www.fgks.org   »   [go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

Sequoia: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Revisão do verbete
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
79a (discussão | contribs)
 
(Há 5 revisões intermédias de 2 utilizadores que não estão a ser apresentadas)
Linha 8: Linha 8:
| reino = [[Plantae]]
| reino = [[Plantae]]
| divisão = [[Pinophyta]]
| divisão = [[Pinophyta]]
| classe = [[Pinophyta|Pinopsida]]
| classe = [[Pinopsida]]
| ordem = [[Pinales]]
| ordem = [[Cupressales]]
| família = [[Cupressaceae]]
| família = [[Cupressaceae]]
| subfamília = [[Sequoioideae]]
| subfamília = [[Sequoioideae]]
| género = '''''Sequoia'''''
| género = '''''Sequoia'''''
| género_autoridade = [[Stephan Ladislaus Endlicher|Endl.]], ''[[nomen conservandum]]''
| género_autoridade = [[Stephan Ladislaus Endlicher|Endl.]], ''[[nomen conservandum]]''
| subdivisão_nome = Espécies
| subdivisão_nome = Espécies
| subdivisão =
| subdivisão =
* †''[[Sequoia portlandica]]?''
* †''[[Sequoia portlandica]]?''
Linha 33: Linha 33:
<div style="background:#ee9090;">vermelho - ''Sequoiadendron giganteum''</div>
<div style="background:#ee9090;">vermelho - ''Sequoiadendron giganteum''</div>
}}
}}
[[Ficheiro:Sequoia and a car.jpg|260px|thumb|Um grande tronco de sequoia em comparação com um automóvel.]]
[[Ficheiro:Sequoia and a car.jpg|260px|thumb|Um grande tronco de sequoia em comparação com um automóvel]]
[[Ficheiro: Sequoia sempervirens1.jpg|254px|thumb|Agulhas de sequoia.]]
[[Ficheiro: Sequoia sempervirens1.jpg|254px|thumb|Agulhas de sequoia]]
[[File:Icicle Tree - Armstrong Redwoods State Reserve.jpeg|thumb|265px|"Icicle Tree", um exemplar que mostra a nodificação do tronco.]]
'''''Sequoia''''' é um [[Género (biologia)|género]] de grandes [[conífera]]s da subfamília [[Sequoioideae]] da família [[Cupressaceae]]. A única [[Extante|espécie extante]] deste género é ''[[Sequoia sempervirens]]'', um [[megafanerófito]] nativo das [[Floresta temperada de coníferas|florestas temperadas costeiras]] do [[norte da Califórnia]] e do sudoeste do [[Oregon]].<ref name=j>[http://apps.kew.org/wcsp/namedetail.do?name_id=378988 Kew World Checklist of Selected Plant Families]</ref><ref>[http://bonap.net/MapGallery/County/Sequoia%20sempervirens.png Biota of North America Program 2013 county distribution map]</ref> Conhecido pelo gigantismo dos seus espécimes, o género inclui algumas das árvores mais altas e mais pesadas do mundo.
'''''Sequoia''''' é um [[Género (biologia)|género]] de grandes [[conífera]]s da subfamília [[Sequoioideae]] da família [[Cupressaceae]]. A única [[Extante|espécie extante]] deste género é ''[[Sequoia sempervirens]]'', um [[megafanerófito]] nativo das [[Floresta temperada de coníferas|florestas temperadas costeiras]] do [[norte da Califórnia]] e do sudoeste do [[Oregon]].<ref name=j>[http://apps.kew.org/wcsp/namedetail.do?name_id=378988 Kew World Checklist of Selected Plant Families]</ref><ref>[http://bonap.net/MapGallery/County/Sequoia%20sempervirens.png Biota of North America Program 2013 county distribution map]</ref> Conhecido pelo gigantismo dos seus espécimes, o género inclui algumas das árvores mais altas e mais pesadas do mundo.
==Descrição==
==Descrição==
Os outros dois géneros da subfamília [[Sequoioideae]], ''[[Sequoiadendron]]'' e ''[[Metasequoia]]'', estão intimamente relacionados com o género ''Sequoia''. O grupo inclui as [[Lista das árvores mais altas|árvores mais altas]], bem como as mais pesadas do mundo.
Os outros dois géneros da subfamília [[Sequoioideae]], ''[[Sequoiadendron]]'' e ''[[Metasequoia]]'', estão intimamente relacionados com o género ''Sequoia''. O grupo inclui as [[Lista das árvores mais altas|árvores mais altas]], bem como as mais pesadas do mundo.


