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Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia – 2ª edição

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A editora e os autores deste livro não mediram esforços para assegurar dados corretos e informações precisas. Entretanto, por ser a Medicina uma ciência em permanente evolução, recomendamos aos nossos leitores recorrer à bula dos medicamentos e a outras fontes fidedignas – inclusive documentos oficiais –, bem como avaliar cuidadosamente as recomendações contidas neste livro em relação às condições clínicas de cada paciente.

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ORGANIZADOR

Sergio Quilici Belczak Pós-doutor pelo Departamento de Cirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Doutor em Cirurgia Endovascular pelo Departamento de Cirurgia do HC-FMUSP. Diretor do Instituto Belczak de Cirurgia Vascular e Endovascular, SP. Diretor do Instituto de Ultrassonografia Vascular de São Paulo. Coordenador do Curso de Aprimoramento em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular do Instituto de Aprimoramento e Pesquisa em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular (Iapace).

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Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia, 2a edição Copyright © 2022 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-65-88340-32-5 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora. Produção Equipe Rubio Capa Bruno Sales Imagem de capa ©iStock.com/Gilnature Diagramação Estúdio Castellani

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ C526 2. ed. Cirurgia endovascular e angiorradiologia/organização Sergio Quilici Belczak. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2022. 912p. : il.; 30cm Inclui bibliografia e índice ISBN 978-65-88340-32-5 1. Cirurgia vascular. 2. Vasos sanguíneos – Cirurgia endoscópica. 3. Vasos sanguíneos – Doenças – Diagnóstico. I. Belczak, Sergio Quilici. II. Título 22-77593 CDD: 617.413 CDU: 616.13/.14-089 Gabriela Faray Ferreira Lopes – Bibliotecária – CRB-7/6643

Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Centro 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefone: 55(21) 2262-3779 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

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Coorganizadores

Ricardo Aun Cirurgião Vascular e Endovascular do Hospital Israelita Albert Einstein, SP.

Luiz Lanziotti Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Giuliano de Almeida Sandri Médico-assistente do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória, ES. Membro Coligado do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice), da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), da Society of Vascular Surgery (SVS) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Especialista em Cirurgia Vascular e Cirurgia Endovascular pela SBACV.

Denis Szejnfeld Professor Doutor e Chefe do setor de Radiologia Intervencionista Vascular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Diretor-médico do Centro de Referência em Terapias Avançadas (Certa) – Expert Care Hospital.

Thiago Giansante Abud Médico neurorradiologista Intervencionista do Centro de Medicina Intervencionista do Hospital Israelita Albert Einstein, SP. Mestre e Doutor em Radiologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialização em Radiologia e Neurorradiologia Intervencionista no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Especialização (Fellowship) em Neurorradiologia Intervencionista no Hospital Lariboisière, Paris – França. Diplôme Universitaire em Neurorradiologia Intervencionista pela Universidade de Limoges, França. Especialista e Membro Titular da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR), do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice) e da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SBNR), filiados à Associação Médica Brasileira (AMB).

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Epígrafe

“Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar.”

Gonçalves Dias (Trecho da “Canção do Tamoio”)

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Colaboradores

Adamastor Humberto Pereira

Altino Ono Moraes

Chefe do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. Doutor em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Professor de Cirurgia Vascular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS).

Chefe do Serviço de Residência de Cirurgia Vascular do Hospital Santa Rita, Maringá – PR. Professor-assistente de Cirurgia Vascular do Centro Universitário Ingá (Uningá), Maringá – PR.

Alex Lederman

Diretor-médico do Instituto de Ensino e Pesquisa Prevent Senior, SP. Mestre e Doutor em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).

Médico-assistente da Divisão de Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). Cirurgião Vascular e Endovascular do Hospital Israelita Albert Einstein, SP.

Álvaro Razuk Filho

André Brito Queiroz

Research Fellow na Mayo Clinic, Rochester, Minnesota – EUA. Especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Coordenador do Programa de Residência Médica (PRM) de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular do Hospital Ana Nery da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Alexandre Augusto Giovanini

André Echaime Vallentsits Estenssoro

Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Cirurgia Vascular pela SBACV. Especialista na área de atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Coordenador da Divisão de Cirurgia Vascular do Hospital Santa Lúcia Gama, Brasília, DF.

Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médico Colaborador do Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP). Coordenador do Núcleo Avançado de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital Sírio-Libanês (NAVE-HSL).

Alexandre Araújo Pereira

Alexandre Campos Moraes Amato Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Professor de Cirurgia Vascular da Universidade Santo Amaro (Unisa), SP. Cirurgião Vascular, Endovascular e Ecografista Vascular pela Associação Médica Brasileira (AMB), Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Cirurgião Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). MBA em Gestão de Saúde pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Alexandre Maceri Midão Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Cirurgião Vascular do Hospital Federal de Bonsucesso e do Hospital Municipal Souza Aguiar, RJ. Professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), RJ.

Aline Yoshimi Futigami Médica-assistente do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

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André Feijó Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Médico do Hospital Pró-Cardíaco/Hospital Unimed Rio, RJ.

Antonio Eduardo Zerati Professor Livre-docente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Antônio Massamitsu Kambara Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Chefe da Seção Médica de Radiologia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, SP. Doutor em Radiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Arlindo Nascimento de Lemos Junior Ultrassonografista Vascular responsável pelo Laboratório Vascular Não Invasivo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), SP. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Mestre em Cirurgia pelo Hospital Heliópolis, SP.

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Arno von Ristow

Carlos Augusto Schreiner

Membro Titular da Academia Nacional de Medicina (ANM). Especialista em Cirurgia Vascular, Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Associação Médica Brasileira/ Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (AMB/SBACV). Professor Coordenador do Curso de Pós-graduação em Cirurgia Vascular da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Diretor Científico do Centro de Pesquisa, Prevenção, Diagnóstico e Tratamento Vascular, Rio de Janeiro (Centervasc-Rio).

Graduado em Medicina pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Residência Médica em Cirurgia Vascular no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP). Residência Médica em Cirurgia Endovascular no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP. Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Mestrando em Clínica Cirúrgica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP. Professor de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz (FAG).

Barbara D’Agnoluzzo Moreira Ex-fellow de Cirurgia Vascular da Wayne State University, EUA. Ex-fellow de Cirurgia Endovascular da Cleveland Clinic, EUA. Membro do Serviço de Cirurgia Vascular Prof. Dr. Elias Abrão do Hospital Nossa Senhora das Graças – Curitiba, PR. Coordenadora do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR).

Basheer Sheick-Yousif Cirurgião Vascular e Endovascular do Departamento de Cirurgia Vascular, Rabin Medical Center, Universidade de Tel-Aviv, Petah Tekva – Israel.

Boulanger Mioto Netto Médico-assistente do Pronto-socorro de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), SP.

Bruna Feio de Oliveira Residência em Cirurgia Vascular pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe). Cirurgia Endovascular pelo Grupo Science. Título de Especialista em Cirurgia Vascular e Ecografia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Calógero Presti Doutor em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (USP). Professor-doutor Colaborador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Camila Millani Oba Membro do Instituto de Excelência Vascular, SP. Cirurgiã Geral e Vascular pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), SP. Especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Carlos André Daher Mestre em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Título de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice)/Associação Médica Brasileira (AMB). Título de Cirurgia Vascular pela SBACV/AMB. Professor de Cirurgia Vascular da Ufes. Coordenador do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória, ES.

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Carlos Clementino dos Santos Peixoto Professor Associado em Cirurgia Vascular e Endovascular da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Professor Convidado do Departamento de Pós-graduação em Angiologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Coordenador da Banca Examinadora para a Prova de Título pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) na área de atuação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela SBACV. Mestrado profissional em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).

Cherrie Z. Abraham Cirurgião Vascular e Endovascular do Jewish General Hospital, Montreal – Canadá. Professor-assistente de Cirurgia da McGill University, Canadá. Diretor do Vascular Laboratory e Diretor do Programa de Treinamento Avançado em Aorta e Endovascular da McGill University, Canadá.

Claudia Martins de Vasconcellos Professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), RJ. Mestre em Ensino de Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Constantino González Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Médico do Hospital Pró-Cardíaco/Hospital Unimed Rio, RJ.

Cristienne Silva e Souza Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Cirurgia Vascular pela SBACV. Especialista na área de atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela SBACV. Médica associada da Divisão de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital Santa Lúcia, Brasília, DF.

Daniel Augusto Benitti Cirurgião Vascular e Endovascular pela Associação Médica Brasileira (AMB), Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Diretor Executivo da Valens Medical Center.

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Daniel Giansante Abud

Fábio Rodrigues Ferreira do Espírito Santo

Professor Livre-docente pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Doutor em Neurologia pela FMRP/USP. Especialização (Fellowship) em Neurorradiologia Intervencionista na Fondation Adolphe de Rosthschild, Paris – França. Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice). Especialista e Membro Titular da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR), do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice) e da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SBNR), filiados à Associação Médica Brasileira (AMB).

Médico-assistente do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), SP. Médico-chefe de Equipe de Cirurgia Vascular e Endovascular e Acessos Vasculares do Hospital São Camilo, unidade Pompeia, SP. Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Daniel Hachul Moreno Médico-assistente e professor afiliado da Disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Daniella Viese Roth Barbosa Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Unifenas, Belo Horizonte – MG. Residência em Cirurgia Geral no Hospital São Francisco de Assis, BH. Residência em Cirurgia Vascular no Hospital Vera Cruz, BH.

Edson Takamitsu Nakamura Preceptor de Residência Médica do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Elias Arcenio Neto Membro do Instituto de Excelência Vascular (Evas), SP. Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice). Especialista em Ultrassonografia Vascular pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).

Fabiano Luiz Erzinger Mestre em Cirurgia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Cirurgia Vascular e Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR)/Associação Médica Brasileira (AMB). Responsável pelo Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Erasto Gaertner, Curitiba – PR. Preceptor do Programa de Residência Médica em Cirurgia Vascular do Hospital Angelina Caron, Campina Grande do Sul – PR.

Fabio Goldbach Cirurgião Vascular e Endovascular pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, SP. Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela SBACV.

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Felipe Coelho Neto Cirurgião Vascular do Hospital Vascular de Londrina, PR. Professor-assistente de Técnica Operatória e Cirurgia Vascular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Curitiba. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Título de Especialista em Cirurgia Vascular e Ecografia Vascular pela SBACV, Associação Médica Brasileira (AMB), Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (UnB).

Felipe Machado Santos Médico-assistente do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória, ES. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice) e da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Angiorradiologia e Radiologia Intervencionista pelo CBR.

Fernando Tavares Saliture Neto Médico-assistente do Pronto-socorro de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

Fernando Thomazinho Cirurgião Vascular do Hospital Vascular de Londrina, PR. Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Título de Especialista em Cirurgia Vascular, Cirurgia Endovascular e Ecografia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Associação Médica Brasileira (AMB e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Mestre em Ciências Médicas pela Pontifícia Universidade Sagrado Coração (USC), Bauru – SP.

Flávia Rocha Nerone Graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Residente em Cirurgia Vascular do Hospital Bom Samaritano, Maringá – PR.

Francisco Chamié Chefe do Setor de Cardiologia Intervencionista dos Defeitos Estruturais e Congênitos do Hospital Federal dos Servidores do Estado, RJ. Mestre em Cardiologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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Francisco Ferreira Ramos Júnior Médico Colaborador do Serviço de Neurorradiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Doutor em Medicina pela FMUSP.

Grace Carvajal Mulatti Médica-assistente do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). Médica, ex-Preceptora do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Guilherme Lavall Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Cardiologista Intervencionista do Hospital Pró-Cardíaco e do Hospital Unimed Rio, RJ.

Guilherme Seizem Nakiri Mestre e Doutor pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Especialização em Radiologia e Neurorradiologia Intervencionista no Hospital das Clínicas da FMRP/USP. Especialização (Fellowship) em Neurorradiologia Intervencionista na Unité Fonctionnelle de Neuroradiologie Interventionnelle, CHU Dupuytren, Limoges, França. Diplôme Universitaire em Neurorradiologia Intervencionista pela Universidade de Limoges, França. Especialista e Membro Titular da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR), do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice) e da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SBNR), filiados à Associação Médica Brasileira (AMB).

Gustavo Paludetto Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (UnB). Cirurgião Endovascular, Vascular e Angiologista titulado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Cirurgia Vascular pela SBACV. Especialista em área de atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Membro Titular da SBACV. Radiologista Intervencionista e Cirurgião Endovascular pela Sociedade de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascula (Sobrice) e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Membro Titular da Sobrice e CBR. Chefe da Unidade Neuro-CardioVascular do Grupo Santa, Brasília, DF.

Gustavo S. Oderich Professor e Chefe do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Departamento de Cirurgia Cardiotorácica e Vascular na McGovern Medical School, EUA.

Gustavo Sasso Benso Maciel Pós-graduação Lato Sensu em Medicina Intensiva (AMIB). Cirurgião Vascular pelo Hospital Universitário Cassiano Antônio de

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Moraes (HUCAM) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Título em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem(CBR)/Associação Médica Brasileira (AMB). Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Médico-assistente do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória (HSCMV), ES.

Henrique M. Lederman Professor Titular de Radiologia pelo Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).

Henrique Salas Martin Radiologista Intervencionista da Rede D’Or São Luiz de Hospitais no Rio de Janeiro. Radiologista Intervencionista do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), RJ. Radiologista Intervencionista do Hospital São Vicente de Paulo, RJ.

Igor Rafael Sincos Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Título de Especialista em Cirurgia Vascular, Cirurgia Endovascular e Ecografia Vascular pela SBACV, Associação Médica Brasileira (AMB) e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Residência em Cirurgia Vascular, Doutor e Pós-doutor pelo Departamento de Clínica Cirúrgica da Universidade de São Paulo (USP). MBA pela Katz School of Business, da University of Pittsburgh, EUA. Posgraduate Leadership na Harvard Medical School, EUA.

Inez Ohashi Torres Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém. Doutora pelo Programa de Clínica Cirúrgica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Residência em Cirurgia Vascular e Endovascular pela FMUSP.

Ivan Benaduce Casella Professor Livre-docente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Jeferson Freitas Toregeani Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Residência Médica em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular, pelo Serviço Elias Abrão, no Hospital Nossa Senhora das Graças e no Hospital Cajuru, Curitiba, PR. Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Título de área de atuação em Ecografia Vascular pela SBACV e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Mestre em Biociências e Saúde pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Especialista em Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Professor de Angiologia e Cirurgia Vascular da Unioeste. Professor de Fisiologia Humana do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz (FAG), Cascavel, PR.

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Coordenador Coordenador Coordenador Coordenador

da Disciplina de Cirurgia Vascular da FAG. da Liga de Doenças Vasculares da Unioeste. da Liga de Doenças Vasculares da FAG. do Centro de Estudos do Instituto Vascular, PR.

Jessica Belentani Graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Residência Médica em Cirurgia Geral pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Residente em Cirurgia Vascular pelo Hospital Santa Rita, Maringá – PR.

João Luiz Sandri Especialista em Cirurgia Vascular com área de atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Fellowship de pesquisa no Programa Aórtica Avançada da Mayo Clinic de Rochester–MN, EUA. Membro Titular da SBACV e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Cirurgião Vascular nos Hospitais Unimed Vitória, Vila Velha Hospital, Vitória Apart Hospital e Hospital Estadual Central, Vitória – ES.

Joaquim Maurício da Motta Leal Filho Membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice). Médico-assistente do Serviço de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular do Instituto do Coração (InCor), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Doutor em Ciências pela USP.

Jong Hun Park Professor Instrutor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (FCMSCSP). Médico-assistente do Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Irmandade da FCMSCSP. Mestre em Medicina pela FCMSCSP.

Kelston Paulo Felice Médico-assistente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA). Especialista em Cirurgia Vascular e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Leonardo Aguiar Lucas Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Título de Especialista em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela SBACV. Membro Titular da SBACV. Membro da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Membro da International Society of Endovascular Specialists (ISES).

Lorena Lima Gargaro Graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Residente em Cirurgia Vascular pelo Hospital Santa Rita, Maringá – PR.

Luiz Antônio Carvalho Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Médico do Hospital Pró-Cardíaco e do Hospital Unimed Rio, RJ.

Luiz Antonio Furuya Cirurgião Vascular e Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Manoel Nicolas Cano Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Cardiologista Intervencionista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital do Coração, SP.

Marcel Depieri Andrade Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Presidente Prudente – SP.

Jorge R. Ribas Timi

Marcelo Fernando Matielo

Professor-associado e Doutor de Cirurgia Vascular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba. Professor de Mercado de Trabalho e Responsabilidade Legal do Médico da UFPR. Coordenador do Núcleo de Cirurgia Endovascular e Pesquisa (Nicep) nos Hospitais Vita e Angelina Caron, Curitiba. Advogado de Mercer & Timi Advocacia e Assessoria Jurídica, atuante na área de Direito Médico.

Chefe de Enfermaria e Preceptor de Residência Médica do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Doutor em Clínica Cirúrgica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

José Luiz Orlando Membro da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice). Doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Karen Falcão Britto Residência de Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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Marcelo Marquardt Advogado de Mercer & Timi Advocacia e Assessoria Jurídica, atuante na área de Direito Médico. Especialista em Processo Civil.

Marcelo Passos Teivelis Professor-assistente e Doutor em Clínica Cirúrgica da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (Ficsae), SP. Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

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Especialista em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).

Marcelo Soeiro Santos Ex-fellow do Instituto Belczak de Cirurgia Vascular e Endovascular, SP. Especialista em Cirurgia Vascular pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, MG.

Marcus Vinícius Martins Cury Preceptor de ensino do serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Doutor em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Cirurgia Endovascular e Radiologia Intervencionista pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).

Maria do Carmo Cardia Julião Freitas Anestesiologista especializada em Medicina da Dor. Membro Associado da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Doutora em Clínica Cirúrgica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Professora Associada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande – MS.

Maria Fernanda Cassino Portugal Preceptora da Residência Médica de Cirurgia Vascular do Hospital Israelita Albert Einstein, SP.

Maria Helena de Almeida Costa Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís – MA. Residência Médica em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG.

Mário Augusto da Silva Freitas Membro Titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande – MS.

Maysa Heineck Cury Especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Ecografia Vascular com Doppler pela SBACV e Sociedade Brasileira de Radiologia (CBR). Coordenadora do Curso Extensivo de Ultrassonografia Vascular (CEUS) de Ecografia Vascular.

Natália Scaneiro Boy Sardinha Graduada em Medicina pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (Unicesumar), PR. Residente em Cirurgia Geral na Irmandade da Santa Casa de Londrina, PR.

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Nelson De Luccia Professor Titular do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), SP.

Nelson Wolosker Full Professor da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (Ficsae). Professor Livre-docente e Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Patrick Bastos Metzger Cirurgião Vascular e Endovascular do Centro de Intervenções Endovasculares (CIEV) do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital Municipal do Campo Limpo, SP. Doutor em Medicina e Tecnologia pela Universidade de São Paulo e Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, SP.

Patrick G. Mercer Advogado de Mercer & Timi Advocacia e Assessoria Jurídica, atuante na área de Direito Médico. Especialista em Processo Civil.

Pedro Henrique Olivo Kronfeld Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Residência em Cirurgia Geral pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Porto Alegre – RS. Residência em Cirurgia Vascular pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Pierre Galvagni Silveira Cirurgião Vascular, Angiorradiologista e Cirurgião Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Professor Titular do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC. Sócio-fundador da Coris Medicina Vascular, Florianópolis – SC.

Pietro de Almeida Sandri Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Residência em Cirurgia Vascular pelo Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ. Membro da SBACV. Cirurgião Vascular nos Hospitais Unimed Vitória, Vila Velha Hospital e Hospital Estadual Central, Vitória – ES. Especialização em Cirurgia Endovascular no Hospital da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Rafael de Athayde Soares Mestre em Ciências da Saúde pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) e do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), na área de Angioplastia Infrapoplítea. Doutor em Ciências da Saúde pelo Iamspe e HSPE, na área de Trombose Venosa Profunda. Especialista em Cirurgia Vascular, Cirurgia Endovascular e Ecografia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e Associação Médica Brasileira (AMB). Médico-assistente do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Iamspe.

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Rafael Kiyuze de Freitas

Ricardo Jayme Procópio

Mestre pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Especialização em Radiologia e Neurorradiologia Intervencionista no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP. Especialização (Fellowship) em Neurorradiologia Intervencionista no Hospital Lariboisière, Paris – França. Diplôme Universitaire em Neurorradiologia Intervencionista pela Universidade de Limoges, França. Especialista e Membro Titular da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR), do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice) e da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SBNR), filiados à Associação Médica Brasileira (AMB).

Coordenador da Cirurgia Endovascular do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG.

Rafael Lauria

Rodrigo Gibin Jaldin

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Membro Titular (com Título de Especialista) da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHC).

Rafael Narciso Franklin Cirurgião Vascular pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Angiorradiologista e Cirurgião Endovascular pela AMB e SBACV. Professor Doutor do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Médico-assistente no Grupo Coris Medicina Avançada, Florianópolis – SC.

Rebeca Higino Silva Santos Graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), SP. Cirurgiã Vascular e Endovascular pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Renato Dimenstein Bacharel em Física pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestre em Ciências Radiológicas pelo Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).

Renato Manzioni

Rodrigo Bono Fukushima Residência em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Fellow em Cirurgia Endovascular pelo Hospital Israelita Albert Einstein, SP.

Rodrigo de Paula França Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Médico-assistente do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Vitória – ES. Especialista em Cirurgia Vascular com Área de Atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela SBACV.

Professor Doutor da Disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular do Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Botucatu. Preceptor das Residências Médicas de Cirurgia Vascular, Ecografia Vascular com Doppler e Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela SBACV e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Especialista em Ultrassonografia Vascular com Doppler pela SBACV e CBR. Especialista em Medicina Esportiva pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).

Rodrigo Gomes de Oliveira Cirurgião Vascular do Hospital Vascular de Londrina, PR. Professor-assistente de Cirurgia Vascular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Título de Especialista em Cirurgia Vascular e Ecografia Vascular pela SBACV, Associação Médica Brasileira (AMB) e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Mestre em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Curitiba.

Médico-assistente do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Regional São Paulo. Pós-graduando no Serviço de Pós-graduação do Hospital do Servidor Público Estadual (IAMSPE).

Rodrigo Kikuchi

Ricardo Cesar Rocha Moreira

Rodrigo Marcondes de Jesus

Ex-residente em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular do Saint RaphaelYale University School of Medicine, EUA. Mestre e Doutor em Cirurgia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Chefe do Serviço de Cirurgia Vascular Prof. Dr. Elias Abrão do Hospital Nossa Senhora das Graças, Curitiba – PR.

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Membro da Comissão de Doenças Venosas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Membro do Instituto de Excelência Vascular, SP. Cirurgião Vascular pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Cirurgião Vascular e Endovascular do Instituto Belczak de Cirurgia Vascular e Endovascular, SP. Cirurgião Vascular e Endovascular do Instituto Vasculaire, SP. Professor do Curso Endoacademy de Cirurgia Endovascular, SP. Cirurgia Endovascular e Radiologia Intervencionista pelo Instituto Dante Pazzanese, SP.

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Rodrigo Soares Cunha

Tulio Pinho Navarro

Especialista em Cirurgia Cardiovascular pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), RJ. Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela SBACV e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).

Professor Associado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte.

Rodrigo Verney Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Médico do Hospital Pró-Cardíaco e do Hospital Unimed Rio, Rio de Janeiro, RJ.

