:

Reformas do sector privado com boa relação custo-eficácia, centradas no aumento da concorrência, na aplicação uniforme de políticas em todas as dimensões das empresas e no alinhamento regulamentar com os parceiros comerciais regionais. Os governos também

podem ajudar a identificar e apoiar o crescimento inicial das empresas através de práticas de aquisição mais inclusivas e da promoção de empresas locais no estrangeiro.

O investimento na educação é necessário para impulsionar as ocupações semiqualificadas na região. As intervenções que melhoram a aprendizagem na escola são mais eficazes do que as que apenas aumentam a frequência escolar, enquanto o ensino profissional pode ser útil para abordar os subempregados e aqueles que perderam a educação quando crianças.

A educação das raparigas e o acesso das mulheres ao emprego podem reduzir a potencial perda de produtividade resultante da má distribuição do trabalho feminino. As transferências monetárias revelaram-se eficazes no aumento da matrícula e frequência escolar das raparigas, bem como na redução da gravidez entre as raparigas em idade escolar.

ÁFRICA 06 De Outubro 2023 8

Na antecâmara do “Relatório de Estabilidade Financeira Global” a ser publicado no próximo dia 10 de Outubro, o FMI adianta no capitulo III da publicação, que se debruça sobre “Políticas do Sector Financeiro para Desbloquear o Financiamento Climático Privado nos Mercados Emergentes e nas Economias em Desenvolvimento (EMDE), que os EMDE enfrentam desafios para atrair financiamento climático privado, tais como a sua classificação de crédito frequentemente baixa, o que limita a base potencial de investidores.

De acordo com o FMI, as políticas climáticas dos principais bancos e companhias de seguros ainda não estão alinhadas com as metas de emissões líquidas zero. Diz o FMI que, apesar do crescimento dos fundos de investimento sustentáveis, apenas uma pequena parte do dinheiro investido é dedicada à criação de um impacto climático positivo.

Para o FMI, persistem obstáculos políticos à implementação da tarifação do carbono e aos desafios

específicos dos EMDE, o que torna necessária uma ampla combinação de políticas para criar um ambiente atraente para o financiamento privado da mitigação climática nos EMDE.

O FMI adianta que as políticas estruturais são fundamentais para reduzir o custo do capital, mobilizar recursos financeiros internos, e melhorar as classificações de crédito nos EMDEs. No entanto, outra parte essencial da combinação de políticas são as políticas do sector financeiro, que devem concentrar-se novamente na criação de impacto climático e considerar as circunstâncias específicas dos EMDE.

“Nos países de baixo rendimento será necessário apoio internacional adicional e iniciativa política”. Diz o FMI que assegura, por outro lado, que o seu Mecanismo de Resiliência e Sustentabilidade, ao apoiar reformas, pode ajudar a criar um ambiente favorável ao investimento e atrair capital privado.

CONJUNTURA
Sector privado terá de cobrir uma parte importante das grandes necessidades de investimento na mitigação climática nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento
9
– FMI

Crescimento económico de África vai desacelerar de 3,6% em 2022 para 2,5% em 2023.

A criação de oportunidades de emprego para os jovens impulsionará o crescimento inclusivo e transformará a riqueza demográfica do continente num dividendo económico.

Exige-se o estabelecimento de um ecossistema que facilite a entrada, a estabilidade e o crescimento das empresas, bem como o desenvolvimento de competências que correspondam à procura empresarial. As políticas que afectam desproporcionalmente as empresas de maior dimensão – através de impostos, regulamentações ou aplicação desigual – inibem a expansão da força de trabalho e conduzem a uma má afectação de recursos.

A edição de Outubro de 2023 do “Africa’s Pulse”, uma publicação do Banco Mundial, mostra que mesmo com a descida da inflação,

a instabilidade crescente, o fraco crescimento nas maiores economias da região, os choques climáticos e a incerteza persistente na economia global estão a causar a desaceleração do crescimento – de 3,6% em 2022 para 2,5% em 2023.

O Africa’s Pulse frisa que, globalmente, o crescimento em África tem sido inadequado para reduzir a pobreza extrema, impulsionar a prosperidade partilhada e criar empregos. Aponta que os actuais padrões de crescimento geram apenas 3 milhões de empregos formais anualmente, deixando assim muitos jovens subempregados e envolvidos em trabalhos ocasionais, fragmentados e instáveis, que não tiram pleno partido das suas competências.

O Africa’s Pulse vem, assim, defender que a criação de oportunidades de emprego para os jovens impul-

sionará o crescimento inclusivo e transformará a riqueza demográfica do continente num dividendo económico.

Na presente edição do Africa’s Pulse, é destacado que a recessão contínua nas grandes economias do continente está a prejudicar o desempenho económico da África Subsariana e tem havido um aumento da incidência de tentativas de desestabilizar governos através de meios inconstitucionais ou violentos nos últimos anos: “Este aumento do conflito e da violência na região pesa sobre a actividade económica e esta fragilidade crescente pode ser exacerbada por choques climáticos. Mais de metade dos países da África Subsariana (28 de 48) foram rebaixados nas suas estimativas de crescimento para 2023.”, alerta o Africa’s Pulse.

Confirma o Africa’s Pulse que a

ÁFRICA 06 De Outubro 2023 10
Crescimento de África tem sido inadequado para reduzir pobreza extrema, impulsionar a prosperidade partilhada criar empregos – Africa’s Pulse

inflação tem vindo a diminuir, mas ainda está acima das metas dos bancos centrais na maioria dos países da região, esperando-se que diminua de 9,3% em 2022 para 7,3% em 2023. “No entanto, 18 países da região registam taxas de inflação médias anuais de dois dígitos ou mais em 2023”, alerta.

