As Ilhas Atlânticas (em galego: Illas Atlánticas) estão situadas nas Rias Baixas galegas, tendo uma extensão de 1 200 hectares terrestres e 7 200 hectares marítimos. Em 13 de junho de 2002 tornaram-se o primeiro parque nacional da Galiza (décimo terceiro da Espanha). A sua denominação oficial é Parque Nacional Marítimo Terrestre das Illas Atlánticas de Galiza.
A delimitação territorial deste parque nacional, que inclui as ilhas Cíes, Ons, Sálvora e Cortegada, foi realizada em função da singularidade e riqueza da fauna, flora e a sua espetaculosidade paisagística.
Aficaram fora do parque nacional as ilhas de Lobeiras, Sisargas, San Simón e Tambo e as faixas terrestres da Costa da Morte, Cabo Udra, Santo Adrián, Costa da Vela e o complexo de dunas de Corrubedo, entre outras.
Em 2007 o parque recebeu 238 939 visitas.[1]
Arquipélagos e ilhas integrantes
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- Arquipélago de Ons: As ilhas Ons formam um arquipélago situado na boca da Ria de Pontevedra nas coordenadas: 42°22′50″N, 8°56′00″O. É composto da ilha de Ons, a única ilha do parque nacional habitada durante todo o ano, a ilha de Onza ou Onzeta, e outros pequenos ilhotes entre os que se destacam O Corveiro. Na estação estival realizam-se viagens marítimas diariamente desde os portos de Marim, Cangas, Bueu, Sanxenxo e Portonovo.
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O arquipélago tem a maior colônia de
Corvo-marinho-de-crista da Europa (25% populacional mundial)
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Com 22.000 parelhas, nas ilhas Cíes encontra-se a maior colônia mundial de
Gaivota patiamarela
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Nos areais das Cíes encontrava-se a maior população galega de
Camarinheiros, quase extinta atualmente
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Na ilha encontra-se a maior floresta de
loureiro da Península Ibérica e uma das maiores da Europa
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Mazarico galego, A ilha destaca-se pela sua riqueza em aves limícolas
- ilha de Sálvora: A ilha de Sálvora encontra-se na boca da entrada da Ria de Arousa, separada da terra firme por uma distância de cerca de 3 km. Sálvora pertence ao concelho de Ribeira (província da Corunha). Possui uma extensão de cerca de 190 Há, e tem uma altitude máxima de 71 metros. Quase todo o perímetro da ilha é zona rochosa, salvo três pequenas praias de areia milha e branca.
Arquipélagos e ilhas aspirantes
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Além das ilhas que pertencem ao conjunto do parque nacional, existem outras ilhas que se encontram em processo ou aspiram a serem integradas nele:
- ilha de Tambo: Encontra-se no meio da Ria de Pontevedra, já na sua parte final, frente à vila de Marim embora pertença ao concelho de Poio. Tem uma superfície de 28 hectares e atinge os 80 metros de altitude. A ilha tem uma forma oval, com um perfil piramidal, e é completamente coberta de árvores, especialmente eucaliptos. A Sul tem uma pequena península que assemelha quase uma ilha vista desde terra e que conta com um velho farol. Tambo conta com duas praias unidas na parte norte da ilha e com três pequenos embarcadoiros. O principal problema para a inclusão da ilha no parque nacional é a relativa sujeira das águas no interior da ria produzida, nomeadamente, pela fábrica de celulosas de Marim. A isto há que acrescentar a ocupação militar que a ilha teve desde faz décadas até a sua recente desocupação.
- ilhas Sisargas: Estas ilhas pertencem ao concelho de Malpica de Bergantiños e, do mesmo jeito que Tambo, a sua adesão ao parque nacional depende nomeadamente da compra por parte do Governo ou da Junta da Galiza aos seus donos e fazê-la, assim, pública. Ao contrário de todas as outras ilhas, estas encontram-se fora das Rias Baixas, na zona da Costa da Morte. O arquipélago é formado por três ilhas, chamadas de Sisarga Grande, Malante e Sisarga Chica, e uma série de ilhotes circundantes. As ilhas são na sua maioria de natureza rochosa, com numerosas falésias na Sisarga Grande.
Referências