Geografia Humana

Com a intenção de entender a demanda eminente na questão da mobilidade urbana em diversas cidades, a opção pelo transporte individual motorizado é priorizado, excluindo imediatamente outras alternativas, gerando diversos problemas. Essa crise é consequência do próprio planejamento urbano que é sufocado constantemente pelo aumento do número de veículos. O que se tem visto nos atuais debates sobre planejamento urbano é que ideia do status inseridos no automóvel particular é antiquada, em parte pelas externalidades ligadas a ele. Em contrapartida, a utilização de transportes alternativos tem se mostrado um ponto chave nesse debate, priorizando a eficiência nos deslocamentos. O presente trabalho procura entender os motivos do deslocamento no espaço urbano e, sobretudo, o que o usuário leva em consideração para a sua localização perante a percepção da paisagem. Nele, será questionado como o usuário enxerga as vantagens do uso deste modal, destacando e justificando-as no meio de tantos outros transportes. Da mesma maneira que o colapso na mobilidade urbana vem sendo constante nas médias e grandes cidades, há um número crescente de usuários optando pelo transporte alternativo, como é presenciado no município de Maringá/PR e apresentado nesse artigo. Como por exemplo, o aumento de grupos organizados de usuários de bicicleta que tem procurado seu espaço dentro da cidade, nos mostrando ser uma demanda legítima, pois se eles se mobilizando para ter representatividade, quer
dizer que eles não a têm e por existir uma necessidade de mobilização, percebemos que o grupo se sente excluído e trabalha pela possibilidade de criar seu espaço junto à sociedade.

Resumo: Esta dissertação teve como objetivo analisar as mudanças no sistema de produção agrícola resultantes da ampliação da tecnificação e da expansão do agronegócio, bem como a interferência destas na dinâmica econômica de cidades agrícolas, sem perder de vista como as interferências globais causam alterações na produção local de alimentos. No primeiro capítulo foi traçada uma breve explanação sobre as características da agricultura brasileira desde os seus primórdios até alguns aspectos do agronegócio contemporâneo. No segundo capítulo verificou-se algumas particularidades do processo de colonização do estado do Paraná, as alterações no uso do solo resultantes da "Revolução verde", os reflexos da abertura de mercado na composição das empresas agropecuárias e na produção de alimentos no estado do Paraná. No terceiro capítulo estudou-se os impactos locais da especialização produtiva, tais como as transformações na estrutura fundiária, na produção de alimentos e no mercado de trabalho, sendo destacados alguns desdobramentos da tecnificação e da expansão do agronegócio para o campo e a cidade. A metodologia empregada no estudo constou de estudos bibliográficos associados ao levantamento e análise de dados secundários junto a órgãos oficiais de pesquisa e planejamento, bem como da coleta de dados primários, por meio de entrevistas realizadas com profissionais do setor agropecuário, produtores agrícolas e comerciantes. Concluiu-se que o ordenamento territorial atual foi profundamente influenciado por alguns fatores, a saber: políticas agrícolas, aumento da demanda e de preços das commodities, abertura comercial, concentração de empresas nacionais e internacionais, expansão da produção de exportação em detrimento da produção de alimentos de consumo interno, especialização produtiva do setor agrícola fundada na produção de soja, os quais articulados responderam pelo aumento da concentração da propriedade e do uso do solo, ocasionando novas divisões do trabalho e acirrando os problemas socioeconômicos locais.

Abstract: This work aimed to study changes in the system of agricultural production resulting from the expansion of the technification and the agribusiness, as well as the interference of the economic dynamics of the agricultural cities, and in food production. We tried to understand how the global interferences cause changes in local food production. In the first chapter there is a short explanation about the characteristics of Brazilian agriculture and aspects of agribusiness, in the second chapter there are some features of the colonization process of the state of Paraná, changes in the use of land because of the green revolution, the reflexes of the opened market in the composition of agricultural enterprises, and in food production in the state of Paraná, in the third chapter it is studied the impacts of local productive specialization such as changes in land structure in the production of food, and labor market, which were highlighted some effects of increased technification and the expansion of agribusiness in the countryside and the city. The methodology used in the study consisted of a survey of secondary data and primary data collected through interviews with professionals in the agricultural sector, farmers and traders. It was concluded that the changes were generated as a result of agricultural policies and the increased demand and prices of commodities, influenced by trade liberalization and the expansion and concentration of national and international companies, encouraging the expansion of the production of agro-export rather of food production for domestic consumption, and resulting in the specialization of the productive agricultural sector and the expansion of soya production, leading to increased concentration of land and soil use, causing new international division of labor is fierce local socioeconomic problems.

