Skip to main content
Este artigo visa investigar, em diálogo com Marx, as relações sociais subjacentes ao capitalismo. Se considerarmos que, do ponto de vista marxiano, as classes sociais são configuradas de acordo com certo modelo histórico de propriedade,... more
Este artigo visa investigar, em diálogo com Marx, as relações sociais subjacentes ao capitalismo. Se considerarmos que, do ponto de vista marxiano, as classes sociais são configuradas de acordo com certo modelo histórico de propriedade, uma estratégia fundamental para essa investigação será rediscutir o conceito de propriedade, a partir do antropólogo francês Maurice Godelier. Esta rediscussão, como se verá, permite repensar as divisões sociais que se estabelecem ao longo da história, inclusive no capitalismo, permitindo caracterizar (não como um fator exógeno) divisões de gênero e raciais, por exemplo. Outro ponto fundamental será rediscutir o conceito marxiano de valor (pensado como valor produtivo-mercantil), tentando desvelar como ele já sinaliza para o modelo específico de relação social subjacente ao capitalismo e como aponta para uma transformação profunda nas relações humanas e nas relações com a natureza. Finalmente, o artigo busca pensar quais os desafios que o capitalismo impõe ao próprio destino da humanidade.
A conferencia “Sobre a essencia da verdade”, de Martin Heidegger, foi pronunciada varias vezes entre 1930 e 1932, editada em 1943 e seguiu sendo modificada pelo autor ate os anos 1960. Em diversos aspectos, ela parece ter um papel... more
A conferencia “Sobre a essencia da verdade”, de Martin Heidegger, foi pronunciada varias vezes entre 1930 e 1932, editada em 1943 e seguiu sendo modificada pelo autor ate os anos 1960. Em diversos aspectos, ela parece ter um papel peculiar, como uma especie de “dobradica” entre o Heidegger de Ser e tempo e o apos a “virada” [Kehre] de seu pensamento, processo que se iniciou justamente a partir dos anos 1930. Com tal papel intermediario, essa conferencia parte de concepcoes ainda abordadas a partir da perspectiva de Ser e tempo, como a questao da verdade, mas insere tematicas fundamentais, mais caras a obra posterior do pensador alemao, como a perspectiva do velamento do ser, o conceito de errância e a propria perspectiva, apenas iniciada nessa conferencia, de uma transformacao do proprio conceito de essencia [Wesen] Palavras-chave: Heidegger; verdade; essencia; virada; errância.
RESUMO: Este artigo visa retomar e aprofundar os conceitos de rede de sentidos e antagonismo, desenvolvidos a partir de 2015 e desde então aprofundados ao longo de artigos, comunicações, discussões e diálogos com a realidade. O conceito... more
RESUMO: Este artigo visa retomar e aprofundar os conceitos de rede de sentidos e antagonismo, desenvolvidos a partir de 2015 e desde então aprofundados ao longo de artigos, comunicações, discussões e diálogos com a realidade. O conceito de rede de sentidos foi pensado como “certa constituição abrangente do sujeito, certa ambiência prévia, basilar para uma série de operações parciais, como a ação cotidiana, a atribuição de significado de uma palavra ou de um enunciado, a compreensão de práticas sociais em geral, enfim, para os diversos processos de atribuição de sentido”, noção ao mesmo tempo prática e dependente da “promessa de identidade” decorrente do signo linguístico. O antagonismo, por sua vez, se dá pela tensão da relação entre redes de sentidos diferentes, com desdobramentos decorrentes das negociações que essas tensões provocam. A partir dessas noções, é possível pensar, por exemplo, os sujeitos da América Latina, utilizando-se do conceito de colonialidade de Aníbal Quijano;...
Este trabalho visa discutir os conceitos de “diferença colonial” e “pensamento liminar” de Walter Mignolo, em articulação com uma discussão filosófica das questões da diferença e do antagonismo, especialmente de acordo com a proposta de... more
Este trabalho visa discutir os conceitos de “diferença colonial” e “pensamento liminar” de Walter Mignolo, em articulação com uma discussão filosófica das questões da diferença e do antagonismo, especialmente de acordo com a proposta de Ernesto Laclau, mas também com reformulações do próprio autor. De acordo com a hipótese do artigo, as relações de alteridade e os antagonismos que compuseram os processos de constituição da modernidade e da colonialidade podem ser compreendidos a partir de uma gramática filosófica estruturada no modo com o qual a questão da diferença foi investigada, especialmente a partir do século XX. Pensá-la em contraposição à ideia marxiana de contradição dialética torna-se um bom recurso para esta análise.
This paper aims to discuss the famous debate among Gadamer and Habermas, stimulated by Habermas's critics to the alleged conservatiness from concepts such as prejudice and tradition, also including the fact that hermeneutics passes... more
