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PNLD 2023 | O3 - DE BEM COM A VIDA - Editora Akpalô

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Silvana Rando

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Filó, a joaninha, se arrumou toda para visitar a tia, mas os outros começaram a criticar: “Pra que guarda-chuva?”, “Que chapéu feio!”... Isso entristece Filó, mas a tia Matilde vai lhe ajudar a ficar de bem com a vida.

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VIDA Nye Ribeiro Ilustrações:

Silvana Rando


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ribeiro, Nye De bem com a vida / Nye Ribeiro ; ilustrações Silvana Rando. -- 2. ed. -- São Paulo : Akpalô Editora, 2021. ISBN 978-65-5907-089-3 (aluno) ISBN 978-65-5907-085-5 (professor) 1. Literatura infantojuvenil I. Rando, Silvana. II. Título. 21-87479

CDD-028.5 Índices para catálogo sistemático:

1. Literatura infantil 028.5 2. Literatura infantojuvenil 028.5 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

© Akpalô, 2021 Todos os direitos reservados Texto © Nye Ribeiro Ilustrações © Silvana Rando Direção-geral Direção editorial Gerência editorial Gerência editorial de produção e design Edição Assistência editorial Apoio editorial Supervisão de design Edição de arte Supervisão de revisão Revisão Supervisão de iconografia Pesquisa iconográfica Supervisão de controle de processos editoriais

Vicente Tortamano Avanso Felipe Ramos Poletti Gilsandro Vieira Sales Ulisses Pires Paulo Fuzinelli Aline Sá Martins Maria Carolina Rodrigues Andrea Melo Daniela Capezzuti Elaine Silva Andréia Andrade e Gabriel Ornelas Léo Burgos Daniel Andrade e Priscila Ferraz Roseli Said

2a edição, 2021

Rua Conselheiro Nébias, 887 São Paulo, SP – CEP: 01203-001 Fone: +55 11 3226-0211


Para Daniel, Pedro e Manuela, com o colo gostoso da vovó escritora.


FILÓ, A JOANINHA, ACORDOU CEDINHO. ABRIU A JANELA DE SUA CASA E DISSE: – QUE LINDO DIA! VOU APROVEITAR PARA VISITAR MINHA TIA.

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– ALÔ, TIA MATILDE? POSSO IR AÍ, HOJE?

– VENHA, SIM, FILOZINHA. VOU FAZER UM SUFLÊ DE ABOBRINHA.

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FILÓ VESTIU SEU VESTIDO AMARELO DE BOLINHAS PRETAS, AMARROU UMA FITA AZUL NO CHAPÉU DE PALHA, CALÇOU SEUS SAPATINHOS DE VERNIZ, PASSOU BATOM VERMELHO, PEGOU O GUARDA-CHUVA E SAIU PELA FLORESTA, TODA ELEGANTE:



ANDOU, ANDOU... E LOGO ADIANTE ENCONTROU A BORBOLETA: – QUE LINDO DIA, LORETA! – E PARA QUE ESSE GUARDA-CHUVA, FILÓ? – É MESMO! – FALOU A JOANINHA.

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E VOLTOU PARA CASA PARA DEIXAR O GUARDA-CHUVA.

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DE VOLTA À FLORESTA: – SAPATINHOS DE VERNIZ? – DISSE O SAPO FELIZ. – QUE EXAGERO! HOJE NEM TEM FESTA NA FLORESTA. – É MESMO! – RESPONDEU A JOANINHA.

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E FOI PARA CASA TROCAR OS SAPATINHOS.

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– FITA AZUL? NÃO COMBINA NEM UM POUCO COM O VESTIDO AMARELO. – DISSE O GRILO CARAMELO. – É MESMO! – DISSE FILÓ.

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E FOI PARA CASA TROCAR A FITA. 13


– BATOM VERMELHO? MELHOR O ROSA – DISSE A MOSCA TODA PROSA. – É MESMO! – DISSE A JOANINHA.

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E FOI PARA CASA TROCAR O BATOM.