No presente, o género ''Sequoia'' inclui apenas uma espécie viva, a ''[[Sequoia sempervirens]]'', conhecida pelo nome comum de sequoia-vermelha (em inglês: ''coastal redwood''). O género, no entanto, inclui diversas [[Extinção (biologia)|espécies extintas]], conhecidas apenas do [[registo fóssil]], entre as quais ''[[Sequoia affinis]]'' (oeste da América do Norte), ''[[Sequoia chinensis]]'' (da China, mas com identificação incerta), ''[[Sequoia langsdorfii]]'' (reclassificada como ''Metasequoia''<ref name=Jagels&Equiza>{{cite book |author=Richard Jagels & Maria A. Equiza |chapter=Competitive advantages of ''Metasequoia'' in warm high latitudes |pages=335–349 |editor=Ben A. LePage, Christopher James Williams & Hong Yang |publisher=[[Springer Science+Business Media|Springer]] |year=2005 |isbn=1-4020-2631-5 |title=The Geobiology and Ecology of ''Metasequoia'' |volume=22 |series=Topics in geobiology |url=https://books.google.com/books?id=JfiWU-1GSqEC |location=[[Dordrecht]], the Netherlands}}</ref>), ''[[Sequoia dakotensis]]'' (do [[Maastrichtiano]] do [[South Dakota]], reclassificada como ''Metasequoia''<ref name=Jagels&Equiza />) e ''[[Sequoia magnifica]]'' (conhecida da [[madeira petrificada]] da área do [[Parque Nacional de Yellowstone]]).
No presente, o género ''Sequoia'' inclui apenas uma espécie viva, a ''[[Sequoia sempervirens]]'', conhecida pelo nome comum de ''sequoia-vermelha'' ou ''sequoia-costeira'' (em inglês: ''coastal redwood''). O género, no entanto, inclui diversas [[Extinção (biologia)|espécies extintas]], conhecidas apenas do [[registo fóssil]], entre as quais ''[[Sequoia affinis]]'' (oeste da América do Norte), ''[[Sequoia chinensis]]'' (da China, mas com identificação incerta), ''[[Sequoia langsdorfii]]'' (reclassificada como ''Metasequoia''<ref name=Jagels&Equiza>{{citar livro|autor =Richard Jagels & Maria A. Equiza |capítulo=Competitive advantages of ''Metasequoia'' in warm high latitudes |páginas=335–349 |editor=Ben A. LePage, Christopher James Williams & Hong Yang |publicado=[[Springer Science+Business Media|Springer]] |ano=2005 |isbn=1-4020-2631-5 |título=The Geobiology and Ecology of ''Metasequoia'' |volume=22 |series=Topics in geobiology |url=https://books.google.com/books?id=JfiWU-1GSqEC |local=[[Dordrecht]], the Netherlands}}</ref>), ''[[Sequoia dakotensis]]'' (do [[Maastrichtiano]] do [[South Dakota]], reclassificada como ''Metasequoia''<ref name=Jagels&Equiza />) e ''[[Sequoia magnifica]]'' (conhecida da [[madeira petrificada]] da área do [[Parque Nacional de Yellowstone]]).


