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Nitrosoureia é uma classe de compostos que incluem um grupo nitroso (R-NO) e uma ureia (CH4N2O).
Possuem atividade antitumoral e podem cruzar a barreira hematoencefálica.[1] Podem ser usados para tratar Câncer do cérebro como um glioblastoma.
Os nitrosoureias inativam covalentemente a tioredoxina-redutase, glutationa-redutase e a Ribonucleotídeo redutase por alquilação seus tiolatos no sítios ativos. A inibição destes sistemas de transferência de elétrons pelas nitrosoureias gera um efeito citostático. O cálcio intracelular protege a tioredoxina-redutase da desactivação pelas nitrosoureias. Tioredoxina reduzida ou glutationa reduzida podem deslocar as nitrosoureias do sítio ativo revertendo o efeito inibitório.[2]
Normalmente, as células não proliferantes reparam danos no ADN rapidamente. Células que se proliferam rápido, como tumores, são muito menos eficientes na reparação. Quanto maior a dose, mais danos ao DNA e, por conseguinte, maior a probabilidade de morte celular. Assim, os agentes alquilantes podem ser usados para tratar[3]:
- Carmustina (BCNU): Tanto em Linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin, tumores cerebrais, mieloma múltiplo, melanoma;
- Lomustina (CCNU): Tanto em Linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin, tumores cerebrais, mieloma múltiplo, melanoma e câncer pulmonar de células pequenas;
- Semustina: Principalmente Câncer do cérebro, câncer de estômago e câncer de cólon. Também serve para Linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin, tumores cerebrais, mieloma múltiplo, melanoma e câncer pulmonar de células pequenas;
- Estreptozotocina: Insulinoma, linfomas e tumor carcinoide
- Clorozotozina: Raramente usado.
Podem causar fibrose pulmonar, fibrose hepática e insuficiência renal. Irritam o trato gastrointestinal, causam rubor e podem suprimir a atividade da medula óssea vários dias depois.[3]
Referências