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[[Ficheiro:Seja marginal seja herói.jpg|thumb|380px|'''''seja marginal seja herói''''' ([[Hélio Oiticica]], 1968)]]
A bandeira-poema '''''seja marginal seja herói''''' foié produzidauma peloobra do artista plástico [[Hélio Oiticica]], emproduzida 1968entre 1966 e 1967. <ref name=sopro />{{Citar<ref web|urlname="nome">Strecker, Márion. [https://mamselect.rio/obras-de-arteart.br/por-que-homenagear-bandidos/|titulo= Por que homenagear bandidos], – MAM Rio|acessodata=2023-08-01|lingua=pt-''select.art.br}}''</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8690609 |título=Sentidos da marginalidade: uma leitura espacial de Marginais e outros contos a partir da obra de Hélio Oiticica |data=2022 |acessodata=20232024-0806-0124 |periódico=Abril: Revista do Estudos de Literatura Portuguesa e Africana - NEPA UFF |número=29 |ultimo=Gomes de Souza |primeiro=Renata Cristine |paginas=57–64 |issn=1984-2090}} </ref><ref>{{Citar web|ultimo=Dercon|primeiro=Ernesto Neto, Marepe, Catherine Yass and Chris|url=https://www.tate.org.uk/tate-etc/issue-10-summer-2007/be-outlaw-be-hero|titulo=‘Be an outlaw... Be a hero’ – Tate Etc|acessodata=1º de agosto de 2023-08-01|website=Tate|lingua=en-GB}}</ref><ref>BANDEIRA-POEMA. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Disponível em: [http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra2638/bandeira-poema. Acesso em: 01 de agosto de 2023Bandeira-poema]. Verbete''[[Enciclopédia daItaú Enciclopédia.Cultural]]'' {{ISBN:| 978-85-7979-060-7}}</ref>
Trata-se de uma tela de tecido semelhante a uma bandeira, medindo 85cm x 114,5cm x 3 cm, estampada com a representação de Alcir Figueira da Silva, que "ao se sentir alcançado pela polícia, depois de assaltar um banco, ao meio dia, jogou fora seu roubo e suicidou-se". <ref name=sopro >{{Citar webperiódico|url=https://culturaebarbarie.org/sopro/arquivo/heroioiticica.html|titulo=SOPROO 45herói e o anti-herói anônimo|autor=Hélio Oiticica|periódico=SOPRO|número=45|data=fevereiro de Fevereiro/2011|acessodata=20232024-1206-20|website=culturaebarbarie.org24}}</ref>
A mesma imagem é utilizada na obra '''''Bólide- Caixa 21, Poema Caixa 3''''' (1966), do artista. <ref>{{Citar periódico |url=https://www.scielo.br/j/ars/a/P5hDGHRTbV8w4YpnBtG96tK/?lang=pt |título=Os Bólides do programa ambiental de Hélio Oiticica |data=2011 |acessodata=2023-12-20 |periódico=ARS (São Paulo) |ultimo=Loeb |primeiro=Angela Varela |paginas=48–77 |lingua=pt |doi=10.1590/S1678-53202011000100004 |issn=1678-5320}}</ref><ref name=bolide>Hélio Oiticica. [https://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra66421/bolide-caixa-21-poema-caixa-3 Bólide Caixa 21, Poema Caixa 3, 1966]. ''[[Enciclopédia Itaú Cultural]]''.</ref>
Abaixo da representação, lê-se a frase "seja marginal seja herói".<ref name=":0">{{Citar periódico |url=https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/view/3804 |título=Seja marginal, seja herói: a figura do herói e do anti-herói na obra de Hélio Oiticica |data=2012-09-17 |acessodata=2023-08-10 |periódico=SOLETRAS |número=23 |ultimo=Diniz |primeiro=Luiz Antonio Garcia |paginas=53–66 |lingua=pt |doi=10.12957/soletras.2012.3804 |issn=2316-8838}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.nybooks.com/articles/2017/09/28/helio-oiticica-viva-tropicalia/ |título=Viva Tropicália! {{!}} Larry Rohter |acessodata=2023-08-10 |ultimo=Rohter |primeiro=Larry |lingua=en |issn=0028-7504}}</ref> O corpo morto está prostrado, vulnerável, disposto como um crucificado em posição invertido. A obra celebra a figura do "[[Marginalização|marginal]]", desprezada pela sociedade conservadora e dominanteinvertida.<ref>{{Citar web|ultimo=Rosa|primeiro=Tatiane Santa|url=https://brooklynrail.org/2019/02/artseen/Venceremos-Resisting-the-Rise-of-the-Far-right-in-Brazil|titulo=Venceremos: Resisting the Rise of the Far-right in Brazil|data=2019-02-05|acessodata=2023-08-10|website=The Brooklyn Rail|lingua=en-US}}</ref>