De acordo com a publicação as pressões inflacionistas são dominadas pelos preços mais elevados dos alimentos e dos combustíveis e pelo enfraquecimento das moedas nacionais. – desgastando assim o rendimento das famílias e pesando sobre o consumo privado.

O endividamento publico também, merece um reparo no Africa’s Pulse, que diz sobre o assunto que, o excesso de dívida continua a pesar fortemente nas economias da África Subsariana: “O sobre-endividamento continua generalizado, com 21 países em elevado risco de sobre-endividamento externo ou em situação de sobre-endividamento em Junho de 2023”.

A problemática do emprego, outro assunto candente no continente, também fopi aflorado no estudo que refere que o crescimento da

África Subsariana proporcionou uma fraca criação de emprego e uma lenta redução da pobreza, com o continente a enfrentar o desafio de criar melhores empregos para mais pessoas: “Isto exigirá um ecossistema que facilite a entrada, a estabilidade e o crescimento das empresas, bem como o desenvolvimento de competências que correspondam à procura empresarial”, realça o Africa’s Pulse.

“A percentagem de emprego urbano da população em idade activa manteve-se em cerca de 22-23% nas últimas duas décadas. Grande parte da população da região continua a ser rural e empregada na agricultura, o que está fortemente associado à pobreza”, sublinha.

Conforme constata, a falta de crescimento das empresas impede a criação de empregos de boa qualidade, uma vez que 96% das empresas têm menos de cinco empregados. Sublinha que as políticas que afectam desproporcionalmente as empresas de maior dimensão – através de impostos, regulamentações ou aplicação desigual – inibem a expansão da força de trabalho e conduzem a uma má afectação de recursos.

Acrescenta que mesmo com fortes melhorias na procura de trabalho, a África Subsaharina terá de proporcionar um caminho para o emprego para os mais vulneráveis, a fim de fazer face ao crescimento do emprego exigido pela transição demográfica.

O Africa’s Pulse avança com propostas de politicas para endereçar os problemas que identifica e, nesse quesito, esta incluem, o apoio na criação de competências orientadas pela procura e promover a transformação organizacional do trabalho., garantir a estabilidade política e fortalecer as instituições para apoiar a economia de mercado e alcançar o crescimento inclusivo através da estabilização fiscal e da redução da dívida.

Africa’s Pulse é uma publicação semestral do Gabinete do Economista-Chefe da Região África do Banco Mundial. Analisa as perspectivas económicas a curto prazo para o continente e os actuais desafios de desenvolvimento, bem como um tema especial de desenvolvimento.

reduzir a partilhada e ÁFRICA 11

Mantêm-se as perspectivas de crescimento moderado do PIB no curto prazo, consumo privado continua retraído, diz ainda o estudo de conjuntura económica do Banco Central

O aumento da despesa pública em cerca de 12 %, comparativamente a igual período de 2022 reflecte a contínua pressão sobre as operações financeiras e despesas de funcionamento do Estado, com destaque para as despesas com pessoal, num contexto em que o investimento público se manteve condicionado à limitada capacidade financeira

No curto prazo, perspectiva-se que a pressão fiscal em Moçambique se mantenha elevada, tendo em conta as negociações em curso no âmbito da implementação da Tabela Salarial Única, os encargos com serviço da dívida, a necessidade de recursos adicionais para fazer face ao fenómeno El Niño e outras despesas associadas ao processo eleitoral, não obstante as expectativas de relativa melhoria das receitas do Estado, decorrente das medidas associadas à implementação gradual do Pacote de Aceleração Económica e melhoria do ambiente de negócios, revela o relatório “Comnjuntira Economica e Perspectivas de Inflacao”, do Banco de Mocambique, edição nde setembro de 20243

De acordo com o estudo de conjuntura do Banco de Moçambique, mantém-se a tendência de recuperação da actividade económica, na medida em que, o desempenho da economia no primeiro semestre do ano continua a indicar uma recuperação gradual da actividade económica, não obstante os efeitos dos

choques climáticos que têm assolado o País, com o crescimento do PIB real a aproximar-se da sua tendência de longo prazo.

No curto prazo, mantêm-se as perspectivas de um crescimento moderado do PIB, excluindo a produção de GNL. “Estas perspectivas continuam a ser sustentadas pelo desempenho dos sectores primário (agricultura e produção de carvão e areias pesadas) e terciário (serviços de transportes e comunicação e de hotelaria e restauração), num contexto em que se prevê que o sector secundário prevaleça condicionado e que os preços das commodities de exportação continuem a limitar a expansão da actividade económica”, refere o Banco de Moçambique.

Há a destacar na informação periódica do banco central que, o consumo privado continua retraído. Sucede que, efectivamente, a dinâmica do consumo privado, foi caracterizada, no II Trimestre de 2023, por uma ligeira desaceleração anual no crédito à economia concedido pelo sistema bancário, em Julho de 2023, situação explicada essencialmente pelas condições monetárias, que se mantêm restritivas.

Mantém-se a tendência de aceleração do endividamento público interno.

A análise de conjuntura económica do Banco de Moçambique, indica que entre Dezembro de 2022 e Setembro do ano em curso, o endividamento interno do Estado aumentou, em termos acumulados, em cer-

BANCA E FINANÇAS
Tendência de aceleração do endividamento público interno mantém-se, diz o Banco de Moçambique
06 De Outubro 2023 12

ca de 45.977 milhões de meticais, situando-se em 321.091 milhões de meticais, destacando-se o recurso ao financiamento junto do BM e as emissões de obrigações do Tesouro.