This paper aims to discuss the famous debate among Gadamer and Habermas, stimulated by Habermas's critics to the alleged conservatiness from concepts such as prejudice and tradition, also including the fact that hermeneutics passes over important implications from "deep hermeneutics", product from psychoanalysis and Marxism. It broaches and comments each author's argumentation and the implications and possible learning due to the debate. Moreover, it maintains this debate as an important substratum for an ethical and political discussion, in terms of content but also in its ver y configuration.
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA LAURENIO LEITE SOMBRA Wittgenstein: ... LAURENIO LEITESOMBRA Wittgenstein: vertentes pragmáticas e hermenêuticas do pensamento tardio ...
Este artigo visa investigar a imbricacao entre ideal e material a partir de formulacao do antropologo frances Maurice Godelier, em dialogo com Marx. O problema formulado e: dado o contexto da pandemia mundial da Covid-19, com enfase na... more
Este artigo visa investigar a imbricacao entre ideal e material a partir de formulacao do antropologo frances Maurice Godelier, em dialogo com Marx. O problema formulado e: dado o contexto da pandemia mundial da Covid-19, com enfase na especificidade brasileira, como pensar os problemas que vivemos atravessados pelas “realidades ideais” (termo de Godelier) forjadas no capitalismo e, mais especificamente, no capitalismo brasileiro? O objetivo e formular algumas proposicoes conceituais que, articuladas, definam a propria condicao central do capitalismo, referidas posteriormente ao caso atual. A investigacao e de natureza filosofica, pensada, no sentido de Frederic Cossutta, como “reexame e definicao do conceito”, tendo como “referencia” (ainda no sentido de Cossutta) a propria pandemia. Os resultados apresentados mostram que as “idealidades” principais atribuidas ao capitalismo - o individualismo, o nacionalismo, a primazia do dinheiro, o ideal de multiplicacao permanente do valor e u...
Este artigo visa refletir sobre a prática de Filosofia na América Latina a partir da relação deste continente com a ideia de “Ocidente”. Para tanto, empreende uma reflexão filosófica sobre esta ideia, assim como sobre noções a ela... more
Este artigo visa refletir sobre a prática de Filosofia na América Latina a partir da relação deste continente com a ideia de “Ocidente”. Para tanto, empreende uma reflexão filosófica sobre esta ideia, assim como sobre noções a ela correlacionadas, como modernidade e colonialidade. Apresenta, nesta perspectiva, a noção de “paradoxo da modernidade”, pelo poder que a modernidade tem de incluir-excluir sujeitos e valores. Ao pensar a filosofia na América Latina, reflete sobre a própria natureza do conceito de filosofia e as implicações dessa noção em relação a um pensar situado (ou à ausência desse pensar) na América Latina
Resenha do livro "Uma dobra no tempo", de Nelson Pretto.
Na seguinte entrevista, realizada em 2019, Laurenio Sombra fala de sua trajetória intelectual, do seu conceito de rede de sentidos, do eurocentrismo (que não vem só "de cima") e da situação política brasileira atual. Nadando contra a... more
Na seguinte entrevista, realizada em 2019, Laurenio Sombra fala de sua trajetória intelectual, do seu conceito de rede de sentidos, do eurocentrismo (que não vem só "de cima") e da situação política brasileira atual. Nadando contra a tendência dominante da filosofia acadêmica brasileira, ele mostra com seu próprio exemplo que nós, do sul global, podemos desenvolver categorias próprias para analisar a realidade circundante.
O objetivo deste artigo é fazer um contraponto entre a teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe e a ontologia do ser social de Lukács. Tentamos expor que a dualidade estabelecida por Laclau e Mouffe entre contingência e... more
O objetivo deste artigo é fazer um contraponto entre a teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe e a ontologia do ser social de Lukács. Tentamos expor que a dualidade estabelecida por Laclau e Mouffe entre contingência e necessidade, categorias fundamentalmente lógicas, não abarca a ontologia do ser social, que constitui uma objetividade que “tem a sua própria lógica”, nem da necessidade nem da contingência. Lukács, assim como Marx, parte do trabalho como categoria central da passagem de uma ontologia da natureza paraa ontologia do ser social. Aqui se argumenta que a linguagem tem o mesmo peso ontológico do trabalho. Inserindo-se essa dimensão na ontologia de Lukács, alguns dos elementos da teoria do discurso de Laclau e Mouffe, apesar de suas insuficiências, podem ser repensados.
RESUMO: Este artigo visa retomar e aprofundar os conceitos de rede de sentidos e antagonismo, desenvolvidos a partir de 2015 e desde então aprofundados ao longo de artigos, comunicações, discussões e diálogos com a realidade. O conceito... more