Rômulo Florêncio Tristão Santos Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (Facimed), RO. Médico Radiologista pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Médico Subespecialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Rubens Pierry Ferreira Lopes Residência Médica em Cirurgia Geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Residência Médica em Cirurgia Vascular pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André – SP. Especialização em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo, SP.

Samuel Martins Moreira Cirurgião Vascular e Endovascular do Centro de Intervenções Endovasculares (CIEV) do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital do Mandaqui, Santana, SP.

Sérgio Ricardo Abrão Residência em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), SP. Mestre em Cirurgia Vascular pelo Hospital Israelita Albert Einstein, SP.

Tayrine Mazotti Moraes Cirurgião Vascular pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Thiago Almeida Barroso Título de Especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).

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Vinicius Adami Vayego Fornazari Doutor pelo Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialista em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pelo Departamento de Diagnóstico por Imagem da Unifesp.

Vitor Cervantes Gornati Residência em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Fellow em Cirurgia Endovascular pelo Hospital Israelita Albert Einstein, SP. Graduado em Medicina e Doutor em Cirurgia pela FMUSP.

Walkiria Hueb Professora Instrutora da Disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (FCMSCSP). Médica-assistente do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Mestre e Doutora em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da FCMSCSP.

Walter Campos Jr. Médico-assistente de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Doutor em Cirurgia Vascular pela USP.

Walter Zaven de Oliveira Gomes Karakhanian Médico-assistente da Disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Wilson de Oliveira Sousa Júnior Professor de Cirurgia Vascular e Base da Técnica Operatória da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e da Faculdade Integrada Diferencial DeVry (FACID/DeVry), PI. Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Especialista em Radiologia Intervencionista pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).

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Dedicatória

À minha querida esposa, Emanuele, e aos nossos filhos, João e Sofia, a quem tanto amamos. Vocês são motivo de enorme felicidade.

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Agradecimentos

Editar este livro, tema do meu maior interesse profissional, é motivo de grande satisfação. Sou grato, primeiramente, à Editora Rubio, pela oportunidade que viabilizou este projeto. Manifesto gratidão também aos meus pacientes, que solicitamente me permitiram aprender com suas enfermidades, e aos meus mestres médicos, pelos ensinamentos. Agradeço aos coeditores deste livro, professores doutores Ricardo Aun, Luiz Lanziotti, Giuliano de Almeida Sandri, Denis Szejnfeld, e Thiago Giansante Abud, pelo brilhantismo e pela dedicação na idealização e execução deste projeto. Preparar a segunda edição de um livro sempre é motivo de orgulho, e muito me honra a nossa parceria bem-sucedida. Agradecimento especial e saudoso aos meus pais, a Professora doutora Cleusa Ema Quilici Belczak e o Doutor João Belczak Neto, cujos caráter e dignidade deixaram em mim uma lembrança marcante e serão sempre motivo de orgulho e do sentimento de privilégio por ser filho de vocês. Aos dignos professores e colegas do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas de São Paulo, por todo o desvelo e competência profissional que sempre demonstraram e pelos inestimáveis ensinamentos comigo compartilhados durante os anos de convivência. Reitero minha gratidão aos professores doutores Pedro Puech-Leão e Nelson de Luccia, chefes do Serviço, pelas excelentes oportunidades a mim concedidas. Gratidão incondicional ao Professor Doutor Erasmo Simão da Silva, por me ter orientado na argumentação de minhas teses de doutorado e pós-doutorado, pelo exemplo e pela amizade. Ao Professor Doutor Ricardo Aun, mestre incansável, modelo de capacidade profissional e grande incentivador deste e de inúmeros

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outros projetos, como a criação do Instituto de Aprimoramento e Pesquisa em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular. Orgulho-me de poder dizer que sou seu amigo. À sra. Amanda Michele Bonfim, pela assistência precisa na instrumentação das minhas cirurgias e pelo carinho com meus pacientes. De igual importância, sou grato por sua organização na admi­ nistração do Instituto Belczak de Cirurgia Vascular e Endovascular. A Stefany Vicente Moreira, líder administrativa do Instituto Belczak de Cirurgia Vascular e Endovascular, pela competência e simpatia ao realizar os serviços dessa clínica. Ao Professor Doutor Julio Peclat, meu amigo e atual presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), pelo exemplo pessoal e profissional. Com ele aprendi que é possível, sim, exercer a política com imparcialidade e a favor do bem comum. À Doutora Maysa Cury, coordenadora do Curso Extensivo de Ultrassonografia Vascular (CEUS), pela atenção dispensada aos meus pacientes e pela excelência na realização de exames de ultrassonografia vascular no Instituto de Ultrassonografia Vascular de São Paulo. Valho-me da oportunidade para expressar um “Muito obrigado!” aos meus familiares e à minha querida esposa Emanuele Lima Villela Belczak, pela compreensão e tolerância com relação ao tempo abstraído do convívio doméstico durante a realização de um trabalho deste porte. Por fim, reitero minha satisfação para agradecer uma vez mais à conceituada Editora Rubio, pela confiança, e a todos que de algum modo me auxiliaram na elaboração desta obra. Sergio Quilici Belczak

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Apresentação

Ser convidado pelo fraterno amigo Sergio Quilici Belczak para escrever algumas palavras de apresentação da 2a edição deste livro me enche de orgulho. Mas, quem já teve oportunidade de conhecer a 1a edição desta obra sabe que, além de motivo de orgulho, esse convite é uma grande honra. Afinal, estamos falando de um livro que assumiu o papel de ferramenta fundamental no ensino das técnicas endovasculares e de angiorradiologia para quem já atua nessas áreas, e também para as novas gerações. O Professor Sergio Quilici Belczak escolheu excelentes companhias: tem como coeditores os também Professores Ricardo Aun, Luiz Lanziotti, Giuliano de Almeida Sandri, Denis Szejnfeld e Thiago Giansante Abud, e, com esse grupo de capacidade ímpar, reuniu farto material didático, muito bem organizado, que estimula o leitor a buscar conhecimento, sem que isso pareça repetitivo ou cansativo. Destaco, em particular, a atualização de temas sobre a incorporação de novas tecnologias e os novos capítulos, como o dedicado à termografia. A riqueza dos fluxogramas e diretrizes, assim como a minuciosa busca pelos consensos mais recentes tornam a consulta a esta obra fundamental.

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Em relação ao autor principal, só posso tecer elogios: cirurgião vascular inquieto, inteligente, sempre disposto a aprender e empreender, é responsável pela formação de muitos colegas da especialidade e grande entusiasta das áreas de atuação da Cirurgia Vascular e pesquisador disciplinado. Filho de dois grandes nomes da Angiologia e da Cirurgia Vascular, os doutores Cleusa Ema Quilici Belczak e João Belczak Neto, o Professor Belczak é ainda editor de grandes obras e, apesar de muito jovem, já tem seu nome registrado na história da literatura da Cirurgia Vascular brasileira. Particularmente, tenho o privilégio de contar com ele em nossa diretoria: Sergio Belczak é vice-diretor de publicações da atual gestão da SBACV e vem prestando imensa contribuição para que avancemos cada vez mais na conscientização da população sobre nossas especialidades e na prestação de serviços aos associados. Boa leitura! Julio Cesar Peclat De Oliveira Presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

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Prefácio da 1a edição

Ao longo de apenas 20 anos, testemunhamos uma mudança completa nos paradigmas dos tratamentos das doenças vasculares. É espantoso que, ao final dos anos 1980 e início dos anos 1990, a terapia endovascular ainda estivesse em seus primórdios. Nessa época, os cateteres-balão de angioplastia e os Stents eram, sobretudo, relegados a tratamentos excepcionais, principalmente em pacientes muito idosos ou de alto risco cirúrgico. Tudo isso mudou, e no cenário atual a maioria das doenças vasculares é tratada por abordagens endovasculares, independentemente do risco do paciente. O aprimoramento dos métodos de obtenção de imagem e os avanços nos tratamentos clínicos e nas técnicas abertas e endovasculares resultaram em significativa diminuição da morbidade e da mortalidade durante esses procedimentos. Além disso, continuam a se desenvolver a miniaturização de instrumentos, o desenvolvimento de novas técnicas, de maior durabilidade e de novas ideias para terapia endovascular. Dessa maneira, a revolução na abordagem endovascular foi marcada por novos desenvolvimentos na tecnologia de cateteres e no perfil dos dispositivos, adequandose à necessidade clínica dos pacientes, e também pela conjunção de perícias entre as especialidades cirúrgicas e clínicas, notavelmente cirurgia vascular, angiologia, cirurgia cardíaca, cardiologia e radiologia. Vivemos na era em que os avanços nos desfechos endovasculares rivalizam com os resultados históricos dos tratamentos com cirurgia aberta. A 1a edição de Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia objetiva preencher a lacuna entre os conhecimentos clínicos e as habilidades técnicas necessárias para o profissional dominar as novas abordagens endovasculares no tratamento de várias doenças arteriais e venosas. Assim, o livro é organizado de maneira lógica em 61 capítulos em que são abordados conceitos básicos,

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métodos de obtenção de imagem e técnicas de tratamento de doenças arteriais e venosas. A lista de colaboradores ilustra a grande interposição das diferentes especialidades que lidam com esses problemas, assim como seus interesses e conjuntos de habilidades semelhantes. Por serem cirurgiões vasculares e endovasculares com formação completa, muitos dos autores proporcionam uma perspectiva para a abordagem ideal das patologias, geralmente evidenciando o sucesso potencial do tratamento endovascular quando comparado ao tratamento cirúrgico convencional. Dedicou-se, ainda, especial atenção aos aspectos técnicos dos procedimentos endovasculares realizados para abordagem de diversas doenças arteriais e venosas. Ricamente ilustrado, o livro concentra-se em técnicas, materiais básicos, balões e próteses, assim como na indicação e no raciocínio que norteiam essas intervenções. Por essa perspectiva, constitui uma fonte valiosa de informação para os profissionais com interesse genuíno nos procedimentos endovasculares, tanto cirurgiões vasculares quanto radiologistas intervencionistas. Além de recomendar enfaticamente este livro a instituições e indivíduos que adotam métodos endovasculares de tratamento, parabenizo o editor, os coeditores e os colaboradores pela produção de um texto de alta qualidade, o qual aborda problemas fundamentais, importantes para o treinamento e a contínua evolução da terapia endovascular. De maneira inquestionável, este trabalho irá aprimorar o diagnóstico e o tratamento das doenças vasculares e, principalmente, dos pacientes que padecem dessas patologias. Dr. Gustavo S. Oderich, MD Professor de Cirurgia e Diretor de Terapia Endovascular na Divisão de Cirurgia Vascular e Endovascular do Departamento de Cirurgia da Mayo Clinic, Rochester, Minnesota, EUA.

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Prefácio da 2a edição

A cirurgia endovascular se firmou nos últimos 30 anos como parte integrante do arsenal técnico da cirurgia vascular. De fato, o número de procedimentos endovasculares ultrapassa, hoje, o de operações abertas em todos os centros importantes do mundo. Indicações, conceitos, materiais e técnicas são ensinados aos novos especialistas e em cursos de reciclagem para cirurgiões vasculares. Nenhum profissional que atue na especialidade pode deixar de dominar o manejo de cateteres e dispositivos endovasculares. Além do domínio técnico, porém, estão as indicações, a escolha de materiais adequados e da melhor técnica para cada caso, e, sobretudo, a análise dos resultados e complicações em curto e longo prazos. Não basta saber fazer, é preciso saber quando fazer, em quem fazer e de que maneira fazer bem. Expandir e consolidar os conhecimentos em um livro elaborado com diversos colaboradores, todos com experiência no assunto,

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é tarefa difícil. Sergio Belczak se dispôs a isso e conseguiu editar um livro-texto completo e abrangente, que será de grande utilidade para todos que se dedicam ao tratamento de doenças vasculares. Esta obra poderá ser lida por quem se inicia na área e também, por certo, será referência para consulta em assuntos específicos por cirurgiões já experientes. Mais do que isso, será fonte de consulta para outros especialistas que atendem e encaminham pacientes com doenças vasculares. Um texto extenso, em que todos os aspectos da especialidade são abordados. Boa leitura! Pedro Puech-Leão Professor Titular de Cirurgia Vascular e Endovascular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

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Sumário

P a r t e

I

1

12

Fundamentos da Cirurgia Endovascular, 1

História da Cirurgia Endovascular . . . . . . . . . . . .

Gustavo S. Oderich | Alexandre Araújo Pereira | Adamastor Humberto Pereira 3

Rodrigo Marcondes de Jesus

2

Aspectos Legais em Cirurgia Endovascular . . .

13

14

Bases da Física Radiológica e da Radioproteção Aplicadas à Cirurgia Endovascular. . . . . . . . . . . . . 16 Meios de Contraste Radiológicos . . . . . . . . . . . . . 26 Vinicius Adami Vayego Fornazari | Rômulo Florêncio Tristão Santos

5

Anatomia Aplicada à Cirurgia Endovascular. . .

P a r t e 37

Grace Carvajal Mulatti

6

Antiagregantes, Anticoagulantes e Fibrinolíticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Ivan Benaduce Casella | Calógero Presti | Tayrine Mazotti Moraes

7

Vasodilatadores e Hemorreológicos . . . . . . . . . . 59 Marcelo Fernando Matielo | Edson Takamitsu Nakamura | Aline Yoshimi Futigami | Renato Manzioni

8

Dispositivos Percutâneos de Selamento Arterial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192 Altino Ono Moraes | Jessica Belentani | Natália Scaneiro Boy Sardinha | Lorena Lima Gargaro | Flávia Rocha Nerone | Marcel Depieri Andrade

Renato Dimenstein | Henrique M. Lederman

4

Dispositivos de Embolização. . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 Jong Hun Park | Walter Zaven de Oliveira Gomes Karakhanian | Álvaro Razuk Filho

10

Jorge R. Ribas Timi | Patrick G. Mercer | Marcelo Marquardt

3

Tratamento Endovascular de Aneurismas da Aorta Toracoabdominal com Uso de Endoprótese Fenestrada e Ramificada Modificada pelo Cirurgião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

III

15

Arteriografias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Sérgio Ricardo Abrão | Pedro Henrique Olivo Kronfeld

16

Flebografias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216 Felipe Machado Santos

17

Angiografias Cerebrais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222 Thiago Giansante Abud | Guilherme Seizem Nakiri | Rafael Kiyuze de Freitas | Daniel Giansante Abud

Bases Técnicas da Cirurgia Endovascular . . . . 63 Alexandre Maceri Midão | Claudia Martins de Vasconcellos

Imagens Vasculares e Procedimentos Diagnósticos, 199

18

Ultrassom Intravascular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235 Leonardo Aguiar Lucas

P a r t e

II

9

Materiais Utilizados na Prática Endovascular, 93

11

20

Planejamento Pré‑operatório dos Aneurismas com Utilização do OsiriX/Horos. . . 261 Alexandre Campos Moraes Amato | Daniel Augusto Benitti

21

Cateteres‑balão e Stents . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 Carlos André Daher | Gustavo Sasso Benso Maciel

Punções Ecoguiadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256 Rodrigo Bono Fukushima

Introdutores, Fios‑guia e Cateteres . . . . . . . . . . 95 Vitor Cervantes Gornati | Sergio Quilici Belczak | Bruna Feio de Oliveira

10

19

Visualizador de Imagens Aquarius iNtuition TeraRecon® . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274 Luiz Antonio Furuya

22

Endopróteses Vasculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124

Termografia Aplicada à Cirurgia Vascular e Endovascular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279

Pierre Galvagni Silveira | Rafael Narciso Franklin | Sergio Quilici Belczak | Ricardo Aun

Mário Augusto da Silva Freitas | Maria do Carmo Cardia Julião Freitas

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P a r t e

IV

23

24

36

Procedimentos Arteriais, 291

25

26

Tulio Pinho Navarro | Ricardo Jayme Procópio | Maria Helena de Almeida Costa

39

Doença Obstrutiva Aterosclerótica Aortoilíaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301

40 41

43

Tratamento Endovascular dos Aneurismas do Arco Aórtico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359 Tratamento Endovascular de Aneurisma da Aorta Torácica Descendente. . . . . . . . . . . . . . . 367

44

Malformações Arteriovenosas Cerebrais . . . . . 573 Thiago Giansante Abud | Guilherme Seizem Nakiri | Daniel Giansante Abud

45

Trombectomia Mecânica no Acidente Vascular Encefálico Agudo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 588 Thiago Giansante Abud | Rafael Kiyuze de Freitas | Daniel Giansante Abud

46

Tratamento Endovascular de Estenose da Artéria Renal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 595 João Luiz Sandri | Pietro de Almeida Sandri | Giuliano de Almeida Sandri

47

Doença Obstrutiva Carotídea e Vertebral. . . . . 601 Samuel Martins Moreira | Patrick Bastos Metzger | Manoel Nicolas Cano | Antônio Massamitsu Kambara

48

Thiago Almeida Barroso | Álvaro Razuk Filho

31

Aneurismas Cerebrais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 557 Thiago Giansante Abud | Guilherme Seizem Nakiri | Daniel Giansante Abud

Cherrie Z. Abraham | Basheer Sheick‑Yousif

30

Aneurismas de Artéria Poplítea. . . . . . . . . . . . . . . 547 Rodrigo de Paula França

Luiz Lanziotti | Rodrigo Soares Cunha

29

Isquemia Visceral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 524 Jeferson Freitas Toregeani | Carlos Augusto Schreiner | Fabiano Luiz Erzinger

Luiz Lanziotti | Alexandre Maceri Midão

Tratamento Endovascular da Aorta Ascendente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353

Aneurismas de Artérias Viscerais. . . . . . . . . . . . . 510 Kelston Paulo Felice | Rodrigo Soares Cunha

Guilherme Lavall | Luiz Antônio Carvalho | André Feijó | Rodrigo Verney | Constantino González | Rafael Lauria

28

Coarctação de Aorta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 496 Francisco Chamié

42

Implante Valvular Aórtico Percutâneo na Estenose Aórtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348

Síndromes Aórticas Agudas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 482 André Echaime Vallentsits Estenssoro | Fabio Goldbach

Doença Aterosclerótica Obstrutiva Suprapatelar – Revascularização Endovascular da Artéria Femoral Superficial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319 Doença Obstrutiva Aterosclerótica Infrapatelar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337

Dissecção Crônica da Aorta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 475 Alex Lederman | Ricardo Aun

38

Marcus Vinícius Martins Cury | Rafael de Athayde Soares | Maysa Heineck Cury

27

37

Classificações WIfI e GLASS e suas Aplicações em Cirurgia Endovascular . . . . . . . . 293

Maria Fernanda Cassino Portugal | Marcelo Passos Teivelis | Nelson Wolosker

Endoleaks – Conceito e Tratamento . . . . . . . . . . 465 Jong Hun Park | Walter Zaven de Oliveira Gomes Karakhanian | Thiago Almeida Barroso | Álvaro Razuk Filho

Doença Obstrutiva dos Troncos Supra‑aórticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 615 Ricardo Cesar Rocha Moreira | Barbara D’Agnoluzzo Moreira

Tratamento Endovascular de Aneurismas da Aorta Toracoabdominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379 Luiz Antonio Furuya | Daniel Hachul Moreno

32

Técnicas de Stents Paralelos para o Tratamento de Aneurismas Aórticos Complexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 395

P a r t e

V

Rodrigo Gibin Jaldin

33

Aneurismas de Aorta Justarrenais . . . . . . . . . . . 409

49

Gustavo Paludetto | Alexandre Augusto Giovanini | Cristienne Silva e Souza | Daniella Viese Roth Barbosa

34

Aneurismas da Aorta Abdominal. . . . . . . . . . . . . . 428 Ricardo Aun | Boulanger Mioto Netto | Fernando Tavares Saliture Neto

35

Tratamento Endovascular dos Aneurismas da Aorta Abdominal Rotos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 454 André Brito Queiroz | Nelson De Luccia

RUBIO-0058_Cirurgia EA_BOOK.indb 28

Procedimentos Venosos, 631

Tratamento Endovascular de Trombose Venosa Profunda Iliofemoral. . . . . . . . . . . . . . . . . . 633 Giuliano de Almeida Sandri | João Luiz Sandri

50

Filtros de Veia Cava. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 643 Rafael de Athayde Soares | Marcus Vinícius Martins Cury

51

Termoablação por Radiofrequência no Tratamento de Varizes dos Membros Inferiores. . 655 Felipe Coelho Neto | Igor Rafael Sincos | Fernando Thomazinho | Rodrigo Gomes de Oliveira

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52

Termoablação de Safena com Laser . . . . . . . . . . 668 Rodrigo Kikuchi | Elias Arcenio Neto | Camila Millani Oba | Rebeca Higino Silva Santos | Karen Falcão Britto

53

Injeção de Espuma para o Tratamento da Insuficiência Venosa Crônica . . . . . . . . . . . . . . 683 Walter Campos Jr. | Inez Ohashi Torres

54

Tratamento Endovascular de Tromboembolia Pulmonar Maciça. . . . . . . . . . . . . 691 Arno von Ristow | Carlos Clementino dos Santos Peixoto | Henrique Salas Martin

55

Tratamento Endovascular da Obstrução Venosa Crônica do Segmento Femoroilíaco‑Cavo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 704

60 61

Congestão Venosa Pélvica e Síndromes Compressivas Venosas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 726 Arlindo Nascimento de Lemos Junior

57 58

Acessos Vasculares Totalmente Implantáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 780 Antonio Eduardo Zerati

62

Tratamento Endovascular em Acessos Vasculares para Hemodiálise. . . . . . . . . . . . . . . . . . 788 Fábio Rodrigues Ferreira do Espírito Santo

63

Embolização de Malformações Vasculares Arteriovenosas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 797 José Luiz Orlando | Francisco Ferreira Ramos Júnior

64

Abordagem Endovascular do Trauma. . . . . . . . . 808 Sergio Quilici Belczak

Giuliano de Almeida Sandri | João Luiz Sandri

56

Acesso Venoso para Hemodiálise . . . . . . . . . . . . . 771 Walkiria Hueb | Jong Hun Park

65

Embolização de Miomas Uterinos. . . . . . . . . . . . . 819 Vinicius Adami Vayego Fornazari

66

Tratamento Endovascular de Varicocele. . . . . . 747

Tratamento Endovascular de Tumores Hepáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 830

Sergio Quilici Belczak

Denis Szejnfeld

Tratamento Endovascular da Síndrome da Veia Cava Superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 753

67

Marcelo Soeiro Santos | Sergio Quilici Belczak

Embolização das Artérias Prostáticas para Tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 840 Joaquim Maurício da Motta Leal Filho

68 P a r t e

VI

59

Outros Procedimentos Endovasculares, 765

Acesso Transradial para Procedimentos Endovasculares Periféricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 767 Altino Ono Moraes | Jessica Belentani | Marcel Depieri Andrade | Natália Scaneiro Boy Sardinha | Flávia Rocha Nerone | Lorena Lima Gargaro

RUBIO-0058_Cirurgia EA_BOOK.indb 29

Shunt Portossistêmico Intra‑hepático Transjugular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 857 Denis Szejnfeld

69

Tratamento Endovascular de Hemorragia Digestiva Aguda. . . . . . . . . . . . . . . . . . 864 Wilson de Oliveira Sousa Júnior | Rubens Pierry Ferreira Lopes | Joaquim Maurício da Motta Leal Filho

Índice. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 876

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Parte I

Fundamentos da Cirurgia Endovascular

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Capítulo 1

História da Cirurgia endovascular | 3

Capítulo 2

aspectos Legais em Cirurgia endovascular | 10

Capítulo 3

Bases da Física radiológica e da radioproteção aplicadas à Cirurgia endovascular | 16

Capítulo 4

Meios de Contraste radiológicos | 26

Capítulo 5

anatomia aplicada à Cirurgia endovascular | 37

Capítulo 6

antiagregantes, anticoagulantes e Fibrinolíticos | 48

Capítulo 7

Vasodilatadores e Hemorreológicos | 59

Capítulo 8

Bases técnicas da Cirurgia endovascular | 63

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Capítulo

1

História da Cirurgia Endovascular Rodrigo Marcondes de Jesus

Depois da descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Röntgen (Figura 1.1) (o primeiro a ser laureado com o Prêmio Nobel de Física), em 8 de novembro de 1895,1 aconteceu um boom de outros avanços científicos, entre eles a radiologia intervencionista e a cirurgia endovascular. Atualmente, duas áreas de aplicação da radiologia são o diagnóstico por imagem e a cirurgia vascular. Em 1896, o norte‑americano Thomas Alva Edison (Figura 1.2) deu mais uma contribuição ao mundo; além da lâmpada de filamento de carbono, apresentada em 1879,2 desenvolveu a fluoroscopia, que permitia à imagem gerada pela fonte de raios X ser mostrada em tempo real, em uma tela fluorescente que convertia o padrão dos raios X, deixando o paciente em um padrão de luz. Como a intensidade da luz é diretamente proporcional à intensidade dos raios X, a imagem é fiel. Muitos tecidos do corpo humano não permitem a correta e necessária avaliação radiográfica sem aumento do contraste. Após a descoberta dos raios X por Röntgen (ver Figura 1.1),1,3 tornou‑se evidente a necessidade de aumento da radiopacidade. Sais de bismuto, chumbo e bário foram utilizados por Eduard Haschek e Otto Lindenthal, em 1896, em Viena, para desenvolver os primeiros angiogramas em mãos amputadas. No entanto, esses sais pesados não eram seguros para seres humanos. Décadas depois, e após esforços feitos para diminuir a toxicidade, a descoberta do iodo como meio de contraste foi acidental.

