www.fgks.org   »   [go: up one dir, main page]

Relatório Anual 2019 FMCSV

Page 1

Relatório Anual 2019


índice 1. Mensagem da liderança

3

11. Índice de eficiência

72

2. O ano de 2019

6

12. Coinvestimento

73

3. A Fundação

7

13. Fundo Patrimonial

75

4. Nossas metas de impacto

9

14. Balanço Patrimonial

76

5. Mapa de resultados

10

15. Demonstração de resultados

77

6. Iniciativas do ano

11

16. Na mídia

78

7. Atuação em territórios

60

17. Nossa História

80

18. Governança e equipe

81

19. Parceiros

82

8. Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância

65

9. Transparência

70

10. Gestão Financeira

71


Mensagem da liderança Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, e Dario Guarita Neto, presidente do Conselho de Curadores, falam sobre o planejamento estratégico e as conquistas de 2019

A primeira infância é a base fundamental da nossa sociedade. O investimento nos primeiros anos de vida ajuda a enfrentar a desigualdade social, a quebrar os ciclos de pobreza, a reduzir a criminalidade e a criar um futuro mais promissor para todos. Não à toa, “primeira infância primeiro” é um dos nossos principais lemas. Em 2019, trabalhamos para manter lideranças públicas, sociais e privadas engajadas nos diversos setores e iniciativas que transformam positivamente a realidade dos 20 milhões de crianças brasileiras do nascimento aos 6 anos e de suas famílias. Isso é ainda mais urgente num país como o Brasil, em que uma a cada três crianças nesta faixa etária vive na pobreza ou extrema pobreza.

nossos valores – alguns deles foram reafirmados e outros redesenhados num processo claro de evolução. Os valores que irão guiar as nossas ações são: Amor à causa; Resultado, com responsabilidade, transparência e integridade; Colaboração, com integração e parcerias baseadas em confiança; Pluralidade, com respeito, inclusão e suprapartidarismo; e Equilíbrio, com excelência e inovação, bem como compromisso e leveza. A partir de cada meta, destacamos os principais projetos e resultados de 2019.

Para colocar em prática todas as mudanças que gostaríamos de ver no Brasil até 2030 e virar esse jogo, demos um passo importante no nosso planejamento estratégico e definimos quatro grandes metas, voltadas para a educação infantil, parentalidade, avaliação e comunicação. Com marcos de curto, médio e longo prazos, elas foram elaboradas tendo como premissa os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), mais especificamente a meta 4.2, que garante a todos os meninos e meninas acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância. Acreditamos que, para concretizar essas metas, precisamos cultivar uma equipe comprometida, engajada e ancorada em princípios sólidos, capazes de orientar os modelos mentais necessários e de direcionar a estratégia da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal nessa trajetória. Por isso, no último ano olhamos cuidadosamente para os Mensagem da liderança

3


Garantir educação infantil com a demanda por creche atendida a todas as crianças de 4 a 5 anos na pré-escola. Apoio à elaboração do currículo de educação infantil do município de Sobral, no Ceará, alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Lançamento do currículo de Boa Vista, em Roraima, e desenvolvimento de ferramentas para planejamento, monitoramento e avaliação da implementação curricular no município. Fortalecer quem cuida, apoiando especialmente as famílias mais vulneráveis, para que tenham acesso a serviços de parentalidade de qualidade desde a gravidez. Por isso, ainda na capital de Roraima, avançamos na implementação do projeto de visitação domiciliar, que tem aumentado gradativamente a quantidade de beneficiários e, em 2019, alcançou 1.896 famílias, sendo 25% delas formadas por refugiados venezuelanos domiciliados naquela cidade. Como parte desta segunda meta, firmamos parceria para a realização de um estudo na cidade de São Paulo para analisar os impactos que a estratégia Família Acolhedora oferece, em comparação com as práticas atualmente aplicadas no Brasil, fundamentadas na institucionalização de crianças sob a responsabilidade do Estado. Desenvolver avaliação dos programas de primeira infância, pois acreditamos que o que não se pode medir não se pode melhorar. Além de mensurar a qualidade dos serviços prestados na educação infantil – o que temos feito com o uso dos instrumentos Measuring Early Learning Environment (MELE) e Measuring Early Learning and Quality Outcomes (MELQO) –, precisamos dar um passo crucial na avaliação do desenvolvimento infantil, pois hoje há poucos dados e as estatísticas não estão consolidadas. Uma grande ação desenvolvida para atender a este propósito foi a aplicação do Projeto PIPAS (Primeira Infância para Adultos Saudáveis) no Estado do Ceará. Durante a Campanha de Vacinação de 2019, foram coletados dados referentes aos marcos do desenvolvimento infantil de mais de sete mil crianças de 0 a 5 anos, com informações sobre saúde, nutrição, segurança e proteção, cuidados responsivos e aprendizado.

A partir desta experiência, o Ministério da Saúde assinou um convênio com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para, em 2020, utilizar a metodologia do PIPAS na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), abrangendo cerca de 210 mil domicílios. Os dados obtidos irão fornecer um retrato do estágio da saúde e do desenvolvimento infantil no país, dando subsídios para impulsionar as políticas públicas de atenção à primeira infância. Ainda na área da avaliação, avançamos nos estudos de impacto de programas de visitação domiciliar, como o Programa Criança Feliz, do governo federal. A linha de base foi finalizada, sendo composta por mais de três mil famílias de 30 municípios, distribuídos em seis estados brasileiros: Bahia, Ceará, Pará, São Paulo, Goiás e Pernambuco. A última meta refere-se à comunicação: todo mundo precisa saber que o que se vive na primeira infância tem impacto a vida toda – e essa janela de oportunidade não pode ser desperdiçada. Um destaque voltado para este objetivo foi a produção do Caderno Globo Primeira Infância. A publicação reuniu entrevistas e artigos de grandes especialistas de áreas ligadas à primeira infância, como forma de sensibilizar diferentes públicos, para que deem maior visibilidade aos primeiros anos de vida, ressaltando a urgência que a causa merece. Mensagem da liderança

4


Sabemos que estas quatro metas são ousadas e que temos um longo caminho a seguir. Mas também acreditamos no poder transformador de coalizões e inovações na promoção desse impacto social positivo, efetivo e duradouro. Estamos vivenciando isso neste contexto da pandemia Covid-19, que tem abalado de forma estrutural a rotina familiar e profissional no mundo todo, afetando principalmente os mais vulneráveis. Por mais que agora as coisas possam parecer incertas, a colaboração e a solidariedade de todos têm sido chave para mantermos a esperança de que o amanhã será mais promissor e seguro para adultos e crianças. Felizmente, estas características não faltam à nossa equipe, aos membros da governança e da família Souto Vidigal e aos nossos parceiros, a quem somos muito gratos por mais este exercício de realizações. Tudo isso nos permite manter o otimismo e a confiança de que, em 2030, poderemos dizer que as crianças pequenas do nosso país vivem numa sociedade que oferece oportunidades iguais para todos desenvolverem o seu pleno potencial. Boa leitura. Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal Dario Guarita Neto, Presidente do Conselho de Curadores

Mensagem da liderança

5


O ano de 2019 Novos desafios, novo planejamento estratégico e novas metas: 2019 foi um ano intenso, de muitas realizações para a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. Um ano em que estabelecemos as transformações que queremos ver na sociedade em 2030 e no qual construímos marcos de curto, médio e longo prazos para promovermos impactos positivos na vida de crianças do nascimento aos 6 anos. Mais do que nunca, o desejo de garantir o direito ao desenvolvimento pleno e integral na primeira infância esteve no centro das nossas ações. Sabendo do papel fundamental que as políticas públicas exercem para atingirmos este objetivo, a equipe cresceu e estruturamos nossa estratégia de advocacy. A nova área de Relações Institucionais tem a missão de incentivar os tomadores de decisão, colaborando ainda mais para a formulação e implementação de serviços e programas que atendam às necessidades de crianças e suas famílias, especialmente aquelas que vivem em situação de vulnerabilidade. Ampliamos a nossa atuação com novas parcerias, coalizões e projetos nas áreas da educação infantil, parentalidade, avaliação e comunicação, além de iniciativas focadas na intersetorialidade. Estas ações e todo o empenho da Fundação para que a primeira infância seja vista como prioridade nos mais diversos setores da sociedade você confere, em detalhes, ao longo do nosso relatório anual. Boa leitura!

Ano de 2019

6


A Fundação Desde 2007, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal focana promoção do desenvolvimento na primeira infância, fase que vai do nascimento até os 6 anos de idade. Estudos indicam que esse período representa uma janela de oportunidades, crucial para o desenvolvimento infantil. Nessa faixa etária, a velocidade e a complexidade com que conexões cerebrais se estabelecem são únicas. Pesquisas recentes apontam que as sinapses se formam ao ritmo de 1 milhão por segundo e que 90% das conexões cerebrais são estabelecidas até os 6 anos.

Por meio de estratégias de advocacy, atuamos com lideranças públicas e sociais para promover mudanças estruturais que protejam as crianças pequenas e suas famílias. Já com o setor privado, promovemos parceriaspara ampliar impactos e alavancar resultados. Nesse caso, sempre mostrando que adotar boas práticas corporativas que valorizam a primeira infância traz benefícios para as crianças, para as famílias e também para as próprias empresas, com impacto na produtividade e maior retenção de colaboradores.

A ciência comprova que crescer em um ambiente acolhedor, harmonioso e rico em experiências positivas é fundamental para o bem-estar da criança hoje e para que ela tenha um futuro com mais possibilidades. Por outro lado, viver em uma atmosfera ameaçadora, permeada pela violência, pobreza, abuso e negligência, pode ajudar a produzir alterações que afetam negativamente a criança por toda a vida.

A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal também agepara sensibilizar a sociedade, especialmente por meio dosformadores de opinião, sobre a importância dos primeirosanos da vida de uma criança. Afinal, como estabelece a Constituição Federal brasileira, é dever de todos – Estado, famílias e sociedade – assegurar os direitos e o melhor interesse de crianças e adolescentes com prioridade absoluta.

Tais evidências fazem do investimento na primeira infância algo urgente. É daí que surge o propósito da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal: desenvolver a criança para desenvolver a sociedade. Para isso, nos articulamos com diversos setores da sociedade. A começar pelo saber científico, apoiando pesquisas e modelos e traduzindo o conhecimento para que a informação chegue a quem mais precisa dela.

A Fundação

7


Nossas metas de impacto No universo da primeira infância, elegemos quatro metas que irão guiar as nossas iniciativas até 2030:

Creche para quem quer ou precisa. Pré-escola para todos. Com qualidade sempre Garantir educação infantil de qualidade com a demanda por creche atendida e todas as crianças de 4 a 5 anos na pré-escola.

Fortalecer quem cuida. Apoio às famílias mais vulneráveis, da gravidez aos 3 anos Garantir a todas as famílias inscritas no CAD, gestantes e crianças de até 3 anos, serviços de parentalidade de qualidade.

Avaliação na primeira infância: o que não se pode medir não se pode melhorar Ter sistemas de avaliação do desenvolvimento e da educação infantil implementados.

Todo mundo precisa saber: o que se vive na primeira infância tem impacto a vida toda Aumentar a compreensão da sociedade sobre o impacto, ao longo da vida, das experiências vividas na primeira infância.

Nossas metas de impacto

8


Nossos valores

Amor à causa

Resultado

Colaboração

Pluralidade

Equilíbrio

primeira infância primeiro

responsabilidade, transparência e integridade

integração e parcerias, baseadas em confiança

respeito, inclusão e suprapartidarismo

excelência e inovação, compromisso e leveza

O cérebro da criança é o mais plástico do universo. Se sua experiência é plena de conversas, de construção de relacionamentos, discernimento social, brincadeiras e imaginação, o cérebro decola. Patricia K. Kuhl Codiretora do Instituto de Aprendizagem e Ciências do Cérebro, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos

Nossos valores

9


Mapa de resultados Este gráfico traz uma consolidação do atingimento das metas intermediárias previstas para o ano, estabelecidas com a finalidade de monitorar o caminho que a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal está percorrendo para que as quatro grandes metas de impacto – voltadas para educação infantil, parentalidade, avaliação e comunicação – sejam alcançadas até 2030 (valor máximo: 120%).

Mapa de resultados

10


Iniciativas do ano Parentalidade Projetos elaborados para fortalecer as famílias e estimular a interação dos cuidadores com as crianças

Iniciativas do ano

11


Edital Saving Brains – Parentalidade Parentalidade

Início em 2014

• CanalCanoa: desenvolvido pela Usina da Imaginação, tem o propósito de fazer um mapeamento e registro de boas práticas parentais indígenas para o desenvolvimento na primeira infância, por meio de filmagens e discussões entre a população de comunidades na região de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.

Meta de impacto: Fortalecer quem cuida. Apoio às famílias mais vulneráveis, da gravidez aos 3 anos Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Em andamento Parceiro: Grand Challenges Canada Objetivo: O Saving Brains apoia iniciativas inovadoras orientadas para a promoção de soluções e modelos que respondam aos principais desafios do desenvolvimento da criança nos primeiros mil dias de vida, que tenham potencial de gerar mudanças sistêmicas e sustentáveis. Resultados: Implementação e desenvolvimento de dois projetos-piloto selecionados, respectivamente, nos 5º e 6º editais do Saving Brains:

• Em 2019, foram realizados 200 Ajuris (rodas de conversa), com a participação de 1.186 adultos e de 1.148 crianças em sessões nas comunidades indígenas. De forma indireta, mais de 40 mil pessoas foram beneficiadas pelo projeto, por meio da circulação dos vídeos na região do Alto do Rio Negro – os vídeos também foram adotados pela Diretoria de Saúde Indígena como parte do material de treinamento para os profissionais de saúde. • Motherly: consiste num aplicativo destinado para gestantes de 14 a 34 anos, com o objetivo de fortalecer a saúde mental das mães e, consequentemente, melhorar as interações parentais com os recém-nascidos. Ainda em fase de desenvolvimento, em 2019 o projeto ganhou perfil nas redes sociais (Facebook e Instagram), um site com informações sobre a iniciativa e passou a cadastrar gestantes interessadas em receber conteúdos sobre maternidade – antes mesmo do lançamento, já conta com 450 mulheres cadastradas. Iniciativas do ano

12


Fundo de Inovação para o Desenvolvimento da Primeira Infância Parentalidade

Início em 2017

Objetivo: Apoiar o design, implementação e avaliação de iniciativas inovadoras em desenvolvimento infantil (cognitivo, motor, linguístico e socioemocional) nos primeiros cinco anos de vida, visando à qualificação e à expansão dos serviços de apoio a crianças em situação de vulnerabilidade. Resultados: Firmada a parceria para a realização de um estudo-intervenção que busca analisar os impactos positivos no desenvolvimento infantil que a estratégia Família Acolhedora oferece, em comparação com as práticas atualmente aplicadas no Brasil fundamentadas na institucionalização de crianças sob a responsabilidade do Estado.

