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Entrevista realizada com Dora Shellard Corrêa, professora adjunta do curso de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que vê a construção de uma obra de referência incontroversa quando o assunto é análise histórica de... more
Entrevista realizada com Dora Shellard Corrêa, professora adjunta do curso de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que vê a construção de uma obra de referência incontroversa quando o assunto é análise histórica de paisagens. Desde sua tese de doutorado, publicada em livro sob o título Paisagens sobrepostas: Índios, posseiros e fazendeiros nas matas de Itapeva (1923-1930), a paisagem  tem sido seu objeto privilegiado de pesquisa.     
A entrevistada Ana Maria Colling é uma das pioneiras na área dos Estudos da Mulher e dos Estudos de Gênero no Rio Grande do Sul. Na entrevista procuramos traçar parte da sua trajetória acadêmica e de vida perspassada tanto pelas questões... more
A entrevistada Ana Maria Colling é uma das pioneiras na área dos Estudos da Mulher e dos Estudos de Gênero no Rio Grande do Sul. Na entrevista procuramos traçar parte da sua trajetória acadêmica e de vida perspassada tanto pelas questões de gênero quanto pelo período da ditadura militar.
O engenheiro agrônomo e ambientalista brasileiro José Lutzenberger (1926-2002) e o botânico italiano León Croizat (1894-1982) trocaram extensa correspondência entre 1966 e 1974. O artigo analisa o conjunto de documentos, que se encontra... more
O engenheiro agrônomo e ambientalista brasileiro José Lutzenberger (1926-2002) e o botânico italiano León Croizat (1894-1982) trocaram extensa correspondência entre 1966 e 1974. O artigo analisa o conjunto de documentos, que se encontra no Acervo Privado de José Lutzenberger (APJL). Primeiramente, traçamos um esboço das biografias de ambos os missivistas, autodidatas em botânica. A seguir, nosso objetivo é enfocar os principais temas abordados nessa correspondência: a troca de plantas, sementes e conhecimentos botânicos e as percepções de ambos sobre a situação ecológica global. Por meio dessa correspondência, os missivistas constroem uma rede de trocas de conhecimentos que nos permite adentrar importantes aspectos da história ambiental latino-americana.
O artigo examina a atuação do engenheiro agrônomo e ambientalista brasileiro José Lutzenberger (1926-2002) nos eventos preparatórios à Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD ou Rio-92). A análise... more
O artigo examina a atuação do engenheiro agrônomo e ambientalista brasileiro José Lutzenberger (1926-2002) nos eventos preparatórios à Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD ou Rio-92). A análise compreende o período em que Lutzenberger ocupou o cargo de Secretário Nacional do Meio Ambiente no governo de Fernando Collor de Melo, de março de 1990 a março de 1992. A participação ativa de Lutzenberger na defesa ambiental no Brasil e no exterior desde a década de 1970 chamou a atenção de Collor, que, preocupado em melhorar a imagem do governo no exterior, o convidou para o cargo de Secretário. Examina-se a atuação ambiental de José Lutzenberger numa perspectiva global da história, como um mediador de ideias ecológicas, especialmente a Teoria de Gaia, que ele buscou expandir como Secretário. Discute-se o conceito de desenvolvimento sustentável, pouco conhecido até a realização da Eco-92 e do qual Lutzenberger foi um dos principais críticos. Por fim, apresenta-se um panorama da participação ativa de Lutzenberger nos preparativos da Conferência, até a PrepCon IV, em março de 1992, quando ocorreu sua saída do governo Collor. Essa participação revela concepções divergentes no preparo da CNUMAD; mesmo que não tenha sido a diretriz hegemônica, as ideias de Lutzenberger contribuíram no maior legado do evento: a conscientização mundial sobre a problemática ambiental.