Por volta de 1920, compostos à base de iodo eram usados no tratamento da sífilis. Foi então que o médico norte‑americano Osborne et al. observaram que a urina de pacientes sifilíticos tratados com iodo era radiopaca, e realizaram então, em 1923, na Clínica Mayo, o primeiro pielograma. No mesmo ano, Barberich & Hirsch3,4 empregaram brometo de estrôncio para realizar o primeiro angiograma de femoral. Depois disso, em 1924, o iodeto de sódio foi usado pelo médico norte‑americano Brooks para realizar uma angiografia.3,5 Em 1927, o neurologista português Antônio Egas Moniz (Figura 1.3)6 começou a estudar a possibilidade de utilizar raios X como meio de contraste para que pudesse visualizar os vasos sanguíneos do cérebro. Suas primeiras experiências foram com cadáveres de animais, pelos quais conseguiu, com sucesso, localizar neoplasias e hematomas no cérebro, tornando‑se precursor das cirurgias nessa delicada região. O achado mereceu até uma apresentação solene de duas séries de pacientes perante a Sociedade de Neurologia de Paris. Em pouco tempo a pneumoencefalografia, ou seja, a injeção de ar nas cavidades ventriculares (Figura 1.4), deixou de ser usada, e em seu lugar o mundo conheceu a inovadora angiografia cerebral (Figura 1.5),7 técnica que demonstra os efeitos expansivos das massas intracranianas e que viria a se tornar o principal objetivo da neurorradiologia. Moniz et al. (1950)6 tentavam visualizar as artérias cerebrais de animais utilizando vários sais e metais pesados, inclusive o

Figura 1.1 Wilhelm Conrad Röntgen, descobridor dos raios X

Figura 1.2 Thomas Alva Edison, que desenvolveu a fluoroscopia

Introdução

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4

Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

Figura 1.3 Antônio Egas Moniz, precursor das angiografias ce­ rebrais

iodo. Moniz também foi responsável por estudar e aprimorar, em parte, o meio de contraste, em 1927, e por utilizar solução de iodo sódico a 22% para realização de imagens da circulação cerebral por punção direta da artéria carótida comum.3,5 Assim, sob a hipótese de que o aumento do tamanho molecular do meio de contraste poderia acarretar redução de sua toxicidade, surgiu o Thorotrast (dióxido coloide de tório) (Figura 1.6), que, de início, foi amplamente empregado. Porém, após evidências de não ser biodegradável e de ter propriedades potenciais de promover surgimento de tumorações malignas no organismo (Figura 1.7), teve seu uso limitado.3 Posteriormente, em 1929, foram desenvolvidas pelo médico português Reynaldo dos Santos, com a colaboração de Augusto Lamas e José Pereira Caldas, a arteriografia de membros inferiores e a aortografia por punção translombar (Figura 1.8).8,9 Com relação ao meio de contraste, na mesma época teve início a percepção de que, se a carga de iodo fosse aumentada, ocorreria elevação direta da radiopacidade, objetivo alme­jado de 1933 a 1960. Paralelamente, houve aumento da hidrossolubilidade do meio de contraste, o que tornou esse agente mais tolerável quando injetado intra‑arterialmente. O resultado foram as estruturas químicas derivadas das iodopiridonas, observadas nos meios de contraste amplamente utilizados na atualidade, após aperfeiçoamento e redução da osmolaridade, o que os tornou, em termos biomoleculares, não iônicos.3 Em 1953, o radiologista sueco Sven Ivar Seldinger (Figura 1.9) descreveu o uso de cateter para inserir o contraste nos vasos sanguíneos, desenvolvendo, assim, a angiografia moderna.10 O aspecto brilhante de sua ideia foi obter acesso a um vaso do corpo humano utilizando um sistema de troca de uma agulha por um fio‑guia e colocando o cateter sobre o fio‑guia dentro do sistema vascular dos pacientes (Figura 1.10). Esse foi o primeiro salto evolutivo na Medicina que possibilitou a separação entre procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos, pelos quais se colocava um instrumento no interior do corpo humano sem precisar abrir a pele, ou seja, sem necessidade de incisão cirúrgica,

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Figura 1.4 Pneumoencefalografia (injeção de ar nas cavidades ven­ triculares)

Figura 1.5 Primeira angiografia cerebral realizada no Brasil por Bran­ dão Filho e Egas Moniz, em 1929

o que hoje é conhecido como procedimento endovascular minimamente invasivo. Em 1955, o médico e radiologista norte‑americano Charles Dotter (Figura 1.11) criou um aparelho eletrônico capaz de realizar exposição em milissegundo para obter imagens mais claras do coração em movimento, a fim de melhor visualizar os vasos sanguíneos.11,12 Para realizar suas angiografias, utilizava corda de guitarra como fio‑guia e dizia que o cateter angiográfico podia ser mais que uma ferramenta diagnóstica, ou seja, se usado com imaginação poderia ser um importante instrumento cirúrgico. A ideia surgiu de maneira inesperada, quando Dotter estava fazendo uma arteriografia de uma artéria ilíaca ocluída e o cateter ultrapassou a oclusão, desobstruindo‑a. Em 1964, Dotter & Judkins13 utilizaram um fio‑guia e cateteres de teflon coaxiais para dilatar uma estenose de artéria femoral superficial em uma paciente de 82 anos de idade com dor de repouso e gangrena,

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Capítulo

5

Anatomia Aplicada à Cirurgia Endovascular Grace Carvajal Mulatti

INTRODUÇÃO

Arco aórtico

O conhecimento da anatomia tem importância fundamental para o bom exercício da prática médica, sobretudo para o médico‑cirurgião. Na cirurgia endovascular, em que muitos acessos percutâneos são empregados na prática diária, é indispensável, para dar início ao procedimento, o reconhecimento de reparos anatômicos, variações anatômicas e trajetos arteriais e venosos.

O arco aórtico (AO) localiza‑se no mediastino superior e constitui área de grande interesse, pois nesta porção encontram‑se os grandes vasos da base. Frequentemente, são observados três ramos que emergem na seguinte ordem: TB, artéria carótida comum esquerda (ACCE), artéria subclávia esquerda (ASCE). São diversas as variações anatômicas descritas quanto aos ramos do AO. Na Figura 5.1 estão ilustradas as mais frequentes. Outra variação anatômica cujo conhecimento é importante na prática clínica é a presença de artéria subclávia lusória (ASL), que ocorre quando a artéria subclávia direita (ASCD) emerge distalmente à ASCE e depois cruza a linha mediana posteriormente ao esôfago e à traqueia e em direção ao membro superior direito. No trajeto, a ASL é comprimida por estruturas adjacentes, como a coluna vertebral e o esôfago, tornando‑se sujeita a estenoses e dilatações, podendo gerar aneurisma de ASL (Figura 5.2).

Anatomia da aorta e ramos A aorta é a artéria do corpo mais longa e principal. Percorre o seu trajeto atravessando duas cavidades, a torácica e a abdominal, e emite vários ramos, responsáveis pela irrigação de diversos territórios e órgãos. Pode ser dividida em quatro porções, e também de acordo com sua localização em relação às cavidades: Aorta torácica: yyAorta ascendente. yyArco aórtico. yyAorta descendente. Aorta abdominal.

Aorta torácica Aorta ascendente A raiz da aorta contém a valva ou válvula aórtica e a saída de duas artérias coronárias. A porção entre a raiz da aorta e o tronco braquiocefálico (TB) é denominada porção tubular.

A

Origina‑se após a saída da ASCE, local em que está o ducto arterioso (DA), uma estrutura que, na vida fetal, leva sangue da artéria pulmonar esquerda para a aorta. Geralmente, o DA se oblitera até o 1o mês de vida, dando origem ao ligamento arterioso (Figura 5.3). Frequentemente, em pacientes que sofreram acidentes automobilísticos, nos quais houve mecanismo de

ACCE

ACCE

ACCE

TB

Aorta descendente

ASCE

TB

B

ASCE

TB

AVE

ASCE

C

Figura 5.1 (A a C) Variações anatômicas dos ramos do arco aórtico: TB, ACCE, ASCE (A). Tronco bovino: a ACCE é ramo do TB em 22% dos casos (B). AVE é ramo direto do arco aórtico em cerca de 6% dos casos (C)

TB: tronco braquiocefálico; ACCE: artéria carótida comum esquerda; ASCE: artéria subclávia esquerda; AVE: artéria vertebral esquerda.

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40

Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

É importante conhecer a topografia da aorta abdominal, principalmente para o bom posicionamento da escopia no momento do procedimento. Na Figura 5.7 vemos exemplificado um aneurisma de aorta abdominal. Deve‑se atentar para o correto posicionamento em relação à cicatriz umbilical. Em caso de obstrução da aorta infrarrenal, a artéria epigástrica superior, ramo da artéria torácica interna, e a artéria epigástrica inferior, ramo da artéria ilíaca externa, irão formar importantes anastomoses que podem manter patente a circulação dos membros inferiores. A aorta abdominal se bifurca na altura de L5, originando as artérias ilíacas comuns, que, por sua vez, dividem‑se em artéria ilíaca externa (AIE) e artéria ilíaca interna (AII), dando origem a uma rica circulação pélvica, através dos seguintes ramos: artéria obturatória, artéria vesical inferior, artéria vaginal, artéria uterina, artéria retal média, artéria pudenda interna, artéria glútea inferior, artéria glútea superior, artéria iliolombar, artéria sacral lateral (Figura 5.8). A artéria ilíaca externa e a artéria ilíaca comum podem desempenhar a função de canais de trabalho para o acesso à aorta, em caso de incompatibilidade de diâmetro entre o introdutor da endoprótese e a artéria femoral comum. Para isso, pode‑se realizar um acesso extraperitoneal, por incisão na fossa ilíaca, acima do ligamento inguinal. Ao controlar a artéria ilíaca externa ou comum, realiza‑se anastomose término‑lateral de prótese de Dácron reta calibre 10, que será o conduto para introdução do material endovascular. A confecção de estação de trabalho reduz, de forma eficaz e significativa, a ocorrência de lesão de ilíaca, tanto dissecção quanto ruptura, relacionada à incompatibilidade de diâmetro.

Essa anatomia está ilustrada na Figura 5.9. O sistema ázigos é formado pela veia ázigos e pela veia hemiázigos, que drenam a parede abdominal e torácica e a coluna vertebral. Constitui via de drenagem alternativa das cavidades quando o sistema cava apresenta alguma disfunção. Na cavidade abdominal destaca‑se a VCI, que se forma da união das veias ilíacas comuns, as quais, por sua vez, recebem as veias ilíacas interna e externa, uma de cada lado do corpo. Nela também desembocam as veias renais e a veia gonadal direita, uma vez que a veia gonadal esquerda desemboca na veia renal esquerda. A VCI

Ilíaca comum

Ilíaca interna

Tronco posterior Tronco anterior Ilíaca externa Glútea inferior

ANATOMIA VENOSA TORÁCICA E ABDOMINAL As principais veias das cavidades torácica e abdominal são, respectivamente, veia cava superior (VCS) e veia cava inferior (VCI). As tributárias das VCS são: Veia inominada: que recebe veias do lado esquerdo do tórax. Tronco braquiocefálico venoso: no qual desembocam a veia jugular interna direita e a veia subclávia direita.

Pudenda interna

Uterina Obturatória

Reta média

Umbilical Vesical superior

Figura 5.8 Anatomia da artéria ilíaca interna e seus ramos VJID

VJIE

VSCD VSCE TB

VI

VCS

VA

VH

Figura 5.7 Topografia da aorta abdominal infrarrenal em relação aos reparos anatômicos (notadamente a cicatriz umbilical e o apêndice xifoide). Nesta figura está representado um aneurisma abdominal infrarrenal

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Figura 5.9 Anatomia da veia cava superior e suas tributárias VJID: veia jugular interna direita; VJIE: veia jugular interna esquerda; VSCD: veia subclávia direita; VSCE: veia subclávia esquerda; TB: tronco braquiocefálico; VI: veia inominada ou veia braquiocefálica esquerda; VCS: veia cava superior; VA: veia ázigos; VH: veia hemiázigos.

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Parte II

Materiais Utilizados na Prática Endovascular

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Capítulo 9

Introdutores, Fios­guia e Cateteres | 95

Capítulo 10

Cateteres­balão e Stents | 109

Capítulo 11

endopróteses Vasculares | 124

Capítulo 12

tratamento endovascular de aneurismas da aorta toracoabdominal com Uso de endoprótese Fenestrada e ramificada Modificada pelo Cirurgião | 152

Capítulo 13

Dispositivos de embolização | 168

Capítulo 14

Dispositivos Percutâneos de Selamento arterial | 192

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Capítulo

11

Endopróteses Vasculares Pierre Galvagni Silveira Rafael Narciso Franklin Sergio Quilici Belczak Ricardo Aun

INTRODUÇÃO Neste capítulo, vamos descrever as principais características das endopróteses utilizadas no tratamento da doença aneurismática da aorta atualmente disponíveis no mercado. Antes, porém, cabe aqui uma pequena introdução sobre a evolução e o desenvolvimento desta tecnologia nas últimas décadas. As primeiras endopróteses vasculares foram baseadas nas ideias propostas por Lawrence, Volodos e Parodi no final da década de 1980. No entanto, o conceito que norteia a construção de tais dispositivos ainda permanece o mesmo, pois estes são fundamentalmente fabricados a partir da combinação de um esqueleto de uma liga metálica, mais frequentemente o níquel‑titânio (nitinol) e o aço inoxidável (cromo‑níquel molibdênio), fixada a um tecido polimérico, polietileno tereftalato (PET) ou politetrafluroetileno expandido e (PTFE). Com a disseminação da técnica, associada à comprovação da eficácia e da segurança no tratamento de aneurismas da aorta, vários fabricantes de dispositivos médicos passaram a desenvolver projetos próprios. A possibilidade de tratar os aneurismas através de pequenas incisões e cateteres seduziu rapidamente a comunidade científica, gerando grande expectativa. Contudo, os dispositivos de primeira geração apresentaram problemas precoces relacionados ao seu comportamento biomecânico. No início dos anos 1990, os dispositivos apresentavam várias falhas, algumas relacionadas ao seu desenho, outras aos materiais utilizados e outras, ainda, aos processos utilizados em sua construção. Além disso, naquela época existiam também problemas significativos nos testes pré‑clínicos realizados. Com relação ao desenho dos dispositivos, podemos salientar as dificuldades relacionadas ao seu sistema de entrega, que apresentava uma performance bastante limitada em razão de seu calibre, quase sempre maior que 24Fr. A flexibilidade, o suporte e o torque dos cateteres utilizados nesses sistemas também implicavam performance limitada. O que se observava eram dificuldade de adaptação a vasos tortuosos e problemas de selamento das endopróteses, ao mesmo tempo que as forças de arrasto e cisalhamento causadas pela ação da corrente sanguínea sobre suas paredes resultava em migração do dispositivo. Os processos utilizados no preparo das ligas metálicas, assim como na soldadura e crimpagem dos arames, favoreciam o aparecimento de fadiga em frestas, por pites e, principalmente, por corrosão galvânica, resultando em fraturas precoces dessas estruturas metálicas. Os testes pré‑clínicos não estavam bem estabelecidos e, quando realizados, havia dificuldade em interpretá‑los de maneira adequada. O mesmo ocorria com as agências reguladoras com relação à avaliação e à interpretação dos resultados apresentados, o que possibilitou a comercialização de endopróteses com durabilidade

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limitada – portanto, de questionável garantia para sua utilização. Somente a partir de 2003, com a publicação da ISO 25539‑1/ A1:2005, modificada em 2005, é que os fabricantes passaram a ser monitorados quanto aos testes pré‑clínicos e as boas práticas de fabricação. A partir do melhor entendimento dos materiais e com a parte regulatória resolvida, os fabricantes foram progressivamente agregando novas tecnologias aos projetos, que evoluíram do ponto de vista de processos de fabricação, desenho e materiais, o que se traduziu em dispositivos de calibre mais fino, melhor adaptabilidade a diferentes anatomias e performance a longo prazo e possibilitou, inclusive, o desenvolvimento de dispositivos complexos, fenestrados e/ou ramificados, para o tratamento de aneurismas justarrenais, pararrenais, toracoabdominais e com envolvimento de troncos supra‑aórticos.

MATERIAIS BIOCOMPATÍVEIS Biocompatibilidade é definida como a propriedade de um material de atuar respondendo apropriadamente a uma aplicação específica. Existem dois fatores que determinam a biocompatibilidade de um material: o grande número de reações induzidas pelo material e a degradação deste no organismo in vivo. Um material biocompatível pode ser natural ou fabricado pelo homem. O principal objetivo é que o material substitua uma estrutura viva ou componha um dispositivo que vai melhorar a performance de uma função natural. A metalurgia moderna e os avanços das pesquisas com polímeros permitiram que os fabricantes de dispositivos médicos diversificassem o portfólio de produtos construídos com materiais biocompatíveis. No segmento endovascular, esses progressos foram observados principalmente a partir das duas últimas décadas. Os avanços resultaram em produtos com melhor performance, mais resistentes, menor perfil e memória de forma. As ligas metálicas e os polímeros são as principais matérias‑­ primas utilizadas na fabricação de Stents, Stent‑grafts e endopróteses. As ligas metálicas são misturas homogêneas ou soluções sólidas de dois ou mais metais. Os átomos de um metal substituem ou ocupam posições intersticiais entre os átomos de outro. Atualmente, as ligas mais utilizadas na fabricação de Stents, também conhecidas como superligas, são: Cromo e cobalto. Cromo, cobalto e níquel (Phynox® ou Elgiloy). Níquel e titânio (nitinol). Aço inoxidável 316L. Tântalo. As ligas de cromo‑cobalto têm como principais características: solidez, boa resistência à corrosão e radiopacidade, que permitem

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130

Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

A

B

C

Figura 11.9 (A a C) Endoprótese Talent® (A). Endurant® (B). Valiant Captivia® (C)

Tabela 11.3 Diferenças da endoprótese Talent® para endoprótese Endurant® Atributos do desenho

Talent®

Endurant®

Barra de conexão (barra C)

Presente

Não presente

Posicionamento das molas do Stent

Dentro e fora do enxerto

Fora do enxerto

Picos proximais ou distais da mola do Stent

5 picos

5 e 6 picos

Comprimento máximo do enxerto

170mm

170mm

Marcador radiopaco forma/localização

“Figura em 8” Borda do tecido proximal

“o” & “e” 1mm abaixo da borda do tecido proximal

Diâmetro externo (OD) do dispositivo de entrega

22 e 24Fr

18 e 20Fr

RUBIO-0058_Cirurgia EA_BOOK.indb 130

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Capítulo

14

Dispositivos Percutâneos de Selamento Arterial Altino Ono Moraes Jessica Belentani Natália Scaneiro Boy Sardinha Lorena Lima Gargaro Flávia Rocha Nerone Marcel Depieri Andrade

INTRODUÇÃO Introdutores vasculares começaram a ser utilizados no início dos anos 1980, para possibilitar repetidos acessos enquanto se mantinha hemostasia durante um procedimento e minimizar a ocorrência de traumatismo vascular.1 Contudo, esse avanço foi acompanhado do desafio de se fazer a hemostasia arterial após a retirada do introdutor. O método inicial consistiu em compressão manual, que é até hoje o mais utilizado. A compressão manual é o método padrão aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos da América (EUA). Dispositivos de fechamento arterial estão disponíveis nos EUA desde 1995, quando foi aprovado o VasoSeal® (St. Jude, Medical, Inc., St. Paul, MN), para procedimentos endovasculares, tanto para diagnóstico quanto para intervenção. O dispositivo a ser aprovado, em seguida, pela FDA foi o Prostar XL® (Abbott Vascular, Santa, Clara, CA), em 1997.2 Desde então, vários dispositivos foram lançados no mercado global; neste capítulo, apresentaremos os dispositivos disponíveis no Brasil. Uma estimativa mostra que a cada ano são realizados, no mundo, cerca de 7 milhões de procedimentos endovasculares, para tratamento das mais diversas patologias circulatórias. Hoje, existem preocupações tanto dos órgãos reguladores quanto dos próprios hospitais, com redução de custo em contraposição à segurança e à efetividade dos procedimentos. As complicações relacionadas ao local de punção e hemostasia por compressão manual são de aproximadamente 3% a 6%. Muitos médicos têm adotado o uso de dispositivos de fechamento arterial em um esforço para reduzir as complicações dos acessos vasculares. Os potenciais benefícios dos dispositivos de fechamento vascular, quando comparados à compressão manual, são:2,3 Aumento do conforto do paciente. Mobilidade pós‑operatória imediata ou precoce. Redução de sangramento e complicações vasculares.

2. Angio‑Seal® (St. Jude Medical). 3. Exoseal® (Cordis).

Estas representam essas categorias de fechamento.

Angio‑Seal® – St. Jude Medical, Inc.