Meta de impacto: Fortalecer quem cuida. Apoio às famílias mais vulneráveis, da gravidez aos 3 anos Público: Servidores públicos e organizações sociais Status: Em andamento Parceiro: Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundação FEMSA e Open Society

A pesquisa será realizada em São Paulo, por intermédio do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Instituto PENSI e Instituto Fazendo História, com a coordenação do professor Charles Nelson, do Hospital Infantil de Boston e da Universidade de Harvard. E pretende fornecer evidências científicas sobre a melhor forma de o Estado prover o atendimento de cuidados para as crianças que são afastadas de suas famílias por condições adversas graves. Iniciativas do ano

13


Edital de Pesquisa para Inovação em Primeira Infância – Parentalidade Parentalidade

Meta de impacto: Fortalecer quem cuida. Apoio às famílias mais vulneráveis, da gravidez aos 3 anos Público: Gestores públicos e meio acadêmico Status: Concluído Parceiro: Universidade Nebraska-Lincoln, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Escola do Bairro Objetivo: Realizar edital de pesquisa com o intuito de fortalecer as bases científicas das intervenções de desenvolvimento da primeira infância na área de parentalidade, com foco em inovação. Resultados: Finalização do estudo Necessidades e adaptação dos cuidadores de crianças pequenas com Síndrome Congênita do Vírus Zika no Nordeste do Brasil, que analisou o sofrimento psicológico, as experiências de cuidado e os suportes disponíveis entre os cuidadores brasileiros de bebês e crianças com Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCVZ). Entre os resultados obtidos estão:

Início em 2016

− 20% dos cuidadores endossaram níveis moderados ou graves de depressão. Sintomas modrados de ansiedade foram menos prevalentes, afetando apenas 6% dos cuidadores pesquisados. Um subgrupo significativo de cuidadores também relatou estresse parental alto ou clinicamente significativo (10%-24% nas subescalas). − Os serviços de intervenção existentes concentram-se em trabalhar diretamente com a criança, em vez de ajudar o cuidador a apoiar o desenvolvimento da criança. O maior uso de práticas de intervenção centradas na família foi associado a menor estresse dos pais por meio da associação com o aumento do uso da estratégia de enfrentamento por parte dos pais. − Com base nos resultados, o time de pesquisadores fez as seguintes recomendações, considerando as políticas públicas envolvendo crianças e seus cuidadores: − Desenvolver programas de serviço social que aumentem os recursos para apoiar as famílias de crianças com Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCVZ). − Incluir programas de promoção de saúde mental (especificamente depressão e estresse) para cuidadoresde crianças de baixa renda com SCVZ, com foco na prevenção e tratamento. Iniciativas do ano

14


− Integrar os serviços de apoio à saúde mental aos cuidadores nos programas de intervenção precoce já existentes, direcionados às crianças com SCVZ. − Que o relevante papel da construção de estratégias de enfrentamento de estresse e promoção de bem-estar seja considerado no desenvolvimento de novos programas projetados para ajudar os cuidadores de crianças com SCVZ. − Capacitação profissional em estratégias de enfrentamento de estresse e promoção de saúde socio emocional dos profissionais que apoiarão a resiliência psicológica de cuidadores no cuidado de uma criança com SCVZ. − Aumentar a conscientização entre as agências públicas e governamentais sobre como a SCVZ afeta as famílias e refletir sobre a melhor forma de atender às necessidades das famílias e das crianças nos contextos doméstico e escolar. − Garantir a inclusão escolar das crianças com a SCVZ, promovendo a capacitação dos profissionais de educação e as demais necessidades para uma efetiva inclusão escolar. − Garantir mais financiamento para a educação infantil e programas para apoiar as crianças com a SCVZ e demais deficiências no contexto escolar. − Sensibilizar a sociedade sobre a importância do pai no suporte às famílias. Além disso, a pesquisadora Pompeia Villachan-Lyra e sua equipe realizaram uma formação de oito horas para 282 profissionais da rede municipal de educação do Recife (PE) sobre microcefalia e SCVZ. E o primeiro artigo fruto do estudo foi publicado na revista acadêmica internacional Deficiência e Reabilitação. Iniciativas do ano

15


Programa São Paulo pela Primeiríssima Infância (SPPI) Parentalidade

Meta de impacto: Fortalecer quem cuida. Apoio às famílias mais vulneráveis, da gravidez aos 3 anos Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Concluído Parceiro: Instituto de Saúde de São Paulo e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Início em 2012

fase de encerramento do ciclo de formação do programa. O seminário também marcou o fim da participação da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal no programa, que se tornou política pública do governo do Estado de São Paulo. Os municípios foram analisados em 44 indicadores, distribuídos em oito dimensões. Essa avaliação ajuda cada cidade a identificar como está realizando a atenção às gestantes e crianças de 0 a 3 anos; a planejar novas ações em prol da primeira infância; a fomentar a aprendizagem dos indivíduos e da comunidade; e a comunicar os resultados junto aos interessados.

Objetivo: Promover o desenvolvimento pleno de crianças por meio da qualificação dos serviços de atenção e cuidado a famílias de gestantes e com crianças do nascimento aos 3 anos, além de fomentar o planejamento e a articulação intersetorial das gestões municipal e regional e da mobilização da sociedade para a importância dos primeiros anos de vida.

Na região de Apiaí, o indicador com maior avanço na comparação com a linha de base foi sobre a qualidade dos serviços de atenção ao parto e puerpério, que alcançou um índice de 85% (antes do programa, esse número era de 58%). No Litoral Norte, o destaque ficou com o indicador sobre a sociedade e o poder público estarem mobilizados em prol da primeira infância, com 58% versus 27% na linha de base. Nas duas regiões, o ponto de atenção refere-se aos espaços lúdicos na comunidade e unidades de saúde e desenvolvimento social, sendo um dos fatores a serem aperfeiçoados.

Resultados: Realização do Seminário de Avaliação Participativa nas regiões de Apiaí (Itaóca, Apiaí, Barra do Chapéu, Itapirapuã Paulista e Ribeira) e do Litoral Norte do Estado de São Paulo (Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba), como

Além disso, os comitês intersetoriais de primeira infância foram estruturados e foi realizada a Semana do Bebê, para mobilização da sociedade em todos os municípios participantes do programa desde a sua implementação, em 2012. Iniciativas do ano

16


Saving Brains – Transição para Escala – Boa Vista (RR) Parentalidade

Início em 2017

Meta de impacto: Fortalecer quem cuida. Apoio às famílias mais vulneráveis, da gravidez aos 3 anos Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Em andamento Parceiro: Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Criança Feliz, Grand Challenges Canada, Fundação Faculdade de Medicina (FFM) da Universidade de São Paulo (USP) e Prefeitura de Boa Vista

Entre as famílias beneficiadas, 1.281 receberam visitas domiciliares e 615 participaram dos encontros em grupo, que passaram a ser ofertados também nos sete Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de Boa Vista (RR) – e não apenas no prédio do Família que Acolhe (FQA) – para ter maior proximidade com as residências das famílias atendidas. Ao todo, foram realizadas 14.838 visitas e encontros em 36 bairros.

Objetivo: Apoiar a escala de iniciativas inovadoras orientadas para promoção de soluções e modelos efetivos, que respondam aos principais desafios do desenvolvimento da criança nos primeiros mil dias de vida e que tenham potencial de gerar mudanças sistêmicas e sustentáveis.

Vale lembrar que o foco de programas dessa natureza é auxiliar na construção de vínculos afetivos entre adultos e crianças, reforçando o papel dos cuidadores em garantir a proteção, o suporte emocional e os estímulos que as crianças necessitam para alcançar o desenvolvimento integral. E faz parte da pesquisa que vem sendo conduzida pela Fundação Faculdade de Medicina (FFM) da Universidade de São Paulo (USP) – em parceria com a Prefeitura de Boa Vista e com a política pública local Família que Acolhe (FQA), o Programa Criança Feliz, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, o Grand Challenges Canada e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – para avaliar qual modelo de intervenção tem melhor custo-benefício e para ajudar gestores públicos na tomada de decisão de novas políticas de atenção às famílias.

Resultados: Dando continuidade à fase de implementação, iniciada em 2017, o projeto tem aumentado gradativamente a quantidade de beneficiários. Em 2019, o total de famílias chegou a 1.896, sendo 25% de refugiados venezuelanos domiciliados em Boa Vista – um desafio a mais ao projeto não só em razão da língua estrangeira, mas principalmente pelo grande número de refugiados em situação de extrema vulnerabilidade.

Iniciativas do ano

17


Iniciativas do ano Educação Infantil Projetos desenvolvidos com o objetivo de qualificar a educação infantil no país

Iniciativas do ano

18


Currículo de Educação Infantil – Boa Vista (RR) Educação Infantil

Início em 2017

Meta de impacto: Creche para quem quer ou precisa. Pré-escola para todos. Com qualidade sempre Público: Gestores públicos e profissionais da educação infantil Status: Em andamento Parceiro: Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe/FGV) e Prefeitura de Boa Vista Objetivo: Dar suporte à elaboração do currículo de educação infantil, alinhado à Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil (BNCCEI), para a rede municipal de Boa Vista (RR), por meio de processo participativo. E apoiar a implementação do currículo, por meio da formação da rede e monitoramento do processo. Resultados: Lançamento oficial e início da fase de implementação do currículo produzido em 2018, cujo processo de elaboração contou com a participação de professores, diretores, coordenadores, além de pais e crianças – conforme previsto no Marco Legal da Primeira Infância. Também foram realizadas etapas de formação em cascata para a rede de educação infantil. Com a participação da Secretaria de Educação, foram desenvolvidas ferramentas para planejamento, monitoramento e avaliação da implementação curricular. Iniciativas do ano

19


Currículo de Educação Infantil – Sobral (CE) Educação Infantil

Início em 2019

Meta de impacto: Creche para quem quer ou precisa. Pré-escola para todos. Com qualidade sempre Público: Gestores públicos e profissionais da educação Status: Em andamento Parceiro: Consultora Marisa Ferreira, do Instituto Vera Cruz, de São Paulo, e Prefeitura de Sobral Objetivo: Elaborar o currículo de educação infantil dialogando com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com as expectativas e conquistas atuais da rede municipal de Sobral (CE) Resultados: Currículo produzido a partir do trabalho de um grupo de profissionais da Secretaria de Educação e da rede, com representação de professores e diretores, além da participação das famílias e das próprias crianças.No processo de elaboração – que contou com a consultoria da especialista em educação infantil Marisa Ferreira –, o documento foi enviado para consulta pública e o lançamento ocorreu no início do ano letivo, em janeiro de 2020. Iniciativas do ano

20


Edital Saving Brains – Educação Infantil Educação Infantil

Início em 2014

Meta de impacto: Creche para quem quer ou precisa. Pré-escola para todos. Com qualidade sempre Público: Lideranças públicas, sociais e privada Status: Em andamento Parceiro: Grand Challenges Canada Objetivo: O Saving Brains apoia iniciativas inovadoras orientadas para a promoção de soluções e modelos que respondam aos principais desafios do desenvolvimento da criança nos primeiros mil dias de vida e que tenham potencial de gerar mudanças sistêmicas e sustentáveis. Resultados: O Brain Games é um projeto-piloto selecionado no 5º edital Saving Brains, com foco em educação infantil. Executado pela Fundação Faculdade de Medicina (FFM) da Universidade de São Paulo (USP), tem o objetivo de promover habilidades de autorregulação e funções executivas em crianças de 3 anos e meio a 5 anos, por meio da utilização de um kit de exercícios e jogos lúdicos de baixo custo para complementar as atividades do professor em sala de aula. Em 2019, a intervenção foi realizada em 12 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei) e em 11 Centros de Educação Infantil (CEI) da Zona Oeste da cidade de São Paulo, com uma amostra de 430 crianças no estudo – considerando tanto aquelas que participaram da iniciativa (intervenção) quanto as que não tiveram contato com o projeto-piloto (grupo controle). Iniciativas do ano

21


Implementação da BNCC – Etapa Educação Infanti Educação Infantil

Início em 2018

Meta de impacto: Creche para quem quer ou precisa. Pré-escola para todos. Com qualidade sempre Público: Gestores públicos de educação Status: Concluído Parceiro: Ministério da Educação (MEC) e Movimento pela Base Nacional Comum Objetivo: • Pesquisar os desafios e estratégias utilizadas na articulação entre União, estados e municípios para a implementação da Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil (BNCCEI), em Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará e Pernambuco – tendo, portanto, representantes das cinco regiões políticas do país. • Analisar se o currículo elaborado se alinha ao que está disposto na Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil (BNCCEI). • Levantar os principais aprendizados ao longo do processo, bem como elementos importantes para a formação continuada de professores visando à implementação dos currículos. Disseminar resultados entre atores-chave – Ministério da Educação (MEC), Movimento pela Base Nacional Comum, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Iniciativas do ano

22


Resultados: Publicação da pesquisa A Implementação da BNCC da Educação Infantil nos Sistemas de Ensino: estudo em cinco estados e do Sumário Executivo. Para a divulgação, foi realizado um Facebook Live com participação de Zilma de Oliveira, especialista em educação infantil. A transmissão ao vivo teve um alcance de mais de seis mil pessoas e 50 compartilhamentos. Entre os achados do estudo, foi observada a pouca experiência dos estados, municípios e escolas em trabalhar com um currículo para a educação infantil, de modo geral, ainda dentro de uma cultura predominante de que não é necessária muita qualificação para o trabalho com crianças em creches e pré-escolas. Com base nesse diagnóstico, foram traçadas algumas recomendações para a etapa de formação continuada nas redes: • Devem ser consideradas as relações entre campos de experiências, direitos de aprendizagem e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento trazidos pela BNCC e projetos pedagógicos das escolas. • A gestão do tempo e do espaço na educação infantil deve colocar a criança no centro do processo. • A formação deve levar em conta a diversidade de contextos, como populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas, além da educação especial. Os resultados da pesquisa também foram apresentados para a coordenação de educação infantil e para a coordenação do programa PROBNCC do Ministério da Educação (MEC).