Resumo: O artigo trata da experiência de ensino realizada na disciplina "Tópicos Especiais I", na graduação em História-Licenciatura da Universidade do Centro Oeste do Paraná-UNICENTRO, em 2015, no campus de Coronel Vivida, oeste do... more
Resumo: O artigo trata da experiência de ensino realizada na disciplina "Tópicos Especiais I", na graduação em História-Licenciatura da Universidade do Centro Oeste do Paraná-UNICENTRO, em 2015, no campus de Coronel Vivida, oeste do Paraná. Houve uma interessante interação entre Ensino de História e História Ambiental, em que foram trabalhados conteúdos significativos para os alunos, a partir do contexto da região em que estavam inseridos. A disciplina foi orientada pela problemática de abordar a história ambiental de forma a superar a narrativa dominante de destruição da natureza pelo ser humano. Nessa perspectiva, o conceito de Nowtopia possibilitou o aprendizado de relações humanos-natureza que rompem com a lógica consumista e individualista do mercado, e constroem relações de respeito e proteção ao ambiente, no sentido de ir além da concepção preponderante de disjunção entre sociedade e natureza, visando contribuir na formação dos acadêmicos como futuros professores de história. Palavras-chave: Ensino de história. História ambiental. Ensino superior. Formação de professores. Nowtopia. Abstract: The article deals with the teaching experience held in the course "Special Topics I", in the graduation of History-Licenciatura of Universidade do Centro Oeste do Paraná-UNICENTRO, in 2015, at the campus of Coronel Vivida, western Paraná. There was an interesting interaction between Teaching History and Environmental History, in which concepts and contents were developed for the students, from the context of the region in which they were inserted. The discipline was guided by the problematic of approaching environmental history in order to overcome the dominant narrative of the destruction of nature by the human being. In this perspective, the concept of Nowtopia made possible the learning of human-nature relations that break with the consumerist and individualistic logic of the market, and construct relationships of respect and protection to the environment, in order to go beyond the dominant conception of disjunction between society and nature, aiming to contribute to the training of academics as future teachers of history.
José Lutzenberger protagonizou, ao longo de 31 anos (1971- 2002), uma forte atuação ambientalista no Brasil e em âmbito internacional, divulgando a ética do convívio ecossustentável. Um dos conceitos que alicerçaram seu pensamento foi... more
José Lutzenberger protagonizou, ao longo de 31 anos (1971-
2002), uma forte atuação ambientalista no Brasil e em âmbito
internacional, divulgando a ética do convívio ecossustentável. Um dos
conceitos que alicerçaram seu pensamento foi “Gaia”, a partir da
formulação teórica de James Lovelock. Neste trabalho, analisamos
como se deu a participação de Lutzenberger na constituição de
fundações que tinham como conceito-base a teoria de Gaia: a Gaia
Foundation e a Foundation For Gaia, na Europa, na década de 1980.
A análise está embasada nas fontes do Acervo Privado de José
Lutzenberger (APJL): correspondências, folhetos, transcrições de
palestras e textos do personagem.
A floresta amazônica vem sofrendo desmatamentos e incêndios todos os anos. Em 2019, a imprensa brasileira e internacional informou que os incêndios começaram a crescer novamente, após anos de queda. O ensaio aborda o contexto mais amplo... more
A floresta amazônica vem sofrendo desmatamentos e incêndios todos os anos. Em 2019, a imprensa brasileira e internacional
informou que os incêndios começaram a crescer novamente, após anos de queda. O ensaio aborda o contexto mais amplo desses
incêndios desde a década de 1970, os aspectos ambientais, agrários e sociais envolvidos, a importância da preservação da Amazônia
e a questão da soberania nacional que permeia a discussão sobre a selva com maior biodiversidade do planeta.