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– CHAPÉU DE PALHA? QUE HORROROSO! POR QUE NÃO USA O DE PENA? – DISSE A ARANHA FILOMENA. – É MESMO! – DISSE FILÓ.

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E FOI PARA CASA TROCAR DE CHAPÉU.

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– VESTIDO DE BOLINHAS? ESTÁ TÃO FORA DE MODA! POR QUE NÃO USA UM LISTRADO? – DISSE O PERNILONGO MAL-HUMORADO.

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CANSADA DE TANTO IR E VOLTAR, FILÓ RESMUNGAVA PELO CAMINHO. O SOL ESTAVA TÃO QUENTE QUE A JOANINHA MUDOU DE IDEIA E RESOLVEU DESISTIR DO PASSEIO.

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CHEGANDO EM CASA, LIGOU PARA A TIA MATILDE: – TITIA, VOU DEIXAR A VISITA PARA OUTRO DIA. – ESTÁ BEM, FILÓ. MAS O QUE ACONTECEU? – AH! TIA MATILDE! ACORDEI CEDO, ME ARRUMEI BEM BONITA E SAÍ ANDANDO PELA FLORESTA. MAS NO CAMINHO... – LEMBRE-SE, FILOZINHA, GOSTO DE VOCÊ DO JEITINHO QUE VOCÊ É. VENHA AMANHÃ. ESTAREI TE ESPERANDO COM UM SUCO DE HORTELÃ.

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NO DIA SEGUINTE, FILÓ ACORDOU DE BEM COM A VIDA. COLOCOU SEU VESTIDO AMARELO DE BOLINHAS PRETAS...

... AMARROU A FITA AZUL NO CHAPÉU DE PALHA, CALÇOU SEUS SAPATINHOS DE VERNIZ...

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... PASSOU O BATOM VERMELHO, PEGOU O GUARDA­ ‑CHUVA E SAIU ANDANDO PELA FLORESTA, TODA ELEGANTE:

MAS, DESTA VEZ, SÓ PAROU PARA DESCANSAR NO COLO GOSTOSO DA TIA MATILDE!


Vamos

falar sobre

este

LIVRO ?

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Ler é divertido! O que você mais gosta de fazer? É bem possível que uma das respostas seja brincar. Há crianças que gostam de quebra-cabeças, bola, boneca, blocos de montar, carrinhos; outras, de skate, patins, bicicleta, correr, nadar. São tantas as formas de brincar e há tantos tipos de brinquedo, não é? Nossa lista poderia nem ter fim. Sabe por quê? Porque criança entende de brincar e sabe inventar brincadeiras. Uma garrafinha vazia no chão pode ser suficiente para marcar aquele gol de placa. E haja imaginação! Mas por que será que vocês, crianças, gostam tanto de brincar? Ora! A resposta é bem simples: porque é divertido. Você e todas as crianças precisam de diversão e de lazer. Brincar é coisa séria na infância. Seção elaborada por Nara Bital, mestre em Letras pelo programa de pós-graduação da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Possui graduação em Letras, com licenciatura plena em Língua Portuguesa e Espanhola pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). Nessa mesma instituição, concluiu o curso de especialização em Leitura e Produção de Textos. É autora de livros didáticos em importantes editoras nacionais e realiza atividades de consultoria, reformulação e produção de conteúdo didático para editoras e plataformas de ensino. 1