Iniciativas do ano

23


Edital de Pesquisa para Inovação em Primeira Infância – Educação Infantil Educação Infantil

Início em 2016

Meta de impacto: Creche para quem quer ou precisa. Pré-escola para todos. Com qualidade sempre Público: Gestores públicos e meio acadêmico Status: Em andamento Parceiro: Universidade Nebraska-Lincoln e Escola do Bairro Objetivo: Realizar edital de pesquisa com o intuito de fortalecer as bases científicas das intervenções de desenvolvimento da primeira infância na área de educação infantil, com foco em inovação. Resultados: No estudo Ciências na Pré-escola: conversa e reflexão em ação – cujo objetivo é compreender as concepções de professores de pré-escola sobre o trabalho com ciências nas salas de aula do município de São Paulo –, resultados preliminares apontam o aumento da reflexão dos professores após as sessões de intervenção de desenvolvimento profissional, nas quais os docentes assistiam (ao lado dos pesquisadores) a vídeos dos alunos interagindo com os materiais de ciência fornecidos pela iniciativa e refletiam conjuntamente a respeito das atividades. Iniciativas do ano

24


Iniciativas do ano Avaliação Projetos realizados para mensurar o impacto e a qualidade dos serviços e programas voltados às crianças

Iniciativas do ano

25


Avaliação de impacto do Programa Criança Feliz Avaliação

Meta de impacto: Avaliação na primeira infância: o que não se pode medir não se pode melhorar Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Em andamento Parceiro: Banco Mundial, Fundação Itaú Social, Ministério da Cidadania, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Início em 2017

− 98% das famílias são beneficiárias do Programa Bolsa Família. − 30% das mães têm somente um filho e 90% delas são as principais cuidadoras da criança. − A média foi de oito consultas realizadas no pré-natalem ambos os grupos (controle e intervenção). − Tanto no grupo controle quanto no de intervenção,apenas 30% das gestações foram planejadas. − Embora mais de um terço das mães não viva com o progenitor, ao menos 85% dos pais apoiaram a gestação.

Objetivo: Avaliar o impacto do Programa Criança Feliz, do governo federal, no fortalecimento parental e no desenvolvimento de crianças de até 3 anos distribuídas em dois grupos: aquelas atendidas pelo programa (intervenção) e as que ainda não tiveram contato com o Criança Feliz (grupo controle).

Já quanto à saúde da criança e da mãe, alguns dos resultados encontrados são: − Menos de 50% das crianças estavam com a vacinação em dia. − Apenas 1% das mães relatou que a criança possuía alguma deficiência. − 6% das crianças tiveram baixo peso ao nascer. − Cerca de 25% das mães apresentaram sintomas depressivos.

Resultados: Coordenada pelo pesquisador Professor Dr. Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a pesquisa teve a sua linha de base finalizada, sendo composta por 3.242 famílias de 30 municípios, distribuídos em seis estados brasileiros (Bahia, Ceará, Pará, São Paulo, Goiás e Pernambuco). Em relação ao perfil dos que participaram dessa etapa do estudo, estes são alguns dos achados:

Também foi iniciado o primeiro acompanhamento do desenvolvimento das crianças beneficiadas pelo programa. Nessa nova etapa, 2.404 famílias foram entrevistadas até o dia 31 de dezembro de 2019 – o que representa 74% do total da linha de base. Este número supera a média da perda existente em avaliações de intervenções a longo prazo, que ocorre em razão de mudanças de endereço, de cidade, saída do programa, entre outros fatores. Iniciativas do ano

26


Avaliação de impacto do Programa Primeira Infância Melhor (PIM) Avaliação

Meta de impacto: Avaliação na primeira infância: o que não se pode medir não se pode melhorar Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Em andamento Parceiro: Fundação Getulio Vargas (FGV Clear – Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e África Lusófona) e Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul Objetivo: Apoio na avaliação do programa Primeira Infância Melhor (PIM), lançado em 2003, para mensurar o impacto do programa de visitação domiciliar no fortalecimento parental e no desenvolvimento de crianças pequenas distribuídas em dois grupos: aquelas atendidas pela iniciativa (intervenção) e as que ainda não tiveram contato com o PIM (grupo controle).

Início em 2018

Resultados: • Em 2019, 53.180 famílias, 58.498 crianças e 7.977 gestantes foram atendidas pelo programa. • Finalização da linha de base com a avaliação de 502 crianças, nos municípios de Canoas, Porto Alegre, Viamão e Serafina Corrêa, no Rio Grande do Sul, e análise dos dados coletados. Alguns dos resultados encontrados nessa etapa: − Tanto no grupo controle quanto no de intervenção, as mães são as principais cuidadoras (aproximadamente 85% delas dedicam-se ao cuidado das crianças). − Cerca de 68% das gestações não foram planejadas. − A média foi de nove consultas realizadas no pré-natal em ambos os grupos (controle e intervenção). − A escolaridade do cuidador principal da criança concentra-se em Ensino Médio completo e incompleto. − 57% dos participantes do grupo de intervenção e 67% do grupo controle são beneficiários de programas de transferência de renda. − 40% dos participantes dos dois grupos (controle e intervenção) possuem renda média mensal de até um salário mínimo e 30% têm entre um e dois salários mínimos. Iniciativas do ano

27


Avaliação da qualidade da educação infantil no município de São Paulo (SP) Avaliação

Início em 2019

Objetivo: Mensurar a qualidade da educação infantil por meio da adaptação e validação dos instrumentos do Measuring Early Learning Environment (MELE), um dos módulos da iniciativa Measuring Early Learning and Quality Outcomes (MELQO) no município de São Paulo (SP). Os instrumentos propostos, que compreendem entrevistas com professores e diretores e a observação direta de turmas, englobam medidas estruturais e processuais de qualidade. Esse conjunto de instrumentos visa avaliar o ambiente e os processos pedagógicos.

Meta de impacto: Avaliação na primeira infância: o que não se pode medir não se pode melhorar Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Em andamento Parceiro: Laboratório de Estudos e Pesquisa em Economia Social (LEPES) – USP Ribeirão Preto e Prefeitura de São Paulo

Resultados: • Os instrumentos foram adaptados buscando um alinhamento de seus conceitos com a Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil (BNCCEI). • Foram gerados dois conjuntos de instrumentos: um para creche (crianças de 2 a 3 anos) e outro para a pré-escola ( crianças de 4 a 5 anos). • Foram avaliadas 65 unidades de pré-escola, nas quais foram observadas 130 turmas. • Foram avaliadas 50 unidades de creche, nas quais foram observadas 100 turmas. • A devolutiva de resultados dessas avaliações para a rede de educação será realizada em 2020. A interpretação dos achados servirá de base tanto para subsidiar políticas e ações da Secretaria de Educação quanto para promover reflexões sobre a melhoria da prática pedagógica nas unidades de creche e pré-escola da capital paulista. Iniciativas do ano

28


Avaliação da qualidade da educação infantil no município de Sobral (CE) Avaliação

Início em 2019

Learning Environment (MELE) em Sobral (CE). • Mensurar o desenvolvimento e resultados de aprendizagem de crianças de 2 a 5 anos, utilizando o conjunto de instrumentos intitulado Measuring Outcomes, development and Early Learning (MODEL). • Aplicar o instrumento International Performance Indicators in Primary Schools (IPIPS) como medida complementar da aprendizagem e desenvolvimento das crianças e consolidação da versão MELQO Brasil.

Meta de impacto: Avaliação na primeira infância: o que não se pode medir não se pode melhorar Público: Gestores públicos e profissionais da educação Status: Em andamento Parceiro: Laboratório de Estudos e Pesquisa em Economia Social (LEPES) – USP Ribeirão Preto, Laboratório de Pesquisa em Oportunidades Educacionais (LaPOpE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Prefeitura de Sobral Objetivo: • Aplicar o conjunto de ferramentas de avaliação da educação infantil da iniciativa Measuring Early Learning Quality Outcomes (MELQO), que consiste em mensurar a qualidade da educação infantil por meio da adaptação e validação dos instrumentos denominados Measuring Early

Resultados: • Os instrumentos foram adaptados buscando um alinhamento de seus conceitos com a Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil (BNCCEI). • Foram gerados dois conjuntos de instrumentos: um para creche (crianças de 2 a 3 anos) e outro para a pré-escola (crianças de 4 a 5 anos). • Foram avaliadas 681 crianças com o MODEL e o IPIPS. • Foram avaliadas 41 unidades de pré-escola, nas quais foram observadas 113 turmas. • Foram avaliadas 41 unidades de creche, nas quais foram observadas 101 turmas. • A devolutiva de resultados para a rede será realizada em 2020. A interpretação dos achados servirá de base tanto para subsidiar políticas e ações da Secretaria de Educação quanto para promover reflexões sobre a melhoria da prática pedagógica nas unidades de creche e pré-escola do município. Iniciativas do ano

29


Sistema de Monitoramento da Educação Infantil – Boa Vista (RR) Avaliação

Início em 2019

Objetivo: Como continuidade à avaliação da educação infantil realizada em 2018, foi criada em 2019 uma plataforma de monitoramento da qualidade das unidades pré-escolares de Boa Vista (RR), a partir de dados do instrumento Measuring Early Learning Quality Outcomes (MELQO) para crianças de 4 a 5 anos. Nela, relatórios de devolutiva para a rede são produzidos utilizando dados de coletas feitas regularmente pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) da cidade de modo automático, contendo informações sobre a qualidade da oferta escolar, das práticas pedagógicas e de interação entre adultos e crianças, além de resultados de desenvolvimento e aprendizagem das crianças matriculadas. As informações foram organizadas de modo a permitir que os gestores da rede tomem decisões a respeito de suas políticas para a pré-escola de modo qualificado, tais como as relacionadas à implementação do currículo, aperfeiçoamento da formação continuada de professores, melhoria nos equipamentos escolares e focalização de programas.

Meta de impacto: Avaliação na primeira infância: o que não se pode medir não se pode melhorar Público: Gestores públicos e profissionais da educação Status: Concluído Parceiro: Laboratório de Estudos e Pesquisa em Economia Social (LEPES) – USP Ribeirão Preto e Prefeitura de Boa Vista

Resultados: • Sistema de monitoramento criado a partir de grupo de trabalho formado por membros da Secretaria de Educação e consultores do projeto do currículo de educação infantil. • Técnicos da Secretaria de Educação capacitados para aplicação do MELQO. • Plataforma criada e apresentada para a equipe da secretaria e gestores escolares. Iniciativas do ano

30


Território Ceará Avaliação

Início em 2019

Resultados: Para dar início às ações que possam contribuir para o desenvolvimento infantil no estado, foi realizada a aplicação do Projeto PIPAS (Primeira Infância para Adultos Saudáveis), desenvolvido pelo Instituto de Saúde.

Meta de impacto: Avaliação na primeira infância: o que não se pode medir não se pode melhorar Público: Gestores públicos e sociedade Status: Em andamento Parceiro: Instituto de Saúde, Fundação ASTEF (Fundação de Apoio a Pesquisas no Ceará e Nordeste) e Secretaria Estadual de Saúde do Ceará Objetivo: Articulação com o governo do Estado do Ceará, paraapoio e complementaridade das ações voltadas à primeira infância, fortalecendo e qualificando a política pública no estado.

Durante a Campanha de Vacinação de 2019, foram coletados digitalmente dados referentes aos marcos do desenvolvimento infantil de 7.068 crianças de 0 a 5 anos – número que superou a meta, que era de 5.400. O instrumento foi aplicado em 16 municípios, por meio de informações fornecidas pelos pais. Os resultados desse levantamento serviram de insumo para o diagnóstico do contexto local em cinco dimensões do desenvolvimento: saúde, nutrição, segurança e proteção, cuidados responsivos e aprendizado. Além do retrato da primeira infância cearense, a aplicação do PIPAS também contribuiu para orientar a tomada de decisão dos gestores públicos, sobretudo durante a oficina de planejamento estratégico das ações de primeira infância focadas nas 48 mil famílias em maior situação de vulnerabilidade do estado. Nessa ocasião, foram identificados os principais nós críticos e macroações para endereçar essas lacunas e desafios das diferentes pastas, especialmente nos temas relacionados à gravidez na adolescência, violência doméstica, paternidade ativa e avaliação da qualidade da educação infantil. Iniciativas do ano

31


Iniciativas do ano Comunicação Projetos realizados para sensibilizar a sociedade sobre a importância dos primeiros anos para o desenvolvimento da criança

Iniciativas do ano

32


Caderno Globo Comunicação

Meta de impacto: Todo mundo precisa saber: o que se vive na primeira infância tem impacto a vida toda Público: Jornalistas, produtores de conteúdo e sociedade Status: Em andamento Parceiro: Responsabilidade Social da Rede Globo Objetivo: Ter um material sobre primeira infância atual e de qualidade para ser disseminado entre diferentes públicos, além de sensibilizar a rede de profissionais do Grupo Globo tanto das áreas do entretenimento quanto do jornalismo, para que deem maior atenção e visibilidade aos primeiros anos de vida na produção de conteúdo, destacando a urgência que a causa merece. Resultados: Produção do Caderno Globo Primeira Infância, uma publicação realizada em parceria com a Responsabilidade Social da Rede Globo, que reúne infográficos, entrevistas e