RESUMO: Este artigo visa retomar e aprofundar os conceitos de rede de sentidos e antagonismo, desenvolvidos a partir de 2015 e desde então aprofundados ao longo de artigos, comunicações, discussões e diálogos com a realidade. O conceito de rede de sentidos foi pensado como "certa constituição abrangente do sujeito, certa ambiência prévia, basilar para uma série de operações parciais, como a ação cotidiana, a atribuição de significado de uma palavra ou de um enunciado, a compreensão de práticas sociais em geral, enfim, para os diversos processos de atribuição de sentido", noção ao mesmo tempo prática e dependente da "promessa de identidade" decorrente do signo linguístico. O antagonismo, por sua vez, se dá pela tensão da relação entre redes de sentidos diferentes, com desdobramentos decorrentes das negociações que essas tensões provocam. A partir dessas noções, é possível pensar, por exemplo, os sujeitos da América Latina, utilizando-se do conceito de colonialidade de Aníbal Quijano; e mencionar um diálogo, em pleno andamento, com a ontologia do ser social de Marx e Lukács. PALAVRAS-CHAVE: rede de sentidos; antagonismo; colonialidade; ontologia do ser social. ABSTRACT: This article aims to resume and deepen the concepts of network of sense and antagonism, developed since 2015 and since then deepened throughout articles, communications, discussions and dialogues with reality. The concept of network of sense was thought of as "a certain comprehensive constitution of the subject, a certain previous ambience, essential for a series of partial operations, such as daily action, the attribution of meaning of a word or statement, the understanding of social practices in general, in short, for the different processes of attribution of sense", a notion that is both practical and dependent on the "promise of identity" arising from the linguistic sign. The antagonism, in turn, is due to the tension in the relationship between different networks of sense, with consequences resulting from the negotiations that these tensions provoke. From these notions, it is possible to think, for example, the subjects of Latin America, using the concept of coloniality by Aníbal Quijano; and mention a dialogue, in full swing, with ontology of social being from Marx and Lukács. KEYWORDS: network of sense, antagonism, coloniality, ontology of social being. Esse artigo visa retomar dois conceitos, rede de sentidos e antagonismo, desenvolvidos desde 2015 e que têm sido base para as minhas pesquisas desde então. É, contudo, a primeira
Este artigo visa investigar a imbricação entre ideal e material a partir de formulação do antropólogo francês Maurice Godelier, em diálogo com Marx. O problema formulado é: dado o contexto da pandemia mundial da Covid-19, com ênfase na... more
Este artigo visa investigar a imbricação entre ideal e material a partir de formulação do antropólogo francês Maurice Godelier, em diálogo com Marx. O problema formulado é: dado o contexto da pandemia mundial da Covid-19, com ênfase na especificidade brasileira, como pensar os problemas que vivemos atravessados pelas “realidades ideais” (termo de Godelier) forjadas no capitalismo e, mais especificamente, no capitalismo brasileiro? O objetivo é formular algumas proposições conceituais que, articuladas, definam a própria condição central do capitalismo, referidas posteriormente ao caso atual. A investigação é de natureza filosófica, pensada, no sentido de Frédéric Cossutta, como “reexame e definição do conceito”, tendo como “referência” (ainda no sentido de Cossutta) a própria pandemia. Os resultados apresentados mostram que as “idealidades” principais atribuídas ao capitalismo - o individualismo, o nacionalismo, a primazia do dinheiro, o ideal de multiplicação permanente do valor e um modo particular e dinâmico de perfazer divisões de grupos sociais – operam conjuntamente nas reações apresentadas, nas exigências de “volta à normalidade” e nas desigualdades a elas associadas. O artigo conclui com uma reflexão inicial sobre os desafios para a reversão de um quadro dessa ordem, rejeitando formulações idealistas - como certa ideia de “conscientização” eventualmente sugere -, mas também formulações mecanicamente materialistas – como pode sugerir certo modelo de revolução a partir de um ato “acima da sociedade”.
-
Resumo: Este artigo visa desenvolver uma reflexão filosófica que, repensando e ampliando a ontologia do ser social desenvolvida por Marx e formalizada por Lukács, permita também repensar a natureza das identidade dos grupos sociais que... more