A história das mulheres surge como campo historiográfico nos anos 1960 na França, denunciando a ausência tanto de personagens e temas femininos na história, bem como na sua escrita. Esse surgimento está diretamente relacionado com os... more
A história das mulheres surge como campo historiográfico nos anos 1960 na França, denunciando a ausência tanto de personagens e temas femininos na história, bem como na sua escrita. Esse surgimento está diretamente relacionado com os movimentos feministas das décadas de 1960-70 (GONÇALVES, 2006), a chamada "segunda onda do feminismo", e também com a "história vista de baixo", em que personagens considerados subalternos e invisíveis passaram a ser objeto de estudos das pesquisas historiográficas. Para Margareth Rago, a valorização da presença da mulher na história também pode ser creditada ao ingresso feminino nas universidades, a partir dos anos 1970, levando com elas um conjunto de temas e problematizações próprios do universo feminino (RAGO, 1998, p. 90). No entanto, como nos mostra Bonnie Smith (2006), mulheres já escreviam história bem antes, ainda nos séculos XVIII e XIX. Devido ao sexismo reinante, eram consideradas amadoras e suas obras não recebiam a mesma valorização e repercussão dos historiadores homens. Não só a escrita da história, mas também a das biografias incorreu no mesmo apagamento das mulheres, durante muito tempo. Os autores canônicos da historiografia e da biografia são todos homens, dedicados a pesquisar sobre homens ilustres, aqueles considerados, por muito tempo, como os verdadeiros agentes da história.
Este artigo tem como objetivo apresentar a ética do convívio ecossustentável, divulgada pelo engenheiro agrônomo brasileiro José Lutzenberger (1926-2002), ao longo de sua militância ambientalista. São analisados autores e obras lidos por... more
Este artigo tem como objetivo apresentar a ética do convívio ecossustentável, divulgada pelo engenheiro agrônomo brasileiro José Lutzenberger (1926-2002), ao longo de sua militância ambientalista. São analisados autores e obras lidos por Lutzenberger, considerados influentes na sua discussão sobre ética e meio ambiente. Argumenta-se que ele se apropriou dessas leituras, de forma a construir uma nova ética ecológica em contraponto às éticas antropocêntricas que compõem a corrente dominante. A partir do estudo da obra e da biografia de Lutzenberger, o artigo apresenta os dez princípios fundamentais dessa ética, que, mesmo apoiada em éticas ambientais biocêntricas já existentes, constitui, em seu conjunto, uma formulação original para guiar a humanidade em suas relações com a natureza.
This paper discusses the differences between two dimensions present in human representations of nature: the ecological sensitivity, ie, human feelings and perceptions about nature; and environmentalism, a global movement built... more
This paper discusses the differences between two dimensions present in human
representations of nature: the ecological sensitivity, ie, human feelings and perceptions
about nature; and environmentalism, a global movement built historically, which
is multifaceted, scattered across various areas, and is dedicated to the protection
and management of natural and human environment. The goal is to analyze the
historicity of these dimensions, considering the views of some of its supporters and
critics. The discussion, finally, enables to understand human relationship with nature
as a problem that is both historical and ethical-moral.
Resumo: O artigo analisa a história de criação do Parque Municipal Henrique Luiz Roessler, localizado na cidade de Novo Hamburgo, no estado do Rio Grande do Sul (Brasil). Inserida no contexto mais amplo da urbanização de Novo Hamburgo,... more
Resumo: O artigo analisa a história de criação do Parque Municipal Henrique Luiz Roessler, localizado na cidade de Novo Hamburgo, no estado do Rio Grande do Sul (Brasil). Inserida no contexto mais amplo da urbanização de Novo Hamburgo, esta história será analisada como uma experiência de conflito socioambiental marcada, de um lado, pela
mobilização da sociedade em favor da aquisição e conservação da área, e, do outro, pelas negociações e ações políticas que viabilizaram a criação do Parque. O artigo também contempla o posicionamento da imprensa local a respeito da criação do Parque, analisando um conjunto de textos publicados no Jornal NH, no período entre 1988 e 1992.