Início em 2018

artigos de grandes especialistas em diferentes áreas ligadas à primeira infância, como Anna Chiesa, professora associada do Departamento de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP); Maryanne Wolf, diretora do Center for Dyslexya, Diverse Leaners, and Social Justice na UCLA Graduate School of Education and Information Studies; e Pedro Hartung, advogado e coordenador do Programa Prioridade Absoluta, do Instituto Alana. O material traz dados recentes sobre educação, saúde, nutrição e políticas públicas relacionados à fase da vida que vai do nascimento aos 6 anos de idade. Além disso, mães, pais e cuidadores compartilham, em primeira pessoa, os desafios e as delícias de estar imerso no universo infantil. E elas, crianças de todas as regiões do Brasil, criaram desenhos sobre o que pensam do mundo, sua comunidade, seus temores e sua rotina. O evento de lançamento, realizado no dia 11 de novembro de 2019 contou com a presença de Sidarta Ribeiro, neurocientista e vice-diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Pedro Hartung, coordenador do programa Prioridade Absoluta, do Instituto Alana; e de Luciana Bento, socióloga, escritora e autora do blog Mãe Preta. Mediado pelo escritor Antônio Prata, o bate-papo abordou diferentes temas, como a importância do investimento na primeira infância, a garantia dos direitos Iniciativas do ano

33


• Entrevista com Sidarta Ribeiro, professor titular de neurociência e vice-diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

• Entrevista com Naércio Menezes Filho, economista, membro do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI) e professor titular da Cátedra Ruth Cardoso, no Insper das crianças no presente, racismo e políticas públicas que permitam aos pais exercer a parentalidade. O Caderno Globo é uma publicação periódica, com edições temáticas que se dedicam a aprofundar o debate e estimular a reflexão sobre assuntos relevantes para a sociedade. Concebido e produzido pela Globo, o caderno faz parte de um amplo projeto de relacionamento da empresa com o meio universitário, estudantes e jovens, que inclui a realização de seminários, encontros e atividades que promovem a escuta, a troca e a disseminação de conhecimento. Para a divulgação dessa 17ª edição, focada em primeira infância, todo o conteúdo foi disponibilizado para download no site do Caderno Globo, que também reuniu vídeos de entrevistas com especialistas que participaram da publicação:

Da data de lançamento até o dia 31 de dezembro de 2019, o site recebeu 5.268 acessos ao Caderno Globo Primeira Infância, sendo 4.533 acessos únicos. Já a versão impressa do material, com tiragem de três mil exemplares, foi distribuída par representantes do poder público e de organizações da sociedade civil. Iniciativas do ano

34


Campanha de Comunicação Comunicação

Meta de impacto: Todo mundo precisa saber: o que se vive na primeira infância tem impacto a vida toda Público: Sociedade e lideranças públicas, privadas e sociais Status: Em andamento Objetivo: Sensibilizar e informar a sociedade sobre a importância do desenvolvimento das crianças do nascimento aos 6 anos de idade, por meio de uma campanha para o público final que aborde o assunto de maneira simples e leve, que seja escalável, levando informações sobre a importância da interação com a criança desde os primeiros dias de vida, especialmente por meio da conversa. Resultados: O processo de criação da campanha começou com uma imersão com o MESA, consultoria de prototipagem que possui uma metodologia voltada à solução de dilemas estratégicos. Como resultado da imersão com especialistas em comunicação e primeira infância, surgiu o conceito de um personagem leve e bem-humorado: o Nenê do Zap.

Início em 2019

Ele é um contato no WhatsApp que envia informaçõespara pais, mães, cuidadores e todas as pessoas que fazem parte da rede de relacionamento de crianças do nascimento aos 6 anos, incentivando a conversa e a interação entreas famílias. Após a criação do conceito da campanha, ao longo de 2019 as agências Soko e CuboCC desenvolveram o personagem em 3D e uma ferramenta de facetraking, que reproduz expressões humanas, para a produção de vídeos informativos do Nenê do Zap. E para que ele chegasse ao público definido pela campanha, foi utilizada uma tecnologia de bot (robô de interação automática), para enviar mensagens numa frequência semanal a todas as pessoas que aceitem interagir com o Nenê do Zap. Além do WhatsApp, um dos aplicativos mais populares do Brasil, o personagem também foi pensado para estar presente em outras plataformas, com perfil no Instagram, Twitter e Facebook, além de possuir um site agregador com os conteúdos compartilhados nestas redes sociais, tornando-os acessíveis ao público geral. Foi realizado também um estudo dos possíveis impactos e riscos envolvidos em uma campanha de grande alcance como esta, para que o lançamento e todo o trabalho de divulgação sejam realizados a partir do início de 2020. Iniciativas do ano

35


Capacitação da Imprensa Comunicação

Meta de impacto: Todo mundo precisa saber: o que se vive na primeira infância tem impacto a vida toda Público: Lideranças públicas, sociais e privadas, multiplicadores e sociedade Status: Em andamento Parceiros: Dart Center for Journalism and Trauma, da Universidade de Columbia, em Nova York, Insper e Solutions Journalism Network Objetivo: Tornar a imprensa sensível e consciente sobre a importância da primeira infância por meio de encontros com especialistas, eventos e programas internacionais de capacitação em parceria com respeitados centros de jornalismo. A partir desse trabalho, o propósito é aumentar a cobertura e a qualidade das matérias sobre o desenvolvimento nos primeiros anos de vida, além de ampliar o olhar dos profissionais de comunicação para a causa da primeira infância, para que ela seja contemplada na produção de conteúdo em diferentes editorias.

Início em 2017

Uma das iniciativas desenvolvidas neste sentido foi a primeira edição do Curso Primeira Infância e Jornalismo de Dados, em parceria com a Columbia Global Centers e o Insper. Os participantes exploraram o tema da primeira infância por meio do uso de bases de dados e novas ferramentas gratuitas de organização e visualização de dados. Ao todo, participaram 20 jornalistas das cinco regiões do país. Dentro da parceria com o Dart Center for Jounalism and Trauma, da Universidade de Columbia, em Nova York, ocorreu o segundo workshop global, no campus da universidade. Um total de 36 jornalistas brasileiros se inscreveu – um recorde de interessados. Foram selecionados quatro profissionais dos seguintes veículos de comunicação: G1 São Paulo; Rádio CBN; Nexo Jornal; e TV RBS, do Rio Grande do Sul, afiliada da Globo. O curso ocorreu na mesma semana da Assembleia Geral da ONU. Participaram 25 jornalistas do mundo todo. Em 2019, também aconteceu o workshop regional, em Amã, na Jordânia. O foco do debate foi o impacto da violência contínua no desenvolvimento das crianças refugiadas, capacitando os jornalistas frente a uma realidade diferente, para que eles possam aplicar o conhecimento adquirido ao contexto brasileiro. Ao todo, se inscreveram 20 jornalistas brasileiros e dois foram selecionados: um da GloboNews e outro da TV Record. A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal ainda viabilizou a Iniciativas do ano

36


vinda de três jornalistas de fora de São Paulo – do Correio Braziliense, Diário de Pernambuco e Folha de Boa Vista – para acompanhar o Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, iniciativa do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI). Outra iniciativa foi um encontro com jornalistas da BBC Brasil, Folha de S.Paulo, G1, Nexo Jornal e TV Record e o economista brasileiro Flávio Cunha, coautor de estudos assinados pelo Nobel de Economia James Heckman sobre o impacto do investimento na primeira infância na redução das desigualdades e da pobreza.

• Investir em educação para a primeira infância é melhor “estratégia anticrime”, diz Nobel de Economia (BBC Brasil). • A qualidade da educação no Brasil (O Estado de S.Paulo). • Avanços e desafios do Marco Legal da Primeira infância: apenas um terço das crianças entre 0 e 3 anos frequenta creches (G1).

Houve, ainda, um webinar exclusivo sobre Jornalismo de Soluções. A metodologia foca na investigação e nas soluções, e não apenas no diagnóstico, dos problemas sociais. Participaram os especialistas Gregory Scruggs, coordenador da Solutions Journalism Network, organização independente, sem fins lucrativos, que atua no mundo todo capacitando profissionais a fazer um jornalismo mais propositivo; e Priscila Pacheco, editora-adjunta na Agência Mural de Jornalismo das Periferias e integrante do Programa de Formadores da Fundação Gabo. Resultados: • 39 jornalistas das cinco regiões do país sensibilizados e capacitados por iniciativas promovidas pela Fundação. • Dos participantes do workshop de primeira infância e jornalismo de dados, 74% deram notas 9 e 10 para o curso. • Cobertura constante da imprensa dos temas prioritários da Fundação – educação infantil e parentalidade. Ao todo, estivemos envolvidos de alguma forma na publicação de ao menos 50 reportagens. Algumas dessas matérias: • De olho no longo prazo, ações para a primeira infância ganham força (Folha de S.Paulo). Iniciativas do ano

37


• GloboNews Especial investiga o Programa Proinfância, que deveria construir creches no país (GloboNews). • A tragédia na Romênia comunista que revelou à ciência os danos da negligência na infância (BBC Brasil). • A Primeira Infância e seu impacto na igualdade de gênero (O Estado de S.Paulo). • Educação centrada na criança: como a BNCC pode ressignificar o trabalho em creches e pré-escola (O Estado de S.Paulo). Destaque também para as reportagens publicadas em razão do VIII Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância: • De falta de esgoto a moradores demais, os problemas de lares brasileiros que atrasam o desenvolvimento de crianças (BBC Brasil). • A primeira infância é problema de todo mundo, defende a atriz Denise Fraga (Correio Braziliense). • Primeira infância é tema de simpósio em SP (Jornal Hora1, da Rede Globo). • Simpósio propõe soluções para desigualdades da primeira infância (Folha de Boa Vista). • “Não é possível ter essa desigualdade e querer paz nas ruas”, avalia Drauzio (Último Segundo/IG). • No Brasil, a cada três crianças, uma vive em extrema pobreza (Diário de Pernambuco). • Direitos das Crianças (TV Cultura). Iniciativas do ano

38


Comunicação Digital Comunicação

Início em 2017

Meta de impacto: Todo mundo precisa saber: o que se vive na primeira infância tem impacto a vida toda Público: Sociedade, lideranças públicas, privadas e sociais, pesquisadores e meio acadêmico Status: Contínuo Objetivo: Disseminar a causa da primeira infância, por meio dos canais digitais da Fundação, para dialogar com diferentes comunidades e compartilhar projetos, iniciativase publicações que realizamos sobre o tema. Resultados: BIBLIOTECA Importante canal na missão de disseminar informações sobre o desenvolvimento da criança do nascimento aos 6 anos, a biblioteca digital disponível no site da Fundação teve seu conteúdo duplicado ao longo do ano, oferecendo novos materiais sobre educação infantil, parentalidade, neurociência, legislação, boas práticas e outros temas em diferentes formatos, como livros, artigos e infográficos. Ao todo, as publicações contabilizaram 31.433 downloads. Ela também passou a contar com vídeos próprios e de parceiros. Em 2019, foram publicadas entrevistas com especialistas nacionais e internacionais que participaram do VIII Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI): • Gestão pública, comunicação e engajamento das famílias (com Caio Coimbra). Iniciativas do ano

39


• Comitês Intersetoriais para a Primeira Infância nas esferas governamentais (com Cristina Kiomi Mori).

para o aumento de 238% na média mensal do número de downloads.

• Ambiente favorável à equidade e a perspectiva da epigenética (com David R. Williams).

REDES SOCIAIS No Facebook, foi ampliada a curadoria de notícias relacionadas aos primeiros anos da criança, com postagens mais frequentes, aumentando o engajamento na página. E foram realizadas transmissões ao vivo para estimular o debate com os seguidores sobre temas relevantes para a educação infantil:

• Integração e focalização de políticas – Riscos e oportunidades nos primeiros anos (com Helen Raikes). • O desenvolvimento cognitivo e as desigualdades no Brasil (com Drauzio Varella). • A importância das interações com os pais para o desenvolvimento infantil (com Saul Cypel). • Qualidade do ambiente urbano como componente-chave de equidade (com Daniella Ben-Attar). • O papel da equidade na primeira infância (com Anna Chiesa).

• A primeira com a participação de Zilma de Oliveira, livre-docente aposentada da Universidade de São Paulo (USP) e professora coordenadora do curso de especialização em educação infantil do Instituto Superior de Educação Vera Cruz; e de Beatriz Abuchaim, gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação. O tema foi qualidade e acesso na educação infantil, como divulgação da mobilização #Nem1PraTras, para o Dia da Educação (28/04):

• Qualidade como componente-chave para a equidade (com Raquel Bernal). • Educação infantil: qualidade e equidade (com Daniel Santos). • O papel da comunidade e do vínculo para a construção de uma sociedade mais justa (com Denise Fraga). • O impacto da desigualdade social no desenvolvimento infantil (com Naercio Menezes Filho). NEWSLETTER Em setembro, foi lançada uma newsletter quinzenal, reunindo uma curadoria de artigos, eventos, pesquisas, notícias e novidades sobre a primeira infância. Com taxa de abertura média de 30%, ela também se tornou um importante meio de divulgação dos conteúdos do site e da biblioteca digital, contribuindo

• A segunda também foi com a presença de Zilma de Oliveira, coordenadora da pesquisa “A Implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Educação Infantil nos sistemas de ensino: um estudo em cinco estados”, conduzida pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, com apoio do Movimento pela Base Nacional Comum: Iniciativas do ano

40


A Fundação também ganhou um perfil no Instagram, passando a publicar conteúdos em fotos e vídeos com uma linguagem mais leve e atrativa. Lançado no dia 24 de abril de 2019, o perfil contabilizou até o fim do ano 5.353 seguidores – um crescimento de 266% no segundo semestre de 2019. No LinkedIn, o crescimento no número de seguidores foi de 46%. Já no YouTube, o canal alcançou 15 mil inscritos (um aumento de 18,6% em relação a 2018), somando mais de 230 mil visualizações e com crescimento de 9% no número de impressões. SITE Após o lançamento da nova identidade visual, as ações no site estiveram voltadas para consolidar a audiência, que obteve, em média, mais de 70 mil visualizações de página e cerca de 20 mil usuários únicos ao mês. A partir de setembro, mês da visibilidade da comunidade surda, o site passou a contar com acessibilidade. Disponibilizamos para os visitantes a ferramenta Hand Talk, com um intérprete virtual que traduz o conteúdo para Libras. Outra funcionalidade é a audiodescrição, facilitando o acesso a todos os públicos e reiterando a constante busca da Fundação por mais diversidade e equidade. Iniciativas do ano

41


Lideranças Privadas Comunicação

Início em 2017

Resultados: • Premiadas, pela primeira vez, as seis Melhores Empresas na Atenção à Primeira Infância, destaque especial elaborado pelo Great Place to Work Brasil (GPTW): Johnson & Johnson, Takeda, Whirlpool, Cisco, IBM e Santander – nesta ordem. O ranking faz parte da parceria com a Editora Globo e GPTW, que, por meio da revista Época Negócios, publica anualmente o anuário As 150 Melhores Empresas para Trabalhar.