“No curto prazo, perspectiva-se que este cenário se mantenha, tendo em conta a limitada arrecadação de receitas fiscais, não obstante a melhoria dos desembolsos de recursos externos por parte dos parceiros internacionais.

Sobre as reservas internacionais do País, o Banco de Moçambique diz que estas “mantêm-se em níveis satisfatórios”.

“ A posição externa do País, medida pelas reservas internacionais brutas, mantém-se satisfatória, tendo registado um saldo acumulado de cerca de USD 3.220 milhões até ao dia 15 de Setembro de 2023, o suficiente para garantir a cobertura de cerca de 4 meses de importações de bens e serviços, excluindo os grandes projectos” Perspectivas de inflação no médio prazo prevalecem em um digito De acordo com o estudo de conjuntura e perspectivas de inflação, do Banco de Moçambique, de Setembro de 2023, as perspectivas de inflação para o médio prazo prevalecem em um dígito, a reflectir o impacto das medidas de política monetária, a estabilidade cambial e a tendência de arrefecimento da pressão inflacionária a nível global. “Entretanto, os riscos subjacentes às projecções de inflação agravaram-se, com destaque para as perspectivas de aumento do preço do brent no mercado internacional e as incertezas quanto ao impacto dos eventos climáticos extremos”, alerta.

O Banco de Moçambique afirma que a economia continuará

a recuperar de forma moderada. “Antevê-se que o PIB, excluindo os projectos energéticos, registe um desempenho moderado, a reflectir o relativo bom desempenho dos sectores da agricultura, do comércio e de serviços”. Sublinha.

Foi devido a este quadro macroeconómico e ponderados os riscos e incertezas subjacentes às projecções de inflação, que o Comité de Politica Monetária (CPMO) decidiu manter a taxa MIMO em 17,25 %.

Os pressupostos para as projecções de médio prazo, feitas pelo Banco de Moçambique, relativamente as projecções da inflação para o médio prazo (2024-2025) assentam, designadamente, numa procura global tímida, o abrandamento da pressão inflacionária global e a prevalência de elevados riscos, com destaque para os choques climáticos, a pressão sobre a despesa pública e a recuperação do preço do brent no mercado internacional.

Já os pressupostos sobre a dinâmica de indicadores macroeconómicos domésticos, são a manutenção da pressão sobre a despesa pública, “em antevisão às despesas relativas (i) aos ciclos eleitorais de 2023 e 2024; (ii) aos choques climáticos; (iii) ao terrorismo na zona norte; e (iv) à implementação da Tabela Salarial Única. Este cenário ocorre num contexto de fraca arrecadação de receitas pelo Estado”

Pesa também sobre a dinâmica de indicadores macroeconómicos domésticos, estabilidade cambial – em linha com a recente evolução do Metical face ao Dólar norte-americano e outras moedas transaccionáveis, num contexto de taxas de juro reais positivas e de aumento da produção e exportação do

sector extractivo, sobretudo, com o início de implementação do projecto de Floating Liquefied Natural Gas – FLNG.

O Banco de Moçambique aponta um crescimento económico abaixo do potencial, explica que – o PIB, excluindo os projectos de gás, continuará a crescer de forma moderada, a traduzir a recuperação dos sectores da agricultura, comércio e serviços

Em suma, colocando em perspectiva os pressupostos acima descritos, perspectiva-se que a inflação se mantenha em um dígito no médio prazo

Para o banco central moçambicano a manutenção das perspectivas de inflação em um dígito reflectem as medidas de política que têm sido tomadas pelo CPMO e a antevisão de um contínuo abrandamento da pressão inflacionária a nível global, num contexto de estabilidade cambial.

Todavia, alerta que os riscos e incertezas subjacentes às projecções de inflação agravaram-se, ou seja, a nível interno, prevê-se a prevalência da pressão sobre a despesa pública e das incertezas quanto à evolução e aos efeitos de eventos climáticos extremos.

Na envolvente externa, o BdM, destaca as incertezas quanto à magnitude do impacto do prolongamento e escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como a tendência recente para aumento dos preços dos combustíveis.

“A materialização destes riscos poderá concorrer para uma aceleração da inflação, desviando-a da trajectória esperada”. Sublinha.

BANCA E FINANÇAS
13

Valor das exportações de bens reduziu em US$ 171 milhões comparativamente ao período homólogo de 2022.

Desenvolvimentos Recentes na Economia Doméstica e Perspectivas de Curto Prazo No segundo trimestre de 2023, o PIB real registou um crescimento anual de 4,7 %, a reflectir, essencialmente, o dinamismo da indústria extractiva (sobretudo a produção de gás natural liquefeito – GNL), bem como a recuperação do comércio e serviços de reparação. No curto prazo, mantêm-se as perspectivas de um crescimento moderado do PIB, excluindo a produção de GNL, explicado pela evolução positiva da agricultura e dos serviços, indicado o estudo do Banco de Moçambique “Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação”

De acordo com o estudo, em Agosto de 2023 a inflação anual desacelerou, a traduzir, essencialmente, a redução dos preços de bens alimentares e de produtos e serviços administrados. Para o curto prazo, as perspectivas apontam para uma ligeira aceleração da inflação, a reflectir o fim da época fresca e o aumento do preço dos combustíveis líquidos na África do Sul, num contexto em que os riscos e incertezas associados à projecção da

inflação se mantêm elevados, com destaque para a evolução do preço do brent no mercado internacional e o impacto do fenómeno El Niño nos produtos agrícolas.

