Em sua juventude, Yarvin foi influenciado pelo libertarianismo e estudou as obras de Ludwig von Mises e Murray Rothbard. A leitura de Thomas Carlyle por Yarvin o convenceu de que o libertarianismo sem a inclusão do autoritarismo era um projeto condenado, e o livro de Hans-Hermann Hoppe, Democracia, o Deus que Falhou marcou a primeira ruptura de Yarvin com a democracia. Outra influência foi James Burnham, que afirmou que a verdadeira política ocorria através das ações das elites, sob o que chamou de aparente retórica democrática ou socialista.[9]
Na década de 2000, o fracasso da construção de nação liderada pelos EUA no Iraque e Afeganistão fortaleceram as opiniões antidemocráticas de Yarvin, a resposta do governo dos EUA à crise financeira de 2008 reforçou as suas convicções libertárias e a eleição de Barack Obama como presidente dos EUA reforçou a sua crença de que a história se move inevitavelmente em direção a sociedades de tendência esquerdista e progressista.[9] Yarvin acredita que a verdadeiro poder político nos Estados Unidos é uma coligação de universidades estabelecidas e de meios de comunicação de massa, que ele chama de "Catedral". Estes representariam uma classe social idealista e quase religioso chamada "brâmane". Segundo ele, isso prejudicaria a ordem da sociedade e seria baseado em ilusões.[10] Na verdade, a função do Estado deveria ser apenas uma governação funcional e eficiente e não a implementação de princípios universais. A divisão e a expansão da soberania política nas sociedades democráticas também levariam a um Estado em constante expansão.
Yarvin vê a democracia como ineficiente e um desperdício, e rejeita eleições livres e direitos democráticos. No seu blog, Yarvin defendeu a abolição da democracia liberal existente e a sua substituição por regimes monárquicos e absolutistas. Ele defende a transformação dos estados existentes num grande número de pequenos estados administrados como sociedades por ações privadas, cujos acionistas determinariam a política sem a participação da população em geral. Segundo esta visão, o Estado seria uma empresa proprietária de um território. Yarvin vê a cidade-estado de Singapura como um exemplo de regime bem sucedido para isso. Para ele, a competição entre estados e a possibilidade de migração de um estado para outro limitariam o seu possível despotismo e restrições à liberdade individual.[11]
Referências