El flujo de personas que trae consigo la globalización, nos presenta el desafío de entender cómo las costumbres y prácticas de estos extranjeros se instalan en un espacio significado por los habitantes locales. Ciertamente, aquellas prácticas y costumbres que estos extranjeros portan al lugar que los acoge, no son copia fiel de lo que se realizaba en su lugar de origen. Dichas prácticas, así como relatos e idearios, se desterritorializan y reterritorializan, y por ende exigen una traducción, una adaptación al lugar donde se asentarán. El inmigrante requiere actualizar el espacio que ha sido significado por otros habitantes, y con ello produce un proceso de re-territorialización de ciertos elementos culturales. De esta forma, se produce una experiencia de ruptura en la experiencia y las prácticas del migrante (Garcés, 2006); nada es lo mismo, y sin embargo, se sigue siendo ecuatoriano, colombiano o peruano. Las raíces y las pertenencias siguen ancladas en el país de origen, aunque las nuevas condiciones del habitar a menudo dificulten e incluso violenten esa adscripción.

Este curso analiza cuales son las dimensiones espaciales del derecho, y cuales las dimensiones jurídicas de los espacios. La intersección entre el derecho y la geografía se aproximará de dos formas. Primero se examinará la relación entre la teoría jurídica y la geografía crítica y política, con sus diversas interdisciplinaridades, mediante lo cual se explicarán algunas relaciones epistemológicas y metodológicas entre el derecho y la geografía.

Este marco teórico servirá entonces para analizar una serie de casos concretos desde una perspectiva jurídico-espacial. Desde la noción de la propiedad (suelo, subsuelo, etc.) y el ordenamiento territorial, pasando por el caso de las disputas por la actualización del catastro, la estratificación de los suelos, la migración y el desplazamiento, las dimensiones geográficas del Acuerdo de La Habana, hasta las dimensiones jurídico-espaciales de la educación jurídica, entre otros temas. De esta forma los participantes en el curso desarrollaran una sensibilidad espacial, aprenderán a utilizar las perspectivas particulares de los análisis jurídico-espaciales, y su aplicación en diversos contextos, así como a formular innovadoras estrategias jurídico-políticas en diferentes situaciones

El trabajo consiste principalmente en un conjunto de 56 mapas acompañados de tablas y seis anexos estadísticos cuya fuente fue el censo de población del año 1993. Una aportación que incluye es el Índice de Sustitución Lingüístico elaborado en base a la composición etárea de los hablantes que muestra el ritmo de sustitución de las lenguas indígenas.

Resumo: A pesquisa parte da inquietação sobre o papel da ciência na formulação de conceitos e temas e das experiências humanas na tarefa de desvelar o ser. Faz-se pertinente a discussão dos caminhos pelos quais a Geografia tem percorrido, e que ainda pode contribuir para o desvelar dos mundos particulares. O objetivo da pesquisa é repensar os conceitos de educação geográfica e ensino de Geografia e de que modo um coexiste no outro, considerando como elemento balizador o existencialismo. A pesquisa teve como base os escritos de Martin Heidegger filósofo cujo pensamento contribui para construir uma Geografia existencial capaz de abarcar a educação geográfica e o ensino dessa ciência com o propósito de desvelar o ser-no-mundo e a compreensão de sua complexidade. A metodologia aplicada na pesquisa se pautou na leitura das obras heideggerianas e autores que dialogam com seus escritos e ideias fundamentais. Estes estudos permitiram re(pensar) os conceitos de educação e ensino e suas particularidades, enfatizando a necessidade de um se substanciar no outro para a realização de uma vivência mais humanizada, que conduza a liberdade em seu sentido existencial. A partir dos mundos particulares onde se situam muitas geografias do porvir o desvelar do ser-no-mundo pode ser campo fértil para pensar a ciência, bem como outros conceitos como mundo, geograficidade e geosofia. A Geografia pode substanciar a prática docente voltada para uma pedagogia das experiências humanas sobre a Terra, enlevando o pensamento e as práticas dos sujeitos para além dos muros escolares.