Resumo: Este artigo visa desenvolver uma reflexão filosófica que, repensando e ampliando a ontologia do ser social desenvolvida por Marx e formalizada por Lukács, permita também repensar a natureza das identidade dos grupos sociais que constituem uma relação de produção, em diálogo com uma perspectiva hermenêutico-linguística já trabalhada antes pelo autor, a partir dos conceitos de rede de sentidos e antagonismo. Levando-se em consideração a definição reformulada de propriedade e relações de produção por Godelier, a crítica feminista à divisão sexual do trabalho (Gayle Rubin, Silvia Federici, Daniele Kergoàt), a reflexão descolonial sobre a divisão racial do trabalho (Aníbal Quijano), investiga a relação entre as "bases materiais" da vida humana, nossos processos de significação e as identidades sociais que conformam essas bases. A partir das formulações teóricas desenvolvidas tenta, por fim, pensa-las à luz da modernidade capitalista, já que este modo de produção, operando com uma dinâmica de alto grau de abstração centrada no dinheiro, constitui as identidades sociais a partir dos seus modos de espoliação, mas as transforma dinamicamente diante das resistências e alterações do momento histórico, forjando ao mesmo tempo uma imagem de indivíduo isolado que aparentemente se afasta das identificações sociais pré-estabelecidas. Nesse contexto, defende que os modos de espoliação operados pelo capitalismo são o principal fator de constituição de identidades resistentes e de alternativas ao próprio modo de produção vigente.
ABSTRACT: This article aims to develop a philosophical reflection that, by rethinking and broadening the ontology of social being developed by Marx and formalized by Lukács, also allows us to rethink the nature of the identities of social groups that constitute a relation of production, in dialogue with a hermeneutic-linguistic perspective, already worked before by the author, from the concepts of web of meanings and antagonism. Taking into account Godelier's reformulated definition of property and production relations, feminist critique of the sexual division of labor (Gayle Rubin, Silvia Federici, Daniele Kergoàt), and the decolonial reflection on the racial division of labor (Aníbal Quijano), it investigates the relationship between the "material foundations" of human life, our processes of meaning-making and the social identities that shape those foundations. From these developed theoretical formulations, it tries, finally, to think them in the light of capitalist modernity, since this mode of production, operating with a high degree of money-centered dynamics of abstraction, constitutes social identities from their ways of dispossession, but dynamically transforms them in the face of the resistances and changes of the historical moment, while forging an image of an isolated individual that apparently moves away from pre-established social identifications. In this context, it argues that the modes of dispossession operated by capitalism are the main factor in the constitution of resistant identities and alternatives to the current mode of production itself.
Apresentação da tradução para português (Brasil) do artigo POLÍTICAS NO FEMININO: TRANSFORMAÇÕES E SUBVERSÕES NÃO CENTRADAS NO ESTADO, da filósofa mexicana Raquel Gutiérrez Aguilar. A apresentação tem foi produzida em co-autoria com Hugo... more
Apresentação da tradução para português (Brasil) do artigo POLÍTICAS NO FEMININO: TRANSFORMAÇÕES E SUBVERSÕES NÃO CENTRADAS NO ESTADO, da filósofa mexicana Raquel Gutiérrez Aguilar. A apresentação tem foi produzida em co-autoria com Hugo Belarmino de Morais e Laurenio Sombra
RESUMO: O objetivo deste artigo é fazer um contraponto entre a teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe e a ontologia do ser social de Lukács. Tentamos expor que a dualidade estabelecida por Laclau e Mouffe entre contingência... more
RESUMO: O objetivo deste artigo é fazer um contraponto entre a teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe e a ontologia do ser social de Lukács. Tentamos expor que a dualidade estabelecida por Laclau e Mouffe entre contingência e necessidade, categorias fundamentalmente lógicas, não abarca a ontologia do ser social, que constitui uma objetividade que "tem a sua própria lógica", nem da necessidade nem da contingência. Lukács, assim como Marx, parte do trabalho como categoria central da passagem de uma ontologia da natureza para a ontologia do ser social. Aqui se argumenta que a linguagem tem o mesmo peso ontológico do trabalho. Inserindo-se essa dimensão na ontologia de Lukács, alguns dos elementos da teoria do discurso de Laclau e Mouffe, apesar de suas insuficiências, podem ser repensados. PALAVRAS-CHAVE: Lukács; Laclau e Mouffe; Discurso; Ontologia do ser social.
Este trabalho visa discutir os conceitos de " diferença colonial " e "pensamento liminar " de Walter Mignolo, em articulação com uma discussão filosófica das questões da diferença e do antagonismo, especialmente de acordo com a proposta... more