RESUMO: Este artigo examina a trajetória dos movimentos ambientalistas no Rio Grande do Sul, na segunda metade do século XX. Representa um esforço inicial para começar a preencher a lacuna sobre a história das principais entidades... more
RESUMO: Este artigo examina a trajetória dos movimentos ambientalistas no Rio Grande do Sul, na segunda metade do século XX. Representa um esforço inicial para começar a preencher a lacuna sobre a história das principais entidades surgidas na capital e nas cidades interioranas, nas décadas de 1970 e 1980, na tentativa de traçar um panorama, mesmo que parcial, dos movimentos ambientalistas no Rio Grande do Sul, a partir da perspectiva da história ambiental. Para isso, são utilizadas pesquisas acadêmicas, fontes bibliográficas, documentos de arquivos e da internet. ABSTRACT: The present article examines the trajectory of environmentalist movements in Rio Grande do Sul in the second half of the 20 th century. This work represents an initial effort to start filling the gaps concerning the history of the first entities that appeared both in the capital and in inner cities, in the decades of 1970 and 1980, in an attempt to provide an overview, even if incomplete, of the environmentalist movements in Rio Grande do Sul from the perspective of environmental history. In order to do so, academic research, bibliographical sources, and documents from archives and from the Internet were used. INTRODUÇÃO Somente muito depois da Revolução Industrial, quando os sinais de deterioração do ambiente se tornaram visíveis para grande parte das pessoas e não apenas para observadores atentos, a necessidade de medidas para proteger a natureza tornou-se objeto de discussão. A consciência de uma crise de âmbito mundial foi o motivo pelo qual os debates sobre as questões ambientais começaram a se popularizar na década de 1960. O livro da bióloga norte-americana Rachel Carson, Primavera Silenciosa, publicado em 1962, pode ser considerado um dos principais marcos nesse sentido, colaborando para o surgimento de movimentos ambientalistas em todo o mundo, pois, ao denunciar os impactos ambientais do inseticida DDT nas lavouras, clamava por uma nova relação ética entre os seres humanos e a natureza.
Nos anos 1970, em meio a uma série de programas de ocupação para o desenvolvimento da Amazônia brasileira, coordenados pelos governos militares, a empresa alemã Volkswagen implantou um projeto para criar 150 mil cabeças de gado na região.... more
Nos anos 1970, em meio a uma série de programas de ocupação para o desenvolvimento da Amazônia brasileira, coordenados pelos governos militares, a empresa alemã Volkswagen implantou um projeto para criar 150 mil cabeças de gado na região. Este artigo aborda a crítica expressa por ambientalistas brasileiros – em especial José Lutzenberger (1926-2002) e Magda Renner (1926-2016) – ao incêndio provocado pela Volkswagen na Amazônia brasileira, em sua fazenda Companhia Vale do Rio Cristalino (CVRC), por meio da análise da correspondência entre eles e Wolfgang Sauer, Diretor-Presidente da empresa no Brasil. Tanto a correspondência como os documentos que embasam este artigo fazem parte do Arquivo Privado de José Lutzenberger (APJL) e do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS). Apelando para uma visão que idealizava a relação da Alemanha com a natureza, os ambientalistas causaram constrangimento e colaboraram para a divulgação, em âmbito internacional, da
devastação provocada pela multinacional na Amazônia, com o aval da ditadura militar em vigor no país.