Com efeito, no que concerne a “actividade cconómica no curto prazo”, no segundo trimestre de 2023, o PIB registou uma aceleração de 50 pb, conforme os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam que, em termos anuais, o PIB real cresceu 4,7 % no segundo trimestre de 2023, após 4,2 % no primeiro trimestre.

“A aceleração do crescimento do PIB no período em referência reflecte, essencialmente, o dinamismo da indústria extractiva, sobretudo a produção de GNL, bem como a recuperação do ramo de comércio e serviços de reparação, que registou um crescimento de 3,0 %, após queda de 3,4 % no trimestre anterior”, diz o Banco de Moçambique

Na perspectiva de de componentes da procura agregada, contribuíram para o crescimento do PIB, designadamente, a melhoria do saldo da conta corrente, resultante da redução das importações. No período em referência, o valor

das exportações de bens reduziu em USD 171 milhões de dólares comparativamente ao período homólogo de 2022, uma redução justificada, essencialmente, pela queda acentuada dos preços das principais mercadorias de exportação no mercado internacional.

No mesmo sentido, as importações reduziram em US$ 4.110 milhões, explicada pelo efeito estatístico base, ou seja, a redução foi fortemente influenciada pelo valor expressivo da plataforma flutuante do projecto Coral Sul (cerca de USD 4.200 milhões de dólares) registado no primeiro semestre de 2022.

“De entre os principais produtos de exportação, apenas o gás e as areias pesadas registaram incrementos, a reflectir o efeito volume, tendo os restantes ressentido significativamente da queda dos preços no mercado internacional”, detalha o Banco de Moçambique, para depois acrescentar que, perspectiva-se que, no curto prazo, o volume das exportações continue a crescer, favorecido pela contínua melhoria do desempenho dos grandes projectos, com destaque para o gás natural e o carvão mineral.

BANCA E FINANÇAS 06 De Outubro 2023 14
PIB cresceu 4,7% no segundo trimestre

Há défice no quadro regulatório de captura de carbono

A Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, reconheceu o défice do quadro regulatório que o país apresenta para o mercado de captura de carbono, bem como de outros recursos necessários.

De acordo com o “Noticias”, Maibaze fez o pronunciamento há dias, na África do Sul, num encontro mantido com Paul Muthaura, Presidente do Conselho de Administração da Iniciativa de Mercados de Carbono de África (ACMI).

Referiu que Moçambique tem a oportunidade de aumentar os reservatórios de carbono por meio de práticas agrícolas sustentáveis, preservação florestal, reflorestamento, economia azul, entre outros. No entanto, adianta, a maioria destes projectos requer recursos financeiros substanciais, que actualmente estão além do alcance do país. Ivete Maíbaze anunciou há dias a intenção de desenvolver em quadro regulatório mais abrangente para apoiar os mercados de captura de carbono.

Neste contexto, Moçambique abraçou o projecto ACMI, que é apoiado pela Aliança Global de Energia para as Pessoas e o Planeta, Fundação Rockefeller e a Energia Sustentável para Todos. Com o apoio da ACMI, foram dados passos significativos para estimular a demanda e oferta de créditos de carbono de alta qualidade nos projectos existentes em Moçambique e a adopção do novo quadro regulatório vai garantir a integridade ambiental dos projectos e permitir a participação do país nos mercados internacionais.

Segundo Paul Muthaura, haverá maior clareza aos promotores de projectos e compradores de créditos de carbono, bem como a garantia do benefício dessas iniciativas a favor das comunidades locais e a população moçambicana em geral.

“Espera-se que esta iniciativa capacite Moçambique e os países vizinhos a aproveitar as oportunidades oferecidas pelo financia mento de

carbono, permitindo desempenhar um papel mais significativo no combate às mudanças climáticas e no fortalecimento da resiliência”, disse Paul Muthaura.

Outros países da região, incluindo Quénia, Gabão, Malawi, Togo, Nigéria, Burúndi e Ruanda, também se juntaram à ACMI, com vista a receber apoios em planos abrangentes, regulamentações e estruturas nos mercados voluntários de carbono. Além da ACMI, Moçambique conta com o apoio da Bélgica, Suécia e do Instituto Tony Blair.

Junto à ACMI, o país começou a implementar um plano de activação do mercado de captura de carbono que vai culminar com a elaboração de uma regulamentação abrangente para o sector, actividade liderada por urna equipa de trabalho interministerial, coordenada pelo Ministério da Economia e Finanças e outros ministérios chave.

15 GESTÃO

EDM e EXXONMOBIL assinam carta de intenções

para o financiamento da rede eléctrica de Palma

Electricidade de Moçambique (EDM) e Exxomobill Moçambique assinaram carta de intenções de financiamento em US$ 500 mil para a reabilitação da Rede Eléctrica, da sede do Distrito de Palma, Provincia de Cabo Delgado

O instrumento foi assinado pelo Presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique, Marcelino Alberto e pelo Director Geral da ExxonMobil Moçambique, Ernes Gibbs.

Na sua intervenção, o Director da ExxonMobil Moçambique, disse que falar do norte de Moçambique, é imaginar uma terra abençoada, com belezas naturais, uma cultura de vastos recursos, uma terra de novo potencial e de comunidades resilientes e que ajudará a gerar energia que vai transformar Moçambique. Por isso,

“Temos o prazer de anunciar a nossa intenção de trabalhar com a EDM e o governo local, de Cabo Delgado para a reabilitação da rede elétrica de Palma sede”. Anunciou.

