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Transtorno da maturação sexual

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Transtorno da maturação sexual
Para a Organização Mundial de Saúde, bissexualidade e homossexualidade não são transtorno nem doença.[1]
Especialidade psiquiatria
Classificação e recursos externos
CID-10 F66.0
CID-9 302.85
MedlinePlus 001527
MeSH D005783
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 
Entre totalmente hetero (canto superior direito), totalmente homo (canto superior esquerdo) e totalmente asexual (canto inferior) existem diversas variações de atração sexual

Transtorno da maturação sexual se refere a ansiedade, sofrimento e depressão gerado quando o paciente está incerto quanto a sua identidade sexual ou sua orientação sexual. Comumente isto ocorre em adolescentes que não estão certos da sua orientação (homo, hetero ou bissexual), ou em adultos que após um período de orientação sexual aparentemente estável (freqüentemente ligada a uma relação duradoura) percebe que sente atração por alguém do sexo diferente do parceiro(a).[1]

Características

O transtorno pode começar com[2]:

  • Fantasias homossexuais ou sonhos;
  • Percebe que está se sentindo atraído por alguém do mesmo sexo;
  • Sensação de ser diferente de seus amigos e colegas de classe; ou
  • Experiência sexual não aprovada socialmente.

A confusão quanto a sexualidade podem ser agravados por[2]:

  • Estigma social que pode vir com a homossexualidade/bissexualidade;
  • Falta de conhecimento;
  • Não conhecer nenhum homossexual;
  • Poucas oportunidades de socializar com outros adolescentes que estão tendo sentimentos semelhantes.

Classificação

O transtorno não se limita a nenhuma orientação sexual, sendo assim a fonte de transtorno pode ser:

  • Desejos homossexuais;
  • Desejos bissexuais;
  • Desejos heterossexuais;
  • Desejos por transgêneros; ou
  • Ausência de desejos sexuais.

No caso de não ter desejo sexual por ninguém, pode se suspeitar de depressão maior (ou similares) ou pode ser uma assexualidade normal e saudável.

Não se pode fazer esse diagnóstico em casos de intersexualidade (pessoas que nasceram com genitália ambígua), pois considerasse que essas pessoas tem liberdade para escolher seu gênero e sexualidade.[1]

Causa

Ver artigo principal: Orientação sexual

O motivo para sentir atração sexual por homens ou mulheres dependem de múltiplos fatores, sendo influenciado por questões genéticas, congênitas, sociais, culturais e pelo desenvolvimento endócrino. Mas ao contrário do que a sociedade pensa a opinião de especialistas é que a atração sexual não é uma opção, e sim uma imposição.[3]

Diagnóstico diferencial

  • Orientação sexual egodistônica (F66.1): A pessoa sabe sua orientação e identidade sexual, mas não está satisfeita com ela e quer mudá-la.[1]
  • Transtorno do relacionamento sexual (F66.2): A pessoa sabe sua orientação sexual e tem problemas no relacionamento atual por causa dela.[1]

Tratamento

O foco do tratamento deve ser esclarecer dúvidas sobre as diversas orientações sexuais baseando-se em pesquisas científicas e sem pressionar a tomar uma escolha.[4]

O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a se sentir bem consigo mesma e com sua orientação sexual. Para isso é recomendado[2]:

  • Esclarecer dúvidas sobre as diversas formas de sexualidade com base em fontes científicas;
  • Esclarecer dúvidas sobre relação sexual e camisinha com base em fontes científicas;
  • Não pressionar nenhuma orientação específica ou celibato, deixar a própria pessoa decidir.

Os problemas psicológicos relacionados a homossexualidade e bissexualidade são proporcionais a intolerância da sociedade em que vivem, especialmente por parte de pais, responsáveis e professores. Assim, quanto mais intolerância e preconceito maior a probabilidade de depressão maior e suicídio.[5][6]

Psicoterapia

Com base na Resolução CFP 001/99[7]:

  • Art. 2° Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.
  • Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
  • Art. 4° - Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Não-profissionais

Recomendações para os responsáveis[2]:

  • A parte mais importante é deixar o adolescente saber que você o ama independente da orientação sexual;
  • Estar disponível e com a mente aberta se o adolescente quer falar sobre orientação sexual, mas sem forçar a questão;
  • Incentivar o adolescente a falar sobre a saúde sexual com um pediatra, psicólogo ou outro profissional de saúde;
  • Todos adolescentes sexualmente ativos, independente se são heteros, gays ou bi, devem fazer exames de DST regularmente;
  • Vacina de hepatite B e HPV são recomendados independente da orientação sexual.
Mitos
  • No ano de 2009 no Brasil, entre homens apenas 19,7% das novas infecções por HIV foram por relações homossexuais e 7,8% por relações bissexuais. A proporção de homens e mulheres infectados com HIV atualmente é aproximadamente a mesma e a maioria dos infectados são heterossexuais.[8] Logo é um mito acreditar que apenas gays estão em risco de contrair HIV, mesmo sendo verdade que sexo anal tem maior risco. Pessoas Homossexuais com depressão, ansiedade necessitam buscar ajuda Médica[9]Orientação sexualHomossexualidadeBissexualidade
  • a..Travestismo
  • Transsexualidade
  • Assexualidade
Referências