Resumo: Este artigo examina a atuação do ambientalista José Lutzenberger contra o POLONOROESTE, programa de colonização implantado nos anos 1980 em Rondônia, financiado parcialmente pelo Banco Mundial. Lutzenberger denunciou os problemas... more
Resumo: Este artigo examina a atuação do ambientalista José Lutzenberger contra o POLONOROESTE, programa de colonização implantado nos anos 1980 em Rondônia, financiado parcialmente pelo Banco Mundial. Lutzenberger denunciou os problemas sociais e ambientais do programa, por meio de sua participação na série de documentários A década da destruição, dirigida por Adrian Cowell e Vicente Rios. O artigo aborda as críticas presentes nos filmes, cuja exibição em países europeus, Brasil, Canadá e Japão levou ao convite para que Lutzenberger prestasse depoimento no Congresso Norte-americano, em Washington. Esses eventos provocaram uma mudança de atitude por parte do Banco Mundial, projetaram Lutzenberger internacionalmente e ajudaram a promover a Amazônia como problemática de alcance mundial. Palavras-chave: José Lutzenberger, contrarreforma agrária em Rondônia, meio am-biente e ditadura militar. Abstract: The present paper examines the role environmentalist José Lutzenberger played against POLONOROESTE, the colonization program implemented in the 1980's in Rondônia, financed partially by the World Bank. Lutzenberger denounced the social and environmental problems of the program by means of his participation in the documentary series The Decade of Destruction, directed by Adrian Cowell and Vicente Rios. This paper discusses the criticism present in the films, whose showings in Europe, Brazil, Canada, and Japan led to Lutzenberger being invited to testify in the United States congress, in Washington D.C. This chain of events fostered a change of attitude from the World Bank, bringing Lutzenberger to international prominence and helping promote the Amazon rainforest as a world reaching problematic.
The present article aims at discussing Brazilian agronomist José Lutzenberger’s appropriation of authors from the ecological economics field to construct his environmental discourse, so as to fixate a human ethics in relation to nature.... more
The present article aims at discussing Brazilian agronomist José
Lutzenberger’s appropriation of authors from the ecological economics field
to construct his environmental discourse, so as to fixate a human ethics in
relation to nature. Based on such authors, he made an important critique on
the current economic system, particularly what he called the “economic
growth dogma”. Moreover, he defended a stable State economy, based on
the concept of homeostasis and without the obligation to growth. This
economic model, in his view, by imitating the modus operandi of
ecosystems, not generating waste or environmental degradation, would in
turn create a fairer economy both to the natural elements and to human
societies.
Neste artigo, abordo um episódio importante na trajetória do engenheiro agrônomo e ambientalista brasileiro José Lutzenberger: seu trabalho paisagístico no Parque da Guarita, em Torres-RS, entre 1972 e 1979. A partir da análise de... more
Neste artigo, abordo um episódio importante na trajetória do engenheiro agrônomo e ambientalista brasileiro José Lutzenberger: seu trabalho paisagístico no Parque da Guarita, em Torres-RS, entre 1972 e 1979. A partir da análise de documentação inédita de seu acervo pessoal (Arquivo Privado de José Lutzenberger-APJL), argumento que nesse tipo de atividade ele colocava em prática princípios de uma nova ética humana em relação à natureza. Em seu trabalho como paisagista, concebia o parque sob um de vista holístico: a Guarita era um organismo vivo, em evolução, em que os elementos naturais preexistentes deviam ser respeitados. Dessa forma, todo o trabalho por ele realizado no parque representava a materialização da ética elaborada e divulgada durante os 31 anos de sua militância ecológica.
Neste artigo, meu objetivo é analisar a correspondência trocada entre os ambientalistas José Lutzenberger (AGAPAN) e José Luiz Belart (FBCN). O exame dessa correspondência permite vislumbrar pontos de contato e de divergência entre as... more
Neste artigo, meu objetivo é analisar a correspondência trocada entre os ambientalistas José Lutzenberger (AGAPAN) e José Luiz Belart (FBCN). O exame dessa correspondência permite vislumbrar pontos de contato e de divergência entre as ideias e táticas dos missivistas. Permite também acessar seus anseios, temores e opiniões pessoais sobre as causas por que lutavam e, ao mesmo tempo, uma parte da história do ambientalismo brasileiro nos anos 1970. As cartas são fontes preciosas para as biografias, e podem ser também muito úteis para a pesquisa em história ambiental. No caso das fontes objeto deste estudo, é possível dizer que elas guardam não só um conteúdo de ideias e narrativas de ações, mas também deixam entrever os modos de atuação ambiental possíveis no contexto repressivo da ditadura militar brasileira.