Este trabalho visa discutir os conceitos de " diferença colonial " e "pensamento liminar " de Walter Mignolo, em articulação com uma discussão filosófica das questões da diferença e do antagonismo, especialmente de acordo com a proposta de Ernesto Laclau, mas também com reformulações do próprio autor. De acordo com a hipótese do artigo, as relações de alteridade e os antagonismos que compuseram os processos de constituição da modernidade e da colonialidade podem ser compreendidos a partir de uma gramática filosófica estruturada no modo com o qual a questão da diferença foi investigada, especialmente a partir do século XX. Pensá-la em contraposição à ideia marxiana de contradição dialética torna-se um bom recurso para esta análise.
Research Interests:
Este artigo visa refletir sobre a prática de Filosofia na América Latina a partir da relação deste continente com a ideia de “Ocidente”. Para tanto, empreende uma reflexão filosófica sobre esta ideia, assim como sobre noções a ela... more
Este artigo visa refletir sobre a prática de Filosofia na América Latina a partir da relação deste continente com a ideia de “Ocidente”. Para tanto, empreende uma reflexão filosófica sobre esta ideia, assim como sobre noções a ela correlacionadas, como modernidade e colonialidade. Apresenta, nesta perspectiva, a noção de “paradoxo da modernidade”, pelo poder que a modernidade tem de incluir-excluir sujeitos e valores. Ao pensar a filosofia na América Latina, reflete sobre a própria natureza do conceito de filosofia e as implicaçcões dessa noção em relação a um pensar situado (ou à ausência desse pensar) na América Latina.
Research Interests:
Este artigo visa refletir sobre a prática de Filosofia na América Latina a partir da relação deste continente com a ideia de “Ocidente”. Para tanto, empreende uma reflexão filosófica sobre esta ideia, assim como sobre noções a ela... more
Este artigo visa refletir sobre a prática de Filosofia na América Latina a partir da relação deste continente com a ideia de “Ocidente”. Para tanto, empreende uma reflexão filosófica sobre esta ideia, assim como sobre noções a ela correlacionadas, como modernidade e colonialidade. Apresenta, nesta perspectiva, a noção de “paradoxo da modernidade”, pelo poder que a modernidade tem de incluir-excluir sujeitos e valores. Ao pensar a filosofia na América Latina, reflete sobre a própria natureza do conceito de filosofia e as implicações dessa noção em relação a um pensar situado (ou à ausência desse pensar) na América Latina.
Research Interests:
A conferência Sobre a essência da verdade, de Heidegger, foi várias vezes pronunciada entre 1930 e 1932, editada em 1943 e seguiu sendo modificada até os anos 60 pelo autor. Em diversos aspectos, ela parece ter um papel peculiar, como uma... more
A conferência Sobre a essência da verdade, de Heidegger, foi várias vezes pronunciada entre 1930 e 1932, editada em 1943 e seguiu sendo modificada até os anos 60 pelo autor. Em diversos aspectos, ela parece ter um papel peculiar, como uma espécie de “dobradiça” entre o Heidegger de Ser e Tempo e após a “virada” [Kehre] de seu pensamento, processo que se iniciou, justamente, a partir dos anos 30. Com tal papel intermediário, esta conferência parte de concepções ainda abordadas a partir da perspectiva de Ser e Tempo, como a questão da verdade; mas insere temáticas fundamentais, mais caras à obra posterior do pensador alemão, como a perspectiva do velamento do ser, o conceito de errância e a própria perspectiva, apenas iniciada nesta conferência, de uma transformação do próprio conceito de essência [Wesen].
Heidegger propusera investigar, em Ser e Tempo, o sentido do ser. A partir dos anos 30, ele começa a falar, cada vez mais, em uma verdade do ser. Aos poucos, as imagens que ele se utiliza para pensar essa verdade ganham conotações... more
Heidegger propusera investigar, em Ser e Tempo, o sentido do ser. A partir dos anos 30, ele começa a falar, cada vez mais, em uma verdade do ser. Aos poucos, as imagens que ele se utiliza para pensar essa verdade ganham conotações espaciais, de modo que o sentido/verdade do ser seja cada vez mais pensado como uma região ou localidade
essencial que permite que os entes sejam descobertos e que os homens
possam habitar um mundo. Heidegger chama, no seminário Le Thor,
em 1969, essa última passagem de uma topologia do ser,
já que a verdade do ser é pensada, doravante, a partir de um topos,
de um lugar, uma localidade. O objetivo desse trabalho é mapear, de
um modo rápido, a trajetória desenvolvida, desde Ser e Tempo, que vai
aproximando a pesquisa pelo sentido/verdade do ser cada vez mais a
uma topologia, mapeamento antecedido por uma breve discussão histórica do esvaziamento do conceito de lugar na modernidade.
Este trabalho investiga a profunda desigualdade social brasileira, sob a hipótese de que as diferenciações raciais, decorrentes de processo de colonialidade do poder implantado progressivamente com o descobrimento da América, são... more