O [[nome genérico]] ''Sequoia'' foi publicado pela primeira pelo botânico austríaco [[Stephan Endlicher]] em 1847.<ref>{{cite book|last=Endlicher|first=Stephan|title=Synopsis Coniferarum|publisher=Scheitlin & Zollikofer|location=St. Gallen|date=1847|url=https://www.biodiversitylibrary.org/page/15191847}}</ref> A [[etimologia]] do nome não é clara, e tem sido objecto de diversas explicações.<ref>[http://scholar.oxy.edu/scas/vol116/iss2/6 Muleady-Mecham, Nancy E. Ph.D. (2017) "Endlicher and Sequoia: Determination of the Entymological Origin of the Taxon Sequoia," ''Bulletin of the Southern California Academy of Sciences'': Vol. 116: Iss. 2.]</ref> A suposição moderna mais comum é que Endlicher, um linguista publicado, sinologista, filólogo, bem como reputado botânico sistemático, nomeou o género em homenagem a [[Sequoyah]], o inventor do [[silabário Cherokee|sistema de escrita Cherokee]]<ref>{{cite book|title=Sierra Nevada - The Naturalist's Companion|url=https://books.google.com/books?id=5-8gddnuk-gC&pg=PA55|date=1 June 2000|publisher=University of California Press|isbn=978-0-520-92549-6|page=55}}</ref> agora conhecido como [[Sequoyan]].<ref>{{cite book|title=The Cherokee Syllabary – Writing the People's Perseverance|author=Cushman, E.|date=2011|publisher=University of Oklahoma Press}}</ref> A partir de 1860, foi sugerido que o nome fosse uma derivação da palavra latina para "sequência", uma vez que a espécie foi pensado para ser um seguidor ou remanescente de antigas espécies extintas e, portanto, o próximo em uma sequência.<ref name="Lowe 2012" />
O [[nome genérico]] ''Sequoia'' foi publicado pela primeira pelo botânico austríaco [[Stephan Endlicher]] em 1847.<ref>{{citar livro|último =Endlicher|primeiro =Stephan|título=Synopsis Coniferarum|publicado=Scheitlin & Zollikofer|local=St. Gallen|data=1847|url=https://www.biodiversitylibrary.org/page/15191847}}</ref> A [[etimologia]] do nome não é clara, e tem sido objecto de diversas explicações.<ref>[http://scholar.oxy.edu/scas/vol116/iss2/6 Muleady-Mecham, Nancy E. Ph.D. (2017) "Endlicher and Sequoia: Determination of the Entymological Origin of the Taxon Sequoia," ''Bulletin of the Southern California Academy of Sciences'': Vol. 116: Iss. 2.]</ref> A suposição moderna mais comum é que Endlicher, um linguista publicado, sinologista, filólogo, bem como reputado botânico sistemático, nomeou o género em homenagem a [[Sequoyah]], o inventor do [[silabário Cherokee|sistema de escrita Cherokee]]<ref>{{citar livro|título=Sierra Nevada - The Naturalist's Companion|url=https://books.google.com/books?id=5-8gddnuk-gC&pg=PA55|data=1 de junho de 2000|publicado=University of California Press|isbn=978-0-520-92549-6|página=55}}</ref> agora conhecido como [[Sequoyan]].<ref>{{citar livro|título=The Cherokee Syllabary – Writing the People's Perseverance|autor =Cushman, E.|data=2011|publicado=University of Oklahoma Press}}</ref> A partir de 1860, foi sugerido que o nome fosse uma derivação da palavra latina para "sequência", uma vez que a espécie foi pensado para ser um seguidor ou remanescente de antigas espécies extintas e, portanto, o próximo em uma sequência.<ref name="Lowe 2012" />


No entanto, em um artigo publicado em 2012, o autor Gary Lowe argumenta que Endlicher não teria o conhecimento para conceber ''Sequoia sempervirens'' como o sucessor de uma sequência fóssil, e que mais provavelmente ele a viu, dentro da estrutura de sua taxonomia, como o completar de uma sequência [[morfologia (biologia)|morfológica]] de espécies em relação ao número de [[semente]]s por [[Escama (coníferas)|escama do cone]].<ref name="Lowe 2012">{{cite journal|last=Lowe|first=Gary D.|year=2012|title=Endlicher's sequence: the naming of the genus ''Sequoia''|journal=Fremontia|volume=40| issue = 1 & 2|pages=25–35|url=http://www.cnps.org/cnps/publications/fremontia/FremontiaV40.1_40.2.pdf|access-date=January 1, 2014}}</ref>
No entanto, em um artigo publicado em 2012, o autor Gary Lowe argumenta que Endlicher não teria o conhecimento para conceber ''Sequoia sempervirens'' como o sucessor de uma sequência fóssil, e que mais provavelmente ele a viu, dentro da estrutura de sua taxonomia, como o completar de uma sequência [[morfologia (biologia)|morfológica]] de espécies em relação ao número de [[semente]]s por escama do cone.<ref name="Lowe 2012">{{citar periódico|último =Lowe|primeiro =Gary D.|ano=2012|título=Endlicher's sequence: the naming of the genus ''Sequoia''|periódico=Fremontia|volume=40|número= 1 & 2|páginas=25–35|url=http://www.cnps.org/cnps/publications/fremontia/FremontiaV40.1_40.2.pdf|acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref>