A obra foi exibida primeiramente em fevereiro de 1968, no ''Festival das Bandeiras'', que ocorreurealizado na [[Praça General Osório]] , no Rio de Janeiro.<ref>{{Citar periódico |url=https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/2176-8552.2016n21p93 |título=El artista plástico Hélio Oiticica: escritor y fotógrafo |data=2016-01-11 |acessodata=2023-08-10 |periódico=outra travessia |número=21 |ultimo=Cámara |primeiro=Mario |paginas=93–104 |lingua=pt |doi=10.5007/2176-8552.2016n21p93 |issn=2176-8552}}</ref> ▼== História ==
▲A obra foi exibida primeiramente em fevereiro de 1968, no ''Festival das Bandeiras'', que ocorreu na [[Praça General Osório]] no Rio de Janeiro.<ref>{{Citar periódico |url=https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/2176-8552.2016n21p93 |título=El artista plástico Hélio Oiticica: escritor y fotógrafo |data=2016-01-11 |acessodata=2023-08-10 |periódico=outra travessia |número=21 |ultimo=Cámara |primeiro=Mario |paginas=93–104 |lingua=pt |doi=10.5007/2176-8552.2016n21p93 |issn=2176-8552}}</ref>
Em pouco tempo, ''seja marginal, seja herói'' tornou-se palavra de ordem para os dissidentes da [[ditadura militar no Brasil]].<ref>{{Citar web|ultimo=llull|primeiro=Paula|url=https://sculpturemagazine.art/helio-oitica-be-an-outlaw-be-a-hero/|titulo=Hélio Oiticica: Be an Outlaw, Be a Hero|data=2016-10-01|acessodata=2023-08-10|website=Sculpture|lingua=en-US}}</ref>
== Recepção ==
Para Luiz Antonio Garcia Diniz, a imagem de Cara de Cavalo, morto por um esquadrão da morte carioca em 1964, traz à tona várias formas de repressão na [[Ditadura militar brasileira|ditatura militar no Brasil]].<ref name=":0" />
A figura do anti-herói ou do herói anônimo ou desconhecido é uma característica recorrente do trabalho de Hélio Oiticica, o qual procurou viver como um artista marginal, um artista existindo às margens de uma sociedade determinada a preservar e centralizar, na política e cultura ''mainstream'', fatores como produtividade e estabilidade.<ref name=":0" />
== Na cultura popular ==
A bandeira-poema ''seja marginal seja herói'', de Oiticica, decorou o palco noda clubeboate Sucata, no Rio de Janeiro, na noite em que lá se apresentaram [[Caetano Veloso]] e [[Gilberto Gil]]. Após essaa apresentação, os dois foram detidos epor exiladosmilitares sobdo a[[Exército acusaçãoBrasileiro|Exército]]. Depois de teremum parodiadomês na prisão, Caetano soube o hinomotivo nacionalde brasileirosua detenção: uma denúncia, feita pelo apresentador de TV [[Randal Juliano]], de que cantara o [[Hino Nacional Brasileiro|Hino Nacional]] no ritmo da canção "Tropicália" — o que ele e testemunhas negam. Posteriormente, Caetano e Gil tiveram que sair do país. <ref name=Gil> Fortuna, Maria. [https://oglobo.globo.com/cultura/caetano-veloso-minha-vida-teria-tomado-outro-rumo-nao-fosse-prisao-1-24623610 Caetano Veloso: 'Minha vida teria tomado outro rumo, não fosse a prisão']. ''[[O Globo]]'', 6 de setembro de 2020. [https://archive.is/yc913 Cópia arquivada em 24 de junho de 2024]</ref>
Em 2023, uma professora de história e arte no Brasil foi demitida apóspor vestirusar uma camiseta estampada com a obrafrase "seja marginal, seja herói", após o deputado federal [[Gustavo Gayer]] (PL) criticá-la por isso nas redes sociais, comentando "professora de história com look petista em sala de aula".<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2023/05/08/professora-que-foi-demitida-apos-deputado-critica-la-por-usar-camiseta-com-frase-seja-marginal-seja-heroi-diz-que-esta-recebendo-apoio-de-colegas-e-alunos.ghtml|titulo=Professora que foi demitida após deputado criticá-la por usar camiseta com frase 'seja marginal, seja herói' diz que está recebendo apoio de colegas e alunos|data=2023-05-08|acessodata=1º de agosto de 2023-08-01|website=G1|lingua=pt-br}}</ref>
{{Referências}}
== Ver também ==
*''[[Bólide B 33 caixa 18 – Homenagem a Cara de Cavalo]]''
{{título em itálico}}
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