Abstract: The research is based on the concern about the role of science in the formulation of concepts and themes and human experiences in the task of unveiling the being. It is pertinent to discuss the ways in which Geography has traveled, and which can still contribute to the unveiling of particular worlds. The objective of the research is to rethink the concepts of geographic education and geography teaching and how one coexists in the other, considering existentialism as a signaling element. The research was based on the writings of Martin Heidegger, a philosopher whose thinking contributes to building an existential geography capable of encompassing geographical education and the teaching of this science for the purpose of unveiling the being-in-the-world and understanding its complexity. The methodology applied in the research was based on the reading of Heideggerian works and authors who dialogue with their writings and fundamental ideas. These studies allowed re (thinking) the concepts of education and teaching and their particularities, emphasizing the need for one to be substantiated in the other for the realization of a more humanized experience that leads to freedom in its existential sense. From the private worlds where many geographies of the future are located, the unveiling of being-in-the-world can be fertile ground for thinking about science, as well as other concepts such as the world, geography and geosophy. Geography can substantiate the teaching practice aimed at a pedagogy of human experiences on the Earth, evoking the thinking and practices of subjects beyond school walls.

Sobre o Evento
O Departamento de Geociências do Centro de Ciências Exatas da Universidade Estadual de Londrina (DGEO/CCE/UEL) realizará, em agosto de 2019, a trigésima quinta edição da Semana de Geografia do DGEO/UEL (XXXV Semana de Geografia da UEL).

Nesse evento o foco das palestras e debates será a gestão territorial numa perspectiva ampla, contemplando as questões socioespaciais e a dimensão política inerentes às tarefas da gestão do território.

Ao longo de mais de três décadas, o Departamento de Geociências tem se empenhado em trazer para a comunidade acadêmica, particularmente estudantes, professores e geógrafos profissionais, reflexões  críticas e atualizadas sobre as mais diversas temáticas geográficas. Desta forma, contribuiu e continua a contribuir para formação continuada de seus alunos, egressos, professores e demais geógrafos.

Convidamos, portanto, estudantes e profissionais da Geografia e áreas afins a participar da XXXV Semana de Geografia da UEL e trazer suas pesquisas, reflexões e experiências e debater a gestão territorial no Brasil.

The entry begins with a definition of geography and with a description of what the discipline shares with the other social sciences and what makes it distinctive among them. Terminological clarifications are provided with regard to the relationship between human geography and physical geography, and between human geography and urban geography. After a brief history and overview of human geography’s engagement with social theory, the entry offers a discussion of the politicization of contemporary human geography and of how this phenomenon is reflected in theory building and concept development.
DOI: https://doi.org/10.1002/9781118430873.est0464

Tradução da obra de Gerd Kohlhepp, maior brasilianista de sua geração na Alemanha. A obra, de 1975, versa sobre processos geoeconômicos e sociogeográficos de desenvolvimento de uma zona pioneira subtropical do Brasil sob a influência da plantação de café.

El anarquismo siempre se ha malinterpretado. Lejos de representar la violencia y el caos, el anarquismo es una praxis que se centra en las formas de organización social no jerárquicas y en la práctica del apoyo mutuo, implementadas en las políticas cotidianas de la acción directa, el asociacionismo voluntario y la autogestión. Caricaturizada a veces como una ideología exclusivamente preocupada por la destrucción del Estado, el poder de las geografías anarquistas reside en su carácter holístico. Desde estos planteamientos, se renuncia a dar prioridad a cualquiera de los múltiples aparatos de dominación que encorsetan nuestras vidas, pues unos y otros no son enteramente coincidentes. El anarquismo es la lucha contra todas las formas de opresión y de explotación. Es un proceso proteico y multiforme que tiene un carácter marcadamente geográfico.