ECONÓMIA 06 De Outubro 2023 16
Ernes Gibbs, Director da ExxonMobil Moçambique

Ernes Gibbs disse que a assinatura da carta de intenção baseia-se em algo muito importante que é a energia, daí que,

“Nós acreditamos fielmente, que quando as pessoas têm acesso consistente e fiável à energia será capaz de acelerar o progresso em todos os sectores da sociedade, desde a educação e saúde até a recuperação económica do distrito de Palma”. Realçou

O Director da ExxonMobil entende que a eletrificação das comunidades rurais não é apenas um esforço técnico e de responsabilidade partilhada entre o sector público e privado, mas sim, é também um passo crítico para o desenvolvimento social e económico. Por isso, o acto é um símbolo poderoso.

“Quando as luzes voltam e acendem o distrito de Palma, enviamos uma mensagem poderosa e, essa mensagem é a seguinte: o povo de Cabo Delgado é forte e resiliente e a esperança e o progresso sempre prevalecerão”. Concluiu

Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração da EDM disse que o instrumento, ora assinado, viabiliza a concretização do programa Energia para Todos, do Fundo para a Energia, que prevê o acesso universal à energia a todos os moçambicanos até 2030, numa zona do país atingida pelo caos e pela destruição provocadas por ataques de insurgentes desde 2017.

“Embora as nossas infraestruturas tenham sido parcial ou totalmente danificadas, a nossa nobre missão de electrificar Moçambique não pode mais ser adiada, pois é um imperativo nacional. Nenhum moçambicano vai ficar para trás neste processo, na medida em que, com o apoio dos nossos parceiros, continuaremos a garantir a massificação das novas ligações e a electrificação das sedes e postos administrativos”. Garantiu.

O PCA da EDM disse que a nível do País a Província de Cabo Delgado apresenta uma taxa de electrificação baixa nos postos administrativos.

“Pelo que nos 56 existentes, 13 ainda não estão electrificados… Infelizmente, os ataques terroristas têm contribuído sobremaneira para a estagnação dos avanços da electificação previstos para aquele ponto do país. Todavia, mantemos o foco em levar a energia elétrica de qualidade para todos os cantos de Moçambique e, naturalmente, Cabo Delgado” garantiu

O financiamento é uma valia para Cabo Delgado, uma vez que devolve a dignidade, acrescenta Marcelino Alberto.

ECONÓMIA 17
Marcelino Alberto, Presidente do Conselho de Administração da EDM

Sudoeste Asiático deverá impulsionar a procura de gás natural

Os países do Sudeste Asiático deverão tornar-se os principais motores da procura do mercado de GNL nos próximos anos, prevêem os observadores do sector.

O comércio mundial de gás natural liquefeito atingiu um recorde em 2022, impulsionado em grande parte por um aumento da procura da Europa, à medida que a região deixa de depender dos gasodutos russos após a invasão da Ucrânia por Moscovo “É aqui que, na minha opinião, vai estar toda a acção: O Sudeste Asiático, particularmente o Vietname, a Tailândia e a Indonésia”, disse Tony Regan, da NexantECA.

Os países do Sudeste Asiático deverão ser os principais impulsionadores da procura no mercado de GNL

até 2030, segundo os observadores do sector.

O comércio mundial de gás natural liquefeito atingiu um recorde em 2022, impulsionado em grande parte por um aumento da procura da Europa, à medida que a região deixa de depender dos gasodutos russos após a invasão da Ucrânia por Moscovo. No entanto, espera-se que a procura europeia de GNL diminua dentro de alguns anos.

Tony Regan, responsável pelo gás na Ásia-Pacífico da NexantECA, uma empresa de consultoria no domínio da energia e da refinação, prevê que a procura de GNL por parte da Europa atinja o seu pico em 2027, antes de diminuir em 2030.

ENERGIA E MINERAÇÃO 06 De Outubro 2023 18

“Penso que é aqui que vai estar toda a acção: O Sudeste Asiático, em especial o Vietname, a Tailândia e a Indonésia”, afirmou Regan.

O Vietname é um ponto brilhante para o mercado de GNL, disse Regan, prevendo um forte crescimento da procura do país nos próximos anos, em grande parte devido ao Plano de Desenvolvimento de Energia 8 do governo. O plano estipula que todas as centrais de carvão devem ser convertidas em combustíveis alternativos ou retiradas até 2050.

“O crescimento muito forte da procura nos próximos anos deve-se ao facto de 13 das novas centrais eléctricas propostas no plano serem alimentadas a GNL e outras 10 também a gás. Isso vai criar uma forte pressão sobre a energia do Vietname”, disse Regan.

“Até 2033, prevê-se que a procura de GNL no Sudeste Asiático seja de 73 milhões de toneladas por ano, representando 12% do mercado mundial de GNL. Isto representa quase uma quadruplicação da procura em relação a 2022”, disse Zhi Xin Chong – Director da S&O Global para os Mercados de Gás e GNL da Ásia Emergente

O Vietname há muito que é considerado um mercado importante para o crescimento do GNL devido ao seu “forte crescimento económico e populacional”, afirmou o Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia. Prevê-se que esse crescimento impulsione a procura de energia.

Prevê-se que o PIB do Vietname aumente de 327 mil milhões de dólares em 2022 para 760 mil milhões de dólares em 2030, segundo estimativas da S&P Global.