En este artículo, trato una temática aún poco presente en la historiografía ambiental brasileña: cómo se daba el trato de las cuestiones ambientales durante el período de la dictadura civil-militar que gobernó el país entre 1964 y 1985.... more
En este artículo, trato una temática aún poco presente en la historiografía ambiental brasileña: cómo se daba el trato de las cuestiones ambientales durante el período de la dictadura civil-militar que gobernó el país entre 1964 y 1985. Aquí, el tema es estudiado mediante el análisis del caso que envolvió la instalación y el funcionamiento de la industria de celulosa Borregaard en la ciudad de Guaíba, estado del Rio Grande del Sur, en la década de 1970. A través de reportajes, recortes de periódicos y documentos del Archivo Privado de José Lutzenberger (APJL), fue posible acceder al contexto de luchas contra la fábrica. Debido a las emisiones mal olientes que afectaron a Puerto Alegre, capital de Rio Grande del Sur, se generó un intenso debate sobre contaminación y calidad de vida, lo que resultó importante para promover la concientización ecológica en el estado.
O enfoque deste artigo é a construção das memórias sobre Henrique Luiz Roessler (18961963), um importante agente pela proteção da natureza no Rio Grande do Sul durante os anos 1930-60. Meu objetivo é compreender como as memórias a... more
O enfoque deste artigo é a construção das memórias sobre Henrique Luiz Roessler (18961963), um importante agente pela proteção da natureza no Rio Grande do Sul durante os anos 1930-60. Meu objetivo é compreender como as memórias a respeito de Roessler foram constituídas, por quais agentes e se houve disputas nesse processo. Através da análise de documentação que sobreviveu em arquivos, foi possível constatar que este processo foi iniciado pelo próprio Roessler, ao se autodenominar “pioneiro da proteção à natureza no Rio Grande do Sul”, expressão esta que é transformada por amigos e admiradores, após sua morte, em “pioneiro da ecologia” no Estado.
Há 40 anos, em meio à ditadura militar, jovens subiram numa árvore em Porto Alegre para impedir seu corte pela Prefeitura Municipal. O episódio, protagonizado pelos estudantes universitários Carlos Dayrell, Marcos Saraçol e Teresa Jardim... more
Há 40 anos, em meio à ditadura militar, jovens subiram numa árvore em Porto Alegre para impedir seu corte pela Prefeitura Municipal. O episódio, protagonizado pelos estudantes universitários Carlos Dayrell, Marcos Saraçol e Teresa Jardim transformou-se em ato de protesto, sendo atualmente lembrado como um dos marcos nas lutas do movimento ambientalista brasileiro, nos anos 1970.
Research Interests:
A Agroecologia, ao buscar a reorientação dos processos de manejo dos recursos naturais, de forma a reduzir os impactos ambientais, ampliar a inclusão social e a segurança alimentar, resgata a centralidade da vida em suas múltiplas... more
A Agroecologia, ao buscar a reorientação dos processos de manejo dos recursos naturais, de forma a reduzir os impactos ambientais, ampliar a inclusão social e a segurança alimentar, resgata a centralidade da vida em suas múltiplas manifestações, contestando o modelo vigente, que centraliza o poder econômico ou reduz a vida a uma mercadoria. Ao colocar a vida no centro dessa discussão, resgatamos a conexão do ser humano com ele próprio, com o outro, com o Planeta Terra, com Gaia ou Pachamama, ou seja, com o sagrado.
Cada capítulo desse livro enfatiza aspectos anteriormente mencionados e compõe a complexidade que é envolvida ao falarmos de Agroecologia. Seus capítulos, de alguma maneira, explicitam a insustentabilidade do círculo opressor/oprimido, cunhado por Paulo Freire.
Material didático produzido para disciplina "Os movimentos sociais na história do Brasil", da pós EAD na Unicentro/Universidade Aberta do Brasil.