Resumo:Nesta tese, entendemos que para se compreender a gênese e a atual materialidade e a imaterialidade de um determinado espaço geográfico é preciso buscar na sua origem (raiz) os fatos e processos decorrentes dos movimentos da sociedade que resultaram nesse presente analisado. E, neste caso, como os contraditórios movimentos políticos, econômicos e sociais ocorridos na formação sócio-espacial de Santa Catarina teriam resultado na desterritorialização de suas populações tradicionais e, consequentemente em sua invisibilização, tanto ao longo de sua construção histórica quanto na contemporaneidade. Durante o processo histórico da formação sócio-espacial do estado de Santa Catarina, a busca pelo desenvolvimento econômico foi pautada pela opção aos interesses das elites em detrimento de seu povo, da base que lhe deu alicerce. Isso é um “norte” do sistema capitalista, que aos poucos foi se engendrando pelo Estado, assim como pelo mundo, e criando desigualdades já no cerne de suas formações. Desse modo, algumas questões nos vêm à mente, como por exemplo: no que as opções e decisões feitas pelo estado em sua busca pelo desenvolvimento resultou de fato em suas regiões e em sua população? O quê e quem se desenvolveu ou se des-envolveu? Existe, de fato, uma “identidade catarinense”? Como criar uma identidade única em um Estado que surge a partir da invasão e espoliação de terras dos seus povos originários? Um Estado que surge sobre o sangue derramado de milhares de pessoas e que, não satisfeito, apoia ainda uma guerra contra seus descendentes, a Guerra do Contestado, e a vinda de imigrantes europeus afim de, dentre outros objetivos, branquear sua população. Uns escolhidos e outros escorraçados. Contemporaneamente, o discurso sobre a identidade catarinense ainda passa uma falsa noção de unidade, de isonomia, tanto em suas características econômicas, quanto sociais e populacionais. Por isso a necessidade de desconstruí-lo, haja visto que tanto em nossa pesquisa de mestrado quanto de doutorado temos percebido que isso não condiz com a realidade. Essa falsa noção de homogeneidade também perpassa as características populacionais, onde o próprio Estado difundiu um discurso atrelado às políticas de branqueamento empregadas em alguns períodos da história nacional e estadual. Tal discurso ainda é percebido especialmente através da mídia e das campanhas submetidas ao turismo. Elas tentam vender uma imagem vinculada ao “padrão europeu” tanto dos lugares e das paisagens quanto da população, assim como da difusão do discurso de eficiência “desse” povo ao labor, do “povo ordeiro” que trouxe o desenvolvimento a Santa Catarina. Discurso este que somado ao encobrimento dos fatos históricos que destituíram os povos tradicionais de seus territórios fez com que os mesmos fossem marginalizados/invisibilizados pela história oficial, e assim, também foi negada a sua importância dentro dos processos históricos e da formação sócio-espacial de Santa Catarina. Diante de tais aspectos é que optamos por trabalhar metodologicamente com a categoria da formação sócio-espacial pautada especialmente em Milton Santos (1977, 1982) a fim de descortinar os processos de desterritorialização e invisibilização de duas comunidades tradicionais catarinenses: uma na vertente litorânea, os pescadores (as) artesanais em Penha e, a outra, na vertente do interior, os caboclos (as) do Contestado, em Lebon Régis. Esta escolha se deve ao fato de acreditarmos que os territórios tradicionais e sua posterior desterritorialização são elementos inerentes a formação sócio-espacial catarinense e foram diretamente atingidos pelos processos decorrentes dessa formação.