Indicações de uso: fechamento arterial de introdutores de 6 a 8Fr em procedimentos diagnósticos ou de intervenção (Figura 14.1). Mecanismo de ação: o Angio‑Seal® VCD (St. Jude Medical, Inc.) combina as estratégias de fechamento ativo e passivo. Angio‑Seal® utiliza um polímero reabsorvível, ancorado dentro da artéria, que é ligado por um polímero filamentado a um plugue de colágeno extravascular, o qual é aplicado diretamente sobre a arteriotomia (Figura 14.2). O colágeno promove um efeito procoagulante, ajudando a fazer a hemostasia. Todos esses componentes são degradados por hidrólise e reabsorvidos dentro de 60 a 90 dias. Contraindicações: não existem contraindicações à utilização desse dispositivo. São necessários apenas cuidados e precauções. Precauções: yyNão use o dispositivo quando o local de punção estiver distal à bifurcação da artéria femoral comum; artéria femoral superficial ou artéria femoral profunda, com o risco de o polímero diminuir o lúmen arterial e causar obstrução. yyPrecauções em populações especiais: ––pacientes submetidos a procedimentos intervencionistas em uso de warfarina; ––pacientes com alergias a carne bovina, colágeno e/ou produtos do colágeno ou polímeros ácidos poliglicólicos ou poliláticos;

Podemos dividir os dispositivos em duas categorias:3,4 1. Fechamento ativo: dispositivos que reparam a parede do vaso com sutura, clipes ou plugues. 2. Fechamento passivo: aqueles que apenas colocam agentes trombosantes ou selantes para fechar a parede arterial.

DISPOSITIVOS DISPONÍVEIS NO BRASIL Temos hoje no país três dispositivos de fechamento arterial aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): 1. Perclose ProGlide® (Abbott Vascular).

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Figura 14.1 Imagem do dispositivo Angio‑Seal®: Handle

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Utiliza bainha processual existente

Utiliza bainha processual existente

5, 6, 7Fr

5, 6, 7Fr

5, 6, 7Fr

5, 6, 7Fr

Dispositivo auxiliar de compressão manual

Dispositivo auxiliar de compressão manual

Dispositivo de fechamento extravascular bioabsorvível

Ácido poliglicólico extravascular

Cardiva Catalyst® II

Cardiva Catalyst® III

Sistema de fechamento vascular Vascade

Dispositivo de fechamento vascular Exoseal®

Cardiva Medical, Inc. ®

Cardiva Medical, Inc.

Cardiva Medical, Inc.

Cordis, uma empresa da Cardinal Health, Inc.

Utiliza bainha processual existente

Utiliza bainha processual existente

0,038

5 a 6Fr

0,038

0,038

Clipe de nitinol

Abbott

Artéria femoral comum 5 a 21Fr (diâmetro máx.: 26Fr), veia femoral comum 5 a 24Fr (diâmetro externo [OD] máx.: 29Fr)

StarClose SE®

Prostar XL

Abbott

Sutura

Compatibilidade máxima do fio (polegadas)

8,5 a 10Fr

Perclose ProGlide®

Abbott

Tipo

Tamanho da punção

Sutura

Nome do produto

Nome da empresa

Tabela 14.1 Dispositivos percutâneos de selamento e suas características

Fechamento do local de punção da artéria femoral

Locais de acesso à artéria femoral comum (5 a 6Fr)

Locais de acesso à artéria femoral comum (8,5 a 10Fr)

Locais de acesso à artéria femoral comum (5 a 21Fr) e à veia (5 a 24Fr)

Uso indicado pela FDA (EUA)

(continua)

Posicionamento extravascular preciso com mecanismo exclusivo de bloqueio e indicadores visuais para ajudar a impedir a implantação intravascular; este dispositivo não requer montagem e é implantado através de um processo simples de 3 etapas; o plugue PGA é totalmente absorvido como dióxido de carbono e água dentro de 60 a 90 dias

Sistema de fechamento do acesso femoral extravascular e bioabsorvível, totalmente integrado, fácil de usar, não deixa componentes permanentes para trás e demonstrou segurança e eficácia em uma ampla gama de pacientes; o sistema combina a comprovada tecnologia proprietária de disco dobrável da Cardiva® e um adesivo de colágeno reabsorvível trombogênico em um desenho integrado; para pacientes e profissionais de saúde, permite hemostasia rápida e minimiza complicações

Destinado a pacientes que recebem heparina e expande a tecnologia Catalyst® II com o acréscimo de um revestimento de sulfato de protamina em pacientes que recebem heparina; o revestimento atua para neutralizar localmente os efeitos da heparina no trato tecidual no local da punção e auxiliar ainda mais o processo de cicatrização natural do corpo

Emprega a tecnologia comprovada de disco dobrável proprietária da Cardiva® e é revestida com caulim e quitosana, usados para promover coagulação, ativando a cascata de coagulação e causando agregação de plaquetas; favorece o processo de cicatrização natural do corpo, fornecendo hemostasia temporária na arteriotomia, permitindo que a punção arterial recue do tamanho de uma agulha de calibre 18; um revestimento hemostático no fio acelera a cascata de coagulação no trato tecidual, facilitando rapidamente o fechamento dos vasos, preservando a artéria e não deixando nada para trás

Utiliza um clipe de nitinol extravascular para fornecer reparo imediato; simples de usar; hemostasia pode ser desafiada e confirmada na mesa

Fornece reparo seguro com duas suturas trançadas, capacidade de manter o acesso ao fio com pegada intravascular mínima

Fornece reparo seguro com sutura pré‑amarrada em monofilamento de polipropileno, capacidade de manter o acesso ao fio, pegada intravascular mínima, sem restrições de acesso; indicação mais ampla para acesso arterial e venoso femoral

Comentários

196 Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

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Parte III

Imagens Vasculares e Procedimentos Diagnósticos

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Capítulo 15

arteriografias | 201

Capítulo 16

Flebografias | 216

Capítulo 17

angiografias Cerebrais | 222

Capítulo 18

Ultrassom Intravascular | 235

Capítulo 19

Punções ecoguiadas | 256

Capítulo 20

Planejamento Pré­operatório dos aneurismas com Utilização do OsiriX/Horos | 261

Capítulo 21

Visualizador de Imagens aquarius iNtuition terarecon | 274

Capítulo 22

termografia aplicada à Cirurgia Vascular e endovascular | 279

10/05/2022 10:45:34


RUBIO-0058_Cirurgia EA_BOOK.indb 200

10/05/2022 10:45:39


Capítulo

16

Flebografias Felipe Machado Santos

INTRODUÇÃO A flebografia fornece informações anatômicas e dinâmicas do sistema venoso, seja dos membros, do abdome, da pelve ou do tórax. Bauer iniciou o estudo da anatomia radiológica venosa para avaliação de trombose venosa profunda nos anos 1940. Apesar das dificuldades técnicas relacionadas com a obtenção de imagens e com as reações ao meio de contraste, a flebografia tornou‑se, nas décadas seguintes, o exame diagnóstico padrão‑ouro para trombose venosa profunda, mesmo não tendo sido testada cientificamente. A evolução dos aparelhos de raios X tornou possível a melhora da qualidade das imagens e a redução da exposição à radiação. A visualização angiográfica apresenta detalhes anatômicos fundamentais para o diagnóstico e o tratamento da doença venosa. O diagnóstico radiológico flebográfico clássico de trombose venosa profunda continua sendo considerado padrão‑ouro, mas com utilização mais restrita nas diretrizes, tendo em vista que o ecodoppler venoso tem boa acurácia nesse cenário. A flebografia negativa para trombose venosa em membro inferior apresenta apenas 1,2% de trombose venosa subsequente ou embolia pulmonar. A doença venosa tromboembólica incide em mais de 950 mil norte‑americanos, sendo responsável por aproximadamente 100 mil mortes

anualmente, de modo que o diagnóstico correto e precoce é de extrema importância para uma condução terapêutica adequada. Gibbon expressou a incidência de embolia pulmonar fatal nos seguintes termos: De cada mil pacientes internados nas enfermarias cirúrgicas, 1 morrerá de embolia pulmonar; de cada mil operados, 2 vão morrer de embolia pulmonar; e de cada cem mortes no pós‑operatório, 8 serão causadas por embolia pulmonar.1

ANATOMIA RADIOLÓGICA O conhecimento da anatomia e da fisiologia venosa é fundamental no manejo do diagnóstico das doenças venosas. A anatomia clássica pode ser acompanhada de inúmeras variações das veias tributárias. A parede venosa é relativamente fina, constituída de três camadas: íntima, média e adventícia. A camada íntima – endotélio – apresenta uma função ativa antitrombogênica com a produção de prostaglandina I2, entre outros cofatores. Uma característica funcional venosa é a presença de válvulas, que permitem o fluxo unidirecional, modulado pela respiração, pela bomba muscular periférica e pela pressão hidrostática. Podemos observar um refluxo rápido transvalvar, que é considerado normal quando menor que 0,5s (Figuras 16.1 a 16.3).2

Veia jugular interna Veia subclávia Veia axilar

Tronco braquiocefálico Veia cava superior

Veia cefálica Veia braquial Veia basílica

Veia mediana da fossa cubital

Figura 16.1 Anatomia venosa de membro superior Fonte: © iStock.com/Eraxion.

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Capítulo 16

Flebografias

Observa‑se na Figura 16.4 a flebografia normal de membro inferior direito: as veias tibiais com inúmeras válvulas, a veia poplítea duplicada e a veia femoral, comparativamente a um estudo ecográfico, com veias pérvias e compressíveis.

217

Veia cava inferior Veia ilíaca comum

INDICAÇÃO A indicação do estudo flebográfico tornou‑se mais seletiva, pois, com o surgimento e a evolução do ecodoppler, a avaliação não invasiva das doenças venosas (com acurácia maior que 90%) tornou‑se ferramenta adicional e fundamental na propedêutica vascular. Além disso, dispomos da angiotomografia e da angiorressonância venosa, que agregam informações sobre as estruturas vasculares e estruturas adjacentes. Dessa maneira, a flebografia, considerada um exame diagnóstico padrão‑ouro, deve ser vista como um

Veia ilíaca externa Veia femoral comum

Veia femoral superficial

Veia safena magna

A Veia poplítea Veia poplítea

Veia tibial anterior Veia fibular

Veia fibular

Veia tibial anterior

Veia safena parva Veia tibial posterior

B Figura 16.2 (A e B) Anatomia radiológica de membro superior. Veias superficiais e profundas do membro superior (A); veia cefálica, veia subclávia, tronco braquiocefálico, cava superior (B)

Figura 16.3 Anatomia venosa de membro inferior Fonte: adaptada de Fraser & Anderson, 2004.3

Veia poplítea

Veia femoral

Veias tibiais

Veias tibiais

Veia safena parva

A

B

Veia poplítea

C

Figura 16.4 (A a C) Anatomia radiológica de membro inferior

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Capítulo

18

Ultrassom Intravascular Leonardo Aguiar Lucas

INTRODUÇÃO O sucesso das intervenções percutâneas no tratamento das doenças vasculares depende de um planejamento prévio à operação, bem como de modalidades de obtenção de imagens que serão úteis durante a realização das abordagens terapêuticas. Desde a introdução do ultrassom (US) na prática clínica, a modalidade vem sofrendo extraordinárias evoluções e proporcionando melhor padrão de imagens. Trata‑se de método seguro, reprodutível, confiável e que fornece alto grau de acurácia no diagnóstico por imagens. Avanços tecnológicos nas técnicas endovasculares e no desenho de seus dispositivos têm aumentado a sua indicação na realização de intervenções percutâneas no tratamento das doenças vasculares nas últimas décadas.1 As inovações desenvolvidas e apresentadas constantemente por especialistas responsáveis pela criação de novidades tecnológicas vêm revolucionando as intervenções percutâneas.2 Com o aumento do número de procedimentos endovasculares, tem-se enfatizado a aplicação de métodos de imagens adjuvantes com alto grau de acurácia. A angiografia com uso de contraste iodado durante procedimentos endovasculares permanece como padrão‑ouro, mas o desenvolvimento de modalidades adicionais certamente disponibilizará segurança e durabilidade às intervenções periféricas.3 Com a aplicabilidade do ultrassom intravascular (USIV) como modalidade complementar propedêutica na avaliação das doenças cardiovasculares, este método vem se tornando ferramenta necessária e de uso frequente para a realização dos tratamentos endovasculares, segundo o novo conceito de “terapia guiada por imagem”. Neste capítulo, serão apresentadas as técnicas básicas de utilização do USIV na doença vascular periférica, especialmente na aplicabilidade da tecnologia durante a realização de procedimentos endovasculares, bem como a experiência de 13 anos do nosso grupo em aplicação da terapia guiada por imagem.

Assim, com a miniaturização das sondas, o USIV surgiu como modalidade ideal de obtenção de imagem adjuvante que auxilia na realização de intervenções percutâneas vasculares (Figura 18.1).5 Por se tratar de um método de fácil manuseio e que oferece elevada precisão na determinação de vários parâmetros de imagens, obtendo com detalhes informações morfológicas das lesões, essa modalidade de imagem tem sido útil e geralmente empregada em muitos procedimentos cardiovasculares.3 Recentes avanços tecnológicos nos cateteres de USIV apresentam sistemas de processamento computadorizado em tempo real de alta resolução em escala cinzenta que proporcionam informações tridimensionais, visualizadas no monitor do aparelho e podem ser digitalmente gravadas, facilitando a realização de intervenções que envolvem os sistemas arterial e venoso.5‑8 Além disso, esse método de obtenção de imagem fornece informações durante os procedimentos, ajudando o cirurgião na avaliação qualitativa e quantitativa do vaso (distinguindo vaso normal e vaso patológico); no preparo do vaso e, posteriormente, na escolha apropriada dos dispositivos percutâneos; dando assistência no posicionamento e na liberação precisa dos dispositivos; e monitorando a eficácia dessas intervenções (terapia guiada por imagem).9‑13 Até o momento, essa modalidade tem grande destaque na cardiologia intervencionista, e muitos dos trabalhos realizados

HISTÓRICO Nos anos 1950, foi desenvolvido o primeiro protótipo de USIV modo A fixado em cateteres intraluminais calibrosos, com o objetivo de aferir as dimensões intracardíacas e os movimentos cardíacos.3,4 Desde então, foram desenvolvidos vários dispositivos (modos A, B e M) para captar imagens das estruturas vasculares pelas vias intravascular e transesofagiana. Em 1972, foram publicadas pela primeira vez as imagens intravasculares seccionais de vasos, adquiridas por meio de USIV, com uso de impressionantes miniaturas de transdutores multielementares posicionados na ponta de um cateter.3,4 Atualmente, os cateteres de USIV apresentam componentes multielementares e operam em modo B de alta resolução, utilizando frequências entre 10 e 45MHz. Os cateteres com frequência elevada proporcionam alta resolução na aquisição das imagens e, com isso, ocorrem diminuição do campo visual e perda do poder de penetração.

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Figura 18.1 Miniaturização dos probes de ultrassom intravascular (USIV) demonstrado pelo Cateter Eagle Eye – Volcano Corporation

10/05/2022 10:45:49


236

Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

foram aplicados em doença arterial coronariana.14‑17 Em 1991, Yock et al. publicaram trabalho pioneiro, em que utilizaram o USIV intracoronariano para visualizar detalhadamente o interior dos vasos e aperfeiçoar as técnicas de terapêutica, obtendo resultados animadores, principalmente quando foi utilizada a combinação de imagem com a intervenção.18 Desde então, sua aplicabilidade vem sendo descrita há décadas, com o intuito de avaliar as imagens das artérias coronarianas, comparado‑as com a cineangiocoronariografia.11,14‑19 Atualmente, o USIV tem aplicabilidade nos principais centros especializados em enfermidades cardiovasculares e cada vez mais vem obtendo maior aplicabilidade durante as intervenções percutâneas com o conceito de “terapia guiada por imagem”.20,21

DESCRIÇÃO DO MÉTODO Captação de Imagens A aquisição de imagens depende do perfeito posicionamento da ponta do cateter de USIV no interior do vaso e do tamanho apropriado do cateter, de acordo com suas especificações necessárias para cada vaso. Isto requer um planejamento pré‑operatório com estimativa do diâmetro dos vasos, indicando o tipo de cateter mais adequado para cada setor. As imagens de melhor qualidade são obtidas quando os cateteres estão posicionados paralelos à parede dos vasos. As imagens obtidas por USIV podem determinar a normalidade e/ou anormalidade do vaso (Figura 18.2), possibilitar a avaliação do lúmen e do calibre do vaso, da morfologia e do volume

B

C

D

Figura 18.2 (A a D) Ultrassom intravascular (USIV) demonstrando: artéria normal com chroma flow (A), lesão excêntrica com chroma flow (B), lesão vegetante (C), artéria ocluída com placa de ecogenicidade mista (D)

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Parte IV

Procedimentos Arteriais

Capítulo 23

Classificações WIfI e GLASS e suas Aplicações em Cirurgia Endovascular | 293

Capítulo 24

Doença Obstrutiva Aterosclerótica Aortoilíaca | 301

Capítulo 25

Doença Aterosclerótica Obstrutiva Suprapatelar – Revascularização Endovascular da Artéria Femoral Superficial | 319

Capítulo 26

Doença Obstrutiva Aterosclerótica Infrapatelar | 337

Capítulo 27

Implante Valvular Aórtico Percutâneo na Estenose Aórtica | 348

Capítulo 28

Tratamento Endovascular da Aorta Ascendente | 353

Capítulo 29

Tratamento Endovascular dos Aneurismas do Arco Aórtico | 359

Capítulo 30

Tratamento Endovascular de Aneurisma da Aorta Torácica Descendente | 367

Capítulo 31

Tratamento Endovascular de Aneurismas da Aorta Toracoabdominal | 379

Capítulo 32

Técnicas de Stents Paralelos para o Tratamento de Aneurismas Aórticos Complexos | 395

Capítulo 33

Aneurismas de Aorta Justarrenais | 409

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Capítulo 34

Aneurismas da Aorta Abdominal | 428

Capítulo 35

Tratamento Endovascular dos Aneurismas da Aorta Abdominal Rotos | 454

Capítulo 36

Endoleaks – Conceito e Tratamento | 465

Capítulo 37 Capítulo 38 Capítulo 39 Capítulo 40

Dissecção Crônica da Aorta | 475

Capítulo 41 Capítulo 42

Isquemia Visceral | 524

Capítulo 43 Capítulo 44

Aneurismas Cerebrais | 557

Capítulo 45

Trombectomia Mecânica no Acidente Vascular Encefálico Agudo | 588

Capítulo 46

Tratamento Endovascular de Estenose da Artéria Renal | 595

Capítulo 47

Doença Obstrutiva Carotídea e Vertebral | 601

Capítulo 48

Doença Obstrutiva dos Troncos Supra‑aórticos | 615

Síndromes Aórticas Agudas | 482 Coarctação de Aorta | 496 Aneurismas de Artérias Viscerais | 510

Aneurismas de Artéria Poplítea | 547

Malformações Arteriovenosas Cerebrais | 573

10/05/2022 10:47:33


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Capítulo

29

Tratamento Endovascular dos Aneurismas do Arco Aórtico Cherrie Z. Abraham Basheer Sheick‑Yousif

INTRODUÇÃO A reconstrução do arco aórtico no tratamento de aneurismas apre‑ senta risco cirúrgico significativo e continua sendo um grande de‑ safio. Para aneurismas e dissecções que envolvem o arco aórtico, o tratamento tradicional é a técnica cirúrgica aberta com circulação extracorpórea e parada circulatória hipotérmica profunda. A taxa de mortalidade observada varia entre 7% e 17% e a taxa de dano neurológico, entre 4% e 12%.1‑4 Acredita‑se que, ao minimizar o caráter invasivo do procedimento, ou seja, ao evitar o pinçamen‑ to da aorta e/ou a parada circulatória hipotérmica, as ocorrências de morbidade e mortalidade podem ser reduzidas, especialmente em pacientes de alto risco. O implante de endoprótese no arco aórtico evoluiu a ponto de oferecer a esse subgrupo aórtico um tratamento duradouro com baixo risco perioperatório. No tratamento de patologias do arco aórtico, podem ser utilizadas estratégias endovasculares e abertas combinadas (procedimentos híbridos), endopróteses bifurcadas, endopróteses fenestradas, endopróteses ramificadas e a técnica da “chaminé” ou em “cano de espingarda”. Em razão da nature‑ za menos invasiva e menos traumática desses procedimentos, se comparados às técnicas cirúrgicas abertas clássicas, eles se torna‑ ram uma alternativa atraente para muitos pacientes, em particu‑ lar para os idosos ou aqueles considerados de alto risco por causa das múltiplas comorbidades. Essas técnicas ainda estão sendo aperfeiçoadas5‑9 e as evidências até agora provam sua viabilida‑ de. Embora essas evidências sejam desafiadoras e os dispositivos ainda não estejam amplamente disponíveis, já é possível prever que essas técnicas ampliarão o número de patologias do arco aór‑ tico que podem ser tratadas por meio de técnicas endovasculares, com resultados animadores em curto e médio prazos, apesar de a durabilidade a longo prazo ainda ser desconhecida.

HISTÓRIA NATURAL DOS ANEURISMAS DO ARCO AÓRTICO A intervenção no arco aórtico costuma ocorrer no cenário assinto‑ mático. Os sintomas normalmente se apresentam quando há com‑ plicações da doença (ruptura ou dissecção) ou quando estas são iminentes. É primordial compreender a história natural da doença, porque as indicações de intervenção objetivam normalmente me‑ lhorar a sobrevida, não a qualidade de vida. Apesar de a história natural da doença do arco aórtico não ser tão bem caracterizada quanto a de outros segmentos aórticos, alguns estudos chegaram a informações importantes para auxiliar na determinação de quan‑ do deve ocorrer o tratamento cirúrgico.10‑12 Estudos anteriores sugerem que a maior incidência dos aneu‑ rismas do arco aórtico é um processo relativamente indolente.10‑12 Até o momento, não existem dados que definam a taxa de cres‑ cimento de aneurismas do arco aórtico; contudo, já foi relatado que aneurismas da aorta ascendente crescem a uma taxa de

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0,07cm/ano e aneurismas da aorta descendente, a uma taxa de 0,19cm/ano. Parece lógico afirmar que aneurismas do arco aórti‑ co aumentam a uma taxa que se enquadra em algum ponto entre esses dois valores. Os fatores de risco para esse crescimento ele‑ vado incluem idade avançada, sexo feminino, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), hipertensão, histórico familiar positivo e presença de dissecção aórtica. Por fim, foi demonstrado que as taxas de crescimento de aneurismas do arco aórtico dependem do diâmetro aórtico inicial; aneurismas maiores crescem mais rápi‑ do que os menores.

Espectro da patologia do arco aórtico Os aneurismas do arco aórtico são, em sua maioria, contíguos aos aneurismas da aorta torácica ascendente ou descendente. Podem ocorrer em virtude de degeneração medial cística ou doença ate‑ rosclerótica. Os aneurismas degenerativos abrangem a maioria dos observados na aorta ascendente e possuem um perfil pato‑ lógico específico. A camada média do aneurisma revela perda de células do músculo liso e fragmentação das fibras elásticas do processo conhecido como degeneração medial cística. Ainda que esse processo seja normalmente considerado uma consequência do envelhecimento, ele é acelerado em alguns indivíduos e resul‑ ta na expressão fenotípica de um aneurisma da aorta ascendente ou do arco aórtico. A aterosclerose, por outro lado, tende a estar associada à aterosclerose aórtica difusa envolvendo a aorta des‑ cendente e, às vezes, também a ascendente.12‑14 A dissecção aórtica pode ser um fator de predisposição ao de‑ senvolvimento do aneurisma do arco aórtico. A real incidência de dissecção aórtica aguda é difícil de determinar, já que pode ha‑ ver muitos casos não diagnosticados, mas sua incidência docu‑ mentada é de aproximadamente 2,9 por 100 mil indivíduos/ano, com pelo menos 7 mil casos nos EUA.15‑17 Uma aorta saudável, com a camada média intacta, raramente disseca. Em contrapar‑ tida, aqueles em que a integridade da média está comprometida encontram‑se em risco de dissecção aórtica. Portanto, qualquer processo ou condição de doença que danifique os componentes elásticos ou musculares da camada média predispõe à dissecção da aorta. Inclusive, a degeneração medial cística, como discutido anteriormente, é um fator importante de predisposição à dissec‑ ção aórtica. Outros processos fisiopatológicos de predisposição, que acarretam desenvolvimento de aneurismas do arco aórtico, incluem hematomas intramurais, úlceras ateroscleróticas pene‑ trantes e trauma aórtico.