Meta de impacto: Todo mundo precisa saber: o que se vive na primeira infância tem impacto a vida toda Público: Lideranças privadas Status: Em andamento Parceiros: Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Editora Globo, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Great Place to Work Brasil, jornal O Globo, Responsabilidade Social TV Globo, revista Crescer e United Way Brasil Objetivo: Sensibilizar e mobilizar lideranças privadas para a importância do investimento na primeira infância.

• Exibição de vídeo sobre como as empresas podem apoiar a primeira infância e falas de abertura sobre o tema durante evento de premiação das 150 Melhores Empresas para Trabalhar, promovido pelo GPTW, que contou com público de 1.500 pessoas, entre CEOs e outros altos executivos. • Distribuição de DVDs do documentário O Começo da Vida e folheto com referência à área exclusiva para empresas no site da Fundação ao final do evento de premiação das 150 Melhores Empresas para Trabalhar. • Pico de buscas sobre os termos “primeira infância” e“Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal”, segundo o Google Trends, durante período de premiação das Melhores Empresas na Atenção à Primeira Infância.Cobertura ao vivo do evento nas redes sociais da Fundação e no Instagram de Época Negócios. Iniciativas do ano

42


• Repercussão da premiação Melhores Empresas na Atenção à Primeira Infância nas páginas do LinkedIn da Johnson&Johnson; do Santander Brasil; da Takeda; do Great Place to Work Brasil; além de live tweet da Cisco e IBM, bem como mídia espontânea na imprensa em geral. • Dupla na revista Época, edição de agosto de 2019, de tiragem média de 360 mil exemplares, com a reportagem “Oferecer mais tempo com a família é tendência entre empresas”. Matéria também foi distribuída pela edição digital da Época. • Quatro páginas na revista Época Negócios, edição de setembro de 2019, especial no anuário As 150 Melhores Empresas para Trabalhar, incluindo artigo assinado por Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, e por Gabriella Bighetti, diretora-presidente da United Way Brasil. Reportagens também distribuídas pela edição digital da Época Negócios. • Reportagem “Premiação incentiva cuidado das empresas com a primeira infância” esteve em destaque na home do site da Época Negócios por dois dias e foi repercutida nas páginas do Facebook de Época Negócios e do jornal Valor Econômico. • Participação no evento GPTW for All em janeiro de 2019, com a presença de 60 profissionais de diversas empresas. • Distribuição do material Aposte na Primeira Infância no Fórum Claudia 2019, aos 450 participantes, com carta da CEO Mariana Luz personalizada para o evento. Também foram distribuídos DVDs do documentárioO Começo da Vida às 25 CEOs mulheres que palestraram no evento realizado em março. • Lançamento de dois novos vídeos mostrando case real de envolvimento da empresa com a primeira infância, no ponto de vista do RH e do funcionário. Publicados quatro

posts no Facebook, nas páginas da revista Época Negócios e do jornal Valor Econômico, superando 55 mil visualizações. Apoio técnico à série de cinco workshops “Empresários pela Primeira Infância”, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Ready Nation Internationale United Way Brasil. • Evento Empresas pela Primeira Infância, com o jornal O Globo e a revista Crescer, que reuniu 108 pessoas e teve a participação das empresas vencedoras do prêmio GPTW. Três matérias de cobertura do evento foram publicadas: – Empresas investem em ambiente de trabalho para pais de crianças em primeira infância. – “Empresas pela primeira infância”: firmas criam de licença estendida para pais a estágio aos filhos. – Empresas pela Primeira Infância: veja os destaques do evento infantil (com Naercio Menezes Filho). Iniciativas do ano

43


Quanto Mais Cedo, Maior Comunicação

Meta de impacto: Todo mundo precisa saber: o que se vive na primeira infância tem impacto a vida toda Público: Sociedade e lideranças públicas, privadas e sociais Status: Em andamento Parceiro: Fundação Bernard Van Leer, Instituto Samuel Klein e Itaú Social Objetivo: Sensibilizar e aumentar a conscientização da sociedade sobre a importância das experiências vividas na primeira infância, por meio de uma série de dez episódios. Com linguagem simples, a série busca atingir pais, mães e cuidadores de crianças na primeira infância e, consequentemente, ajudar a fortalecer as relações entre a criança e sua família. Com produção da Prodigo Films, o projeto foi gravado em quatro cidades (São Paulo, Recife, Fortaleza e Joinville) e conta com a apresentação do Dr. Drauzio Varella, que narra a série e aprofunda os conteúdos com uma linguagem próxima e coloquial. Sua voz conduz as histórias dos personagens, endossando os caminhos trilhados pelas famílias, além de trazer conceitos importantes sobre saúde e direitos.

Início em 2018

Os episódios também têm a participação de celebridades, como Taís Araújo, Marcos Mion, Sabrina Sato, Rafa Brites, Fernando Scherer, Eliana e Juliana Alves. Resultados: Criada em parceria com outras organizações – entre elas Fundação Bernard van Leer, Instituto Samuel Klein e Itaú Social –, a série Quanto Mais Cedo, Maior é composta por dez episódios sobre os diferentes aspectos da primeira infância. Os temas são: • Pré-Natal – os cuidados antes do nascimento • Pai – estar presente é tudo • Desenvolvimento – afeto nunca é demais • Brincar – é assim que se aprende • Leitura – um hábito que se cria • Cidade – um lugar para a criança • Volta ao trabalho – e quando a licença acaba? • Educação infantil – por que é tão importante? • Alimentação – comer bem é fundamental • Saúde – cuidados com a mãe e o bebê Além dos dez episódios, o projeto tem dez pílulas de até um minuto com depoimento das celebridades. A intenção é usar esse material nas redes sociais após o lançamento da série, que ocorrerá em 2020. Iniciativas do ano

44


Iniciativas do ano Iniciativas Integradas Ações intersetoriais focadas no desenvolvimento integral da criança, do nascimento aos 6 anos de idade

Iniciativas do ano

45


Processo Colaborativo pela Primeira Infância Iniciativas Integradas

Início em 2019

Meta de impacto: Transversal à atuação da Fundação Público: Membros de organizações da sociedade civil Status: Em andamento Parceiro: Fundação Abrinq, Instituto Alana, RNPI, Unicef, United Way e USP/NCPI Objetivo: Construir uma visão sistêmica e compartilhada entre os atores-chave no campo da primeira infância para alavancar a pauta nos diferentes espaços – em especial influenciar o Executivo Federal por meio de um processo colaborativo de longo prazo –, promovendo o alinhamento entre as ações no campo e identificando prioridades e lacunas de atuação. Resultados: Realização de oficina de coalizão, que reuniu 35 atores sociais que atuam em áreas ligadas à primeira infância, para uma leitura conjunta sobre o novo contexto político brasileiro, suas oportunidades e ameaças. Neste mapeamento sistêmico, foram identificados pontos de alavancagem para a transformação e avanço do campo. Também houve a construção coletiva de seis iniciativas: 1. Articulação no Congresso Busca maior alinhamento, troca de informações e articulação de agendas de advocacy pela primeira infância no Congresso Nacional. Iniciativas do ano

46


2. Monitoramento do orçamento da primeira infância Propõe construir mecanismos de aferição do orçamento público voltado à primeira infância (demandado pelo Marco Legal da Primeira Infância, de 2016), alinhando e relacionando rubricas de despesas hoje distribuídas em diversas instâncias e níveis de governo. 3. Intersetorialidade: da teoria à prática Cria um diálogo mais profundo e maior articulação entre as três principais organizações guarda-chuva dos municípios na área da primeira infância: Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasens), Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). 4. Garantia do calendário escolar Busca garantir, por meio judicial, que as ações policiais na Maré, no Rio de Janeiro, deixem de afetar a vida escolar das crianças no território, como o fechamento frequente das escolas. A iniciativa pretende gerar experiência para atuação semelhante em outros territórios marcados pela violência. 5. Pacto de articulação municipal Promove a articulação de ações voltadas à primeira infância de vários atores e organizações em um mesmo território/município — inicialmente em Caruaru (PE). A aprendizagem de articulação em um território poderá ser depois expandida para outros. 6. Vídeo Vozes das Infâncias Propõe gerar material audiovisual que dê voz às diversas infâncias brasileiras, produzindo conteúdo para o trabalho de promoção da primeira infância no Brasil. Iniciativas do ano

47


Protocolo Integrado de Atenção à Primeiríssima Infância Iniciativas Integradas

Início em 2019

A elaboração deste protocolo faz parte das atividades previstas pelo Plano Municipal pela Primeira Infância de São Paulo dentro do eixo estratégico que tem o objetivo de "garantir as condições para a articulação intersetorial dos programas, projetos e ações para o atendimento integral na primeira infância", com meta de "gerir de forma integrada os serviços, benefícios e programas voltados à primeira infância".

Meta de impacto: Transversal à atuação da Fundação Público: Gestores públicos Status: Em andamento Parceiro: Prefeitura de São Paulo e Talking Cities Objetivo: Visando garantir a articulação de serviços e o atendimento integral à primeira infância no município de São Paulo, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal se uniu à Prefeitura de São Paulo para a elaboração e pilotagem do Protocolo Integrado de Atenção à Primeiríssima Infância.

Resultados: Realização de diagnóstico dos programas, serviços e ações existentes no município de São Paulo para o atendimento à primeira infância e mapeamento dos trajetos dessas crianças e suas famílias dentro das políticas das área da saúde, educação e assistência social. Também foram mapeadas as formas de comunicação praticadas entre as três áreas para conhecer as boas práticas de intersetorialidade e avançar na criação de um protocolo que integre todos os serviços, benefícios e programas oferecidos às famílias. Para o alcance desses resultados intermediários, foram realizadas quatro oficinas, três delas com os Comitês Regionais pela Primeira Infância, somando um total de 117 participantes, cinco secretarias e 32 subprefeituras do município representadas.

Iniciativas do ano

48


Programa Avançado em Implementação de Políticas Públicas (PAIPP) ou Advanced Program on Policy Implementation (APPI) Iniciativas Iniciativas Integradas Integradas

Início em 2018

efeitos positivos para as crianças, famílias e sociedade. Sete municípios brasileiros foram escolhidos para participar do programa: Boa Vista (RR), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Taubaté (SP) e Ponta Grossa (PR). Meta de impacto: Transversal à atuação da Fundação Público: Lideranças públicas Status: Em andamento Parceiro: Centro de Excelência em Implementação de Políticas Educacionais (Ceipe), Fundação Lemann, Fundação Itaú Social e Teachers College, da Universidade de Columbi Objetivo: O APPI é focado no desenvolvimento e/ou escalabilidade de programas e serviços para a primeira infância no Brasil. O objetivo é apoiar líderes responsáveis no desenho e implementação de políticas públicas com ferramentas e conhecimentos customizados a cada iniciativa. Durante o programa são desenvolvidas as habilidades necessárias para alavancar e expandir iniciativas e políticas públicas, maximizando

Resultados: Realização do terceiro e último workshop, em fevereiro de 2019, no Rio de Janeiro, no qual houve o compartilhamento dos resultados alcançados até janeiro de 2019 pelos municípios. A partir do encerramento desse ciclo, foi iniciada a avaliação de implementação do APPI, na qual foi possível observar um grande engajamento dos municípios participantes, com olhar mais aguçado para a primeira infância. Todos realizaram a maior parte das atividades previstas e destacaram como um ponto muito positivo a maneira colaborativa e intersetorial com que os planos foram realizados. Além disso, gestores e servidores municipais ressaltaram que, sem o apoio técnico do APPI, os projetos não teriam sido implementados com o mesmo grau de rigor e cuidado no processo de formulação. Em cada município, os principais achados dessa avaliação foram: Iniciativas do ano

49


Boa Vista (RR) – Projeto de Capacitação Intersetorial Voltada à Primeira Infância Desenvolvimento do currículo de capacitação e formação de 840 profissionais das áreas da saúde, educação e gestão social sobre o tema da primeira infância, que proporcionou um olhar ampliado dos profissionais envolvidos no Programa Família que Acolhe (FQA), contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços prestados às crianças do nascimento aos 6 anos. Belo Horizonte (MG) – Transição entre Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental: um olhar para a infância Elaboração e implementação de um plano de trabalho pedagógico integrado em 18 escolas-piloto da rede, envolvendo diretores, conselhos de coordenação pedagógica, professores, estudantes e pais – o que possibilitou uma integração entre esses atores e uma transição mais harmoniosa e continuada das crianças de 3 a 8 anos entre as duas etapas de ensino (Educação Infantil e Ensino Fundamental). O projetou se tornou referência no município e, em 2019, foi expandido para 48 escolas.

Manaus (AM) – Comunidade de Aprendizagem: Formando Educadores da Infância e Famílias na Perspectiva da Educação Integral   Realização do plano de formação, que capacitou cerca de 330 educadores e contou com a adesão de 15 creches e de oficinas para os adultos de referência das crianças. Essas iniciativas contribuíram não só para a sensibilização de cerca de 3.500 famílias, mas também para o fortalecimento da relação família-escola e da percepção sobre a importância da educação escolar indígena.