Abstract: In this thesis we understand that in order to understand the genesis and current materiality and immateriality of a given geographical space, it is necessary to look for in its origin (root) the facts and processes resulting from the movements of society that resulted in this present that has been analyzed. And, in this case, how the political, economic and social movements contradictory that occurred in the socio-spatial formation of Santa Catarina would have resulted in the deterritorialization of their traditional populations and, consequently, their invisibility, both during their historical construction and in contemporary times. During the historical process of the socio-spatial formation of the state of Santa Catarina, the pursuit of economic development was determined on the choice of the interests of the elites over their people, from the base that gave them support. This is a "north" of the capitalist system, which has gradually been engendered by the state as well as the world, and creating inequalities since at the heart of its formations. Thus, some questions come to mind, such as: What have the choices and the decisions made by the state in its pursuit of development actually resulted in its regions and population? What, and who developed or got dis-involved? Is there, in fact, a “Santa Catarina's identity”? How to create a unique identity in a State that arises from the invasion and land dispossession of the original peoples? A State that arises from the bloodshed of thousands of people and, unsatisfied, still supports a war against their own descendants, the “Contestado” War, and the coming of European immigrants in order, among other goals, to wash whiten its population. Some chosen and others expelled away. Contemporary, the discourse on the identity of Santa Catarina's people still gives a false notion of unity, of isonomy, both in its economic and its social and population characteristics. Because that is why the need to deconstruct it, given that both in our master's and doctoral research we have realized that this is not in line with reality. This false notion of homogeneity also permeates the population characteristics, where the State itself spread a discourse linked to the whitening policies employed in some periods both of national and state history. Such discourse is still perceived especially through the media and the campaigns submitted to tourism. They try to sell an image linked to the "European standard" both places and landscapes and the population, in addition to spreading the discourse of efficiency about "that" people to work, the "orderly people", who brought development to Santa Catarina. This discourse, added to the masking of the historical facts that deprived the traditional peoples of their territories, made them marginalized/concealed by official history, and thus, their importance within the historical processes and the socio-spatial formation of Santa Catarina. Given these aspects is that we chose to work methodologically with the category of socio-spatial formation based especially on Milton Santos (1977, 1982) in order to unveil the deterritorialization and their invisibility processes of two traditional communities of Santa Catarina: one on the coast, fishermen ( fisherwomen) handcrafted in Penha and the other, in the interior, the Caboclos (and Caboclas) of the Contestado, in Lebon Régis. This choice is because we believe that the traditional territories and their subsequent dispossession are elements inherent in the socio-spatial formation of Santa Catarina were directly affected by the processes resulting from this formation.

Resumen: El objetivo central de la ponencia es presentar aspectos representativos del proyecto etnoeducativo Kajkrasa Ruyina implementado en las escuelas indígenas del resguardo unido U'wa en Colombia, así como los retos de esta experiencia para la enseñanza de la geografía. Partimos de entender la educación intercultural como una propuesta en construcción que tiene como fin la superación del modelo de educación tradicional, al incorporar como principios de la acción pedagógica y de la organización de la escuela: la diversidad cultural, las condiciones específicas de los territorios, las relaciones de interdependencia, los mecanismos de integración y el diálogo de saberes, como estrategias para alcanzar la recreación de relaciones de horizontalidad, respeto y equidad. Palabras clave: U'wa; etnoeducación; enseñanza de la geografía 1. Introducción El pueblo U'wa (también conocido como tunebo) habita en la Cordillera Oriental de los Andes colombianos, en el punto donde ésta comienza a desvanecerse hasta convertirse en las tierras bajas del suroeste de Venezuela (Osborn, 1995). Es un espacio de colonización permanente (Rausch, 1999), en donde las misiones católicas implantaron un sistema de evangelización y escolarización, producto de un proceso histórico de larga duración que puede remontarse hasta los siglos XVII y XVIII a través de las acciones de distintas órdenes religiosas como la Compañía de Jesús, posteriormente agustinianos y finalmente eudistas (Fajardo, 1988: 28), estos últimos responsables de la construcción de la Misión del Sarare, lugar donde actualmente se encuentra la Escuela Internado Indígena del Pueblo U'wa, El Chuscal.