Considerações anatômicas O arco aórtico é definido como a porção que conecta a parte as‑ cendente da aorta torácica à parte descendente. Essa porção cur‑ va de ligação é delineada proximalmente pela origem do tronco

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362

Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

em quatro dos seis casos.30 Em nossa experiência, o acidente vas‑ cular encefálico embólico é a complicação mais difícil em razão de uma quantidade significativa de instrumentação nos vasos supra‑­ aórticos e do arco. Observamos acidentes vasculares encefálicos leves e graves e estamos testando o posicionamento de bainha para permitir a colocação de dispositivos de proteção embólica durante o procedimento. Também estamos cientes de significativos trombos aórticos e doença oclusiva dos troncos supra‑aórticos, o que deve‑ riam ser contraindicações relativas para essa técnica. Apesar de os resultados iniciais em nível mundial serem relativamente esparsos, eles revelam um caráter significativamente promissor. Com base na nossa experiência, acreditamos que pacientes de baixo risco, sem histórico de procedimentos cardíacos, deveriam passar por cirur‑ gia convencional aberta ou híbrida, e recomendamos considerar o procedimento ramificado do arco apenas em pacientes de alto ris‑ co para o tratamento convencional ou naqueles para os quais se prevê a dificuldade de uma segunda cirurgia.

Técnicas de fenestração in situ e da “chaminé” (“cano de espingarda”) Figura 29.4 Endoprótese ramificada de Inoue Esses fatores, juntamente ao sucesso conquistado no trata‑ mento endovascular de aneurismas toracoabdominais usando en‑ dopróteses ramificadas, acarretaram aprimoramento do projeto e mudança de pensamento em relação ao método de introdução do dispositivo, resultando em uma endoprótese multirramificada inédita e feita sob medida, por via de acesso transfemoral (Figura 29.6). Em 2009, nosso grupo realizou o primeiro implante do mundo de endoprótese ramificada para o arco e tratou, de maneira bem‑su‑ cedida, um homem de 79 anos de idade com aneurisma do arco de 6,5cm e aneurisma torácico descendente de 5,4cm. Relatamos nossa experiência inicial usando essa nova endoprótese para tratar aneurismas do arco aórtico em seis pacientes, com sucesso técnico

A

B

As técnicas de fenestração in situ e da “chaminé” (Figura 29.7) foram propostas, mas endoleaks prolongados antes do selamen‑ to definitivo, dificuldades técnicas na definição do tamanho dos dispositivos e estabilidade em longo prazo são preocupações re‑ levantes.31‑33 Uma experiência impressionante com endopróteses fenestradas foi desenvolvida no Japão8 e aguardam‑se os resul‑ tados de um estudo clínico em andamento para esclarecer as questões relativas à segurança e à eficácia desses dispositivos. A ramificação total do arco aórtico com fenestrações in situ também foi descrita em relatos de caso.34‑36 A vigilância contínua dessas endopróteses não está disponível e fenestrar uma endoprótese in situ apresenta risco em potencial de perda da integridade em lon‑ go prazo. Paralelamente, os resultados iniciais de endopróteses em “chaminé” são animadores,37 mas a durabilidade em longo prazo permanece desconhecida. Até estarem disponíveis mais pacientes e acompanhamentos mais longos, as endopróteses em “chaminé”

C

Figura 29.5 (A a C) Técnica e dispositivo bimodular. Bypass carótida‑carótida e transposição da artéria subclávia esquerda para artéria ca‑

rótida direita. O dispositivo é, então, inserido e fixado com um conduto suturado no tronco braquiocefálico (A). A canulação do “membro contralateral” se dá pelo acesso femoral retrógrado (B). O dispositivo torácico distal é inserido no segmento de sobreposição e fixado (C)

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Capítulo

41

Isquemia Visceral Jeferson Freitas Toregeani Carlos Augusto Schreiner Fabiano Luiz Erzinger

INTRODUÇÃO As vísceras abdominais são vascularizadas, basicamente, por três grandes troncos arteriais: o tronco celíaco e as artérias mesenté‑ ricas superior e inferior. Existem outras possíveis colaterais que podem auxiliar no suprimento sanguíneo visceral, como as arté‑ rias lombares, as artérias intercostais e as artérias pudendas in‑ ternas e externas. Diminuição do fluxo sanguíneo nesses vasos pode acarretar graus variados de isquemia, que pode se instalar de maneira agu‑ da (horas) ou crônica (meses a anos). Vários fatores podem influir nas manifestações de uma obstrução arterial visceral, entre eles qual ou quais vasos estejam comprometidos, o tempo de instala‑ ção e a presença, ou não, de bolo alimentar. Os pacientes com isquemia visceral devem ser corretamente avaliados, diagnosticados e tratados, em especial em casos agu‑ dos, nos quais nunca se pode postergar o tratamento, pois o prog‑ nóstico piora a cada hora após o evento inicial.

ANATOMIA Os ramos que nutrem as vísceras emergem da aorta abdominal, em um segmento que vai desde o hiato diafragmático até na al‑ tura da vértebra T12, até a bifurcação aórtica, na altura da vérte‑ bra L4.1 A aorta tem um diâmetro médio que pode variar de 16 a 23mm no sexo masculino e de 15 a 19mm no sexo feminino.2,3 Os ramos da aorta abdominal podem ser classificados como an‑ teriores, laterais e dorsais. Os ramos anteriores nutrem as vísceras abdominais e constituem o tronco celíaco (TC), primeiro ramo da aorta; a artéria mesentérica superior (AMS) e a artéria mesentéri‑ ca inferior (AMI). O TC tem origem na altura das vértebras T11 a L1, e comprimento médio de 1,5 a 2cm. Na literatura, o diâmetro do TC varia de 4,9 a 8,2mm.3 O TC divide‑se em artéria hepáti‑ ca comum, artéria esplênica e artéria gástrica esquerda. A artéria gástrica esquerda supre a pequena curvatura do estômago e faz anastomose com a artéria gástrica direita, ramo da artéria hepática comum. A artéria hepática comum também tem origem na artéria hepática própria (nutre o fígado) e na artéria gastroduodenal (nutre a porção distal do estômago e duodeno). A artéria gastroduodenal dá origem à artéria gastroepiploica, que supre a grande curvatura do estômago. A artéria esplênica irriga o baço.4 A origem da AMS localiza‑se na altura das vértebras L1 e L2, em angulação de 20 a 30°. Na literatura, o diâmetro da AMS varia de 5,6 a 9,1mm. Os principais ramos são a artéria pancreatico‑ duodenal inferior, os ramos jejunais e ileais, a artéria ileocólica, a artéria cólica direita e a artéria cólica média. A AMS leva suprimen‑ to sanguíneo para o duodeno distal, o jejuno, o íleo e o cólon até o ângulo esplênico.4 A arcada doudenopancreática é a via colate‑ ral entre o TC e a AMS. É formada pela artéria pancreatoduodenal

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superior, ramo da artéria hepática, e pela artéria pancreatoduode‑ nal inferior, primeiro ramo da AMS (Figura 41.1). A AMI origina‑se cerca de 3 a 4cm acima da bifurcação aórti‑ ca, ao nível das vértebras L3 e L4, aproximadamente 5cm abaixo da origem da AMS.4,5 O diâmetro da AMI varia de 2,5 a 4,5mm.3 Nutre a porção distal do cólon transverso, o cólon esquerdo, o sig‑ moide e os dois terços superiores do reto. Os principais ramos são a artéria cólica esquerda, a artéria sigmoidéia e a artéria retal su‑ perior. A AMS e a AMI conectam‑se pela arcada de Riolan e pela artéria marginal de Drummond (Figura 41.2). Os ramos laterais são constituídos principalmente pelas arté‑ rias que nutrem a suprarrenal, os rins e as gônadas. As artérias renais (AR) originam‑se logo abaixo da AMS. A AR direita geral‑ mente está em um nível mais alto do que a esquerda. O diâmetro das AR pode variar de 4,7 a 9,1mm.3 A AR direita cursa sobre a veia cava inferior proximalmente e sobre a pelve renal direita dis‑ talmente, na altura da segunda vértebra lombar. A AR esquerda é mais curta e mais baixa que a direita, cursando distalmente so‑ bre a pelve renal esquerda também na altura da segunda vértebra lombar.6,7 Em mais de 70% dos casos, as artérias gonadais ori‑ ginam‑se abaixo das artérias renais, entre a segunda e a terceira vértebras lombares.8 Os ramos dorsais são constituídos pelas artérias que nutrem a parede da aorta, a coluna vertebral, o canal vertebral e a medula espinhal, incluindo as artérias lombares e a artéria sacral media‑ na, próximo à bifurcação da aorta.9 Os níveis anatômicos de cada ramo estão descritos na Tabela 41.1.

Artéria hepática

Artéria pancreatoduodenal superior

Arcada pancreatoduodenal

Artéria pancreatoduodenal inferior

Artéri Artéria mesentérica superior

A Figura 41.1 Arcada pancreatoduodenal

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Capítulo 41

Isquemia Visceral

525

ISQUEMIA VISCERAL CRÔNICA A isquemia visceral crônica (CVI; do inglês, chronic visceral is‑ chemia) corresponde a um quadro clínico que se manifesta por dor abdominal pós‑prandial decorrente de hipoperfusão intestinal relacionada à obstrução parcial ou total de grandes vasos visce‑ rais. Descrita por Goodman, em 1918, como angina abdominal, foi tratada pela primeira vez, com sucesso, por Shaw & Maynard em 1958, por meio de endarterectomia da artéria mesentérica superior. Desde então, a reconstrução cirúrgica tornou‑se o tra‑ tamento padrão para CVI. Em 1980, Furrer et al.22 relataram o primeiro caso de angioplastia mesentérica percutânea bem‑su‑ cedida. A morbidade e a mortalidade perioperatórias do trata‑ mento endovascular são menores, mas os resultados em longo prazo, o alívio dos sintomas e o tempo livre de intervenções são melhores na cirurgia aberta.23

Artéria mesentérica superior

Artéria Artéri mesentérica inferior

Fisiopatologia O suprimento arterial visceral é formado por três grandes tron‑ cos, que estabelecem conexões entre si, criando uma rede de colaterais que pode compensar estenoses isoladas do TC, da AMS ou da AMI.24 A hipoperfusão clínica geralmente decorre de múltiplas estenoses que acarretam redução de mais de 75% do fluxo arterial, resultando em metabolismo inadequado na pa‑ rede intestinal.25 A circulação visceral é influenciada pela presença de alimen‑ tos no tubo intestinal, que representa, para o intestino, o mesmo que o exercício para o músculo estriado. Apesar de possuir gran‑ de quantidade de vasos, a extração de oxigênio é baixa nas arté‑ rias intestinais em condições de jejum. Essa fisiologia permite que o fígado receba oxigênio suficiente pela veia porta, por exemplo.

Arcada de Riolan

B Figura 41.2 Arcada de Riolan

Tabela 41.1 Nível anatômico, diâmetro da aorta e seus principais ramos Elemento anatômico

Nível

Diâmetro médio da aorta (mm)

Diâmetro médio do ramo (mm)

Referências

Origem na aorta abdominal

T12

21,4

Joh et al. (2013)2

Artérias frênicas inferiores

T12

21,4

1,44

Esen et al. (2017)10

Tronco celíaco

T12

21,4

7,2

Pinal‑Garcia et al. (2018)11

Ligamento arqueado

T12‑L1

21,4

Santos et al. (2019)12

Artéria mesentérica superior

L1

21,3

5,6 a 10,9

Allison et al. (2018)13 Niscoveanu & Bazx (2016)14

Artérias suprarrenais

L1

19,5

1,5

Tubbs & Louka (2016)15

Artérias renais

L1‑L2

19,5

5,6 a 9,1

Joh et al. (2013)2 Michalinos et al. (2016)3

Veia renal esquerda

L2‑L3

19,5

12

Bowdino & Shaw (2020)16

Artérias espinais

L1‑L3

19,5

0,42 a 0,56

Arslan et al. (2011)17

Artérias gonadais

L2‑L3

19,3

0,2 a 1,9

Raman & Goldstein (2004)18 Kotian et al. (2016)19

Artéria mesentérica inferior

L3

19,3

2,5 a 4,5

Joh et al. (2013)2

Artérias lombares

L2‑L4

19,3

2,05 a 3,25

Arslan et al. (2011)17

Artéria sacral mediana

L4

18,6

1,34

Colak et al. (2016)20

Bifurcação aórtica

L4

18,6

Allison et al. (2018)13

Fonte: adaptada de Toregeani et al., 2020.21

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Parte V

Procedimentos Venosos

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Capítulo 49

Tratamento Endovascular de Trombose Venosa Profunda Iliofemoral | 633

Capítulo 50

Filtros de Veia Cava | 643

Capítulo 51

Termoablação por Radiofrequência no Tratamento de Varizes dos Membros Inferiores | 655

Capítulo 52

Termoablação de Safena com Laser | 668

Capítulo 53

Injeção de Espuma para o Tratamento da Insuficiência Venosa Crônica | 683

Capítulo 54

Tratamento Endovascular de Tromboembolia Pulmonar Maciça | 691

Capítulo 55

Tratamento Endovascular da Obstrução Venosa Crônica do Segmento Femoroilíaco‑Cavo | 704

Capítulo 56

Congestão Venosa Pélvica e Síndromes Compressivas Venosas | 726

Capítulo 57

Tratamento Endovascular de Varicocele | 747

Capítulo 58

Tratamento Endovascular da Síndrome da Veia Cava Superior | 753

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RUBIO-0058_Cirurgia EA_BOOK.indb 632

10/05/2022 10:50:54


Capítulo

56

Congestão Venosa Pélvica e Síndromes Compressivas Venosas Arlindo Nascimento de Lemos Junior

INTRODUÇÃO

FISIOPATOLOGIA DA CONGESTÃO PÉLVICA

A doença venosa apresenta‑se, na maioria das vezes, como vari‑ zes dos membros inferiores, mas sua progressão causa sintomas de dor incapacitante, edema crônico, manchas ocres e úlceras na perna, de difícil cicatrização. O custo social da doença venosa crônica alcança cifras astronômicas em todo o sistema de saúde e previdência social, algo em torno de US$3 bilhões nos Estados Unidos da América (EUA) ao ano, totalizando cerca de 2% no or‑ çamento de saúde e previdência nos países ocidentais. A prevalência de varizes nas populações varia entre os paí‑ ses; a taxa média de incidência encontra‑se em torno de 39,4 a cada mil homens e 51,9 a cada mil mulheres. No Brasil, Maffei et al., em 1986,1 em estudo com 1.755 pessoas, en‑ controu taxa de prevalência de 37,9% em homens e 50,9% em mulheres. A associação de varizes pélvicas com varizes reci‑ divadas dos membros inferiores pode ocorrer em até 17% dos casos (Tabela 56.1).2 Para efeitos didáticos e para melhor compreensão da síndro‑ me de congestão pélvica, este capítulo será dividido nos seguin‑ tes temas: Fisiopatologia da congestão pélvica. Síndrome de “quebra‑nozes”. Síndrome de May‑Thurner ou síndrome de Cockett. Varizes pélvicas. Sintomas de congestão pélvica. Métodos diagnósticos. Diagnóstico diferencial. Tratamento.

Algumas teorias tentam explicar a fisiopatologia da congestão pélvica. A mais recente e que traz um raciocínio lógico é a do dr. J. Leal Monedero (2004),4 e consiste em distribuir a doença em dois grupos: o das forças centrípetas e o das forças centrífugas. É de extrema importância distinguir em qual grupo o paciente se encontra, pois o tratamento difere, uma vez que nos pacien‑ tes com compressões realiza‑se angioplastia com colocação de Stent; já naqueles com varizes pélvicas, realiza‑se embolização das varizes. Deve‑se ter especial atenção ao tratar das trombo‑ ses no eixo ilíaco‑cava, pois em determinados casos a recanali‑ zação por meio de técnicas endovasculares pode contribuir para melhora clínica. Grupo das forças centrípetas: caracteriza‑se por dificuldade de retorno venoso por causa de compressão de veia de drenagem abdominal ou pélvica. Abrange as compressões causadas pela síndrome de “quebra‑nozes” e pela síndrome de May‑Thurner, ou mesmo as oclusões causadas por trombose das veias cava inferior e ilíacas. Grupo das forças centrífugas: formado pelos casos de refluxo pelas veias gonadais e por comunicação com as veias pélvi‑ cas e as veias dos membros inferiores. Nesse grupo estão in‑ cluídas as varizes pélvicas (mulheres) e a varicocele (homens).

Síndrome de “Quebra‑Nozes” (Nutcracker) A primeira citação na literatura data de 1950, quando El‑Sadr & Mina5 descreveram o fenômeno. O termo nutcracker é atribuído a

Tabela 56.1 Prevalência de doença venosa em populações de diferentes países Primeiro autor

Ano

País

Grupo amostral

Homens

Mulheres

Mekky

1969

Egito

467

5,8

Mekky

1969

Inglaterra

504

32,1

Coon

1973

EUA

6.389

12,9

25,9

Abramson

1981

Israel

4.802

10,4

29,5

Maffei

1986

Brasil

1.755

37,9

50,9

Franks

1992

Inglaterra

1.338

17,4

31,6

Komsuoglu

1994

Turquia

850

34,5

38,3

Sisto

1995

Finlândia

8.000

6,8

24,6

Evans

1999

Escócia

1.566

39,7

32,2

Criqui

2003

EUA

2.211

15

27,7

Fonte: adaptada de Milic, 2011.3

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Capítulo 56

Congestão Venosa Pélvica e Síndromes Compressivas Venosas

Schepper (1972),6 mas foi descrito primeiramente por Chait et al. (1971).7 Os primeiros estudos anatômicos datam de 1937, com as observações de Grant.8 A típica compressão da veia renal se dá entre a aorta e a artéria mesentérica superior, sendo chamada de “quebra‑nozes” anterior. Menos frequente, a compressão ocor‑ re na terceira porção do duodeno e encontra‑se na frente da veia renal esquerda, a chamada síndrome da artéria mesentérica su‑ perior (síndrome de Wilkie). A veia renal pode ser retroaórtica ou circunferencial à aorta, sendo a compressão entre a aorta e o cor‑ po vertebral chamada de “quebra‑nozes” posterior (Figuras 56.1 a 56.3).

727

A compressão da veia renal esquerda pode ocorrer em conse‑ quência da presença de neoplasia pancreática, linfadenopatia pe‑ riaórtica ou neoplasias retroperitoneais, ou de tecido fibrótico local entre a aorta e a artéria mesentérica superior. A síndrome ocorre mais frequentemente em mulheres entre a segunda e a terceira décadas de vida. Os sintomas podem variar de micro‑hematúria assintomática até congestão pélvica. Os sintomas podem ser agravados por ati‑ vidade física, com o aparecimento de hematúria, dor pélvica, pro‑ teinúria ortostática, varicocele e intolerância ortostática. Hematúria é o sintoma mais comum e pode ser diagnosticada inicialmente

A

Figura 56.2 Angiotomografia evidenciando varizes pélvicas do lado esquerdo em paciente portadora da síndrome de “quebra‑nozes”

B Figura 56.1 (A e B) Comparação de imagem do ângulo formado pela

artéria mesentérica superior e a aorta, para analogia com um que‑ bra‑nozes

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Figura 56.3 Ilustração demonstrando compressão anterior

10/05/2022 10:51:55


Capítulo

Tratamento Endovascular da Síndrome da Veia Cava Superior

58

Marcelo Soeiro Santos Sergio Quilici Belczak

BREVE HISTÓRICO

INTRODUÇÃO

O primeiro registro da síndrome da veia cava superior (VCS) ocor‑ reu em 1957 e foi publicado por William Hunter, que se referia a um paciente que desenvolvera aneurisma sifilítico da aorta toráci‑ ca associado à obstrução da VCS.1 Na época em que não se conheciam os antibióticos, as cau‑ sas mais frequentes de síndrome da VCS eram aneurismas sifilíti‑ cos da aorta torácica, tuberculose mediastinal fibrosante e outras complicações decorrentes de infecções crônicas não tratadas.2,3 Em 1954, foi publicada por Schedter uma série de 274 casos, dos quais 40% eram causados por doenças infecciosas, como sí‑ filis e tuberculose mediastinal.4 Atualmente, o câncer de pulmão é responsável pela grande maioria dos casos (cerca de 70%), e doenças malignas do me‑ diastino (Figura 58.1) e fibroses mediastinais não malignas, as‑ sim como tromboses relacionadas com cateteres, são responsáveis pela maioria dos casos restantes. Sabe‑se, hoje, que não apenas 5% das causas são de natureza benigna; existe uma incidência maior, em consequência do uso crescente de dispositivos intravas‑ culares, como marca‑passos e cateteres venosos, ainda não bem estabelecida em percentuais.4,5 Há, atualmente, uma incidência crescente e expressiva do desenvolvimento de síndrome da VCS em pacientes renais crônicos com vários acessos prévios para di‑ álise em veias jugulares e subclávias.