Temas: movimentos feministas, negros e ambientalistas
Research Interests:
Livro traz uma amostra da produção de historiadores gaúchos que pesquisam na área de história ambiental e que fazem parte do GT História ambiental Rio Grande do Sul da Anpuh-RS.
Biografia histórica de Henrique Luiz Roessler (1896-1963) sob a perspectiva da história ambiental. Roessler foi um protetor da natureza que atuou nos anos 1930-60 no sul do Brasil.
Visita a propriedade do sr. Altino Niezer, produtor agroecológico em Guarapuava. Vídeo aula da disciplina "Os Movimentos Sociais na História do Brasil" - Unidade 3 Curso de Pós-Graduação EAD - ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA DO BRASIL -... more
Visita a propriedade do sr. Altino Niezer, produtor agroecológico em Guarapuava.
Vídeo aula da disciplina "Os Movimentos Sociais na História do Brasil" - Unidade 3
Curso de Pós-Graduação EAD - ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA DO BRASIL - Unicentro/Universidade Aberta do Brasil - 2015
Research Interests:
Entrevista com sr. Josuel de Freitas, o "Seu Tuto", em Guarapuava. Vídeo aula da disciplina "Os Movimentos Sociais na História do Brasil" - Unidade 2 Curso de Pós-Graduação EAD - ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA DO BRASIL -... more
Entrevista com sr. Josuel de Freitas, o "Seu Tuto", em Guarapuava.
Vídeo aula da disciplina "Os Movimentos Sociais na História do Brasil" - Unidade 2
Curso de Pós-Graduação EAD - ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA DO BRASIL - Unicentro/Universidade Aberta do Brasil - 2015
Research Interests:
Entrevista com militantes feministas do movimento "Mulheres da Primavera", da cidade de Guarapuava-PR. Vídeo aula para a disciplina "Os Movimentos Sociais na História do Brasil" - Unidade 1: Movimentos feministas. Curso de Pós-Graduação... more
Entrevista com militantes feministas do movimento "Mulheres da Primavera", da cidade de Guarapuava-PR.
Vídeo aula para a disciplina "Os Movimentos Sociais na História do Brasil" - Unidade 1: Movimentos feministas.
Curso de Pós-Graduação EAD - ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA DO BRASIL - Unicentro/UAB - 2015
Research Interests:
Entrevista ao jornalista Andriolli Costa, da Revista IHU Online, sobre o lançamento do livro "Roessler: O homem que amava a natureza", de minha autoria.
Research Interests:
Entrevista sobre o livro "História Ambiental no Rio Grande do Sul", organizado por Elenita Malta, Fabiano Rückert e Neli Galarce.
Research Interests:
Link para download arquivo com todos os textos apresentados no 2º Colóquio Nacional de Estudos de Gênero e História, ocorrido na UNICENTRO, Guarapuava-PR, entre 20 e 22 de junho de 2016.
“Uma associação para evitar o envenenamento coletivo”: com essa manchete o jornal Folha da Tarde anunciava, em 2 de junho de 1971, a fundação da mais nova entidade de defesa ambiental, no Rio Grande do Sul, a Associação Gaúcha de Proteção... more
“Uma associação para evitar o envenenamento coletivo”: com essa manchete o jornal Folha da Tarde anunciava, em 2 de junho de 1971, a fundação da mais nova entidade de defesa ambiental, no Rio Grande do Sul, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – AGAPAN. Estabelecida em 27 de abril do mesmo ano, em reunião realizada na Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul – SARGS, teve lançamento público em 3 de junho, quando anunciou a sua finalidade principal: “educar o povo para a preservação e conservação dos bens naturais".
Neste artigo, o meu objetivo é analisar diversos aspectos da fundação
da AGAPAN. Pretendo responder aos seguintes questionamentos: Além de Lutzenberger e Carneiro, quem foram os fundadores? Que elementos os uniram, num primeiro momento? Quais referenciais teóricos embasaram a sua criação? Qual foi o papel de Lutzenberger nos direcionamentos iniciais?