Em 2017, a Dra. Nancy Muleady-Mecham, da [[Northern Arizona University]], após extensa pesquisa com documentos originais na Áustria, afirmou ter encontrado uma ligação positiva entre a pessoa Sequoyah e Endlicher, bem como informações de que o uso do ''sequor'' latino não teria sido correto.<ref name="Muleady-Mecham 2017">{{citar periódico|último =Muleady-Mecham|primeiro =Nancy E.|ano=2017|título=Endlicher and Sequoia: Determination of the Etymological Origin of the Taxon Sequoia|periódico=Bulletin of the Southern California Academy of Sciences|volume=116|número=2|páginas=137–146|doi=10.3160/soca-116-02-137-146.1|s2cid=89925020|url=http://scholar.oxy.edu/scas/vol116/iss2/6}}</ref> No entanto, existem limitações debilitantes para os argumentos apresentados no artigo de 2017. O suposto vínculo positivo é baseado numa similaridade na pronúncia das palavras «Sequoyah» e «Sequoia», válido para pessoas que pensam em inglês, mas não aquelas que pensam em alemão ou latim. Endlicher não poderia saber como o nome de Sequoyah foi pronunciado em [[Língua cherokee|cherokee]], já que ele nunca teve a oportunidade de ouvir o cherokee falado. O alegado uso do latim ignora o conhecimento filológico de Endlicher e a familiaridade com o latim dos manuscritos antigos da Biblioteca Real de Viena, língua em que publicou extensivamente. O prefixo botânico latino de Endlicher no nome do género ''Sequoia'' foi derivado do verbo latino ''sequor'' e não era uma conjugação do verbo.<ref>{{citar livro|título=Debunking the Sequoia honoring Sequoyah Myth|autor =Lowe, Gary D. |data=2018|url=https://searchworks.stanford.edu/view/13111854}}</ref>
<!-----------------
In 2017, Dr. Nancy Muleady-Mecham of Northern Arizona University, after extensive research with original documents in Austria, claimed to find a positive link to the person Sequoyah and Endlicher as well as information that the use of the Latin sequor would not have been correct,<ref name="Muleady-Mecham 2017">{{cite journal|last=Muleady-Mecham|first=Nancy E.|year=2017|title=Endlicher and Sequoia: Determination of the Etymological Origin of the Taxon Sequoia|journal=Bulletin of the Southern California Academy of Sciences|volume=116|issue=2|pages=137–146|doi=10.3160/soca-116-02-137-146.1|s2cid=89925020|url=http://scholar.oxy.edu/scas/vol116/iss2/6}}</ref> however there are debilitating limitations to the arguments presented in the 2017 article. The alleged positive link is based on a similarity in pronunciation of the words “Sequoyah” and “Sequoia”; valid to persons that think in English, but not those that think in German or Latin. Endlicher could not have known how Sequoyah’s name was pronounced in Cherokee since he never had the opportunity to hear spoken Cherokee. The claimed use of Latin ignores Endlicher’s philological background and familiarity with the Latin of the ancient manuscripts in the royal library on which he extensively published. Endlicher’s Botanical Latin prefix in the genus name Sequoia was derived from the Latin verb “sequor”, and was not a conjugation of the verb.<ref>{{cite book|title=Debunking the Sequoia honoring Sequoyah Myth|author=Lowe, Gary D. |date=2018|url=https://searchworks.stanford.edu/view/13111854}}</ref>


==Paleontology==
==Paleontologia==
''Sequoia jeholensis'' is the oldest recorded member of the genus Sequoia (Along with ''Sequoia portlandica'', but this last is a nomen dubium) , know from the [[Jiufotang Formation]] (Lower Cretaceous) and the [[Jiulongshan Formation]] (Middle Jurassic) of China.<ref name=Jehol>{{cite journal |last1=Ma |first1=Qing-Wen |last2=K. Ferguson |first2=David |last3=Liu |first3=Hai-Ming |last4=Xu |first4=Jing-Xian |title=Compressions of Sequoia (Cupressaceae sensu lato) from the Middle Jurassic of Daohugou, Ningcheng, Inner Mongolia, China |journal=Palaeobiodiversity and Palaeoenvironments |date=2020 |volume=1 |issue=9 |page=1 |doi=10.1007/s12549-020-00454-z |url=https://link.springer.com/article/10.1007/s12549-020-00454-z |access-date=9 March 2021 |ref=Jehol}}</ref> By the late [[Cretaceous]] the ancestral sequoias were established in [[Europe]], parts of [[China]], and western [[North America]].{{citation needed|date=November 2018}} Comparisons among fossils and modern organisms suggest that by this period ''Sequoia'' ancestors had already evolved a greater [[tracheid]] diameter that allowed it to reach the great heights characteristic of the modern ''[[Sequoia sempervirens]]'' (coast redwood) and ''[[Sequoiadendron giganteum]]'' (giant sequoia).{{citation needed|date=November 2018}}
''Sequoia jeholensis'' é o membro mais antigo do género Sequoia que se conhece (junto com ''Sequoia portlandica'', mas este último é um ''[[nomen dubium]]''), conhecido da [[Formação Jiufotang]] ([[Cretáceo Inferior]]) e da [[Formação Jiulongshan]] ([[Jurássico Médio]]) da China.<ref name=Jehol>{{citar periódico|último1 =Ma |primeiro1 =Qing-Wen |último2 =K. Ferguson |primeiro2 =David |último3 =Liu |primeiro3 =Hai-Ming |último4 =Xu |primeiro4 =Jing-Xian |título=Compressions of Sequoia (Cupressaceae sensu lato) from the Middle Jurassic of Daohugou, Ningcheng, Inner Mongolia, China |periódico=Palaeobiodiversity and Palaeoenvironments |data=2020 |volume=1 |número=9 |página=1 |doi=10.1007/s12549-020-00454-z |url=https://link.springer.com/article/10.1007/s12549-020-00454-z |acessodata=9 de março de 2021 |ref=Jehol}}</ref> No final do [[Cretáceo]], as sequóias ancestrais estabeleceram-se na [[Europa]], partes da [[China]] e no oeste da [[América do Norte]]. As comparações entre fósseis e organismos modernos sugerem que neste período os ancestrais de ''Sequoia'' haviam evoluído um [[traqueídeo]] de maior diâmetro que permitiu atingir as grandes alturas características das modernas espécies ''[[Sequoia sempervirens]]'' (sequóia-costeira) e ''[[Sequoiadendron giganteum]]'' (sequóia-gigante).