Responding to David Harvey’s critique of my paper ‘Why a radical geography must be anarchist’, I once again reiterate the importance of anarchist perspectives in contemporary politics and geographical praxis. In challenging Harvey on the limits to Marx, I urge him to think again about the hidden vanguardism, implied statism, and veiled hierarchy that continue to lurk within the Marxist project, and importantly how these specters constrain both our collective political imagination and the possibilities of radical geography. I am admittedly very critical of Harvey, but I nonetheless refuse to close the door on dialogue between the Black and Red, even in the face of ongoing Marxist ridicule of anarchist politics. Accordingly, I propose an agonistic embrace of a ‘postfraternal’ or ‘postsororal’ politics on the left, where we come to appreciate ongoing conflict as a sign of a healthy leftist milieu. In doing so we can move beyond the misguided idea that all disagreements over strategies, tactics, and organizing methods will ever be resolved. Ultimately, what I have dubbed ‘the condition of postfraternity’ keeps us alert to the continually unfolding possibilities of a thoroughly politicized and forever protean space. By embracing this shifting horizon, not as a static limit to our politics, but as a beautiful enabler of visionary possibilities, the rhizomes of emancipation grow stronger.

As austerity measures intensify in the wake of the most recent global financial crisis, it is becoming ever more clear that neoliberalization exhibits a distinct relational connection with violence. This is not an admonishment of the protests that continue to swell, but rather a recognition that these movements are in fact pushing back against the violent measures that have frustrated and demoralized everyday existence under neoliberalism. There is now considerable room for scepticism with regard to the ‘rising tides lifts all boats’ discourse that is perpetuated by proponents of neoliberal ideology, as the free market has categorically failed at producing a harmonious global village. Promises of utopia are confronted with the stark dystopian realities that exist in a growing number of countries where neoliberalization has not resulted in greater peace and prosperity, but in a profound and unmistakable encounter with violence. This paper questions how neoliberalizing processes often comes suffused with processes of othering that result in conflict, arguing that neoliberalism itself might be productively understood as a particular form of violence.

If anarchism is a spirit, it is the spirit of revolt. For those unfamiliar with the actual content of anarchism or the enabling possibilities of revolt this statement might appear doubly negative. Just as so much of the contemporary discourse surrounding anarchism is framed by derision and a seemingly wilful confusion of what the idea represents, so too has the idea of revolt been read though an unfavourable lens. What happens when we shatter that lens, thus allowing the light of revolt to refract in new ways that illuminate a path toward freedom? We want to create freedom in our lives, to bring the poetic joy of being in the world to each moment of breath, and to fill the spaces of our existence with a deep and unshakable love for the mystery known as ‘life’. To do this requires us to revolt. To bring light we must pursue a trajectory that refuses the darkness, death, and dismay of the age we live in. The challenges of our time require us to rebel against the disabling faith in the idea that oppression, hierarchy, and captivity are somehow the natural consequences of human evolution. Our revolt is our emancipation. It is the aperture through which the light of freedom passes, revealing a full spectrum of colour, wonder, and imagination. Yet this sentiment of revolt should not be conceived as a transcendental moment, as it is much more accurate to envision revolution as a politics of the everyday, a product of immanence. Accordingly, because our lives are lived in the here of this space and the now of this moment, it is only in the ongoing enactment of our actual daily performances that freedom itself is called into being. But these ordinary routines can’t be any presentation, for performances are multiple and they can just as often be cruel as they can be compassionate. To pursue revolt then is to practice freedom, and it is our contention that to practice freedom is to perform anarchism.