Prevê-se que o mercado global de GNL cresça de 74,60 mil milhões de dólares em 2023 para 103,41 mil milhões de dólares em 2028, de acordo com as previsões da empresa de análise e consultoria Mordor Intelligence.

A Shell, gigante da energia, afirmou que registou um “crescimento tremendo” no mercado de GNL nos últimos dois meses e destacou três países que serão os principais impulsionadores, dois dos quais são do Sudeste Asiático.

“Fornecemos três novos países, Alemanha, Vietname e Filipinas, e todos eles são mercados potenciais de GNL muito significativos”, disse o vice-presidente executivo

da Shell Energy, Steve Hill, na recente conferência Gastech realizada em Singapura.

“Estes mercados quebraram o desafio de implementar as importações de GNL e agora há um grande potencial de crescimento”, disse Hill, destacando que estes países receberam recentemente as suas primeiras cargas, cimentando mais progressos em direcção às suas ambições do GNL.

Da mesma forma, a S&P Global partilha o optimismo de que o Sudeste Asiático está preparado para ser um mercado privilegiado para o gás natural GNL.

“Até 2033, prevê-se que a procura de GNL no Sudeste Asiático seja de 73 milhões de toneladas por ano, representando 12% do mercado global de GNL”, afirmou Zhi Xin Chong, responsável da S&P Global pelos mercados de gás e GNL da Ásia Emergente. De acordo com os dados fornecidos pela empresa de análise, isso marcará uma quase quadruplicação da procura em comparação com 2022.

O declínio contínuo da oferta interna de gás, juntamente com a mudança do carvão para o gás no sector da energia, serão os principais motores da história do crescimento, disse Chong à CNBC.

“Os maiores mercados serão provavelmente a Tailândia, a Malásia, a Indonésia e Singapura, uma vez que estes mercados já importam GNL há vários anos”, afirmou.

No entanto, ele advertiu que a demanda por esses mercados ainda é frágil e depende de preços estáveis.

“É crucial que os preços do GNL permaneçam estáveis e que haja financiamento global para financiar as infra-estruturas necessárias”, disse Chong.

SUBSCREVA O.ECONÓMICO REPORT

Aceito que a minha informação pessoal seja transferida para MailChimp ( mais informação )

Subscreva O.Económico Report e fique a par do essencial e relevante sobre a dinâmica da economia e das empresas em Moçambique Não gostamos de spam. O seu endereço de correio electrónico não será vendido ou partilhado com mais ninguém.

gás
Nome Email
ENERGIA E MINERAÇÃO 19

Mais de 1,3 milhões de pessoas na região sul de Moçambique beneficiarão de melhor acesso a água e de uma capacidade melhorada na prestação de serviços relacionados, graças a um novo Programa de Segurança Hídrica Urbana financiado pelo Banco Mundial. “O acesso à água potável é um direito humano básico e essencial para o desenvolvimento resiliente e inclusivo de Moçambique”, observou Idah Z. Pswarayi-Riddihough, Directora Nacional do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Maurícias, Comores e Seicheles. Afirmou ainda que, “através deste programa, o Banco Mundial apoia a visão do Governo de garantir que todas as pessoas em Moçambique beneficiem de um serviço de abastecimento de água de alta qualidade.”

Financiado através de uma doação de 150 milhões de dólares da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) do Banco Mundial, o programa visa estimular um ambiente propício à participação do sector privado no abastecimento de água, promover a prestação de serviços sustentáveis e resilientes ao clima, e fomentar a melhoria e eficiência da prestação de serviços

de distribuição de água. Serão abrangidas cidades seleccionadas da área metropolitana do Grande Maputo e da região sul do País, beneficiando cerca de 1,3 milhões de pessoas.

“O programa combinará investimentos no desenvolvimento de infraestruturas e na expansão dos serviços, com investimentos e incentivos para melhorar o seu desempenho”, acrescentou Pierre François-Xavier Boulenger, Especialista Sénior em Abastecimento de Água e Saneamento do Banco Mundial.

A maior ênfase na melhoria do desempenho contribuirá para aumentar a sustentabilidade técnica e financeira das operações de abastecimento de água. Também apoiará os serviços de abastecimento de água a melhorarem a sua solvabilidade e a capacidade de diversificar as fontes de financiamento, incluindo o capital privado, necessário para acelerar a expansão do acesso a serviços de abastecimento de água geridos com segurança.

A região sul de Moçambique é uma das mais secas do País. As secas frequentes, exacerbadas pe-

las mudanças climáticas, reduzem a disponibilidade de água e levam a restrições no seu abastecimento. Para enfrentar esse desafio, o projecto apoiará investimentos para mobilizar e tratar água adicional proveniente de fontes complementares, reduzindo a dependência de fontes únicas e aumentando a resiliência climática das operações de abastecimento de água em cidades seleccionadas.

“O programa ajudará os prestadores de serviços a expandir e melhorar os serviços de abastecimento de água para acompanhar o crescimento anual da população urbana de 4,4%. Por um lado, investirá na garantia da disponibilidade de água de qualidade nas fontes, para resistir a secas mais frequentes e severas. Por outro, concentrar-se-á em investimentos essenciais para melhorar a qualidade dos serviços prestados”, acrescentou Jaime Palalane, Especialista Sénior em Abastecimento de Água e Saneamento do Banco Mundial.

O programa faz parte do Programa de Investimento do Governo de Moçambique para Serviços de Água Urbana Sustentáveis, Inclusivos e Resilientes (2022–2032).