''Sequoia'' ancestors were not dominant in the tropical high northern latitudes, like ''[[Metasequoia]]'', a redwood whose [[deciduous]] habit gave it a significant adaptive advantage in an environment with 3 months of continuous darkness.<ref name=Jagels&Equiza /> However, there still was possibly prolonged range overlap between ''Sequoia'' and ''Metasequoia'' which could have led to hybridization events that created the modern [[hexaploid]] ''Sequoia sempervirens''.<ref name="Ahuja">{{cite journal |author=M. R. Ahuja & D. B. Neale |year=2002 |title=Origins of polyploidy in coast redwood (''Sequoia sempervirens'') and relationship of coast redwood to other genera of Taxodiaceae |journal=[[Silvae Genetica]] |volume=51 |issue=2–3 |pages=93–100 |url=http://www.savetheredwoods.org/media/pdf_ahuja.pdf }}</ref><ref name="Rogers">{{cite journal |author=Deborah L. Rogers |year=2000 |title=Genotypic diversity and clone size in old-growth populations of coast redwood (''Sequoia sempervirens'') |journal=[[Canadian Journal of Botany]] |volume=78 |issue=11 |pages=1408–1419 |doi=10.1139/cjb-78-11-1408}}</ref> See also the metastudy of the geologic history of the giant sequoia and the coast redwood.<ref name=Lowe2014>{{cite book |author=Lowe, Gary D. |year=2014 |title=Geologic History of the Giant Sequoia | series = North American Research Group (NARG) Special Publication No. 1 |url=https://independent.academia.edu/GaryLowe2|format=PDF}}</ref>
Os ancestrais de ''Sequoia'' não eram dominantes nas altas latitudes tropicais do norte, como ''[[Metasequoia]]'', uma sequóia cujo hábito [[decíduo]] lhe conferiu uma [[vantagem adaptativa]] significativa num ambiente com 3 meses de escuridão.<ref name=Jagels&Equiza /> No entanto, ainda havia uma sobreposição de áreas de distribuição possivelmente extensa entre ''Sequoia'' e ''Metasequoia'', o que poderia ter levado a eventos de [[hibridização]] que criaram o moderno [[hexaploide]] ''Sequoia sempervirens''.<ref name="Ahuja">{{citar periódico|autor =M. R. Ahuja & D. B. Neale |ano=2002 |título=Origins of polyploidy in coast redwood (''Sequoia sempervirens'') and relationship of coast redwood to other genera of Taxodiaceae |periódico=[[Silvae Genetica]] |volume=51 |número=2–3 |páginas=93–100 |url=http://www.savetheredwoods.org/media/pdf_ahuja.pdf }}</ref><ref name="Rogers">{{citar periódico|autor =Deborah L. Rogers |ano=2000 |título=Genotypic diversity and clone size in old-growth populations of coast redwood (''Sequoia sempervirens'') |periódico=[[Canadian Journal of Botany]] |volume=78 |número=11 |páginas=1408–1419 |doi=10.1139/cjb-78-11-1408}}</ref> Sobre esta questão, veja-se também o metastudo da história geológica da sequóia-gigante e da sequóia-costeira.<ref name=Lowe2014>{{citar livro|autor =Lowe, Gary D. |ano=2014 |título=Geologic History of the Giant Sequoia | series = North American Research Group (NARG) Special Publication No. 1 |url=https://independent.academia.edu/GaryLowe2|formato=PDF}}</ref>