Este trabalho investiga a profunda desigualdade social brasileira, sob a hipótese de que as diferenciações raciais, decorrentes de processo de colonialidade do poder implantado progressivamente com o descobrimento da América, são basilares para a nossa condição atual. Esta investigação é pautada no conceito de rede de sentidos (SOMBRA, 2015), desenvolvido recentemente, que permite vislumbrar os diversos sistemas de classificação que nos condicionam um modo de agir e pensar sobre o mundo. Dialoga, a partir do conceito citado, especialmente com as investigações de Aníbal Quijano e Jessé Souza em torno da desigualdade, respectivamente, na América e no Brasil.
Research Interests:
Pensar o "Ocidente" que se forja como imaginário em contraponto ao "Oriente" (ou aos orientes) e a relação de espelhamento que se produz nestas relações.
Este artigo visa discutir, filosoficamente, a questão da identidade dos sujeitos. Ele terá, necessariamente, uma perspectiva incompleta, porque está inserido no início de um processo de pesquisa mais amplo, em torno da constituição dos... more
Este artigo visa discutir, filosoficamente, a questão da identidade dos sujeitos.
Ele terá, necessariamente, uma perspectiva incompleta, porque está inserido no início de
um processo de pesquisa mais amplo, em torno da constituição dos sujeitos e dos
sentidos. No âmbito do artigo, o problema colocado é: o que unifica as diversas
formulações em torno da identidade? Que aspectos conceituais podem iluminar essa
discussão que perpassa tantas categorias, há “algo” que permita enxergá-las em um
mesmo horizonte, mesmo ressalvadas as óbvias diferenciações? Por fim, que
implicações, especialmente no âmbito político, podemos reivindicar a partir dessas
formulações? Todas as questões, ainda mais a última, terão respostas ainda
excessivamente breves, que deverão ser mais bem desenvolvidas em outra
oportunidade.
Nele, desenvolvo pela primeira rez os conceitos de rede de sentidos e antagonismo,
Pretendemos pesquisar o nexo ontológico entre tempo e espaço, na obra de Martin Heidegger, em três momentos específicos: [i] a primazia da temporalidade sobre a espacialidade, em Ser e Tempo (1927); [ii] em textos das décadas de 1930 e... more
Pretendemos pesquisar o nexo ontológico entre tempo e espaço, na obra de Martin Heidegger, em três momentos específicos: [i] a primazia da temporalidade sobre a espacialidade, em Ser e Tempo (1927); [ii] em textos das décadas de 1930 e 40, com a perda da subordinação da temporalidade à espacialidade, mostraremos o surgimento do conceito de acontecimento-apropriador; [iii] em textos dos anos de 1950, trataremos do conceito de quadratura, enquanto um modo de concretização do conceito de acontecimento-apropriador. A partir da reconsideração de Heidegger na conferência Tempo e Ser (1962), qual seja, a insustentabilidade da espacialidade do Dasein à temporalidade (§ 70 de Ser e Tempo), indicaremos a co-originariedade entre tempo-espaço-ser, amálgama que é denominado de topologia do ser. Neste momento, esclareceremos os conceitos de lugar, região, habitação, caminho, proximidade e distância, os quais constituem o conceito de quadratura como expressão desta topologia. Nosso objetivo consiste em apontar como tal topologia expõe a copertença entre temporalidade, espacialidade e verdade do ser.
Research Interests:
The already historical book “Women Philosophers” has just come out with more than seven hundred pages written by Brazilian hands, mostly by women. A few years ago this book would not have been possible, it has become possible because... more
The already historical book “Women Philosophers” has just come out with more than seven hundred pages written by Brazilian hands, mostly by women. A few years ago this book would not have been possible, it has become possible because women in the area of philosophy - professors and students, both undergraduate and graduate - organized themselves locally and united nationally to combat the absurd gender inequality that makes 73% of the philosophical community male, with enormous evasion of women throughout their careers. Besides being beautiful, with texts by and about female philosophers - who have always existed, but have not had the right to enter the canon - this book is also a political action. We are fighting for a power space and we want to enter it with other practices and values; we want to retell the history of philosophy, bringing to the center those who were on the margins; we want philosophy to stop being an almost exclusively male and white territory and, above all, we want to fight the dropout of our female students. I hope that when the obstacles to their permanence seem insurmountable, they will take this book in their hands and say: I can be a philosopher" (Yara Frateschi, Unicamp)