Fortaleza (CE) – Aprimorando Saberes e Práticas: Projeto de Revisão do Currículo Estruturado de Atividades da Visita Domiciliar e Capacitação dos Profissionais do Programa Cresça Com Seu Filho/Criança Feliz Criação do Manual de Visita Domiciliar, Supervisão e Abordagem aos Grupos de Gestantes, com 148 atividades voltadas à primeiríssima infância (do nascimento aos 3 anos). A partir desse material, cerca de três mil servidores municipais foram capacitados, superando a meta estipulada no APPI, que era de 900 profissionais. Além disso, houve a estruturação e o fortalecimento de um comitê gestor do projeto, envolvendo diversas secretarias municipais – o que ajudou a promover maior coesão e trocas de dados e de informações. Iniciativas do ano

50


Ponta Grossa (PR) – Construção de um Currículo para a Infância: Novos Olhares, Novos Tempos, Novas Atitudes Publicação da nova proposta curricular alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que foi elaborada de forma participativa e validada pelo Conselho Municipal de Educação em dezembro de 2019. Neste processo, os gestores e professores se tornaram mais conscientes em relação à importância do investimento social em educação e passaram a considerar os direitos de aprendizagem e os campos de experiência da criança às suas práticas. Recife (PE) – Programa Brinqueducar: Formação de Professores e Coordenadores das Creches/CMEIs e Creches-Escolas da Rede Municipal de Ensino em Comunidades de Aprendizagens Implementação do novo plano de formação para 331 professores e 79 coordenadores pedagógicos que atuam em creches, garantindo um melhor uso de brinquedos, jogos educativos e livros infantis disponibilizados no Programa Brinqueducar. Após essa capacitação, a rede municipal de educação do município elegeu o tema "Jogos e brincadeiras: construindo pontes para o futuro" como norteador do seu ano letivo. Taubaté (SP) – Construção do Currículo da Educação Infantil Alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e sua Implementação Formação em cascata dos profissionais da rede municipal a partir da reformulação do currículo, que foi implementado em 64 escolas. Essa capacitação tornou coordenadores pedagógicos e professores mais engajados com a temática da primeira infância, contribuindo para que a comunicação entre as escolas e a secretaria fosse mais eficiente. Iniciativas do ano

51


Iniciativas do ano NCPI Criado em 2011, o Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI) é uma iniciativa colaborativa que produz, traduz e dissemina o conhecimento científico sobre o desenvolvimento na primeira infância, com o intuito de fortalecer e qualificar programas e políticas públicas que impactem positivamente crianças brasileiras em situação de vulnerabilidade social. O NCPI é composto por seis organizações: Fundação Bernard van Leer, Center on the Developing Child e David Rockefeller Center for Latin American Studies (ambos da Universidade de Harvard), Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Insper e Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Abaixo, você confere asiniciativas desenvolvidas em 2019, nas quatro áreas de atuação: ciência e inovação; mobilização e desenvolvimento de lideranças; comunicação e disseminação; e monitoramento e avaliação.

Iniciativas do ano

52


Comitê Científico NCPI

Início em 2011

Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Em andamento Objetivo: Composto por pesquisadores brasileiros de diferentes áreas, o comitê sintetiza e traduz o conhecimento científico sobre o desenvolvimento na primeira infância para levar aos tomadores de decisão em geral. Comprometido com uma abordagem fundamentada em evidências, o comitê pretende construir uma base de conhecimento para a sociedade que transcenda divisões partidárias e reconheça a responsabilidade compartilhada da família, da comunidade, da iniciativa privada, da sociedade civil e do governo na promoção do bem-estar de crianças do nascimento aos 6 anos de idade. Resultados: • Produção do working paper “Impactos da Estratégia e Saúde da Família e Desafios para o Desenvolvimento Infantil”, o quinto estudo de uma série que aborda temas relevantes para o desenvolvimento da primeira infância. A publicação teve o objetivo de examinar as relações entre o sistema de saúde público no Brasil, o nível de saúde da população e, mais especificamente, os impactos da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre a mortalidade infantil. Neste estudo, foram detalhados os impactos positivos gerados pela implementação, há três décadas, de um novo sistema público de saúde no Brasil. • Na biblioteca digital do site da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, as quatro primeiras publicações do Comitê Científico chegaram a mais de 1.600 downloads e 5.600 acessos em 2019. Iniciativas do ano

53


iLab Primeira Infância NCPI

Início em 2015

O iLab integra a plataforma de Pesquisa & Desenvolvimento do Center on the Developing Child (HCDC), da Universidade de Harvard, chamada Frontiers of Innovation (FOI), cuja proposta metodológica é conduzir os participantes em uma jornada de testagem e aperfeiçoamento de soluções, de modo que atendam aos desafios reais do contexto brasileiro. Resultados: O iLab realizou um processo seletivo das novas iniciativas que passarão a compor o portfólio de projetos-piloto a partir de 2020 e, pela primeira vez, fez uma chamada aberta ao público, resultando em 540 inscritos de todo o Brasil, com perfil bastante diverso de especialização, como pesquisadores, empreendedores e profissionais das áreas de parentalidade, educação infantil e urbanismo.

Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Em andamento Objetivo: Laboratório de inovação que une pesquisadores, técnicos, gestores públicos e profissionais do segundo e do terceiro setores para incentivar e acelerar a cocriação, qualificação e implementação de projetos inovadores – com base no conhecimento científico e com potencial para impacto na escala – que atendam famílias em situação de vulnerabilidade.

O processo contou com uma série de workshops que serviram como orientação e capacitação técnica dos participantes selecionados, além de fomentar o processo de criação e aperfeiçoamento de intervenções. Entre os projetos, quatro foram selecionados para fazer parte do portfólio do iLab e serão desenvolvidos a partir de 2020. Durante as etapas que compuseram a seleção, os participantes tiveram acesso à metodologia do IDEAS Impact Framework, com uma estrutura de apoio ao desenvolvimento de programas, implementação, avaliação e iterações de ciclo rápido. Iniciativas do ano

54


Ao final das três etapas, os quatro projetos selecionados foram: 1. Programa Passarinho (Acre): visa orientar as mães para a utilização do canto materno nas rotinas de cuidado, fortalecendo os comportamentos responsivos durante as interações mãe/bebê por meio de estratégias de feedback positivo. As intervenções serão realizadas por uma equipe multidisciplinar constituída por profissionais e estudantes das áreas de educação musical e saúde no decorrer de visitas domiciliares, utilizando como base o repertório materno. O projeto será realizado em parceria com a Universidade Federal do Acre.

O projeto irá auxiliar os pais na adequação de suas expectativas à realidade das crianças adotadas e promover a parentalidade positiva. O projeto será realizado em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Instituto Fazendo História.Durante o programa, os participantes se dividiram em grupos de trabalho e desenvolveram planos de ação abordando diferentes temáticas, como visitação domiciliar, importância do afeto e do brincar, primeira infância nas periferias, relações raciais desde os primeiros anos de vida, intersetorialidade e engajamento do poder público. E na avaliação, 97,3% dos participantes responderam que recomendariam o programa para um amigo ou colega.

2. BOT.DOM (Santa Catarina): objetiva desenvolver um chatbot (via WhatsApp e web) de suporte pedagógico, alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Plano Nacional de Alfabetização (PNA), sobre o desenvolvimento da linguagem. O chatbot irá interagir de forma ativa e propositiva com os professores de educação infantil (alunos de 4 a 6 anos), em regiões de vulnerabilidade da Grande Florianópolis. O projeto será realizado em parceria com a plataforma Domlexia. 3. Equidade na Infância (São Paulo): tem como objetivo realizar uma formação continuada por meio de um curso on-line interativo disponível em um aplicativo, para que profissionais que atuam na educação infantil (atendimento a crianças de zero a 5 anos) em creches e pré-escolas estejam preparados para trabalhar com a história e cultura dos africanos e afro-brasileiros. O projeto será realizado em parceria com o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades. 4. Adoção – início dos novos vínculos (Rio Grande do Sul e São Paulo): propõe-se a oferecer uma intervenção psicoeducativa on-line, por meio de vídeos e videoconferências, para promoção de vínculos entre familiares e crianças de até 6 anos de idade no período de até um ano pós-adoção. Iniciativas do ano

55


Programa de Liderança Executiva pelo Desenvolvimento da Primeira Infância NCPI

Início em 2012

O módulo I da 8ª edição internacional do programa aconteceu em Cambridge, Estados Unidos, na Universidade de Harvard, durante os dias 4 e 9 de agosto de 2019. Já o módulo II foi sediado no Insper, em São Paulo, e ocorreu nos dias 25 e 26 de novembro de 2019. Resultados: A edição de 2019 contou com 53 participantes de diferentes segmentos: 23 membros do Poder Executivo; três do Poder Legislativo; quatro do Poder Judiciário; 16 de organizações sociais não governamentais; cinco do setor privado; e dois da Academia.

Público: Gestores públicos e lideranças Status: Edições anuais Objetivo: Engajar formuladores de políticas públicas, gestores públicos e representantes da sociedade civil à causa da primeira infância, por meio do diálogo entre as descobertas científicas sobre os primeiros anos de vida e sua aplicação concreta nas políticas e programas voltados ao pleno desenvolvimento infantil no Brasil. O programa proporciona aos participantes a base de conhecimento e as ferramentas necessárias para projetar e implementar políticas públicas e programas sociais mais eficazes nessa temática.

O programa também contou com uma diversidade geográfica entre os participantes, com representantes do Distrito Federal e de oito estados (Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo), além da participação de representantes de outros países, como Argentina, Colômbia, México e Peru, convidados pelos parceiros do NCPI. Durante o programa, os participantes se dividiram em grupos de trabalho e desenvolveram planos de ação abordando diferentes temáticas, como visitação domiciliar, importância do afeto e do brincar, primeira infância nas periferias, relações raciais desde os primeiros anos de vida, intersetorialidade e engajamento do poder público. E na avaliação, 97,3% dos participantes responderam que recomendariam o programa para um amigo ou colega. Iniciativas do ano

56


Encontro Alumni NCPI

Início em 2019

Público: Gestores públicos e lideranças que já participaram do Programa de Liderança Executiva pelo Desenvolvimento da Primeira Infância Status: Concluído Objetivo: Reunir profissionais que participaram do Programa de Liderança Executiva pelo Desenvolvimento da Primeira Infância desde sua primeira edição para: • Fomentar a rede e o ecossistema da primeira infância. • Viabilizar e promover a troca de conhecimentos, experiências em implementação e expertise dos alumni. • Compartilhar avanços e desafios da implementação dos projetos em prol do desenvolvimento da primeira infância. • Reconhecer iniciativas que se destacaram na implementação dos planos de ação – criados durante cada edição do programa – e de iniciativas correlacionadas. Resultados: O Encontro Alumni reuniu 63 participantes e contou com um momento de apresentação de seis projetos que nasceram a partir dos conhecimentos obtidos no Programa de Liderança Executiva pelo Desenvolvimento da Primeira Infância. Destes, três deles foram reconhecidos pelos próprios alumni presentes como destaques. São eles: Mais Infância Ceará (Ceará); Mais Vidas nos Morros (Pernambuco); e apoio e governança do São Paulo pela Primeiríssima Infância – SPPI (São Paulo). Iniciativas do ano

57


VIII Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância NCPI

Público: Lideranças públicas, sociais e privadas Status: Concluído

Início em 2011

Resultados: O evento contou com mais de quatro mil participantes, sendo 260 pessoas presentes e mais de três mil que acompanharam as palestras on-line, distribuídas em 95 satélites e streaming. O público foi composto 80% por gestores públicos e 20% por profissionais de outras áreas. Pessoas do Brasil e de outros 11 países (Estados Unidos, Peru, Colômbia, Israel, Itália, Polônia, Áustria, República Tcheca, Portugal, Uruguai e Venezuela) assistiram à transmissão simultânea. Veja as palestras na íntegra:

Objetivo: Disseminar o conhecimento científico, promover reflexões com base em evidências e difundir boas práticas que informem políticas públicas e fomentem o desenvolvimento das crianças do nascimento aos 6 anos. Com o tema “Equidade na primeira infância: os primeiros passos para um Brasil mais justo”, a oitava edição do simpósio foi realizada em São Paulo, em outubro de 2019, e reuniu especialistas que são referência no Brasil e no exterior para abordar assuntos essenciais ao desenvolvimento da primeira infância e que ainda são desafiadores para os programas e políticas públicas. Iniciativas do ano

58


Os dois dias de evento foram compostos por quatro painéis, que abordaram questões como: ambiente favorável à equidade e epigenética; integração e focalização de políticas; equidade e qualidade dos serviços de atenção às crianças; e comunicação e engajamento das famílias. Além disso, também ocorreram apresentações independentes, com o médico Drauzio Varella, a atriz Denise Fraga, o então ministro da Cidadania, Osmar Terra, e a coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Humano no PNUD Brasil, Samantha Dotto Salve, que falou sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) como orientadores das políticas públicas de primeira infância. Reunindo palestrantes nacionais e internacionais – entre eles Naercio Menezes Filho, professor titular da Cátedra Ruth Cardoso, no Insper; David R. Williams, professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Harvard; Helen Raikes, professora catedrática na Universidade de Nebraska-Lincoln; Raquel Bernal, professora na Universidade de Los Andes; e Daniella Ben-Attar, representante em Israel da Fundação Bernard van Leer –, o simpósio teve repercussão na imprensa, com mais de 60 publicações em grandes veículos. Abaixo, algumas das reportagens produzidas: • Primeira infância é tema de simpósio em SP (Hora 1/Rede Globo). • Simpósio reúne 300 pessoas para discutir equidade na primeira infância (Correio Braziliense). • De falta de esgoto a moradores demais, os problemas de lares brasileiros que atrasam o desenvolvimento de crianças (BBC Brasil). • No Brasil, a cada três crianças, uma vive em extrema pobreza (Diário de Pernambuco).