A general cooling trend by the late [[Eocene]] and [[Oligocene]] reduced the northern ranges of ancestral ''Sequoia''. By the end of the [[Miocene]] and beginning of the [[Pliocene]], ''Sequoia'' fossils were morphologically identical to the modern ''Sequoia sempervirens''.<ref name="Ahuja"/> Continued cooling in the Pliocene meant that ''Sequoia'', which is extremely intolerant to frost due to the high water content of its tissues, also became locally extinct in response to the extreme cooling of Europe and Asia<ref name="Snyder">{{cite thesis |author=James Arthur Snyder |year=1992 |title=The ecology of ''Sequoia sempervirens'': an addendum to "On the edge: nature's last stand for coast redwoods" |publisher=[[San Jose State University]] |degree=[[Master of Arts|M.A.]] |url=http://scholarworks.sjsu.edu/etd_theses/508}}</ref> In western North America it continued to move south through coastal [[Oregon]] and [[California]], surviving due to the abundant rainfall and mild seasons.<ref name="Snyder"/> The [[Sierra Nevada (U.S.)|Sierra Nevada]] [[orogeny]] further isolated ''Sequoia'' because the snowy mountain peaks prevented eastward expansion.<ref name="Snyder"/> The [[Pleistocene]] and [[Holocene]] distributions are likely nearly identical to the modern ''S. sempervirens'' distributions.
Uma tendência geral de resfriamento climático que ocorreu no final do [[Eoceno]] e no [[Oligoceno]] reduziu as áreas de distribuição a norte do género ''Sequoia'' ancestral. No final do [[Mioceno]] e início do [[Plioceno]], os fósseis de ''Sequoia'' são morfologicamente idênticos à moderna ''Sequoia sempervirens''.<ref name="Ahuja"/> Resfriamento contínuo no Plioceno significava que o género ''Sequoia'', que é extremamente intolerante à geada devido ao alto teor de água de seus tecidos, também se tornou localmente extinto em resposta ao resfriamento extremo da Europa e da Ásia.<ref name="Snyder">{{citar tese|autor =James Arthur Snyder |ano=1992 |título=The ecology of ''Sequoia sempervirens'': an addendum to "On the edge: nature's last stand for coast redwoods" |publicado=[[San Jose State University]] |grau=[[Master of Arts|M.A.]] |url=http://scholarworks.sjsu.edu/etd_theses/508}}</ref> No oeste da América do Norte, continuou a se mover para o sul através da costa do actual [[Oregon]] e [[Califórnia]], sobrevivendo devido às chuvas abundantes e estações amenas.<ref name="Snyder"/> A [[orogenia]] que deu origem à [[Sierra Nevada (EUA)|Sierra Nevada]] eixou ainda mais isolado o género ''Sequoia'' porque os cumes nevados dos picos impediram a expansão para o leste.<ref name="Snyder"/> As distribuições do [[Pleistoceno]] e [[Holoceno]] são provavelmente quase idênticas às modernas distribuições de ''Sequoia sempervirens''.


------------------------->
==Ver também==
==Ver também==
*[[Muir Woods National Monument]]
*[[Muir Woods National Monument]]
Linha 67: Linha 62:
{{Taxonbar|from=Q1975652}}
{{Taxonbar|from=Q1975652}}
{{Cupressaceae}}
{{Cupressaceae}}
{{Acrogymnospermae}}


[[Categoria:Cupressaceae]]
[[Categoria:Cupressaceae]]

Edição atual tal como às 13h01min de 13 de junho de 2024

 Nota: Para outros significados, veja Sequoia (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaSequoia
Ocorrência: Jurássico ao presente
Exemplar de uma Sequoia sempervirens.
Exemplar de uma Sequoia sempervirens.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Pinophyta
Classe: Pinopsida
Ordem: Cupressales
Família: Cupressaceae
Subfamília: Sequoioideae
Género: Sequoia
Endl., nomen conservandum
Distribuição geográfica
Distribuição natural de Sequoia e Sequiodendron verde - Sequoia sempervirens vermelho - Sequoiadendron giganteum
Distribuição natural de Sequoia e Sequiodendron
verde - Sequoia sempervirens
vermelho - Sequoiadendron giganteum
Espécies
Sinónimos[1]
Um grande tronco de sequoia em comparação com um automóvel
Agulhas de sequoia

Sequoia é um género de grandes coníferas da subfamília Sequoioideae da família Cupressaceae. A única espécie extante deste género é Sequoia sempervirens, um megafanerófito nativo das florestas temperadas costeiras do norte da Califórnia e do sudoeste do Oregon.[1][2] Conhecido pelo gigantismo dos seus espécimes, o género inclui algumas das árvores mais altas e mais pesadas do mundo.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Os outros dois géneros da subfamília Sequoioideae, Sequoiadendron e Metasequoia, estão intimamente relacionados com o género Sequoia. O grupo inclui as árvores mais altas, bem como as mais pesadas do mundo.