Contributors:

Marilena de Souza Chauí

Jeanne Marie Gagnebin

Naomi Scheman, translated by Rafaela Missaggia Vaccari and Giselle Dalva Secco

Maria de Lourdes Borges

Silvana de Souza Ramos

Yara Frateschi

Susana de Castro

Carla Rodrigues

Juliana de Moraes Monteiro

Janyne Sattler

Carolina Araújo

Halina Macedo Leal

Tessa Moura Lacerda

Maria Cristina Longo Cardoso Dias

Nathalia Nascimento Barroso

Imaculada Guimarães Kangussu

Marília Mello Pisani

Izilda Cristina Johanson

Tânia Aparecida Kuhnen

Ilze Zirbel

Juliana Missaggia

Graziela Rinaldi da Rosa

Gislene Vale dos Santos

Camila Kulkamp

Heci Regina Candiani

Bianca de Oliveira Corrêa

Hilan Nissioir Bensusan

Simone Borges dos Santos

Alan da Silva Sampaio

Mariana Andrade

Emanuelle Valéria Gomes de Lima

Maria Simone Marinho Nogueira

Fernanda Thayná da Silva

Luiz Henrique de Lacerda Abrahão

Ayanne Larissa Almeida de Souza

Valmir Pereira

Francisco de Assis Silva

Taís Pereira

Arthur Leandro da Silva Marinho

Tiago Luís Teixeira Oliveira

* Texto não disponível por razões contratuais. Disponível em: https://kotter.com.br/loja/filosofas/
-
-
Discussão sobre a relação sujeito-objeto no marxismo, num diálogo com Engels, Lukács, Adorno e Holloway, tendo como referência Paulo Freire. O objetivo central é pensar a relação sujeito-objeto como base para uma população crítica. Como... more
Discussão sobre a relação sujeito-objeto no marxismo, num diálogo com Engels, Lukács, Adorno e Holloway, tendo como referência Paulo Freire. O objetivo central é pensar a relação sujeito-objeto como base para uma população crítica. Como não cristalizar a objetividade, como não idealizar a subjetividade, nesse contexto?
COSTA, Fábio & SOUZA, Igor. Rocha navegável. Salvador: RV Cultura e Arte, 2020, 160p.