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Ao brincar desenvolvemos a nossa criatividade, interagimos com os outros e com o mundo. Exploramos espaços e objetos. Criamos, recriamos, inventamos universos e vivemos situações que somente são possíveis durante as brincadeiras. Mas não são só os brinquedos e as brincadeiras que promovem diversão. Passear, ver filmes, ir a parques, estar com a família e com os amigos, ler. Isso mesmo! A leitura também é divertida, além de ser importante para a nossa vida. Por meio dela aprendemos muito sobre os animais, a natureza, sobre nós mesmos e a nossa sociedade, a nossa cultura e a de outros povos, além de tantos outros temas. Há muito no mundo para ler e descobrir. Uma ótima forma para desenvolver o hábito de ler é escolher textos cujos temas nos agradam. Podemos gostar mais de livros que trazem histórias de aventura, ou que falam sobre a natureza, os sentimentos ou sobre lugares que só existem na imaginação. Tudo é possível na literatura! Desde pequenos é importante ter contato com o universo dos livros e da leitura. Nesse sentido, nossos responsáveis e professores podem contribuir para isso; seja lendo ou contando histórias para nós, seja estimulando nossa curiosidade em manusear os livros, folhear suas páginas, interagir com as imagens e levantar hipóteses sobre as histórias que esses livros trazem. Antes de aprender a ler, são essas pessoas que nos introduzem no mundo da leitura. Os livros precisam estar sempre próximos para que sintamos que fazem parte do nosso cotidiano e da nossa vida. Sem dúvida nenhuma, ele é um grande amigo. Mas como é que a leitura pode ser divertida? As histórias que conhecemos, os mundos imaginários que visitamos, os personagens criados e as situações que esses 25


personagens vivem podem nos envolver de tal forma que é como se estivéssemos participando dessas histórias. Ler ou ouvir uma história é entrar no mundo da imaginação. Escalamos montanhas, lutamos com piratas, vencemos dragões, enfrentamos gigantes, salvamos a natureza, descobrimos passagens secretas para mundos imaginários, viajamos pelo espaço a bordo de um foguete ou até mesmo de carona num cometa. Imaginar também é uma brincadeira, não é mesmo? Por meio da leitura podemos entender melhor o que é amizade, respeito e companheirismo. E também podemos aprender a lidar com nossos sentimentos de alegria, de medo, de frustração, de amor e de raiva. Aprendemos a conviver melhor com os outros, com os animais e com o mundo que nos cerca. Com base em tudo o que conversamos até aqui, convidamos você a refletir sobre a leitura da obra De bem com a vida, da escritora Nye Ribeiro e da ilustradora Silvana Rando. Vamos lá?

Vamos ficar De bem com a vida! O livro que você acabou de ler se chama De bem com a vida. Ele conta a história de uma joaninha, a Filó, que um dia acorda cedo e decide visitar sua tia. Tia Matilde, feliz da vida, fica entusiasmada com a visita da sobrinha e diz: “– Venha, sim, Filozinha. Vou fazer um suflê de abobrinha.” (p. 5). A joaninha se arruma toda charmosa e sai feliz da vida para se encontrar com tia Matilde. Ela caprichou no visual: “Filó vestiu seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou uma fita azul no chapéu de palha, calçou seus sapatinhos de verniz, passou batom vermelho, pegou o guarda-chuva e saiu pela floresta, toda elegante [...]” (p. 6). Esse cuidado todo que Filó tem com o visual você deve ter observado nas ilustrações, não é mesmo? Por isso é muito importante observar com cuidado cada 26


detalhe das imagens que acompanham as histórias. No livro De bem com a vida, as cores são alegres, principalmente as que compõem as vestimentas de Filó: o amarelo do vestido, o azul do laço de fita, o vermelho do batom e o preto do sapatinho de verniz transmitem a alegria e o bem-estar que Filó sente ao se preparar para visitar a tia no início da história. Filó sai toda feliz e de bem com a vida, mas o que a joaninha não contava era que no caminho encontraria tanta gente que faria comentários negativos sobre seu visual. As ilustrações também nos ajudam a compreender melhor a interação entre os personagens. Expressões faciais como o olhar, o sorriso ou a seriedade, bem como os gestos, acompanharam cada reação de Filó aos comentários feitos a ela. Por exemplo, retome a leitura das páginas 12, 13 e 14 e observe como Filó reage de diferentes formas. Ela se desanima, reanima-se, mas logo se surpreende novamente. Você também já se sentiu dessa forma? Todas essas reações são compreensíveis, você concorda? Veja bem: um personagem questionou o guarda-chuva que ela trazia, o outro falou que o sapato de verniz que usava não era adequado para o passeio. Questionaram até a fita azul do seu chapéu, dizendo que ela não combinava com o vestido amarelo. A cada crítica a sua aparência, Filó voltava para casa e se trocava, tentando agradar aos outros. Assim o tempo foi passando, Filó ficou cansada, e ia resmungando pelo caminho. De repente, ela percebeu que já era tarde. Só restava ligar para tia Matilde e dizer que iria no outro dia. Tia Matilde, toda amorosa, diz: “– Lembre-se, Filozinha, gosto de você do jeitinho que você é.” (p. 21). E assim, apoiada e motivada pelas palavras da tia, a joaninha mudou sua atitude, decidiu se vestir exatamente como queria e foi direto para a casa de sua tia, sem escutar a opinião dos outros no meio do caminho. 27