No presente, o género Sequoia inclui apenas uma espécie viva, a Sequoia sempervirens, conhecida pelo nome comum de sequoia-vermelha ou sequoia-costeira (em inglês: coastal redwood). O género, no entanto, inclui diversas espécies extintas, conhecidas apenas do registo fóssil, entre as quais Sequoia affinis (oeste da América do Norte), Sequoia chinensis (da China, mas com identificação incerta), Sequoia langsdorfii (reclassificada como Metasequoia[3]), Sequoia dakotensis (do Maastrichtiano do South Dakota, reclassificada como Metasequoia[3]) e Sequoia magnifica (conhecida da madeira petrificada da área do Parque Nacional de Yellowstone).

O nome genérico Sequoia foi publicado pela primeira pelo botânico austríaco Stephan Endlicher em 1847.[4] A etimologia do nome não é clara, e tem sido objecto de diversas explicações.[5] A suposição moderna mais comum é que Endlicher, um linguista publicado, sinologista, filólogo, bem como reputado botânico sistemático, nomeou o género em homenagem a Sequoyah, o inventor do sistema de escrita Cherokee[6] agora conhecido como Sequoyan.[7] A partir de 1860, foi sugerido que o nome fosse uma derivação da palavra latina para "sequência", uma vez que a espécie foi pensado para ser um seguidor ou remanescente de antigas espécies extintas e, portanto, o próximo em uma sequência.[8]

No entanto, em um artigo publicado em 2012, o autor Gary Lowe argumenta que Endlicher não teria o conhecimento para conceber Sequoia sempervirens como o sucessor de uma sequência fóssil, e que mais provavelmente ele a viu, dentro da estrutura de sua taxonomia, como o completar de uma sequência morfológica de espécies em relação ao número de sementes por escama do cone.[8]

Em 2017, a Dra. Nancy Muleady-Mecham, da Northern Arizona University, após extensa pesquisa com documentos originais na Áustria, afirmou ter encontrado uma ligação positiva entre a pessoa Sequoyah e Endlicher, bem como informações de que o uso do sequor latino não teria sido correto.[9] No entanto, existem limitações debilitantes para os argumentos apresentados no artigo de 2017. O suposto vínculo positivo é baseado numa similaridade na pronúncia das palavras «Sequoyah» e «Sequoia», válido para pessoas que pensam em inglês, mas não aquelas que pensam em alemão ou latim. Endlicher não poderia saber como o nome de Sequoyah foi pronunciado em cherokee, já que ele nunca teve a oportunidade de ouvir o cherokee falado. O alegado uso do latim ignora o conhecimento filológico de Endlicher e a familiaridade com o latim dos manuscritos antigos da Biblioteca Real de Viena, língua em que publicou extensivamente. O prefixo botânico latino de Endlicher no nome do género Sequoia foi derivado do verbo latino sequor e não era uma conjugação do verbo.[10]

Paleontologia[editar | editar código-fonte]

Sequoia jeholensis é o membro mais antigo do género Sequoia que se conhece (junto com Sequoia portlandica, mas este último é um nomen dubium), conhecido da Formação Jiufotang (Cretáceo Inferior) e da Formação Jiulongshan (Jurássico Médio) da China.[11] No final do Cretáceo, as sequóias ancestrais estabeleceram-se na Europa, partes da China e no oeste da América do Norte. As comparações entre fósseis e organismos modernos sugerem que neste período os ancestrais de Sequoia já haviam evoluído um traqueídeo de maior diâmetro que permitiu atingir as grandes alturas características das modernas espécies Sequoia sempervirens (sequóia-costeira) e Sequoiadendron giganteum (sequóia-gigante).