Durante a divulgação do evento nas redes sociais, as postagens (somadas) tiveram um alcance de cerca de 80 mil pessoas na página do Facebook da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e cerca de 13 mil na página do NCPI. Já no Instagram da Fundação, cerca de seis mil pessoas foram alcançadas. Na cobertura do simpósio, os Stories somaram 15.200 visualizações e os posts realizados no feed do Instagram atingiram mais de 12 mil pessoas. Já as postagens realizadas no Facebook do NCPI tiveram (somadas) um alcance de cerca de 13 mil pessoas. Na avaliação sobre o evento, 98,3% das pessoas indicaram que a participação no simpósio foi importante para seu desenvolvimento profissional e para seu aprendizado sobre a primeira infância; e 93% disseram que indicariam fortemente o simpósio para um amigo ou colega. Iniciativas do ano

59


Atuação em territórios

Articular pessoas, recursos, conhecimentos e projetos é fundamental para o aprimoramento de políticas públicas que fortaleçam a parentalidade e ofereçam serviços de qualidade na educação infantil. Por isso, a Fundação tem como estratégia a realização de parcerias em diferentes regiões do Brasil – hoje atua nos municípios de Boa Vista (RR) e São Paulo (SP) e no Estado do Ceará. É a partir dessas coalizões que metodologias e instrumentos são testados, de forma que possam ganhar escalabilidade e alavancar resultados, beneficiando mais crianças e famílias. Clique no mapa e saiba mais sobre a atuação em cada um desses locais.

Atuação em territórios

60


Boa Vista (RR) Há quase dez anos, um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontava que aproximadamente 66% da população de Boa Vista estava inscrita no Cadastro Social Único e no Programa Bolsa Família, do governo federal, ou seja, vivia em condições de vulnerabilidade social – o que demonstrava a importância de programas e políticas voltados para as famílias com crianças de até 6 anos. Em 2013, com a criação do Programa Família Que Acolhe (FQA), uma política que garante acesso à saúde, educação e desenvolvimento social de maneira integrada, a capital de Roraima passou a se destacar na atenção à primeira infância. E, a partir da parceria firmada em 2018 com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e com outras organizações, Boa Vista iniciou a implementação do programa de visitação domiciliar, que tem o objetivo de fortalecer o vínculo entre pais e cuidadores e estimular o desenvolvimento infantil e, em 2019, chegou a 1.896 famílias beneficiárias. A qualificação dos serviços de educação infantil também tem sido contemplada nesta parceria, com a adaptação e validação de instrumentos de avaliação e a criação de um sistema de monitoramento da qualidade – dos ambientes e processos implantados e da criança (50 unidades de pré-escolas participaram do processo de avaliação em 2019) –; com a elaboração de um currículo alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC); e com a formação dos profissionais da rede de ensino. Todas essas características, mais a disponibilidade do município em dialogar com a academia, fizeram de Boa Vista um território fértil para a junção da ciência e da prática no campo das políticas públicas, impulsionando os programas existentes com evidências científicas e modelos de avaliação robustos, com amplitude territoria.

Atuação em territórios

61


São Paulo (SP) Ter a maior capital do Brasil e também a maior da América Latina como aliada no planejamento, implementação e avaliação de políticas públicas voltadas à primeira infância permite que a Fundação colabore na superação dos mais diversos e complexos desafios que envolvem as realidades de crianças e famílias no país. Diante do expresso desejo dos poderes Executivo e Legislativo do município de investir em políticas destinadas às crianças de até 6 anos, a parceria foi firmada no fim de 2018 para o desenvolvimento e qualificação de iniciativas – a exemplo do Plano Municipal pela Primeira Infância, para o qual a Fundação ofereceu suporte direto na construção do documento. Outra contribuição da Fundação é na elaboração do Protocolo Integrado de Atenção à Primeiríssima Infância, cuja tarefa é estruturar fluxos de intersetorialidade dos serviços de saúde, assistência e educação existentes na cidade, promovendo assistência integral e acolhedora ao público-alvo. Ainda em execução, este projeto tem a capacidade de ser replicável para todos os níveis federativos (municipal, estadual e federal).

Atuação em territórios

62


Ceará (CE) Como parte da estratégia focada em intervenções sistêmicas em territórios, a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal firmou parceria com o município de Sobral (CE), em março de 2019, e em seguida com o Estado do Ceará, em outubro de 2019, a fim de contribuir para o pleno desenvolvimento das crianças, por meio da elaboração de projetos e ações conjuntas com o governo estadual. O Ceará é um Estado que conta com uma capacidade local instalada, ou seja, tem condições de execução de diferentes tipos de iniciativa, combinado com vontade política para expandir, avaliar e qualificar a atenção à primeira infância. Paralelamente, notam-se um grande poder de articulação e um regime de colaboração estabelecido com os 184 municípios cearenses. O Estado do Ceará destaca-se também pela valorização e garantia da educação infantil enquanto direito fundamental, no reforço do vínculo familiar, no fortalecimento da formação dos profissionais ligados à criança e em ações que possibilitam o desenvolvimento psicomotor, sociocognitivo e emocional por meio do Programa Mais Infância. No primeiro ano da parceria, foi realizado um diagnóstico do contexto local, que contribuiu para o planejamento estratégico, com os aperfeiçoamentos referentes às ações de primeira infância no Estado. Agora, a intervenção está em fase de planejamento.

Atuação em territórios

63


1,7

milhões

de recursos mobilizados em prol da causa, articulados na rede e investidos em projetos, sem operacionalização da Fundação 64


Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância II Semana da Primeira Infância Participação na iniciativa promovida pela Prefeitura de São Paulo de 1º a 7 de agosto de 2019, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com o intuito de valorizar e chamar a atenção para os cuidados necessários durante os primeiros seis anos de vida da criança. A Fundação marcou presença na abertura do evento e no debate sobre ações que estão sendo realizadas em prol da primeira infância na capital paulista e participou das mesas dedicadas à sociedade civil e ao setor privado.

VII Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância Participação no evento da Frente Parlamentar da Primeira Infância, que ocorreu no dia 12 de novembro de 2019, com o tema "Intersetorialidade: conexões para o alcance da prioridade absoluta à Primeira Infância". Realizado na Câmara dos Deputados, o seminário promoveu o debate entre diferentes atores sociais (governo, sociedade civil, empresas, universidades e sistema de Justiça), demonstrando como as inter-relações institucionais podem ser benéficas para impulsionar o desenvolvimento infantil integral no Brasil e no mundo.

X Reunião da Abave Apoio ao evento promovido pela Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave), com o tema "Avaliação Educacional no Brasil: o desafio da qualidade". Realizado entre os dias 28 e 30 de agosto de 2019, o evento reuniu cerca de 500 participantes para debater sobre a qualidade na educação básica e superior, incluindo discussões sobre as relações entre currículo e avaliação, além das implicações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A Fundação participou de um dos minicursos oferecidos durante a reunião, intitulado "MELQO-BR: novos horizontes na avaliação da qualidade da educação infantil", e da mesa "Avaliação da qualidade na Educação Infantil: possibilidades e desafios para o futuro".

Fórum Nacional da Undime Apoio à realização do 17º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, promovido pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) de 13 a 16 de agosto de 2019, na cidade de Mata de São João, na Bahia. O evento reuniu 1.500 dirigentes municipais de educação, técnicos das secretarias e convidados, para debater o tema "Qualidade da Educação: financiamento, gestão e aprendizagem". A Fundação participou da mesa "Ações intersetoriais na promoção da qualidade da educação".

Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância

65


Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância Conviva Educação

Dia Viva Unido

Apoio à plataforma Conviva Educação, uma iniciativa da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) em parceria com outras dez organizações, que disponibiliza um ambiente virtual gratuito para as gestões das secretarias municipais de Educação, com ferramentas, conteúdos e práticas para a melhoria da qualidade de ensino, incentivando a troca de experiências entre os municípios. A Fundação deu suporte para os conteúdos e iniciativas focados em educação infantil.

Participação da equipe da Fundação na ação de voluntariado promovida pela United Way Brasil, uma iniciativa do Programa Crescer Aprendendo, que tem o objetivo de mobilizar e engajar empresas e seus colaboradores para a ação social em prol da primeira infância. No dia 8 de novembro de 2019, foi realizado um mutirão para revitalizar espaços de brincadeiras e vivência no CEU Capão Redondo, em São Paulo, que atende 197 crianças de 0 a 3 aos e 540 de 4 a 5 anos.

Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância

Fórum Nacional pela Primeira Infância

Participação no evento realizado nos dias 2 e 3 de dezembro de 2019, em São Paulo, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e financiado pelo Fundo dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (CFDD), que proporcionou o diálogo entre os diversos atores responsáveis pela atenção à primeira infância dos estados da região Sudeste. O objetivo do seminário era conhecer a realidade local e sensibilizar os operadores do direito e as equipes técnicas sobre a importância do Marco Legal da Primeira Infância, fomentando a implementação da prioridade absoluta prevista no artigo 227 da Constituição Federal.

Participação no evento realizado pela Prefeitura de Boa Vista, nos dias 12 e 13 de junho de 2019, com o tema "O poder transformador do cuidado nos primeiros anos de vida". O fórum reuniu autoridades e especialistas nacionais e internacionais na promoção de conhecimentos sobre o que hoje é considerado excelência no cuidado com as crianças nas áreas de saúde, educação, bem-estar social, urbanismo, tecnologia e comunicação. A Fundação fez a apresentação "Investimento de Impacto: um chamado para ação", destacando que todos os setores da sociedade devem estar envolvidos com a causa da primeira infância.

Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância

66


Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância Narrativas

Seminário Internacional da Primeira Infância

Apoio à rede de profissionais de comunicação de causas, que tem o objetivo de fortalecer o papel da comunicação nas organizações da sociedade civil, a partir da difusão de conhecimento e promoção de espaços de debate para a transformação social, por meio de grupo de e-mails, site, boletim eletrônico, webinars, entre outras ações. Lançada em abril de 2018, a iniciativa cresceu em seu segundo ano de atividades e, de um núcleo original formado por 16 profissionais de comunicação, chegou à marca de 500 integrantes, presentes em 22 estados e no Distrito Federal, além de participantes na Argentina, Bélgica e Espanha.

Promovido pelo Ministério da Cidadania, o evento realizado em Brasília nos dias 12 e 13 de março de 2019 reuniu especialistas nacionais e internacionais para avaliar as políticas públicas e trazer reflexões que qualifiquem e ampliem o atendimento às crianças de até 6 anos. Entre os convidados estavam, entre outros: Norbert Schady, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Dana Landau Suskind, do Centro TMW para Aprendizagem Precoce e Saúde Pública; Jennifer Jenkins, da Universidade de Toronto; Cesar Victora, pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A Fundação participou do segundo painel, "Inovações – O papel da iniciativa privada", abordando as parcerias entre municípios e o terceiro setor.

Movimento pela Base Nacional Comum Apoio às iniciativas do Movimento pela Base, grupo não governamental de profissionais da educação que, desde 2013, atua para facilitar a construção e implementação de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de qualidade. A Fundação colaborou na realização e disseminação de materiais, como a publicação. A Implementação da BNCC da Educação Infantil nos Sistemas de Ensino: estudo em cinco estados, que analisou o processo de regime de colaboração estado e municípios dentro do projeto MEC Pró-BNCC em Pernambuco, Pará, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe) Apoio ao Ceipe, uma iniciativa da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV/EBAPE), em parceria com a Universidade de Harvard, que atua dando suporte às redes públicas por meio da produção de conhecimento aplicado e pela formação de líderes, com o objetivo de qualificar a primeira infância, a equidade e a personalização dos processos de aprendizagem.

Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância

67


Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância GIFE

Encontro com Adele Diamond

A Fundação é associada ao Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) e, entre outras atividades, participou do Podcast GIFE, que produziu a série Educação Já, com intuito de refletir sobre o papel do Investimento Social Privado (ISP) na educação do país. O episódio sobre primeira infância, com a participação de Pedro Hartung, do Instituto Alana, e de Mariana Luz, CEO da Fundação, debateu a proposta de uma política nacional que crie condições para viabilizar um atendimento integral de qualidade às crianças.

No dia 10 de dezembro de 2019, a Fundação promoveu um encontro com a neurocientista e diretora do Centro de Neurociência do Desenvolvimento Cognitivo, da Universidade de British Columbia Canadá. A especialista é pioneira no estudo das funções executivas do cérebro e possui um trabalho que traz luz para os benefícios de atividades como a música, os esportes e o brincar para o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens.

Rede Nacional pela Primeira Infância (RNPI) Observatório do Plano Nacional de Educação (OPNE) A Fundação é um dos 29 parceiros deste projeto de advocacy e monitoramento do Plano Nacional de Educação (PNE), coordenado pelo Todos pela Educação, a fim de contribuir para que ele se mantenha vivo e cumpra seu papel como agenda norteadora das políticas educacionais no país. Participamos das assembleias gerais e do grupo de trabalho Incidência Temática, responsável pelo advocacy relacionado a aspectos de desigualdades educacionais e ao novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Articulação nacional de organizações da sociedade civil, do governo, do setor privado e de outras redes que atuam pela promoção e garantia dos direitos da primeira infância. Em 2019, apoiamos a construção do capítulo "Empresas e a Primeira Infância", na revisão do Plano Nacional da Primeira Infância, e de diferentes indicadores nas áreas de assistência social, educação e saúde, que proporcionarão o monitoramento do Marco Legal da Primeira Infância.

Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância

68


Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância Primeira Infância no Congresso Nacional

Global Education and Skills Forum (GESF) Realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, nos dias 23 e 24 de março de 2019, o Fórum Mundial de Educação e Competências (em tradução livre) reuniu líderes mundiais dos setores público, privado e social, com o objetivo de buscar soluções para alcançar educação, equidade e emprego para todos. É neste evento que é anunciado o vencedor do prêmio Global Teacher Prize, iniciativa da Varkey Foundation considerada o Nobel da Educação. E a Fundação participou do painel "Um mundo que se vê através dos olhos de uma criança. Por que os primeiros 1.000 dias de uma criança são mais importantes", ao lado do então ministro da Cidadania, Osmar Terra; do ministro da Educação jamaicano, Floyd Green; da vice-presidente do Banco Mundial para o Desenvolvimento Humano, Annette Dixon; do diretor- -executivo da Fundação Bernard van Leer Foundation, Michael Feigelson; e da professora e fundadora do Colégio Valle de Filadélfia, Elisa Guerra.

Formada coalizão em parceria com a Fundação Bernard van Leer, Todos pela Educação, Fundação Abrinq, Instituto Alana, Rede Nacional pela Primeira Infância (RNPI) e outras instituições do terceiro setor, para potencializar a incidência das discussões e iniciativas em prol da primeira infância no Congresso Nacional.