Por definição, a síndrome da VCS é expressão clínica de obstru‑ ção ao fluxo sanguíneo na VCS, acarretando bloqueio da drenagem venosa de cabeça, pescoço, parte superior do tronco e membros superiores.3 A obstrução da VCS pode ser causada por compressão extrín‑ seca, invasão tumoral ou trombose, ou por dificuldade de retorno venoso ao coração secundária às doenças intra‑arteriais ou intralu‑ minais. Vale lembrar que, além da VCS, a oclusão pode envolver troncos venosos braquiocefálicos, veias subclávias e veias jugulares. Os sinais e sintomas da síndrome variam de acordo com a lo‑ calização da obstrução do fluxo e o tempo de oclusão (intermi‑ tente ou súbita). O tratamento a ser instituído depende basicamente da etiologia da síndrome da VCS e da gravidade dos sintomas. Por ser o câncer de pulmão a principal causa da síndrome, o tratamento paliativo com radioterapia e/ou quimioterapia era tra‑ dicionalmente a abordagem principal. No entanto, em casos de tumores agressivos que promovem obstrução aguda ao fluxo san‑ guíneo da VCS, relacionada ou não à trombose desse vaso sem o desenvolvimento de circulação colateral, os sinais e sintomas apa‑ recem subitamente, apresentando‑se como situação de emergência. Nesses casos, a terapia endovascular pode proporcionar alívio ime‑ diato dos sintomas de maneira pouco invasiva, constituindo uma

L3M1

A

L3

B

Figura 58.1 (A e B) Imagens de tomografia por emissão de pósitrons. A área brilhante evidencia neoplasia na região superior do mediastiano que comprime a veia cava superior e o tronco venoso braquiocefálico esquerdo

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10/05/2022 10:52:07


Capítulo 58

Tratamento Endovascular da Síndrome da Veia Cava Superior

757

Veia braquiocefálica esquerda

Veia hemiázigo acessória

Veia hemiázigo acessória Veia ázigos

Veia hemiázigo

Tipo I

A

Tipo II

Veia hemiázigo

B

Veia torácica interna

Veia hemiázigo acessória Veia intercostal superior direita

Tipo III

Veia hemiázigo

Colaterais da parede torácica

C

Tipo IV

D

Veia epigástrica

Figura 58.2 (A a D) Ilustrações dos padrões flebográficos encontrados na síndrome da veia cava superior por Stanford & Doty em 14 dias. Pacientes com linfomas tiveram melhor resposta à radioterapia do que aqueles portadores de carcinoma broncogêni‑ co. Falência da radioterapia em obter alívio dos sintomas ocorreu em 13% dos casos e pareceu estar associada à presença de ou‑ tros problemas, como trombos na veia cava superior. A síndrome da VCS refratária ou recorrente, especialmente nos pacientes que receberam irradiação prévia, pode exigir a colocação de Stents in‑ travasculares para o restabelecimento da perviedade da VCS.34

Quimioterapia A quimioterapia pode ser resolutiva tanto como terapia primária quanto em combinação com radioterapia no tratamento da síndrome da VCS secundária a cânceres quimiossensíveis, como o linfoma e o carcinoma de pequenas células de pulmão. Para que a quimio‑ terapia possa ser indicada, é imprescindível que o diagnóstico his‑ tológico seja conhecido. Com o desenvolvimento de combinações de fármacos efetivos nas últimas décadas, a quimioterapia passou a ser utilizada como tratamento‑padrão em pacientes com síndro‑ me da VCS que tenha como etiologia o carcinoma pulmonar de pe‑ quenas células. Em uma revisão da experiência do M. D. Anderson

RUBIO-0058_Cirurgia EA_BOOK.indb 757

Hospital nos EUA em síndrome da VCS em decorrência do carci‑ noma pulmonar de pequenas células, 18 pacientes foram tratados com radioterapia isolada, 18 com quimioterapia sistêmica e sete pacientes com quimioterapia e radioterapia combinadas.33 Todas as modalidades terapêuticas foram rapidamente efetivas em aliviar os sintomas de obstrução da VCS, apesar de a quimioterapia iso‑ lada ter sido associada a um número maior de mortes precoces. A quimioterapia também pode ser utilizada como tratamento inicial para pacientes com síndrome da VCS em razão de linfomas e ou‑ tros cânceres com alta sensibilidade às substâncias quimioterápicas. Desse modo, a quimioterapia pode ser altamente efetiva e oferece uma alternativa à radioterapia na abordagem inicial da síndrome da VCS devido a linfomas e câncer pulmonar de grandes células.

Tratamento clínico Nos casos de oclusão da VCS, deve‑se administrar heparina não fracionada por via endovenosa ou heparina de baixo peso mole‑ cular, seguida de anticoagulação plena com o objetivo de preven‑ ção da recidiva e proteção da circulação colateral. Pacientes com doenças malignas ou trombofilia como causa podem requerer

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Parte VI

Outros Procedimentos Endovasculares

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Capítulo 59

Acesso Transradial para Procedimentos Endovasculares Periféricos | 767

Capítulo 60

Acesso Venoso para Hemodiálise | 771

Capítulo 61

Acessos Vasculares Totalmente Implantáveis | 780

Capítulo 62

Tratamento Endovascular em Acessos Vasculares para Hemodiálise | 788

Capítulo 63

Embolização de Malformações Vasculares Arteriovenosas | 797

Capítulo 64

Abordagem Endovascular do Trauma | 808

Capítulo 65

Embolização de Miomas Uterinos | 819

Capítulo 66

Tratamento Endovascular de Tumores Hepáticos | 830

Capítulo 67

Embolização das Artérias Prostáticas para Tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna | 840

Capítulo 68

Shunt Portossistêmico Intra‑hepático Transjugular | 857

Capítulo 69

Tratamento Endovascular de Hemorragia Digestiva Aguda | 864

10/05/2022 10:52:11


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Capítulo

61

Acessos Vasculares Totalmente Implantáveis Antonio Eduardo Zerati

INTRODUÇÃO Muitas vezes, os acessos vasculares são essenciais no tratamento de pacientes com as mais diversas doenças. Além de possibilita‑ rem a infusão de medicamentos e hemoderivados, também per‑ mitem a coleta de amostras de sangue para análise laboratorial, a monitoração de parâmetros hemodinâmicos, a nutrição parenteral e a realização de procedimentos indispensáveis para manutenção da vida, como sessões de hemodiálise. Historicamente, temos em sir Christopher Wren o pioneiro na infusão de solução endovenosa em cães, utilizando para isso uma pena de ganso conectada a uma bexiga de suíno em 1656.1 Blundell, em 1818, realizou a primeira transfusão de sangue entre humanos.2 Em 1952, o acesso por punção da veia subclávia foi descrito por Aubaniac, um cirurgião militar francês, para reposição rápida de fluidos em pacientes em choque hipovolêmico causado por ferimentos em conflitos militares.3 Com o avanço da Medicina, surgiram situações nas quais esses acessos eram necessários por períodos cada vez mais prolongados. Visando suprir essa necessidade, Broviac et al. (1973)4 criaram o primeiro dispositivo implantado com tunelização subcutânea en‑ tre o local de inserção vascular e sua exteriorização na parede an‑ terior do tórax. Esses cateteres eram de silicone e continham um anel de dácron no segmento do dispositivo posicionado no tecido subcutâneo, gerando um processo inflamatório com consequente aderência desse anel, permitindo melhor fixação do cateter. Os cateteres totalmente implantáveis são dispositivos que têm sua extremidade distal posicionada próximo ao átrio direito, já a outra ponta fica conectada a um reservatório inserido no tecido subcutâneo (Figura 61.1). Como nenhuma porção do dispositivo fica exposta, há menor risco de complicações infecciosas em rela‑ ção aos cateteres semi‑implantáveis, além da vantagem de cará‑ ter estético. Essa modalidade de cateter surgiu no início dos anos 1970, quando Belin et al. (1972)5 descreveram o implante de um cateter venoso central com câmara subcutânea para infusão de nutrição parenteral. Em 1982, Niederhuber et al. (1982)6 mos‑ traram os resultados de 30 dispositivos totalmente implantáveis para tratamento de pacientes com câncer, sendo 20 dispositivos com a extremidade em posição venosa central e os demais com implante arterial. O desenvolvimento tanto dos materiais quanto das técnicas de implante foi determinante para a disseminação do uso desses cateteres, especialmente para pacientes em tratamento quimioterápico. Estima‑se que 150 mil novos cateteres totalmente implantáveis sejam colocados anualmente em pacientes nos EUA.7

TIPOS DE CATETERES TOTALMENTE IMPLANTÁVEIS Quanto ao material, atualmente há reservatórios de silicone, plás‑ tico ou titânio, com câmara simples ou dupla; os de câmara dupla permitem a infusão simultânea de fármacos em câmaras separadas.

RUBIO-0058_Cirurgia EA_BOOK.indb 780

Os tamanhos variam, sendo os de menor perfil mais adequados para pacientes emagrecidos, com tecido subcutâneo exíguo, e para implante periférico (p. ex., no membro superior). Os cateteres, por sua vez, são confeccionados de silicone ou po‑ liuretano, havendo modelos com ponta aberta ou valvulada (Figura 61.2). Em alguns modelos, a válvula fica posicionada no reserva‑ tório. A vantagem dos cateteres valvulados seria diminuir a ocor‑ rência de mau funcionamento causado por trombos intracateter, pelo fato de evitarem refluxo sanguíneo inadvertido. A superiorida‑ de dos cateteres valvulados, entretanto, não está comprovada.8,9 Alguns dos novos modelos de cateteres são mais resistentes, e permitem a infusão de fluidos com maior pressão (até 5mL/s, 300psi), como na injeção de contraste pelo cateter em exames de imagem (p. ex., Vaxcel® – Navilyst, Dignity® – Medcomp, PowerPort® – Bard).

INDICAÇÕES As principais indicações para a colocação de cateteres totalmente implantáveis são necessidade de acesso venoso frequente, uso de fármacos vesicantes e inadequação do sistema venoso periférico. A utilização desses cateteres requer a punção percutânea do reservatório, motivo pelo qual esses dispositivos são mais indi‑ cados para uso intermitente, poupando a pele nos intervalos do tratamento. Nos casos de utilização contínua (p. ex., nutrição pa‑ renteral ou antibioticoterapia prolongada), os cateteres semi‑im‑ plantáveis são mais adequados, assim como nos indivíduos que requerem transfusão de hemoderivados com frequência, já que o cateter totalmente implantável tem menor calibre que os semi‑im‑ plantáveis, com maior risco de obstrução.

Entrada na veia

Ponta do cateter

Reservatório

Figura 61.1 Cateter totalmente implantável inserido pela veia sub‑

clávia com reservatório na parede anterior do hemitórax direito. Ponta do cateter na junção átrio‑cava Fonte: © iStock.com/alexluengo.

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Capítulo 61

Acessos Vasculares Totalmente Implantáveis

781

A

B

C

Figura 61.3 Punção da veia jugular interna direita guiada por ultras‑ som

Figura 61.2 (A a C) Cateter com válvula (fenda lateral) na ponta.

Pressão positiva durante a infusão faz com que a fenda se abra e permita a passagem do medicamento (A). Em repouso, a válvula mantém‑se fechada (B). A pressão negativa provocada pela aspira‑ ção resulta em abertura da válvula e refluxo de sangue (C)

TÉCNICA DE IMPLANTE A operação de implante desses cateteres deve ser realizada em ambiente próprio, com o paciente sob monitoração de dados vi‑ tais e com suporte de imagem, especialmente de um aparelho de radioscopia. Em geral, essa estrutura é oferecida em centros ci‑ rúrgicos e salas de radiointervenção. O tipo de anestesia dependerá das condições clínicas do pa‑ ciente e da preferência da equipe cirúrgica. Geralmente, a anestesia local associada à sedação é suficiente. Por se tratar de operação limpa, não é indicada antibioticoprofilaxia. A escolha do local de implante deve considerar a veia através da qual será introduzido o cateter e o local em que será criada a loja do reservatório. Exames de imagem que o paciente já tenha realizado para estadiamento do câncer, como a tomografia de tórax, devem ser checados, a fim de que se possa diagnosticar condições como trombose e/ou compressão de veias centrais.

VJI CA

A

Local de introdução As principais vias de acesso são as veias jugular interna, subclávia, jugular externa, cefálica, basílica, femoral e safena interna. Apesar dos bons resultados obtidos com cateteres implantados através de veias dos membros inferiores,10 a preferência é por vasos que dre‑ nem para o sistema cava superior.11 A técnica de acesso depende do vaso selecionado. Com frequên‑ cia, veias superficiais (jugular externa, cefálica, basílica e safena) são acessadas por dissecção, já as profundas (jugular interna, subclávia e femoral) são abordadas por punção. O refinamento dos materiais (agulhas, fios‑guia) faz com que a punção de veias profundas seja o procedimento de escolha na maioria dos centros. A utilização de ul‑ trassom em sala cirúrgica torna possível a avaliação da veia escolhida para punção, permitindo que trombose assintomática seja diagnosti‑ cada antes do início da operação. Além disso, esse recurso permite a punção guiada por ultrassom, reduzindo os riscos de acidentes, como punção arterial e pneumotórax (Figuras 61.3 e 61.4).

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VJI

CA

B Figura 61.4 (A e B) O ultrassom permite que se acompanhe o traje‑

to da agulha (seta) até a veia jugular interna (A). Agulha com a pon‑ ta no interior da veia jugular interna (seta) (B) VJI: veia jugular interna; CA: artéria carótida.

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Capítulo

68

Shunt Portossistêmico Intra‑hepático Transjugular Denis Szejnfeld

INTRODUÇÃO Assim como ocorre com outras inovações na Medicina, muitas ve‑ zes a ideia precede a possibilidade técnica de executá‑la. O shunt portossistêmico intra‑hepático transjugular (TIPS) é um exem‑ plo clássico desse paradigma. Em 1969, o Dr. Rosch, médico da Checoslováquia, descreveu a primeira técnica de criação de shunt portossistêmico em caninos.1 Naquela época, em que ainda não se dispunha de balões ou Stents, não havia maneira técnica de manter o shunt aberto. Mais de 10 anos se passaram até que, em 1982, o Dr. Colapinto, médico canadense, descreveu, pela primeira vez, a aplicação dessa técnica em humanos, a partir da adaptação de agulha estilete,2 e, posteriormente, quando utilizou um balão de angioplastia para criar o shunt em pacientes com he‑ morragia digestiva alta.3 Novamente a ideia não prosperou, pois ocorreu trombose do trajeto de maneira precoce. Mais alguns anos se passaram e somente com o advento do stent metálico a técnica foi retomada, em 1988, pelo médico alemão Richter, que utilizou stents Palmaz e baskets como marcadores para criar o shunt.4 Desde então, o TIPS tornou‑se um procedimento seguro e rea‑ lizado em todos os grandes centros que atendem pacientes com hepatopatias. Atualmente, as indicações são bem estabelecidas, com base em literatura madura.

TÉCNICA PARA CRIAÇÃO DE TIPS A colocação ou criação do TIPS equivale à criação de um shunt ou um bypass entre a circulação portal e a circulação sistêmica feita de maneira endovascular minimamente invasiva. De maneira sucinta e objetiva, o procedimento padrão consis‑ te nos seguintes passos: Punção da veia jugular (preferencialmente a direita), seguida de venografia hepática com o intuito de verificar perviedade e esco‑ lher a veia com a qual se quer fazer o shunt (usualmente, a veia escolhida é a veia hepática direita, em virtude de seu maior cali‑ bre e sua posição posterior ao ramo portal direito) (Figura 68.1). Punção portal através da veia hepática utilizando‑se sistema coaxial, que consiste em cânula metálica angulada (Figura 68.2) (utilizada para direcionar a punção) e um conjunto de cateteres com estilete interno (agulha de Colapinto), usado para a punção propriamente dita. Usualmente, a técnica pa‑ drão busca puncionar o ramo portal direito, alguns centímetros após a bifurcação. Punção muito próxima ao hilo pode redun‑ dar em punção inadvertida da porta extra‑hepática e ocasio‑ nar hemorragia para a cavidade. Já a punção muito periférica pode causar fluxo ruim pela prótese e acarretar resultados clí‑ nicos insatisfatórios ou dificuldades técnicas de passagem de balão e stent, uma vez que punções muito periféricas acabam resultando em ângulos agudos e acotovelamento do trajeto. Para adequada localização do ramo portal, podem‑se adotar as seguintes estratégias:

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Figura 68.1 Venografia hepática obtida com cateter MP de 5Fr. Usu‑

almente escolhe‑se a veia hepática direita, que apresenta trajeto para a direita do paciente

A

B

Figura 68.2 (A e B) Kit RUPS 100 desmontado; podemos observar, da esquerda para a direita, os seguintes componentes: dilatador, conjunto introdutor longo de 10Fr, cateter de revestimento para cânula metálica, cânula metálica angulada, cateter reto de 0,038 e agulha flexível (A). Kit montado pronto para uso (B)

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Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

Realização de portografia indireta, obtida por meio da injeção

do menor índice de reintervenções, utiliza‑se o Stent próprio para TIPS (Viatorr®), que consiste em um Stent que apresenta uma área não revestida, semelhante a um Stent autoexpan‑ sível comum, e outra porção revestida com politetrafluoretile‑ no (PTFE). A ideia, quando se usa esse tipo de Stent, é que a porção não revestida seja posicionada no interior do sistema portal e, por não ser revestida, permite fluxo livre para os ra‑ mos portais dos lobos direito e esquerdo. Já a porção revestida é destinada a ficar no interior do parênquima hepático e, por ser revestida, impede o contato do shunt com pequenos ca‑ nalículos biliares que, invariavelmente, se abrem na dilatação do trajeto e que são responsáveis por ocluir precocemente o shunt. Dessa maneira, preserva‑se uma pequena quantidade de fluxo portal para o fígado, responsável por manter a nutrição hepática, e ao mesmo tempo mantém‑se uma parte revestida que prolonga a perviedade da prótese.

de contraste pela artéria mesentérica superior ou esplênica e esperando‑se o retorno venoso na veia porta. Esta técnica é a mais utilizada em nosso meio e requer que se faça também um acesso arterial, geralmente femoral (Figura 68.3). A portografia indireta também pode ser obtida com injeção de gás carbônico em cateter encunhado na veia hepática. Por esta técnica, o gás se difunde pelos sinusoides e opacifica o siste‑ ma portal. Esta técnica tem a vantagem de dispensar o acesso arterial (que pode agregar risco, especialmente em pacientes com coagulopatias). Entretanto, nem sempre o CO2 está am‑ plamente disponível. Alternativamente, a punção pode ser realizada com equipa‑ mento de ultrassom, seja por meio do ultrassom percutâneo transabdominal ou de uso de sonda de ultrassom intravascular (IVUS) na veia cava inferior. A técnica em que se utiliza IVUS é conhecida como TIPS. Outras formas de guiar a punção também podem ser utiliza‑ das, como a colocação ecoguiada de agulha de Chiba no ramo portal direito com intuito de servir de referência na punção. Ou, ainda, uma técnica combinada que consiste em realizar punção percutânea de maneira simultânea entre a veia porta direita e a veia hepática ou cava inferior e passagem de guia percutâneo que é laçado pelo cateter venoso e então se procede à substituição do guia, dando continuidade ao procedimento. Após obtenção do acesso portal, faz‑se avançar um fio‑guia para o interior da porta que garante o acesso obtido. Através desse guia, faz‑se avançar o cateter para obtenção de imagens diagnósticas, estudos de shunts e colaterais e men‑ suração do gradiente de pressão (Figura 68.4). Posteriormente, realiza‑se a dilatação do trajeto com balão de angioplastia (Figura 68.5) e, em seguida, coloca‑se o Stent, que pode ser metálico, autoexpansível ou revestido (Figura 68.6). Atualmente, em função do maior tempo de patência e

Uma lista de materiais básica para realização de TIPS consiste nos seguintes itens, que provavelmente serão utilizados nesta ordem: Agulha de punção: que será utilizada para punção da veia ju‑ gular interna direita e, eventualmente, para a punção femoral. Fio‑guia hidrofílico de 0,035, 150 a 180cm: será utilizado para acesso jugular e para auxiliar na seletivação das veias hepáticas e da artéria mesentérica superior (quando for feito acesso arterial combinado). Kit RUPS: 100 (Cook® Medical). Consiste nos seguintes itens: yyDilatador para acesso jugular. yyIntrodutor longo de 10Fr. yyCânula metálica angulada. yyCateter de 10Fr. yyCateter reto. yyEstilete.

Figura 68.3 Imagem obtida com injeção simultânea de contraste na

Figura 68.4 Portografia com injeção de contraste diretamente no

veia hepática e fase venosa tardia após injeção de contraste na ar‑ téria mesentérica superior (portografia indireta)

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OBSERVAÇÕES SOBRE A TÉCNICA Escolha dos materiais

sistema portal, após passagem de introdutor. Observar as colaterais gástricas

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Índice

A

Abciximabe, 48 Abertura dos exames, 263 Abordagem endovascular do trauma, 808 Acesso, 306 ‑ anterógrado, 338 ‑ contralateral, 306 ‑ e tipos de cateter, 240 ‑ ipsilateral, 306 ‑ para hemodiálise, 788 ‑ por membro superior, 306 ‑ retrógrado ‑ ‑ contralateral, 338 ‑ ‑ tibial ou podálico, 338 ‑ transradial, 767 ‑ ‑ para procedimentos endovasculares periféricos, 767 ‑ vascular(es), 375, 404, 559 ‑ ‑ aos ramos viscerais, 400, 406 ‑ ‑ para hemodiálise, 788 ‑ ‑ totalmente implantáveis, 780 ‑ ‑ ‑ complicações infecciosas, 782 ‑ ‑ ‑ complicações não infecciosas, 784 ‑ ‑ ‑ indicações, 780 ‑ ‑ ‑ técnica de implante, 781 ‑ venoso para hemodiálise, 771 ‑ ‑ indicações, 774 ‑ ‑ seleção do local, 775 ‑ ‑ técnicas de inserção, 776 ‑ ‑ tempo de permanência, 778 Acidente vascular encefálico agudo ‑ diagnóstico, 588 ‑ tratamento endovascular, 590 ‑ trombectomia mecânica no, 588 Acomodação, 111 Acompanhamento de acessos venosos, 286 Acotovelamento da bainha introdutora, 338 Adaptabilidade anatômica ao vaso, 608 Adesivo tissular (N‑butil cianoacrilato) ou cola, 802 AFX® System, 141 Agentes ‑ antagonistas dos anticoagulantes orais diretos, 54 ‑ embolizantes, 169, 850, 869 ‑ ‑ classificação dos, 169 ‑ ‑ líquidos, 580 ‑ ‑ permanentes, 869 ‑ ‑ temporários, 869 ‑ fibrinolíticos, 635 ‑ particulados, 850 Agulhas, 63 Álcool ‑ absoluto, 183 ‑ polivinílico, 176 ‑ ‑ em esferas, 177 Alteração do fluxo venoso, 754 Alto®, 142 Altura®, 145 Ampola, 19

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Amputações, 288 Anaconda® fenestrada, 419 Análise vascular, 274 Anatomia ‑ aplicada à cirurgia endovascular, 37 ‑ arterial, 231 ‑ ‑ da próstata, 842 ‑ da aorta e ramos, 37 ‑ da artéria femoral superficial, 325 ‑ do arco aórtico e seus ramos, 615 ‑ dos troncos supra‑aórticos, 615 ‑ radiológica, 216 ‑ vascular, 169 ‑ ‑ cervical e intracraniana, 45 ‑ ‑ dos membros ‑ ‑ ‑ inferiores, 43 ‑ ‑ ‑ superiores, 41 ‑ venosa torácica e abdominal, 40 Andexanet alfa, 54 Anestesia, 456 Aneurisma(s) ‑ cerebral(is), 557 ‑ ‑ não roto, 559 ‑ ‑ roto, 558 ‑ da aorta abdominal, 428 ‑ ‑ indicações para tratamento cirúrgico dos, 429 ‑ ‑ rotos tratamento endovascular dos, 454 ‑ ‑ tratamento endovascular de urgência dos, 446 ‑ da aorta ascendente, 356 ‑ da aorta toracoabdominal, 379 ‑ ‑ classificação anatômica, 379 ‑ ‑ epidemiologia, 379 ‑ ‑ etiologia e história natural, 379 ‑ ‑ indicações de tratamento, 382 ‑ ‑ programação endovascular, 383 ‑ ‑ técnica ‑ ‑ ‑ com endopróteses fenestradas e/ou endopróteses ramificadas, 387 ‑ ‑ ‑ com Stent de direcionamento de fluxo, 385 ‑ ‑ ‑ com Stents em paralelo – chimney endovascular aortic repair (CHEVAR), 385 ‑ ‑ ‑ híbrida – debranching, 384 ‑ ‑ tratamento endovascular, 152, 380 ‑ da artéria ‑ ‑ esplênica, 510 ‑ ‑ hepática, 513 ‑ ‑ ilíaca, 439 ‑ ‑ ‑ comum, 442 ‑ ‑ mesentérica ‑ ‑ ‑ inferior, 519 ‑ ‑ ‑ superior, 514 ‑ ‑ pancreática, gastroduodenal e pancreatoduodenal, 518 ‑ ‑ poplítea, 547 ‑ ‑ ‑ em urgência, 552 ‑ ‑ renal, 512