INVESTIMENTOS
06 De Outubro 2023 20
Mais
de
1,3 milhões de pessoas em Moçambique passarão a ter melhores serviços de abastecimento de água

Técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendam aos países africanos a implementar uma estratégia abrangente, incluindo austeridade orçamental e reestruturação da dívida para evitar preocupações sobre uma crise da dívida soberana em África Subsaariana (AS).

O estudo do FMI indica que a maioria dos países na região subsaariana vai precisar de reduzir os seus défices orçamentais nos próximos anos.

“Para a média dos países, o nível do ajustamento será de 2 a 3% do PIB, parecendo exequível dada a experiência histórica do passado, já que a maioria das nações da região melhorou o seu défice primário (sem juros da dívida) em 1% por ano, durante dois a três anos”. Indica o documento

Sobre a crise da dívida pública na AS, o FMI acrescenta:

“Nem todos os países enfrentam o mesmo desafio; cerca de um quarto das economias da região têm margem orçamental e podem usá-la para manter e até aumentar os investimentos vitais em capital humano e físico, mas há alguns países que têm necessidades muito grandes de ajustamento, e para esses é pouco provável que a consolidação orçamental por si só seja suficiente para garantir a sustenta-

bilidade orçamental, sendo talvez necessário complementar essa política com um reperfilamento ou uma reestruturação da dívida”.

O estudo intitulado “Navegar os Desafios Orçamentais em África Subsaariana: estratégias resilientes e âncoras credíveis em águas turbulentas”, essencialmente é feito um alerta relativamente à evolução dos endividamentos dos países africanos.

“O rácio da dívida face ao PIB na região quase duplicou em apenas uma década, passando de 30% no final de 2013 para quase 60% no final de 2022”, alerta o estudo, acrescentando que mais do que a subida da relação entre a dívida e o PIB, é o custo e a capacidade de pagar que estão em causa.

“Repagar esta dívida também se tornou mais caro”. Alertam.

Os economistas do FMI acrescentam que no ano passado, mais da metade dos países de baixo rendimento foram avaliados pelo órgão como estando em elevado risco de, ou já em, sobre endividamento “debt distress”, no original em Inglês.

Para evitar uma nova crise da dívida como a que levou à iniciativa de perdão para os países altamente endividados, no início deste milénio, o FMI sugere cinco prioridades:

“implementar uma estratégia de políticas de longo prazo, aumentar a receita física interna, aplicar austeridade orçamental, fortalecer as instituições e mobilizar as pessoas para evitar uma crise da dívida”.

Dois em cada três países na África subsaariana têm endividamento excessivo

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e um grupo de 12 países africanos alertou que a dívida pública na África subsaariana agravou-se para níveis acima de 60 por cento e que dois terços da região está com endividamento excessivo.

Entre as razões estão: “O impacto das múltiplas crises, o abrandamento do crescimento económico e a depreciação das taxas de câmbio que está a alargar os défices orçamentais em muitos países na região e a evidenciar as vulnerabilidades preexistentes”.

O documento avança ainda que “O rácio de dívida sobre o PIB está agora, em média, acima dos 60 por cento, um nível registado pela última vez no princípio dos anos 2000, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade da dívida em muitos países. Quase dois terços dos países de baixo rendimento da região estão com elevado riscou ou já em situação de sobreendividamento [debt distress, no original em inglês] em 2022”.

ÁFRICA
21
FMI defende reestruturação da dívida africana, como medida para evitar crise

Millennium Bim distinguido como “Empresa do Ano” no sector de energia e gás

Os organizadores da 8ª edição da Conferência de Gás e Energia que decorreu entre os dias 27 e 28 de Setembro, em Maputo, indica que a distinção concedida ao Millenium Bim, resultou de um processo de análise que avaliou, nos últimos 12 meses, o contributo para o desenvolvimento da indústria de energia e gás, sob os requisitos de capacidade de inovação e criatividade no desenvolvimento do negócio com impacto positivo para o crescimento do sector, bem como o investimento no desenvolvimento de capital humano com conhecimento em áreas comerciais e técnicas do sector.

Ao Millenium Bim, foi, assim, reconhecido o compromisso excepcional que o Banco tem tido para impulsionar o desenvolvimento do sector de energia e gás no país, com foco particular no apoio ao desenvolvimento do conteúdo local.

O banco promoveu no Mozambique Gas & Energy Summit & Exhibition, o debate de ideias, com a participação de oradores em vários painéis, tendo patrocinado ainda uma área de exposição dedicada às Pequenas e Médias Empresas nacionais.

Recorde-se que, antes, no dia 13 de Setembro, o Millenium bim recebeu outro reconhecimento como Melhor Banco Digital em Transformação e Inovação a nível Regional, onde também recebeu o prémio nas categorias de “Melhor App de Mobile Banking -SmartIZI, Melhor Banco Digital em Moçambique e Melhor App para os consumidores.

A atribuição destes prémios foi feita após uma análise por parte dos editores e analistas do sector financeiro, baseada em critérios como a oferta de produtos e serviços, a capacidade de captar e servir Clientes Digitais, a capacidade de inovar com a introdução de novas soluções e o crescimento da base de Clientes Digitais. Por outro lado, foram também avaliados os benefícios tangíveis para os Clientes da oferta digital dos bancos, bem como a funcionalidade, design e experiência para o Cliente dos diversos canais digitais como o internet banking, o mobile banking e os diversos aplicativos, pode se ler no site do banco.

