João Inácio Ribeiro Roma Neto (Recife, 17 de novembro de 1972) é um político brasileiro, filiado ao Partido Liberal (PL), do qual é o atual presidente na regional.[2] Foi chefe de gabinete da Prefeitura de Salvador (2013 a 2018), deputado federal (2019 a 2023) e ministro da Cidadania entre 2021 e 2022, no governo Jair Bolsonaro.[3][4]
É casado com Roberta Roma, com quem tem dois filhos, e é filho de João Inácio Ribeiro Roma Filho e Graça Violland.[5] É neto de João Roma, conhecido na política pernambucana por ter sido deputado federal por três vezes nas décadas de 1950 e 1960, filiado à Aliança Renovadora Nacional (ARENA), e secretário estadual de Segurança Pública no governo de Barbosa Lima Sobrinho e dos Negócios do Interior e Justiça no governo de Paulo Guerra.[6]
João Roma descende diretamente do revolucionário Padre Roma que liderou o movimento separatista de 1817 no Pernambuco.[7]
Foi assessor do governo de Pernambuco entre 1991 e 1994,[8][9] durante gestão de Joaquim Francisco, filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL). Entre 1995 e 1998, atuou na esfera federal, na administração de Fernando Henrique Cardoso, como assessor do Ministério da Administração e Reforma do Estado. Ainda na administração federal, foi delegado do Ministério da Cultura para o Nordeste, entre 1999 e 2002, e chefe do escritório da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em Salvador entre 2002 e 2004.[8][9] Nesse tempo, foi eleito, em maio de 2003, membro da direção executiva nacional do então PFL como presidente nacional do PFL Jovem.[10]
Desde o início do primeiro mandato ACM Neto na Prefeitura de Salvador, em 2013, foi chefe de gabinete do prefeito.[8][9] Saiu do cargo em 2018, para concorrer às eleição para deputado federal.[11]
Em novembro de 2015, recebeu o título de cidadão soteropolitano pela Câmara Municipal de Salvador, proposto pelo vereador Claudio Tinoco, do partido Democratas (DEM).[5]
Nas eleições estaduais em outubro de 2018, concorreu filiado ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) para deputado federal pela Bahia e foi eleito com 84 455 votos para o mandato de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2023.[12][13]
Nas Eleições de 2022, foi candidato ao Governo Estadual da Bahia pelo Partido Liberal, obtendo 738.311 votos (9,08%).[14]
João Roma foi designado presidente da comissão mista que debate a Medida Provisória 870/2019, editada por Jair Bolsonaro, que reorganiza os órgãos da Presidência da República e os ministérios.[15] Foi indicado como membro da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania - CCJC, e assumiu a relatoria da reforma tributária (PEC 45/19).[16] Foi também membro suplente da Comissão de Minas e Energia - CME, e foi relator do Projeto de Decreto Legislativo nº 7/2019, que dispõe sobre a preservação dos descontos já concedidos na conta de energia elétrica dos produtores rurais e irrigantes.[17] Em maio de 2019, apresentou a emenda EMC 62/2019 à reforma da previdência para que agentes municipais de segurança pública tenham direito a aposentadoria especial.[18]
João Roma foi escolhido para suceder Onyx Lorenzoni no Ministério da Cidadania, representando o Republicanos no gabinete presidencial.[19] Licenciou-se do mandato de deputado federal para assumir, fazendo com que Tia Eron assumisse sua vaga.[20]
Esse movimento de Roma em direção ao Ministério da Cidadania ocorreu em meio a controvérsias: como antecedente havia uma ruptura entre o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, (DEM) e o presidente nacional do partido - e aliado de Roma - Antônio Carlos Magalhães Neto.[21] O afastamento entre ambos se deu no decorrer da campanha para a eleição da Mesa Diretora da Câmara em 2021 quando, por uma articulação feita por ACM Neto, retirou-se o apoio formal do Democratas à frente parlamentar que tentava eleger o deputado Baleia Rossi (MDB) às vésperas do pleito. Esse fato foi interpretado por Maia - que havia feito acordo com o bloco - como uma traição, mas ACM Neto afirmou que apenas tentara apaziguar os parlamentares do DEM que pretendiam se alinhar à candidatura de Arthur Lira.[21] A indicação de Roma foi criticada por Rodrigo Maia, que usou suas redes sociais para insinuar que ACM Neto havia feito o partido perder sua independência em relação ao governo em troca da nomeação ministerial de um próximo.[22] Nada obstante, ACM Neto negou a acusação e também usou suas redes sociais para criticar a indicação, alegando ser lamentável que Roma tivesse aceito o ministério.[21][23] Segundo o presidente do DEM, Roma estaria trilhando um caminho próprio ao consentir em integrar o Governo Bolsonaro: “Se a intenção do Palácio do Planalto é me intimidar, limitar a expressão das minhas opiniões ou reduzir as minhas críticas, serviu antes para reforçar a minha certeza de que me manter distante do governo federal é o caminho certo a ser trilhado, pelo bem do Brasil”.[7] Os aliados históricos de João Roma desfizeram algumas alianças em sua base de sustentação na Bahia. Na mesma semana da indicação, um dos secretários da gestão de Bruno Reis (DEM) - o prefeito de Salvador - foi exonerado devido às suas ligações com o novo Ministro da Cidadania.[7]
Roma ocupou o cargo de ministro da Cidadania até 31 de março de 2022, quando foi publicada sua exoneração no Diário Oficial da União,[24] para se candidatar ao governo da Bahia nas eleições de 2022.[25]
Notas
- ↑ Licenciado a partir de 12 de fevereiro de 2021
Referências
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Órgãos (ligados à Presidência da República) | |
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