Você concorda que ouvir todos esses comentários negativos sobre sua aparência só prejudicou Filozinha? Enquanto dava ouvidos a eles e não considerava o que a fazia feliz, ela não conseguiu alcançar o objetivo de visitar a tia. Por sorte, tia Matilde era muito inteligente, sábia e tolerante. Ela ajudou a sobrinha a reconhecer que é possível ouvir críticas e seguir adiante, sendo fiel e valorizando os próprios gostos, vontades e vivendo “de bem com a vida”. Precisamos refletir sobre como nossos comentários negativos podem fazer mal a outras pessoas e evitá-los. Na vida é assim. Muitas vezes um amigo quer brincar de bola, e o outro quer ver um desenho animado. Um gosta de azul, e o outro prefere o roxo. Isso ocorre porque somos diferentes, temos gostos e vontades diversas. Devemos sempre respeitar o outro e a sua forma de viver. O mundo é muito mais feliz quando aceitamos conviver bem com a diversidade que nos cerca. Outro ponto importante abordado pela história dessa querida joaninha se refere às relações afetivas com nossos responsáveis e amigos mais próximos, por exemplo. Eles podem nos ajudar a entender melhor as situações e enfrentá-las sem medo. É importante sempre conversar com as pessoas em quem confiamos, principalmente quando algo nos incomoda. A história de Filó nos dá exemplo de uma situação que pode ocorrer em nosso dia a dia. E com os personagens do livro podemos aprender a agir melhor durante esse tipo de situação e entender que algumas críticas podem nos ajudar a crescer, mas outras precisam ser deixadas de lado. E você, como reagiria se fosse a Filó? Mudaria várias vezes o visual para agradar aos outros ou seria feliz reconhecendo as próprias diferenças e valorizando opiniões que realmente importam? Percebeu que tia Matilde gostava de Filó do jeitinho que ela era? 28


A autora dessa história nos trouxe uma situação muito comum do cotidiano, não é verdade? Nye Ribeiro disse que essa personagem “veio nos mostrar que não devemos nos impressionar tanto com o que os outros pensam de nós, mas aprender a nos aceitar e a nos amar do jeito que somos”. Nye Ribeiro criou a personagem Filó, mas quem deu vida à personagem e suas aventuras foi Silvana Rando, que ilustrou uma joaninha muito simpática e charmosa, com olhos grandes e arredondados que parecem olhar para nós, leitores. Vamos saber mais sobre a autora e a ilustradora deste livro?

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Arquivo pes

Nye Ribeiro nasceu na cidade de Boa Esperança, no estado de Minas Gerais. Cresceu em contato com a natureza e nela se inspirou para criar muitas de suas histórias. Tornou-se professora aos 17 anos. Cursou Pedagogia e exerceu o magistério por 18 anos. Sempre buscou motivar e estimular as crianças a ler e escrever. Também estudou Jornalismo e mudou de profissão. Foi aí que começou a escrever e não parou mais. Passou a colaborar com jornais e revistas de educação e hoje tem mais de 50 obras escritas para o público infantil. Criou sua própria editora, participa de eventos literários e ministra palestras e oficinas para educadores de todo o Brasil. Entre seus livros publicados, estão De bem com a vida, esta linda história que você acabou de ler, Pega esconde, Zip, Lelé da cuca, Espantomigo, Medo de monstro, Jeito de ser, Com jeito de pai, Boi, Zambu, O melhor da festa, Os porquês do coração, Vovô conserta tudo, Os bordados da vovó e muitos outros.