‑ ‑ viscerais, 510 ‑ da veia de galeno, 587 ‑ de aorta justarrenais, 409 ‑ de colo curto, 409, 414 ‑ dissecante, 558 ‑ do arco aórtico, 359 ‑ ‑ história natural dos, 359 ‑ do tronco celíaco, 516 ‑ fusiforme, 558 ‑ infeccioso/micótico, 558 ‑ justarrenais, 381, 409 ‑ pararrenais, 409, 414 ‑ paraviscerais, 409 ‑ sacular, 557 ‑ suprarrenais, 409 ‑ toracoabdominais, 381, 414 ‑ ‑ do tipo IV de Crawford‑Safi, 409 Angio‑Seal®, 192 Angiografia, 538, 800 ‑ cerebral, 222 ‑ ‑ digital com subtração, 223 ‑ de arco aórtico e troncos supra‑aórticos, 602 ‑ diagnóstica seletiva por cateter, 867 ‑ por punção direta, 800 ‑ por ressonância magnética, 602 ‑ pulmonar, 693 ‑ rotacional com reconstrução em 3D, 229 Angiopatia proliferativa, 587 Angioplastia, 111 ‑ carotídea com ‑ ‑ Stent, 602 ‑ ‑ uso de sistema de proteção cerebral por filtro, 609 ‑ ‑ uso de sistema oclusor – M.oM.a.® (Invatec), 609 ‑ com ou sem colocação de Stents, 81 ‑ de arco plantar, 345 ‑ femoral, 319 ‑ guiada pelo angiossoma, 344 ‑ ilíaca, 315 ‑ infrapoplítea de uma única artéria versus várias artérias, 344 ‑ intracraniana, 591 ‑ por balão, 345 ‑ unilateral e enxerto femorofemoral cruzado para pacientes de alto risco cirúrgico, 312 Angioplastia/liberação do Stent, 760 Angiorressonância magnética, 621 Angiossoma, 342 Angiotomografia, 455, 621 ‑ computadorizada, 865 ‑ da aorta, 433, 448 ‑ de arco aórtico e troncos supra‑aórticos, 602 ‑ venosa, 705 Angulações, 271 Antagonismo do receptor PAR‑1, 48 Anti‑impulse therapy, 475 Antiagregantes plaquetários, 48 ‑ parenterais, 48 Anticoagulação, 759

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Índice

Anticoagulantes, 49 ‑ orais diretos, 50, 54 Antiplasmina, 55 Aorfix® Endovascular Stent‑Graft, 142 Aorta ‑ abdominal, 38 ‑ ascendente, 37, 353, 367 ‑ descendente, 37, 353 ‑ torácica, 37, 353 ‑ ‑ descendente, 367 ‑ toracoabdominal, 404 Aortografia, 477 Apixabana, 54 Apoio, 103 Apolo® – Nano Endoluminal, 126 Arco ‑ aórtico, 37, 213, 353, 359, 367, 615, 616 ‑ ‑ híbrido tratamento do, 360 ‑ ‑ tipo I, 604 ‑ ‑ tipo II, 604 ‑ ‑ tipo III, 604 ‑ ‑ tipos de, 360 ‑ palmar profundo, 42 ‑ venoso dorsal, 44 Artéria(s) ‑ axilar, 41, 42, 68 ‑ braquial, 42, 68 ‑ carótida, 231 ‑ ‑ comum, 45, 46, 68 ‑ ‑ esquerda, 604 ‑ ‑ externa, 45 ‑ ‑ interna, 45, 231 ‑ coronária, 274 ‑ digestivas, 210 ‑ escapular dorsal direita, 616 ‑ femoral, 603 ‑ ‑ comum ‑ ‑ ‑ anterógrada, 66 ‑ ‑ ‑ retrógrada, 65 ‑ ‑ superficial, 43, 325 ‑ ‑ ‑ anatomia da, 325 ‑ ‑ ‑ balões liberadores de fármaco na, 330 ‑ ‑ ‑ detalhes técnicos para tratamento endovascular da, 326 ‑ ‑ ‑ materiais especiais empregados na, 329 ‑ glútea inferior, 845 ‑ inominada, 615 ‑ isquiática, 43 ‑ nutridoras, 797 ‑ obturatória ou obturadora, 844 ‑ pudenda interna, 844 ‑ renais, 211 ‑ ‑ acessórias, 438 ‑ retal média, 844 ‑ subclávia ‑ ‑ direita, 497, 604, 615, 616 ‑ ‑ esquerda, 616, 617, 624 ‑ tibial ‑ ‑ anterior, 43, 68 ‑ ‑ fibular, 68 ‑ ‑ posterior, 43, 68 ‑ torácica interna (ou mamária interna) direita, 615 ‑ ulnar, 42 ‑ umbilical fetal, 844 ‑ vertebrais, 231, 615 ‑ ‑ esquerda, 604 ‑ vesical ‑ ‑ inferior, 844 ‑ ‑ superior, 844 Arteriografia, 201, 207, 448 ‑ aortoilíaca, 207 ‑ das artérias viscerais, 208

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‑ do arco aórtico e dos troncos supra‑aórticos, 213 ‑ dos membros ‑ ‑ inferiores, 208 ‑ ‑ superiores, 212 Arteriopatias inflamatórias, 618 Arterite(s), 230 ‑ actínica, 619 ‑ associadas às doenças autoimunes, 618 ‑ por radiação, 619, 624 Ascite refratária, 860 Aspectos legais em cirurgia endovascular, 10 Aspiração contínua com a PumpMax, 699 Aspirex®, 697 Atenuação da radiação, 17 Aterosclerose, 618 Aterótomos, 328 Ativação ‑ do sistema fibrinolítico, 55 ‑ e agregação de plaquetas, 48 Avaliação ‑ angiográfica dos troncos supra‑aórticos e variações anatômicas, 603 ‑ de resposta tumoral, 836 Axera®, 195

B

Bainhas, 63 Balão, 63 ‑ com fármaco, 343 ‑ convencional, 343 ‑ de oclusão aórtica, 456 ‑ destacáveis, 174 ‑ farmacológico, 114 ‑ liberadores de fármaco na artéria femoral superficial, 330 ‑ para angioplastia, 339 Bases ‑ da física radiológica e da radioproteção aplicadas à cirurgia endovascular, 16 ‑ técnicas da cirurgia endovascular, 63 Bifurcação ‑ aórtica, 439 ‑ carotídea, 45 ‑ femoral, 43 Biocompatibilidade, 124, 170 Bloqueadores dos receptores alfa‑1 adrenérgicos, 840 Bloqueio do receptor P2Y12, 48 Braile Biomédica, 126 Braited Stent, 122 Buflomedil, 59 Bypass ‑ da carótida esquerda para a artéria subclávia, 364 ‑ de artéria mesentérica, 540

C

Campo de visão, 21 Características das imagens, 18 Carótida(s) comum(ns), 624 ‑ direita, 616 ‑ esquerda, 616, 617 Catalyst®, 195 Cateter(es), 63, 78, 80, 95, 99 ‑ Berenstein, 102 ‑ características funcionais dos, 103 ‑ Cobra, 102 ‑ com curva complexa, 101 ‑ curvo, 101 ‑ de flush, 100 ‑ de suporte, 106, 341 ‑ disfuncionais, 778

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‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑

especiais, 106 GoBack, 106 Headhunter, 102 Hook, 102 Kumpe, 102 Outback, 106 reto, 100 seletivos, 101 Simmons, 102 tipo(s) ‑ para hemodiálise, 771 ‑ pigtail, 100 totalmente implantáveis, tipos de, 780 venoso central para hemodiálise, 774 ‑ prevenção e tratamento de complicações do, 778 Cateter‑balão, 82, 109, 110, 112 ‑ complacentes, 112 ‑ cutting e scoring balloons, 112 ‑ farmacológicos, 112 ‑ não complacentes, 112 ‑ semicomplacentes, 112 Cateteres‑guia tradicionais, 559 Cateterizações seletivas, 78 Chroma flow, 239 Cianoacrilato, 580 Cilostazol, 60 Cintilografia ‑ nuclear, 865 ‑ pulmonar, 693 Circulação venosa portal e mesentérica, 41 Cirurgia endovascular ‑ anatomia aplicada à, 37 ‑ aspectos legais em, 10 ‑ bases ‑ ‑ da física radiológica e da radioproteção aplicadas à, 16 ‑ ‑ técnicas da, 63 ‑ classificações WIfI e GLASS e suas aplicações em, 293 ‑ fundamentos da, 1 ‑ história da, 3 ‑ imagem infravermelha na, 282 ‑ técnicas cirúrgicas em, 63 Classificação ‑ angiográfica dos tipos de compressão ilíaca, 735 ‑ de Crawford – aneurismas toracoabdominais, 381 ‑ de Spetzler‑Martin para malformação arteriovenosa pial, 578 ‑ de Svensson, 482 ‑ dos aneurismas justarrenais, 381 ‑ GLASS (Global Limb Anatomic Staging System) da doença femoropoplítea, 321 ‑ WIfI e definição de isquemia crônica que põe em risco o membro, 293 ‑ WIfI e GLASS e suas aplicações em cirurgia endovascular, 293 Coágulos de sangue autólogo, 169 Coarctação de aorta, 496 ‑ fisiologia, 499 ‑ história natural, 499 ‑ mecanismos etiológicos, 496 ‑ morfologia, 496 ‑ tratamento, 499 Coeficiente de atrito, 100 Cola (n‑butil 2‑cianoacrilato), 869 Colimador, 19 Colo proximal, 436 Colonoscopia, 538 Combinação de ramos direcionais e fenestrações, 158

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Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

Complicações ‑ em acesso radial, 769 ‑ intraoperatórias, 769 ‑ pós‑operatórias, 770 ‑ vasculares da síndrome do desfiladeiro torácico, 626 Composição do cateter, 773 Compressão ‑ da crossa, 687 ‑ da veia renal, 728 ‑ dos membros, 687 ‑ elástica, 675 Comprimento da área de selamento, 398 Configuração ‑ da ponta, 772 ‑ do corpo, 772 Conformabilidade, 608 Congestão pélvica ‑ complicações, 738 ‑ diagnóstico diferencial, 736 ‑ fisiopatologia da, 726 ‑ métodos diagnósticos, 733 ‑ resultados, 739 ‑ tratamento, 736 ‑ venosa, 726 Contato direto da ponta da fibra com a parede do vaso, 676 Contraste ‑ iodado na gestação e na lactação, 35 ‑ por microbolhas, 31 Controle ‑ axial, 103 ‑ ultrassonográfico intraoperatório, 671 Copolímero etilenovinil álcool (Onyx®), 870 Covid‑19, 277 Cruzamento da lesão, 759 cTAG ACS (Active Control System), da Gore®, 372 Cuidados ‑ antes da realização de arteriografia eletiva, 222 ‑ após a embolização, 852 3D Curved MPR, 266 Cutting balloon, 111, 790

D

Dabigatrana, 51 DC‑Bead®, 179 Densidade ‑ de energia por centímetro linear de veia, 670 ‑ de spins, 30 Desenho da endoprótese, 152 Detalhes técnicos ‑ da punção arterial, 202 ‑ para tratamento endovascular da artéria femoral superficial, 326 Diagnóstico de complicações dos acessos, 788 Diâmetro da aorta no nível das artérias viscerais, 388 Dicumarínicos, 50 Dilatação ‑ adicional do shunt, 862 ‑ por balão, 500 ‑ ‑ após liberação do Stent, 760 ‑ ‑ pré‑liberação do Stent, 760 Dímero, 28 ‑ iônico, 28 ‑ não iônico, 28 Direção das artérias viscerais em relação à aorta, 388 Disfagia lusória, 627 Dispositivos

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‑ de embolização, 168 ‑ de trombectomia mecânica, 695 ‑ fenestrados e ramificados off the shelf, 147 ‑ futuros, 148 ‑ percutâneos de selamento arterial, 192 ‑ ‑ disponíveis no Brasil, 192 ‑ ‑ não disponíveis no Brasil, 195 ‑ seladores, 63 Dissecção, 117 ‑ aórtica, 359, 483 ‑ ‑ tipo A, aguda ou crônica, 355 ‑ crônica da aorta, 475 Divertículo de Kommerell, 627 Doença(s) ‑ aórtica, 308 ‑ aterosclerótica, 618 ‑ ‑ obstrutiva suprapatelar, 319 ‑ da aorta justarrenal e pararrenal, 397 ‑ extra‑hepática ou metástases, 835 ‑ ilíaca, 308 ‑ obstrutiva ‑ ‑ aterosclerótica ‑ ‑ ‑ aortoilíaca, 301 ‑ ‑ ‑ infrapatelar, 337 ‑ ‑ carotídea e vertebral, 601 ‑ ‑ ‑ epidemiologia, 601 ‑ ‑ dos troncos supra‑aórticos, 615 ‑ oclusiva dos troncos supra‑aórticos, 618 ‑ renal crônica, 771 ‑ varicosa de membros inferiores, 668 ‑ venosa ‑ ‑ crônica, 668, 683 ‑ ‑ obstrutiva crônica, 721 ‑ ‑ tromboembólica, 216 Dominus fenestrado, 421 Dor ‑ e equimose, 675 ‑ pélvica crônica, 731 Drenagem venosa cerebral, 233 Ductibilidade, 103 Dupla antiagregação plaquetária, 560

E

E‑Vita ‑ Thoracic 3G da JOTEC®, 375 ‑ Stent‑Graft System, 143 Eco‑Doppler, 621, 705 ‑ venoso, 755 Edoxabana, 54 Efeito(s) ‑ biológicos das radiações, 25 ‑ Compton, 17 ‑ de bolhas de ar aquecidas sobre a parede do vaso, 676 ‑ do sangue carbonizado na ponta da fibra, 677 ‑ endotelial, 116 ‑ mola (recoil), 117 Embolectomia, 540 Embolia ‑ arterial mesentérica aguda, 533 ‑ pulmonar, 688 Embolização, 117, 852 ‑ com espirais metálicos, 560, 561 ‑ complicações, 853 ‑ das artérias prostáticas, 841, 847 ‑ ‑ para tratamento de hiperplasia prostática benigna, 840 ‑ de endoleak tipo I, 472 ‑ de malformações vasculares arteriovenosas, 797 ‑ de miomas uterinos, 819 ‑ ‑ avaliação e planejamento, 821

‑ ‑ conceitos, indicações e contraindicações, 820 ‑ ‑ e fertilidade, 821 ‑ dos estudos à prática clínica, 853 ‑ eventos adversos, 852 ‑ percutânea descrição técnica, 748 Emboloterapia, 802 ‑ perante outras terapias, 168 ‑ princípios da, 168 Embriologia da aorta torácica e dos ramos supra‑aórticos, 616 Empuxo, 103 Enalapril, 476 Encéfalo, 231 Encurtamento, 608 Endoleaks, 465 ‑ classificação, 467 ‑ diagnóstico, 467 ‑ história natural, 466 ‑ indicação, 467 ‑ tipo ‑ ‑ I, 444, 465 ‑ ‑ II, 444, 465 ‑ ‑ III, 444, 465 ‑ ‑ IV, 465 ‑ ‑ V, 465 ‑ tratamento, 468 Endoprótese(s), 63, 372, 432 ‑ aórticas, 126 ‑ bifurcada ‑ ‑ modificada, 155 ‑ ‑ versus monoilíacas, 457 ‑ customizadas (custom made devices), 387 ‑ de prateleira ou off the shelf T‑Branch, 387, 389 ‑ desenho da, 152 ‑ fenestrada(s) ‑ ‑ com quatro vasos, 157 ‑ ‑ e customizadas, 412 ‑ ‑ e ramificada modificada pelo cirurgião, 152 ‑ modificação, 152 ‑ ‑ pelo cirurgião, 387 ‑ ramificadas, 360, 412 ‑ torácicas, 354 ‑ vasculares, 124 Endurant®, 128 Energia dos fótons incidentes, 17 Enxaqueca, 688 Eptifibatide, 48 Equivalência de fluência endovenosa, 670 Escleroterapia com espuma ‑ complicações, 689 ‑ contraindicações, 684 ‑ indicações de, 683 ‑ seguimento, 689 ‑ técnica, 684 Escolha do local de acesso, 201 Esferas, 175 Espectro da patologia do arco aórtico, 359 Esponjas de gelatina, 170 ‑ absorvível, 869 Espuma ‑ de Monfreux, 685 ‑ de Tessari, 685 Estabilidade, 103 Estenose(s), 312, 862 ‑ da artéria renal, 595 ‑ ‑ diagnóstico, 596 ‑ ‑ exames de imagem, 596 ‑ ‑ história natural e etiologia, 595 ‑ ‑ técnica do tratamento endovascular, 596 ‑ intracraniana, 231 ‑ venosas, 790

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Índice

Estratégias para redução da dose, 23 Ethamolin® 185 Excluder®, 135 Exercício da medicina no Brasil, 10 Exoseal®, 193 Extensão, 117 Extravasamento de contraste iodado, 34 Extrusão do reservatório, 786

Fondaparina, 50 Fondaparinux, 50 Forame oval patente assintomático, 688 Força radial e encurtamento, 608 Forma da ponta do cateter, 100 Fratura do cateter, 785 Função hepática, 835 Fundamentos da cirurgia endovascular, 1

F

G

Fadiga de materiais, 125 Falha ‑ da maturação, 795 ‑ na punção, 69 Fármacos fibrinolíticos, 56 Fatores de risco ‑ associados ‑ ‑ à ocorrência de reações adversas e nefrotoxicidade em meios de contraste iodados, 32 ‑ ‑ a reações adversas ao gadolínio, 33 ‑ de fibrose sistêmica nefrogênica induzida por gadolínio, 33 ‑ para reações adversas, 32 Fatores que influenciam a configuração da endoprótese, 388 Fechamento ‑ ativo, 192 ‑ passivo, 192 Fenestrações reforçadas, 152 ‑ com mini‑cuff, 152 Fenestras, 388 Ferramentas de análise de placa, 276 Fibrinólise exógena, 56 Fibrinolíticos, 54 Fibrose sistêmica nefrogênica induzida por gadolínio, 33 Filtros ‑ de veia cava, 643 ‑ ‑ inferior, 645 ‑ ‑ ‑ acompanhamento e follow up dos pacientes, 651 ‑ ‑ ‑ considerações técnicas em relação ao local de implante do filtro, 647 ‑ ‑ ‑ conversíveis, 646 ‑ ‑ ‑ opcionais (removíveis), 645 ‑ ‑ ‑ permanentes, 646 ‑ ‑ ‑ procedimento para retirada do, 651 ‑ ‑ ‑ tipos de, 645 ‑ e dispositivos de proteção cerebral, 63 Fio de redução de diâmetro, 155 Fios‑guia, 63, 76, 95, 96, 175 ‑ pré‑cateterizados, 155 Física radiológica, 16 Fístula(s) ‑ arterioportal, 835 ‑ arteriovenosas, 675 ‑ ‑ dural, 580 Fistular, 798 Fixação da endoprótese, 365 Flebografia, 216, 756 ‑ adicional, 759 ‑ anterógrada, 218 ‑ de controle, 760 ‑ inicial, 759 ‑ multiplanar, 707 ‑ retrógrada, 219 Flexibilidade, 100, 103, 170 Fluoroscopia, 16 ‑ modos de operação em, 20 Fluxo máximo, 103 Follow up do tratamento cirúrgico de isquemia visceral crônica, 533

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Hemangiomas, 797 Hemoculturas, 783 Hemodiálise, tipos de cateter para, 771 Hemorragia, 580 ‑ digestiva ‑ ‑ aguda, 864 ‑ ‑ ‑ abordagem intervencionista, 866 ‑ ‑ ‑ classificação e definição, 864 ‑ ‑ ‑ métodos de imagem complementares, 865 ‑ ‑ ‑ quadro clínico e abordagem, 864 ‑ ‑ alta, 864 ‑ ‑ baixa, 864 ‑ ‑ média, 864 ‑ subaracnoide, 230 Hemorreológicos, 59 Heparinas, 49, 457, 538, 539 ‑ de baixo peso molecular, 50 Hepasphere®, 181 Hepatocarcinoma, 830 Hidroclortiazida, 476 Hidrotórax hepático, 861 Hiperatividade vagal, 692 Hiperpigmentação após ablação térmica, 674 Hiperplasia prostática benigna, 840 ‑ avaliação diagnóstica, 840 ‑ etiologia e epidemiologia, 840 ‑ manifestações clínicas, 840 ‑ tratamento, 840 Hipotensão permissiva, 455 Hipótese da veia aberta, 634 Histologia virtual, 239 História ‑ da cirurgia endovascular, 3 ‑ natural dos aneurismas do arco aórtico, 359

Importação ‑ da conexão, 263 ‑ de imagens DICOM ao Horos, 263 ‑ do arquivo, 263 Incraft®, 145 Indigo®, 699 Infecção ‑ de corrente sanguínea, 783 ‑ de loja, 782 Influência do cromóforo‑alvo e do comprimento de onda na eficácia do laser endovenoso, 678 Infusão intra‑arterial de vasopressina, 872 Inibição ‑ da ciclo‑oxigenase I, 48 ‑ da fosfodiesterase, 48 Inibidor(es) ‑ do ativador do plasminogênio tecidual tipo 1, 55 ‑ da 5‑alfa‑redutase, 840 ‑ da fosfodiesterase tipo 5, 840 Injeção de espuma para o tratamento da insuficiência venosa crônica, 683 Injúria à integridade da parede venosa, 754 Inside Medical, 127 Instalação do horos, 263 Insuficiência ‑ renal em estádio terminal, 788 ‑ venosa crônica, 704 ‑ ‑ aspectos clínicos, 704 ‑ ‑ aspectos técnicos, 712 ‑ ‑ complicações, 719 ‑ ‑ exames complementares, 705 ‑ ‑ indicação do tratamento, 710 ‑ ‑ injeção de espuma para o tratamento da, 683 ‑ ‑ resultados, 719 ‑ ‑ seguimento, 721 ‑ venosa pélvica, 220 Intensificador de imagem, 20 Interação(ões) ‑ da radiação, 16 ‑ térmicas do laser e da parede do vaso, 676 Intervenções arteriais periféricas, 282 Introdutores, 63, 95, 203, 306 ‑ longos, 559 Iodados orgânicos, 27 Isquemia, 580 ‑ crítica dos membros inferiores, 319 ‑ do membro superior, 620 ‑ mesentérica aguda não oclusiva, 535 ‑ visceral, 524 ‑ ‑ aguda, 533 ‑ ‑ anatomia, 524 ‑ ‑ crônica, 525, 527

I

L

Gadolínio, 30 ‑ na gestação e na lactação, 35 Gás carbônico, 26 Gerador, 20 Grades, 20 Grupo das forças ‑ centrífugas, 726 ‑ centrípetas, 726

H

Idarucizumabe, 54 Identificação do alvo, 168 Imagem(ns) ‑ infravermelha na cirurgia endovascular, 282 ‑ térmicas na medicina humana, 280 ‑ vasculares, 199 Implante(s) ‑ das endopróteses de ligação, 365 ‑ de filtro de veia cava ‑ ‑ complicações do, 650 ‑ ‑ contraindicações ao, 645 ‑ ‑ indicações para, 644 ‑ de Stents, 502 ‑ do filtro de veia cava procedimento de, 648 ‑ valvular aórtico percutâneo na estenose aórtica, 348