Solve 2019 Global Challenge – MIT A Fundação esteve representada na banca de jurados da iniciativa lançada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, a fim de buscar inovações de impacto social em todo o mundo. Contribuímos na seleção dos projetos vencedores no tema "Desenvolvimento na Primeira Infância" – o evento de anúncio dos ganhadores foi realizado em Nova York, no dia 22 de setembro de 2019. Além da premiação financeira, as equipes selecionadas recebem mentoria de especialistas e da equipe do MIT Solve, com o objetivo de aprimorar o potencial de impacto de cada projeto contemplado pelo desafio.

Fomento a outras iniciativas de atenção à primeira infância

69


Transparência

Desde o início de suas atividades, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal é auditada por empresa externa e independente. Durante todo esse período, os relatórios anuais – com as demonstrações contábeis e seus respectivos relatórios, que retratam o desempenho de nossas operações para o exercício de cada ano – têm sido aprovados pela auditoria sem ressalvas. Todas estas informações e demais notas explicativas encontram-se disponíveis neste link.

Transparência

70


Gestão Financeira Recurso total operacionalizado pela Fundação, considerando próprios (R$ 21,9 milhões) e de parceiros (R$ 6,5 milhões)

Como foi investido

Gestão financeira

71


Índice de eficiência Ele é utilizado como uma medida da eficácia na aplicação dos recursos da Fundação. Expressa a relação entre as despesas administrativas e os valores totais operacionalizados pela Fundação. Quanto menor o índice, maior é a eficiência na alocação dos recursos em prol da causa.

A base histórica foi recomposta conforme a revisão do cálculo que, a partir de junho de 2019, considera os recursos totais operacionalizados pela Fundação – sejam próprios ou de parceiros.

A cada R$ 100 operacionalizados pela Fundação, R$ 84 foram em iniciativas em prol da causa

R$ 10

R$ 20

R$ 30

R$ 40

R$ 50

R$ 60

R$ 70

R$ 80

R$ 90

R$ 100

Eficiência

72


Coinvestimento Com o apoio de parceiros que também acreditam que mudar a vida de uma criança é transformar o mundo, alavancamos iniciativas e projetos a favor da primeira infância.

R$ 8,1 Milhões em coinvestimentos

Para cada R$ 100 investidos em projetos pela Fundação, nossos parceiros investiram R$ 46,8

R$ 10

R$ 20

R$ 30

R$ 40

R$ 50

R$ 60

R$ 70

R$ 80

R$ 90

R$ 100

Aporte: recursos recebidos de parceiros e operacionalizados pela Fundação Mobilização Direta: recursos mobilizados com a rede, para que os parceiros possam investir diretamente nos projetos articulados pela Fundação Coinvestimento

73


23,9

milhões

investidos em projetos – um crescimento de 36,6% em relação ao ano anterior

74


Fundo Patrimonial As atividades da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal são financiadas pelo Fundo Patrimonial (endowment), formado a partir da doação inicial dos instituidores da Fundação e dos rendimentos acumulados. Os recursos do fundo são utilizados na execução de suas atividades sociais em iniciativas com foco na atenção à primeira infância no Brasil e na estrutura de seleção, acompanhamento e aprimoramento dessas iniciativas. Sempre mantendo o objetivo de perpetuidade da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. O Fundo Patrimonial possui uma estrutura de governança representativa e processos transparentes, envolvendo a área de gestão, o Comitê de Investimentos e o Conselho de Curadores. O fundo é administrado e gerido por empresas terceirizadas, selecionadas e contratadas pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal com o apoio de especialistas independentes.

A Política de Investimentos definida pela Fundação rege o modelo de investimento e os limites permitidos aos gestores e alocadores, que buscam obter o melhor retorno de longo-prazo dentro dos limites de risco contratados. E, anualmente, o Conselho de Curadores aprova o uso dos recursos do Fundo Patrimonial a partir de um orçamento elaborado pela gestão executiva, contando com o acompanhamento do Comitê de Investimentos e do Ministério Público de São Paulo. Em 2019, o Fundo Patrimonial superou largamente a meta de IPCA+4,5%, com rendimento nominal acumulado de 17,16% comparado ao IPCA de 4,3%. Considerando o período de 36 meses terminado ao fim de 2019, o fundo acumulou o rendimento de 46,3%, superando em 18,9% a meta de IPCA+4,5% (27,4%). A forte queda nos juros e o desempenho da bolsa de valores contribuíram para o alto resultado acumulado. Considerando o “poder de compra” do Fundo Patrimonial, após o custeio das atividades da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, o fundo teve aumento no seu valor patrimonial ajustado pela inflação (calculado em reais do fim de 2019 pelo IPCA) de R$ 508,9 milhões ao fim de 2016 para R$ 554,5 milhões ao fim de 2018 e para R$ 599,2 milhões ao fim de 2019, indicando que, tanto no período de três anos quanto no período de um ano, a geração e o uso de recursos do fundo foram compatíveis com o objetivo de manutenção das atividades sociais e perenidade da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Fundo Patrimonial

75


Balanço Patrimonial Em 31 de dezembro de 2018 e de 2019 (em milhares de reais)

ATIVO CIRCULANTE

2018

2019

PASSIVO CIRCULANTE

2018

2019

Caixa e equivalentes de caixa

1.774

848

Contas a pagar

184

637

Recursos vinculados

4.242

2.062

Obrigações trabalhistas

431

507

Créditos diversos

50

575

Obrigações tributárias

309

292

Títulos e valores mobiliários (Fundo Patrimonial)

530.891

599.242

Recursos a aplicar

4.242

2.062

Total do ativo circulante

536.957

602.727

Total do passivo circulante

5.166

3.498

NÃO CIRCULANTE

2018

2019

NÃO CIRCULANTE

2018

2019

Depósitos judiciais

1.611

2.554

Provisão para contingências

1.672

2.554

Imobilizado líquido

615

517

Total do passivo não circulante

1.672

2.554

Intangível líquido

27

21

Total do ativo não circulante

2.253

3.092

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2018

2019

Patrimônio social

503.099

532.372

TOTAL DO ATIVO

539.210

605.819

Superávit acumulado

29.273

67.395

Total do patrimônio líquido

539.210

605.819

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

539.210

605.819

Balanço Patrimonial

76


Demonstração de resultados RECEITAS

2018

2019

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

2018

2019

Receitas com patrocínios e doações

3.172

4.951

Pessoal

(2.877)

2.490)

Outras receitas das atividades

13

213

Gerais e administrativas

(733)

(702)

Trabalho voluntário

381

1.315

Serviços de terceiros

(769)

(1.431)

Total – receitas

3.566

6.479

Viagens

(52)

(192)

Impostos e taxas

(229)

(6)

Depreciação e amortização

(173)

(191)

-

(335)

Total – despesas administrativas

(4.833)

(5.347)

DESPESAS FINANCEIRAS

2018

2019

Despesas financeiras

23.360

3.688

Receitas financeiras

71.797

93.213

Resultado financeiro líquido

48.439

89.525

SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO

29.273

67.395

CUSTOS DOS PROGRAMAS

2018

2019

Pessoal

(5.342)

(4.619)

Serviço de terceiros

(6.423)

(9.300)

Viagens

(912)

(773)

Promoção da causa

(147)

-

Despesas gerais

(123)

-

Despesas com patrocínios e doações

(4.569)

(7.334)

impostos e taxas

-

(256)

Trabalho voluntário

(381)

(980)

Total – custos dos programas

(17.897)

(23.262)

Trabalho voluntário

Demonstração de resultados

77


Na mídia A primeira infância como um todo e, especificamente, os temas prioritários da Fundação – educação infantil e parentalidade – estiveram presentes na imprensa de forma consistente no ano de 2019. Os programas de capacitação de jornalistas e a estratégia de aproximação dos principais veículos de comunicação do país ajudam a explicar a relevância e a qualidade das reportagens publicadas sobre o tema ao longo do ano. Ao todo, a Fundação esteve envolvida de alguma forma na publicação de ao menos 50 reportagens. Abaixo, alguns destaques:

Veja mais

Veja mais

Veja mais

GloboNews

O Estado de S.Paulo

Folha de S.Paulo

14/04/2019

09/05/19

19/05/19

Especial investiga o Programa Proinfância, que deveria construir creches no país.

A Primeira Infância e seu impacto na igualdade de gênero

De olho no longo prazo, ações para a primeira infância ganham força

Na mídia

78


Veja mais

Veja mais

Veja mais

BBC Brasil

O Estado de S.Paulo

Diário de Pernambuco

21/05/2019

10/09/19

03/10/2019

Investir em educação para a primeira infância é melhor 'estratégia anticrime', diz Nobel de Economia

A qualidade da educação no Brasil

No Brasil, a cada três crianças, uma vive em extrema pobreza

Veja mais

Veja mais

Veja mais

Hora 1 – Rede Globo

BBC Brasil

04/10/2019

12/12/2019

Opinião Nacional – TV Cultura

Primeira infância é tema de simpósio em São Paulo

De falta de esgoto a moradores demais, os problemas de lares brasileiros que atrasam o desenvolvimento de crianças

13/11/19 Direitos das Crianças

Na mídia

79


Nossa História Em 2019, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal completou 54 anos de existência. Uma homenagem deu início à nossa história: em 1965, o banqueiro Gastão Eduardo de Bueno Vidigal e sua esposa, Maria Cecilia Souto Vidigal, criaram a Fundação em memória da filha Maria Cecilia, que morreu aos 13 anos, vítima de leucemia. Por isso, incentivar a pesquisa no campo da hematologia, em busca de tratamentos efetivos para a doença, foi o que moveu a Fundação até 2001. Tudo começou com um laboratório em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e, por quase 40 anos, atuamos no fomento de estudos, tradução e disseminação de conhecimentos nesta área. Em 2007, mudamos a nossa trajetória, priorizando a escuta das novas demandas da sociedade. Foi aí que abraçamos a causa da primeira infância e nosso propósito passou a ser este período tão importante, o início de vida que vai do nascimento aos 6 anos. Sempre baseados em evidências científicas, desenvolvemos projetos e apoiamos iniciativas com a capacidade de provocar impactos reais e duradouros. Seguimos em busca de novas maneiras para valorizar, cada vez mais, a narrativa dos nossos protagonistas: as crianças pequenas. Queremos continuar espalhando a ideia de que semear o pleno desenvolvimento nesta fase é colher por toda a vida. No entanto, ainda nos dias de hoje, em respeito à vontade de seus fundadores, fazemos contribuições ao campo da hematologia. Em 2019, realizamos a doação de 500 unidades do jogo de cartas P-TET – Instrumento Pediátrico Educativo para Trombose (250 da versão em português e 250 em inglês) ao Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP). Composto por jogo do mico e da memória, o baralho tem o objetivo de informar crianças e famílias por meio da brincadeira e da interação sobre os sintomas da doença e recomendações para que o tratamento seja seguido corretamente e, assim, obtenha melhores resultados. Nossa História

80


Governança e equipe Para alcançar todos esses resultados, a Fundação conta com uma equipe engajada e com o comprometimento dos nossos conselhos e comitês. Seguimos unidos para transformar a realidade da primeira infância no Brasil e contribuir para que as crianças se desenvolvam de forma plena.

Governança Conselho de Curadores: Dario Guarita Neto (presidente), Eduardo Vidigal Andrade Gonçalves, Fabio Barbosa, Luis Vidigal Andrade Gonçalves, Maria Luiza Pacheco Fernandes de Bueno Vidigal Cepera, Ricardo Henriques, Sandra Grisi Conselho Fiscal: Adriana Katalan (presidente), Paulo Sergio Miron, Roberto Munhoz Miranda Comitê de Investimentos: André Reginato (presidente), Guilherme Vidigal Andrade Gonçalves, Helio Nogueira da Cruz, Luis Vidigal Andrade Gonçalves, Maria Luiza Pacheco Fernandes de Bueno Vidigal Cepera Comitê de Comunicação: Alexandre Grynberg, Clarissa Orberg, Tania Savaget, Teresa Guarita Grynberg.

Equipe Presidência: Mariana Luz (CEO), Monique Sousa de Moura (secretária executiva) Comunicação: Ana Carolina Vidal Guedes (gerente), Manuela Parisi (analista), Natalia Dalle Cort Leite (estagiária), Nathalia Florencio (analista), Paula Perim (diretora), Raquel Maldonado (analista), Sarah Maluf (analista)

Conhecimento Aplicado: Beatriz Abuchaim (gerente), Eduardo Marino (diretor), Fabíola Galli (gerente), Karina Fasson (analista), Letícia Monaco (estagiária), Leonardo Victorino (estagiário), Maíra Souza (analista), Marilia Xavier Assumpção (analista), Marina Fragata Chicaro (gerente) Escritório de Projetos e Avaliação: Leonardo Eidi Hoçoya (gerente), Maria Julia Fodra (analista) Operações: Carine Moreira de Jesus (gerente de Controladoria), Eleno Paes Gonçalves Junior (diretor), Luciano Mussolin (Gestão de pessoas e Governança), Maria do Socorro Barbosa (madrinha do Bem-estar), Wesley Dias (analista Financeiro) Fundo Patrimonial: Julia Morales Leite (analista) Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI): Christina Kirby (analista), Claudia Bernardes (analista Financeira), Isabela Cordeiro (analista) Tecnologia da Informação: Antonio Vilar (gerente), Juan Miguel Quirino (estagiário) Relações Institucionais: Andressa Vizin (estagiária), Heloisa Oliveira (diretora), Larissa Araujo (analista) Governança e equipe

81


Parceiros A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal agradece a todas as instituições, organizações da sociedade civil, gestores públicos e privados, academia, veículos de comunicação e uma série de profissionais que somaram esforços no último ano, contribuindo para que a atenção à primeira infância ganhe cada vez mais espaço em todos os setores e seja priorizada. Com o apoio desta valiosa rede de parceiros, podemos chegar mais longe.

Parceiros

82


Parceiros

83


Parceiros

84


Acompanhe a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal nas redes sociais

www.fmcsv.org.br

Carta da liderança

85


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.