Os ancestrais de Sequoia não eram dominantes nas altas latitudes tropicais do norte, como Metasequoia, uma sequóia cujo hábito decíduo lhe conferiu uma vantagem adaptativa significativa num ambiente com 3 meses de escuridão.[3] No entanto, ainda havia uma sobreposição de áreas de distribuição possivelmente extensa entre Sequoia e Metasequoia, o que poderia ter levado a eventos de hibridização que criaram o moderno hexaploide Sequoia sempervirens.[12][13] Sobre esta questão, veja-se também o metastudo da história geológica da sequóia-gigante e da sequóia-costeira.[14]

Uma tendência geral de resfriamento climático que ocorreu no final do Eoceno e no Oligoceno reduziu as áreas de distribuição a norte do género Sequoia ancestral. No final do Mioceno e início do Plioceno, os fósseis de Sequoia são morfologicamente idênticos à moderna Sequoia sempervirens.[12] Resfriamento contínuo no Plioceno significava que o género Sequoia, que é extremamente intolerante à geada devido ao alto teor de água de seus tecidos, também se tornou localmente extinto em resposta ao resfriamento extremo da Europa e da Ásia.[15] No oeste da América do Norte, continuou a se mover para o sul através da costa do actual Oregon e Califórnia, sobrevivendo devido às chuvas abundantes e estações amenas.[15] A orogenia que deu origem à Sierra Nevada eixou ainda mais isolado o género Sequoia porque os cumes nevados dos picos impediram a expansão para o leste.[15] As distribuições do Pleistoceno e Holoceno são provavelmente quase idênticas às modernas distribuições de Sequoia sempervirens.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Kew World Checklist of Selected Plant Families
  2. Biota of North America Program 2013 county distribution map
  3. a b c Richard Jagels & Maria A. Equiza (2005). «Competitive advantages of Metasequoia in warm high latitudes». In: Ben A. LePage, Christopher James Williams & Hong Yang. The Geobiology and Ecology of Metasequoia. Col: Topics in geobiology. 22. Dordrecht, the Netherlands: Springer. pp. 335–349. ISBN 1-4020-2631-5 
  4. Endlicher, Stephan (1847). Synopsis Coniferarum. St. Gallen: Scheitlin & Zollikofer 
  5. Muleady-Mecham, Nancy E. Ph.D. (2017) "Endlicher and Sequoia: Determination of the Entymological Origin of the Taxon Sequoia," Bulletin of the Southern California Academy of Sciences: Vol. 116: Iss. 2.
  6. Sierra Nevada - The Naturalist's Companion. [S.l.]: University of California Press. 1 de junho de 2000. p. 55. ISBN 978-0-520-92549-6 
  7. Cushman, E. (2011). The Cherokee Syllabary – Writing the People's Perseverance. [S.l.]: University of Oklahoma Press 
  8. a b Lowe, Gary D. (2012). «Endlicher's sequence: the naming of the genus Sequoia» (PDF). Fremontia. 40 (1 & 2): 25–35. Consultado em 1 de janeiro de 2014 
  9. Muleady-Mecham, Nancy E. (2017). «Endlicher and Sequoia: Determination of the Etymological Origin of the Taxon Sequoia». Bulletin of the Southern California Academy of Sciences. 116 (2): 137–146. doi:10.3160/soca-116-02-137-146.1 
  10. Lowe, Gary D. (2018). Debunking the Sequoia honoring Sequoyah Myth. [S.l.: s.n.] 
  11. Ma, Qing-Wen; K. Ferguson, David; Liu, Hai-Ming; Xu, Jing-Xian (2020). «Compressions of Sequoia (Cupressaceae sensu lato) from the Middle Jurassic of Daohugou, Ningcheng, Inner Mongolia, China». Palaeobiodiversity and Palaeoenvironments. 1 (9): 1. doi:10.1007/s12549-020-00454-z. Consultado em 9 de março de 2021 
  12. a b M. R. Ahuja & D. B. Neale (2002). «Origins of polyploidy in coast redwood (Sequoia sempervirens) and relationship of coast redwood to other genera of Taxodiaceae» (PDF). Silvae Genetica. 51 (2–3): 93–100 
  13. Deborah L. Rogers (2000). «Genotypic diversity and clone size in old-growth populations of coast redwood (Sequoia sempervirens)». Canadian Journal of Botany. 78 (11): 1408–1419. doi:10.1139/cjb-78-11-1408 
  14. Lowe, Gary D. (2014). Geologic History of the Giant Sequoia (PDF). Col: North American Research Group (NARG) Special Publication No. 1. [S.l.: s.n.] 
  15. a b c James Arthur Snyder (1992). The ecology of Sequoia sempervirens: an addendum to "On the edge: nature's last stand for coast redwoods" (Tese de M.A.). San Jose State University