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Laser‑engraved Stent, 122 Lei geral de proteção de dados, 14 Lesão(ões) ‑ da artéria ‑ ‑ braquial, 812 ‑ ‑ femoral, 811 ‑ ‑ poplítea, 811 ‑ de aorta e veia cava, 812 ‑ estenótica do óstio da CC, 624 ‑ não trombóticas da veia ilíaca, 714 ‑ nas artérias tibial anterior, tibial posterior e fibular, 811 ‑ neurológica periférica, 674 ‑ obstrutivas das artérias subclávias em pacientes com pontes mamariocoronarianas, 627

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Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

‑ obstrutivas dos troncos supra‑aórticos, 623 ‑ por radiação, 580 ‑ pós‑trombótica, 715 ‑ sequenciais, 624 ‑ tipos de, 809 ‑ traumática da artéria axilar, 812 ‑ vasculares ‑ ‑ cervicais, 809 ‑ ‑ de extremidades, 810 ‑ ‑ por territórios, 809 Lipiodol, 26 Líquidos esclerosantes, 183 Local de punção, 64 Loja do reservatório, 782 Lúmens, 772

M

Maleabilidade, 103, 170 Malformação(ões) ‑ arteriovenosa(s), 587 ‑ ‑ cerebrais, 573 ‑ ‑ pial, 573 ‑ vasculares, 687 ‑ ‑ congênitas, 797 ‑ ‑ ‑ classificação, 797 ‑ ‑ ‑ diagnóstico, 799 ‑ ‑ ‑ fisiopatologia, 797 ‑ ‑ ‑ quadro clínico, 798 ‑ ‑ ‑ tratamento, 800 ‑ cerebrovasculares, 620 Manipulação de cateteres e fios‑guia, 73 Manobra puxa‑empurra, 79 Manobrabilidade, 103 Manobras de fenestração, 479 Manuseio dos cateteres, 103 Marcadores para orientação, 155 Materiais ‑ biocompatíveis, 124 ‑ endovasculares, 372 ‑ especiais ‑ ‑ empregados na artéria femoral superficial, 329 ‑ ‑ para artéria radial, 768 Mecanismo(s) ‑ de ação ‑ ‑ da escleroterapia com espuma, 683 ‑ ‑ do laser, 676 ‑ ‑ dos antiplaquetários orais, 48 ‑ de espalhamento, 17 ‑ de inibição da fibrinólise, 56 ‑ de trauma, 809 Medidores opticamente estimuláveis, 24 Meio(s) de contraste(s) ‑ iodados, fatores de risco associados à ocorrência de reações adversas e nefrotoxicidade em, 32 ‑ radiológicos, 26 ‑ ‑ baseados na susceptibilidade magnética, 30 ‑ ‑ de dióxido de carbono, 27 ‑ ‑ ‑ limitações dos, 32 ‑ ‑ em ressonância magnética, 30 ‑ ‑ iodados, 28 ‑ ‑ ‑ e ao gadolínio, profilaxia e abordagem das reações adversas aos, 34 ‑ ‑ ‑ nefrotoxicidade dos, 33 ‑ ‑ ‑ profilaxia e abordagem da nefrotoxicidade por, 34 Memória, 103 Metástases de tumores neuroendócrinos, 838 Metformina, 35 Métodos de contraste, 307

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Metoprolol, 475 Microbolhas, 31 Microcateteres, 103 ‑ aramados, 103 ‑ finos, 103 ‑ fluxodependentes, 103 ‑ grandes, 103 ‑ standard, 103 Microesferas ‑ carreadoras de fármacos, 179 ‑ de gelatina de Trisacryl®, 177 ‑ de hidrogel‑polizeno, 177 ‑ de colágeno, 170 Micromolas de liberação controlada, 872 Micropartículas, 175 Miomas uterinos, 819 ‑ acompanhamento pós‑procedimento, 827 ‑ anestesia, 822 ‑ avaliação radiológica, 821 ‑ cuidados pós‑procedimento, 826 ‑ possibilidades terapêuticas, 820 ‑ predição de sucessos clínico e técnico, 822 ‑ profilaxia infecciosa, 823 ‑ sintomatologia, 819 ‑ técnica, 823 Modificação da endoprótese, 152 ‑ Anaconda®, 423 ‑ Gore Excluder C3®, 423 ‑ Zenith® da Cook, 423 Modos de operação em fluoroscopia, 20 Moduladores da lesão de reperfusão, 538 Módulo ‑ de substituição da válvula ‑ ‑ aórtica transcateter, 276 ‑ ‑ mitral transcateter, 276 ‑ vascular e intervencionista, 274 Molas, 170, 852 Monômero, 27 ‑ iônico, 27 ‑ não iônico, 28 MynxGrip®, 195

N

Naftidrofuril, 60 Nefrotoxicidade dos meios de contraste radiológicos iodados, 33 Nidus vascular, 798 Nifedipino, 476 Normas da agência nacional de vigilância sanitária, 24

O

Obstrução venosa crônica do segmento femoroilíaco‑cavo, 704 Oclusão(ões), 111, 117, 312 ‑ da artéria subclávia esquerda, 375 ‑ do vaso portador do aneurisma, 561 ‑ ressuscitativa por balão endovascular da aorta, 816 ‑ venosas centrais, 792 Off label, 14 Onyx®, 187, 580 Opacidade, 28 Osmolalidade, 28 Oversizing da endoprótese aórtica, 399

P

Padrão misto, 798 Pandemia 2020/2021, 277 Paraplegia, prevenção de, 392 Parestesia, 811 Passagem das bainhas, 69 Pasta, 170

Pentoxifilina, 59 Perclose ProGlide®, 193 Peritoneoscopia, 538 Persistência da estenose, 117 Perviedade ‑ primária, 329 ‑ ‑ assistida, 329 ‑ secundária, 329 Phil®, 190, 803 Phlegmasia ‑ alba dolens, 633 ‑ cerulea dolens, 633 Pinnacle® Destination®, 699 Planejamento ‑ pré‑operatório dos aneurismas com utilização do OsiriX/Horos, 261 ‑ virtual de Stents e enxertos, 276 Plasminogênio, 55, 56 Plexiforme, 798 Plexo venoso pélvico, 41 Plugues vasculares, 174 Pó, 170 Polidocanol®, 184, 683, 684 Polígono de Willis, 45, 46 Polímeros, 802 Pontes mamariocoronarianas, 627 Posicionamento da endoprótese, 364 PowerLink® System, 140 Pressão ‑ arterial invasiva, 311 ‑ no introdutor femoral, 311 Princípios da emboloterapia, 168 Procedimentos ‑ arteriais, 291 ‑ diagnósticos, 199 ‑ venosos, 631 Processo ‑ de formação da imagem radiográfica, 17 ‑ de interação da radiação, 18 Produção de raios X, 16 Projeção de intensidade máxima em 3D, 267 Proporção entre esclerosante e gás, 685 Propriedades físicas e químicas do meio de contraste radiológico ‑ de dióxido de carbono, 27 ‑ iodados, 28 ‑ em ressonância magnética, 30 Prostaglandina, 60 Próteses paralelas ‑ classificação das, 395 ‑ indicações para, 396 Pseudoaneurismas, 794 ‑ da aorta ascendente, 356 Punção ‑ anterógrada da artéria femoral comum, 204 ‑ arterial, 201 ‑ da veia, 686 ‑ ecoguiadas, 256 ‑ ‑ no tratamento de varizes dos membros inferiores, 257 ‑ guiada ‑ ‑ pelas referências ósseas, 66 ‑ ‑ por calcificações vasculares, 66 ‑ ‑ por fio‑guia colocado na veia femoral, 66 ‑ ‑ por road mapping, 66 ‑ ‑ por ultrassom, 66 ‑ retrógrada, 204, 345 ‑ ‑ das artérias axilar e braquial, 206 ‑ vascular, 64

Q

Qualidade da imagem, 18 Queimadura de pele, 674

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Índice

Quelato, 30 Quimioembolização ‑ de metástases hepáticas de neoplasia colorretal, 838 ‑ transarterial TACE, 832 ‑ ‑ contraindicações, 834 Quimioterapia, 757

R

Radiação(ões) ‑ do tipo termoluminescente, 24 ‑ efeitos biológicos das, 25 Radioembolização com ítrio‑90, 837 Radiofrequência, 655 Radiografia de tórax, 755 Radiopacidade, 100, 103, 170 Radioproteção, 16 Radioterapia, 756 Raios X, 16 Raiz aórtica, 353, 367 Ramos, 388 ‑ direcionais, 152 Reações ‑ adversas ‑ ‑ ao gadolínio fatores de risco associados a, 33 ‑ ‑ aos meios de contraste radiológicos e seus fatores de risco, 31 ‑ anafilactoides, 32 ‑ não anafilactoides, 32 Recanalização, 117 ‑ de shunts ocluídos, 862 Reconstruções multiplanares, 264 ‑ em 2 dimensões Orthogonal MPR, 265 ‑ em 3 dimensões, 265 Reexpansão, 117 Refluxo ‑ da veia gonadal, 731 ‑ venoso, 669 Região de interesse, 270 Reintrodução na bainha, 155 Relaxatividade, 30 Relay ‑ NBS®, 374 ‑ Plus®, 374 Renderização por volume em 3D, 269 Reposicionamento do cateter, 778 Resistência, 100, 103 Responsabilidade ‑ civil, 11 ‑ ética, 11 ‑ legal, 10 ‑ penal, 11 Resposta celular a um trombo térmico, 677 Ressecção intestinal, 544 Ressonância ‑ magnética, 476, 538, 602, 683, 756, 799 ‑ nuclear magnética, 683 Restenose em papel de bala, 335 Restrição de fluidos, 455 Retenção do microcateter, 580 Revascularização ‑ de dois ramos, 406 ‑ de quatro ramos, 406 ‑ de três ramos, 406 ‑ endovascular da artéria femoral superficial, 319 Revestimento do cateter, 773 Rigidez, 103 Rivaroxabana, 51 Rombofilia, 688 Rotação do reservatório, 786 Roubo de fluxo, 794

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Ruptura ‑ do balão, 117 ‑ do vaso‑alvo, 117

S

Safena ‑ magna, 686 ‑ parva, 687 Sangramento ‑ agudo por varizes de esôfago agudo refratário ao tratamento clínico, 860 ‑ varicoso recorrente, 860 Scallops, 388 Schmitz‑Rode Fragmentation Catheter®, 695 Scoring balloon, 111 Selamento, 117 Sequestradores de radicais livres, 539 Shunt portossistêmico intra‑hepático transjugular, 857 ‑ complicações, 859 ‑ indicações e contraindicações, 859 ‑ observações sobre a técnica, 858 ‑ seguimento e “manutenção” do, 861 ‑ técnica para criação de, 857 ‑ tratamento, 860 Sincronia, 100 Síndrome(s) ‑ aórtica aguda, 356, 482 ‑ compartimental abdominal, 460 ‑ compressivas venosas, 726 ‑ da veia cava superior, 218, 753 ‑ ‑ diagnóstico, 755 ‑ ‑ etiologia, 754 ‑ ‑ fisiopatologia, 754 ‑ ‑ manifestações clínicas, 755 ‑ ‑ tratamento, 756 ‑ de “quebra‑nozes”, 726 ‑ de Budd‑Chiari, 861 ‑ de Cockett, 729 ‑ de congestão pélvica, 218 ‑ de má perfusão, 476 ‑ de May‑Thurner, 220, 633, 729 ‑ de roubo ‑ ‑ da coronária‑subclávia, 627 ‑ ‑ da subclávia, 620 ‑ do desfiladeiro torácico complicações vasculares da, 626 ‑ do pé diabético, 287 ‑ hepatorrenal, 861 ‑ pós‑embolização, 827 ‑ pós‑trombótica, 707 Sintomas de congestão pélvica, 732 Sistema(s) ‑ anatômico GLASS, 297 ‑ arterial, 41, 43, 45 ‑ ázigos, 40 ‑ de dupla seringa, 685 ‑ de proteção cerebral, 605 ‑ de refrigeração, 19 ‑ fibrinolítico, 54 ‑ venoso, 42, 44, 46 ‑ ‑ profundo, 233 ‑ ‑ superficial, 233 Sobreposição proximal, 398 Solubilidade, 28 Squid, 190 StarClose SE, 195 Stent(s), 63, 85, 109, 116, 119 ‑ autoexpansíveis, 85, 87, 118, 119 ‑ bioabsorvíveis, 119 ‑ carotídeo, 608 ‑ complicações do uso de, 123 ‑ convencionais, 502

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‑ ‑ ‑ ‑ ‑

cortado a laser, 122 de demanda, 312 expansíveis por balão, 118, 119 farmacológicos, 119 liberadores de fármaco no território femoral, 329 ‑ paralelos ‑ ‑ combinação de endoprótese aórtica e, 399 ‑ ‑ escolha dos, 399 ‑ primário, 312, 345 ‑ radioativos, 119 ‑ recobertos, 505 ‑ revestidos, 119, 552 ‑ tipos de, 118, 312 ‑ trançado, 122 ‑ uso de, 341 Stent‑ponte, 389 Substâncias ‑ adesivas, 185 ‑ diamagnéticas, 30 ‑ ferromagnéticas, 30 ‑ paramagnéticas, 30 ‑ superparamagnéticas, 30 Suporte ‑ do Stent (scaffolding), 608 ‑ para embolização, 117 Susceptibilidade, 30 ‑ à correção endovascular, 549 ‑ magnética, 30

T

TAG® 135 Tampões, 170 Tandem®, 182 Taxas de oclusão e recanalização, 671 Técnica(s) ‑ cirúrgicas em cirurgia endovascular, 63 ‑ com endopróteses fenestradas e/ou endopróteses ramificadas, 387 ‑ com Stent(s) ‑ ‑ de direcionamento de fluxo, 385 ‑ ‑ em paralelo, chimney endovascular aortic repair (CHEVAR), 385 ‑ de angioplastia carotídea, 609 ‑ de Candy‑plug ou Candy‑plug modificada, 479 ‑ de chaminé/snorkel, 386, 387, 410 ‑ ‑ para o tratamento de doenças da aorta justarrenal e pararrenal, 397 ‑ de correção endovascular, 547 ‑ de fenestração in situ e da “chaminé” (“cano de espingarda”), 362 ‑ de funil de VCI, 718 ‑ de implante da endoprótese ‑ ‑ na aorta ascendente, 354 ‑ ‑ ramificada com quatro ramos, 391 ‑ de kissing, 308 ‑ de modificação de endopróteses pelo cirurgião, 422 ‑ de oclusão ressuscitativa por balão endovascular da aorta, 816 ‑ de periscópio durante Evar, 403 ‑ de punção, 767 ‑ de quimioembolização, 832 ‑ de reconstrução endovascular coberta da bifurcação aórtica, 309 ‑ de remodelagem ‑ ‑ com balão, 560 ‑ ‑ com neurostent, 561 ‑ de sanduíche, 403 ‑ de Stents paralelos para o tratamento de aneurismas aórticos complexos, 395 ‑ de Y invertido, 717

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Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia

‑ do octopus, 386, 387 ‑ em “cano de espingarda”, 717 ‑ endovascular, 551 ‑ ‑ ramificada, 363 ‑ híbrida – debranching, 384, 409 ‑ para casos de oclusão da ilíaca, 310 ‑ STABILISE, 479 ‑ TIGER, 480 Telangiectasias, 687 Temperatura, 28 Tempo(s) ‑ cirúrgicos, 404, 406 ‑ de permanência dos cateteres, 778 Termoablação ‑ com laser de veia safena parva e de veias perfurantes, 677 ‑ de safena com laser, 668 ‑ de veias ‑ ‑ perfurantes, 662 ‑ ‑ safenas e varizes, 283 ‑ por radiofrequência no tratamento de varizes dos membros inferiores, 655 Termografia ‑ aplicada à cirurgia vascular e endovascular, 279 ‑ por infravermelhos, 279, 282 Termógrafos, 280 Termogramas, 282 Termovisores por infravermelhos, 280 Território aortoilíaco, 403 Terumo Aortic, 139 Teste de oclusão carotídea, 230 Thick slab, 268 Tipos de fibra, 679 Tirofibana, 49 Tomografia computadorizada, 448, 476, 683, 800 ‑ de crânio, 602 ‑ de feixes cônicos, 710 ‑ de tórax, 755 Torpedos, 170 Transistores finos, 20 Transmissão de pressão, 103 Tratamento ‑ cirúrgico das dissecções crônicas da aorta, 477 ‑ de metástases hepáticas de tumores neuroendócrinos, 838 ‑ do aneurisma cerebral com Stent diversor de fluxo, 561 ‑ do arco aórtico híbrido, 360 ‑ endovascular ‑ ‑ da aorta ascendente, 353, 355 ‑ ‑ da obstrução venosa crônica do segmento femoroilíaco‑cavo, 704 ‑ ‑ da síndrome da veia cava superior, 753, 758 ‑ ‑ de acidente vascular encefálico agudo, 588 ‑ ‑ de aneurisma(s) ‑ ‑ ‑ da aorta torácica descendente, 367 ‑ ‑ ‑ da artéria poplítea em urgência, 552 ‑ ‑ ‑ da aorta toracoabdominal, 152, 379 ‑ ‑ de estenose da artéria renal, 595 ‑ ‑ de hemorragia digestiva aguda, 864 ‑ ‑ de lesões ‑ ‑ ‑ obstrutivas dos troncos supra‑aórticos, 623

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‑ pélvicas, 816 ‑ traumáticas vasculares viscerais, 813 de tromboembolia pulmonar maciça, 691 de trombose venosa profunda iliofemoral, 633 ‑ ‑ de tumores hepáticos, 830 ‑ ‑ de urgência dos aneurismas da aorta abdominal, 446 ‑ ‑ de varicocele, 747 ‑ ‑ do trauma, 808 ‑ ‑ dos aneurismas ‑ ‑ ‑ da aorta abdominal rotos, 454 ‑ ‑ ‑ do arco aórtico, 359 ‑ ‑ em acessos vasculares para hemodiálise, 788 ‑ ‑ por via ‑ ‑ ‑ arterial, 583 ‑ ‑ ‑ venosa, 583 Trauma(s) ‑ agudo e crônico, 619 ‑ de aorta, 493 ‑ dos troncos supra‑aórticos, 625 ‑ esplênicos, 814 ‑ renal, 814 ‑ tratamento endovascular do, 808 Tributárias das veias cavas superiores, 40 Trígono femoral, 44 Troca ‑ do cateter venoso central, 778 ‑ do fio‑guia e/ou da bainha com reposicionamento do fio‑guia, 759 Trombectomia, 111 ‑ farmacomecânica, 636-638 ‑ mecânica no acidente vascular encefálico agudo, 588 Tromboembolia, 688 ‑ pulmonar maciça, 691 ‑ ‑ apresentação clínica, 692 ‑ ‑ diagnóstico, 693 ‑ ‑ etiologia e fisiopatologia, 691 ‑ ‑ histórico, 691 ‑ ‑ tratamento endovascular, 693 Tromboendarterectomia, 540 Trombogenicidade, 170 Trombólise ‑ do cateter venoso central, 778 ‑ guiada por cateter, 637 Trombose, 117 ‑ aguda do acesso, 792 ‑ arterial mesentérica aguda, 534 ‑ de veia central, 776 ‑ induzida por calor, 672 ‑ ‑ endovenoso, 673 ‑ portal, 835 ‑ venosa ‑ ‑ mesentérica, 535 ‑ ‑ profunda, 643, 672, 688, 784 ‑ ‑ ‑ iliofemoral, 633 Tronco(s) ‑ braquiocefálico, 615, 616, 623 ‑ ‑ venoso, 40 ‑ celíaco, 38 ‑ costocervical direito, 616 ‑ supra‑aórticos, 213 ‑ tireocervical direito, 616 Tubos de raios X, 19 Tumescência, 672

Tumores hepáticos, 830

U

Úlcera aterosclerótica penetrante, 491 Ultrassom, 799 ‑ com Doppler, 537, 621, 683 ‑ ‑ colorido de carótidas e vertebrais, 602 ‑ endovascular, 707 ‑ intravascular, 235, 683 Ultrassonografia ‑ abdominal com Doppler, 448 ‑ com Doppler colorido, 668 Unidades de radiação, 22 Uroquinase, 56 Uso de balão, 116

V

Valiant Captivia®, 372 Valiant® Stent‑Graft System, 128 Variações anatômicas e anomalias dos troncos supra‑aórticos, 617 Varicocele, 284 ‑ conceitos e indicações, 747 ‑ tratamento endovascular de, 747 Varizes pélvicas, 731 Vasculite, 230 Vasodilatadores, 59, 538, 539 Vasopressores, 538, 539 Vasos irregulares, 270 Veia(s) ‑ cava inferior, 777 ‑ colateral, 776 ‑ de drenagem, 798 ‑ do sistema superficial do membro superior, 42 ‑ femoral, 69 ‑ hepática direita, 777 ‑ inominada, 40 ‑ jugular ‑ ‑ externa, 46 ‑ ‑ interna, 46, 68 ‑ ocluída, 776 ‑ perfurante, 678, 687 ‑ porta, 41 ‑ safena parva, 677 ‑ subclávia, 69 ‑ tibiais, 44 ‑ tributárias, 687 Venografia da veia, 41 Viscosidade, 28 Visibilidade, 608 Visualização de imagens, 263 Visualizador de imagens Aquarius iNtuition TeraRecon, 274 Vulnerabilidade da veia cava superior, 754

X

X‑Sizer®, 695

Z

Zenith Alpha Thoracic®, da Cook® Medical, 373 Zenith® Endovascular Graft, 131 Zenith® fenestrada, 419 Zona(s) ‑ de ancoragem, 360 ‑ de selamento, 388

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A Cirurgia Endovascular firmou-se, nos últimos 30 anos, como parte integrante do arsenal técnico da Cirurgia Vascular. De fato, o número de procedimentos endovasculares ultrapassa, hoje, o de operações abertas em todos os centros importantes do mundo. A revolução na abordagem endovascular foi marcada por novos desenvolvimentos na tecnologia de cateteres e no perfil dos dispositivos, adequando-se à necessidade clínica dos pacientes, e também pela conjunção de perícias entre as especialidades cirúrgicas e clínicas, notavelmente Cirurgia Vascular, Angiologia, Cirurgia Cardíaca, Cardiologia e Radiologia. Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia – 2a edição – foi totalmente revisado e atualizado, apresentando 69 capítulos ricamente ilustrados, que objetivam preencher a lacuna entre os conhecimentos clínicos e as habilidades técnicas necessárias para o profissional dominar as novas abordagens endovasculares no tratamento de várias doenças arteriais e venosas. Destacamos, em particular, a atualização de temas sobre a incorporação de novas tecnologias e os novos capítulos, como o dedicado à termografia. A riqueza dos fluxogramas e diretrizes, assim como a minuciosa busca pelos consensos mais recentes tornam a consulta a esta obra fundamental. De maneira inquestionável, este trabalho irá aprimorar o diagnóstico e o tratamento das doenças vasculares e, principalmente, dos pacientes que padecem dessas patologias.

Áreas de interesse Cirurgia Vascular Cirurgia Endovascular

9 786588 340325

Belczak - Endovascular 2ed.indd 1

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