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Nye Ribeiro, a autora


Silvana Rando, a ilustradora

essoal Arquivo p

Silvana Rando nasceu em São Paulo, na cidade de Sorocaba. É ilustradora desde 2006. Em 2011, recebeu o Prêmio Jabuti com o livro Gildo, de sua autoria. Para ela, ilustrar animais com roupinhas é muito divertido, por isso gostou tanto de dar vida à Filó, essa joaninha simpática de sapatinhos de verniz, chapéu com laço de fita azul e vestidinho amarelo de bolinhas pretas. É autora e ilustradora de livros como A pequena Lana e Socorro em: uma vida nada fácil, além de dezenas de outros títulos.

Para reconhecer um conto Você sabia que os textos têm classificações? A essas classificações damos o nome de gêneros textuais. Você já deve ter lido poemas, letras de canção, quadrinhas, entre outros. Já o livro De bem com a vida é uma narrativa literária que se enquadra no gênero conto. Textos dessa categoria têm um narrador, ou seja, ele é o responsável por nos contar uma história e pode ou não participar dos eventos narrados. No caso do livro que você leu, o narrador apenas nos conta a história sem participar dela. Por meio do narrador, conhecemos e apreciamos as aventuras vividas pela personagem principal. Em De bem com a vida, temos duas personagens principais, Filó e tia Matilde. Elas são joaninhas que pensam, agem, falam e sentem, assim como nós humanos. Em textos narrativos, como é o caso do conto, a história pode ser organizada em partes: introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho. 30


A introdução é o momento em que geralmente nós, leitores, somos apresentados ao personagem ou personagens principais. Nessa etapa a história também é contextualizada, ou seja, conhecemos a situação inicial: o espaço onde ocorrem as situações narradas e o tempo em que os fatos acontecem. Vamos reler as páginas 4 e 5 de De bem com a vida? Nessa introdução, percebemos dois dos lugares onde a história se passa: a casa de Filó e a casa de tia Matilde. Somos também apresentados às personagens principais da obra: Filó e tia Matilde. Nesse mesmo momento, conhecemos a situação inicial que irá desencadear os outros eventos da história: a visita de Filó à casa de tia Matilde. A partir dessa situação inicial, diversos outros fatos ocorrem até o desfecho da história. A esses acontecimentos damos o nome de desenvolvimento. O desenvolvimento ocorre quando Filó, para realizar o seu desejo de visitar a tia, passa por muitas situações; por exemplo: ela se arrumou e saiu de casa. No caminho encontrou outros personagens que interferiram em sua ida à casa da tia. Essas ações que interferiram na vida de uma de nossas personagens principais desencadearam um momento de grande emoção: Filó desistiu de visitar a tia porque ficou cansada e já era tarde. Você consegue perceber como todas as situações seguem uma sequência para que possamos compreender bem como tudo aconteceu? Foi quando 31


Filó desistiu de ir à casa da tia, após enfrentar tantos comentários negativos, que conhecemos o clímax do conto. Mas essa história tem um desfecho bastante agradável! Filó realiza o desejo de visitar sua tia Matilde e termina deitada no colinho dela. Agora que você leu o livro De bem com a vida, conheceu a autora e a ilustradora, compreendeu como os textos do gênero textual conto se desenvolvem e como a leitura literária é importante para a sua formação, que tal conversar com seus familiares sobre o que aprendeu e convidá-los para uma reler este livro juntos? Ler em família é muito bom! Esperamos também que você tenha aproveitado cada momento da leitura deste livro e que ele te inspire a ir em busca de novas histórias e a explorar novos universos.

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De

bem Filó, a joaninha, se arrumou toda para visitar a tia, mas os outros começaram a criticar: “Pra que guarda-chuva?”, “Que chapéu feio!”... Isso entristece Filó, mas a tia Matilde vai lhe ajudar a ficar de bem com a vida.

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VIDA Nye Ribeiro Ilustrações:

Silvana Rando


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