CONJUNTURA 06 De Outubro 2023 22

Gás Natural Liquefeito moçambicano vai ajudar a suprir défice resultante do conflito Rússia-Ucrânia

O director de Energia e Infraestrutura do Grupo Standard Bank, Paul Taylor, considera que o Gás Natural Liquefeito (GNL) de Moçambique pode desempenhar um papel importante no suprimento do défice que se regista no mercado global, resultante do conflito Rússia-Ucrânia, que reduziu a disponibilidade deste importante recurso energético em cerca de 120 milhões de toneladas.

Paul Taylor falava recentemente, na cidade de Maputo, durante a nona edição anual da Cimeira e Exposição de Gás e Energia (MGES, sigla em inglês), que reuniu diversos intervenientes, entre nacionais e internacionais, do sector com o objectivo de debater sobre as diversas oportunidades de investimento que o País oferece nas áreas de mineração, energia, e petróleo e gás.

Integrante do painel que discutiu sobre o “Financiamento de Projectos: Novas Estruturas e Estratégias Inovadoras de Apoio à Extensão de Projectos de Energia”, o director de Energia e Infraestruturas do Grupo Standard Bank referiu-se, igualmente, à relevância do país no sector energético da região, principalmente na África do Sul, que atravessa um momento de crise.

06 De Outubro 2023 24 ENERGIA E MINERAÇÃO
O director de Energia e Infraestrutura do Grupo Standard

“A África do Sul está a enfrentar uma crise energética, necessitando de 60 a 70 gigawatts de energia, e acreditamos que o GNL moçambicano pode desempenhar um papel importante no alcance da segurança energética no país vizinho”, sublinhou Paul Taylor.

A MGES constitui uma importante plataforma para atrair investimento para algumas das principais áreas de desenvolvimento do país, nomeadamente: infraestruturas, energia eléctrica, mineração, e petróleo e gás, entre outras.

Ao associar-se a este evento, o Standard Bank pretende estimular o debate sobre temas relevantes para o desenvolvimento sustentável do sector no país, e contribuir, por essa via, na busca de soluções para os actuais desafios, como é o caso da transição energética para energias mais limpas e “amigas do ambiente”.

25 ECONOMIA GLOBAL
Standard Bank, Paul Taylor

Na sequência das reclamações do Sector Privado em relação à implementação do PAC – Programa de Avaliação da Conformidade, a CTA reuniu-se, hoje, com o Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, que acolheu as preocupações do Sector Empresarial e recomendou a revisão de alguns aspectos do processo, principalmente no que diz respeito a lista dos produtos a serem submetidos à avaliação e os custos inerentes ao processo. Até ao momento, quase todos os produtos constantes da Pauta Aduaneira seriam objecto de avaliação da conformidade.

Para o Sector Privado, o custo de 250 dólares, sendo por consignação, seria muito oneroso às indústrias na importação de matérias-primas, penalizando, deste modo, o sector produtivo importador. Assim, a CTA propôs a redução da taxa em 40%.

No encontro, descrito como produtivo, o titular da pasta da Indústria e Comércio recomendou o adiamento da implementação do Decreto para dar lugar ao processo de revisão dos aspectos considerados empecilhos ao comércio externo. Ficou acordado que as equipas técnicas, do INNOQ e da CTA, vão trabalhar numa lista consensual sobre os produtos mais propensos à contrafacção que, numa primeira fase, serão abrangidos pelo processo de avaliação. A lista deverá ser apresentada dentro de 15 dias para sua aprovação.

ECONOMIA SOCIAL 06 De Outubro 2023 26
Preocupações do sector privado quanto ao PAC foram acolhidas e medida está suspensa

Nacala vai exportar atum

O distrito de Nacala Porto, na província de Nampula, tenciona, nos próximos tempos, começar exportar atum para diferentes mercados como forma de dinamizar a respectiva cadeia de valor.

A administradora de Nacala Porto, Etelvina Fevereiro, citada pelo “Noticias”, refere que o distrito produz em média 2.800 toneladas de pescado por ano das quais 15 toneladas são de atum branco, cujo consumo interno está abaixo da capacidade de captura.

“Por isso, as autoridades governamentais naquele ponto do país estão a criar condições para exportar esta espécie de peixe”, cita o “Noticias”.

A reigao acolheu recentemente o festival de atum, realizado com o intuito de despertar as potenciali-

dades locais, sobretudo a qualidade deste tipo de peixe que é abundante na baía de Nacala.

A dirigente afirmou que os bons apreciadores dos produtos marinhos classificam o atum branco como sendo de boa qualidade. Entretanto, os níveis de consumo a nível local são considerados baixos, acreditando-se que seja motivado por fraca divulgação.

Foi nesta perspectiva que o governo distrital decidiu instituir o festival do atum com o objectivo de despertar os consumidores nacionais e estrangeiros sobre o seu valor alimentar e nutricional.

Trata se de uma primeira experiência que permitirá à região de Nacala divulgar a sua gastronomia para potenciar e dinamizar o turismo.

Pretende se com a iniciativa dar a conhecer ao país e ao mundo as potencialidades que Nacala possui, mas que ainda não estão a ser exploradas. Etelvina Fevereiro convidou, por isso, os empresários nacionais e estrangeiros para instalarem as suas unidades industriais na região para pro cessamento e exportação de atum, o que contribuirá para a geração de mais postos de trabalho, sobretudo para a juventude.

Referiu que há, neste momento, alguns empresários que exploram o mercado de atum, mas o processamento que realizam tem em vista atender a demanda local. Os gestores da empresa de captura de pescado prometem aumentar as quantidades processadas e colocar nos mercados interno e externo.

27
Pesca
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.