Essa coletânea reuniu capítulos de temáticas do Ensino de Geografia Física a partir de análises e aplicações voltadas ao ensino da ciência geográfica nos níveis básico e superior. A proposta de sua construção se pautou na intenção de resgatar as atuações dessa temática em nível de cotidiano.
Demonstrando que as discussões feitas em âmbito da geografia física não se remetem apenas a discussões extremamente conceituais e técnicas, mas destaca a relevância de se resgatar a necessidade do entendimento que tais elementos visam contribuir para que a sociedade compreenda a real preocupação com os
notórios e contínuos problemas ambientais. Sendo que cada vez mais esses problemas atingem os grupos sociais locais, bem como a sociedade global como um todo. Cada uma com sua escala de desgaste. 
Uma vez que os impactos ambientais não têm fronteiras, pois quanto maior o poder de uso dos recursos naturais e transformação dos elementos da paisagem, maiores serão as degradações da mesma, levando em consideração que vivemos em um sistema, e que por esse motivo independente de quem degrada mais ou
menos, o aumento nesse grau de degradação irá ser sentido por todos que compõem esse sistema chamado Terra. 
Dessa forma, essa coletânea busca ainda deixar a mensagem de que os geógrafos físicos precisam revelar para a sociedade que não vieram para dar continuidade à visão de que a Geografia Física enquanto ensino é algo
a se decorar, mas tirar as vendas da sociedade para que esta enxergue que nossos ensinamentos, teorias e conceitos estão relacionados diretamente a sua moradia, as suas doenças, suas ruas, seu lazer, seu desconforto térmico, as suas enchentes, as grandes catástrofes e etc. Esses são apenas alguns conteúdos da geografia física
em nosso dia a dia. Como podemos perceber, a geografia física encontra-se intrinsicamente ligada à vida de cada um de nós enquanto cidadão.

This article is a manifesto for anarchist geographies, which are understood as kaleidoscopic spatialities that allow for multiple, non-hierarchical, and protean connections between autonomous entities, wherein solidarities, bonds, and affinities are voluntarily assembled in opposition to and free from the presence of sovereign violence, predetermined norms, and assigned categories of belonging. In its rejection of such multivariate apparatuses of domination, this article is a proverbial call to nonviolent arms for those geographers and non-geographers alike who seek to put an end to the seemingly endless series of tragedies, misfortunes, and catastrophes that characterize the miasma and malevolence of the current neoliberal moment. But this is not simply a demand for the end of neoliberalism and its replacement with a more moderate and humane version of capitalism, nor does it merely insist upon a more egalitarian version of the state. It is instead the resurrection of a prosecution within geography that dates back to the discipline’s earliest days: anarchism!

Resumen: El artículo comparte algunas reflexiones sustraídas de los debates que recientemente han irrumpido en la propaganda política, las agendas de los medios de comunicación, las reivindicaciones de los movimientos sociales y las asociaciones vecinales. En primer lugar, se hace una reflexión partiendo de la hipótesis que el llamado overtourism también sinónimo de masificación, saturación o presión turística, no es un fenómeno ni tan novedoso ni tan reciente. En segundo lugar, se observan algunos elementos que han despertado el malestar social y que han desencadenado el efecto amplificador de estos debates en diversos entornos turísticos. Por último, se observan algunas estrategias que se denominan como 5D (desestacionalización, descongestión, descentralización, diversificación, deluxe tourism) que son promocionadas como potenciales soluciones para enfrentar la problemática analizada. Estas reflexiones nacen en el marco de una investigación en la ciudad de Barcelona, que se alimenta prevalentemente de la etnografía y el análisis cuantitativo.

Abstract: The paper shares some reflections of the debates emerging from the political propaganda, social movements and neighborhood associations complaints. The paper takes into account the impact that overtourism, social unrest and tourismphobia have had on the media agenda. These insights are based on the hypothesis that these developments are neither a new nor recent phenomena. Beyond that, the research focuses on elements that have awakened social unrest and triggered the amplification of these debates. Finally, the paper analyzes some strategies referred to as the 5D (deseasonalization, decongestion, decentralization, diversification, deluxe tourism), which are being promoted as an analytical tool to unpack the complexities and current developments unfolding overtourism. Ethnographic and quantitative research conducted in the city of Barcelona informs this study.

Simandan D (2005) "New Ways in Geography" Timisoara, Editura Universitatii de Vest/ West University Press, 230 pp.

The first part of the volume - "Old Ways" - addresses the question whether geography as we know it is worth keeping. The first chapter argues that traditional scientific disciplines are not as bad as we sometimes like to think they are. This argument is then deployed in the second chapter to investigate whether geography specifically is worth keeping. The chapter concludes that even if we admit a Cinderella status for geography among the disciplines, this aspect brings some secondary benefits out of which a rejuvenated geography can emerge. The second part of the book – "New Ways" – discusses some lines of flight towards this rejuvenated geography. Given the editorial constraints, I selected three possible new ways on which I have started to work lately. Thus, chapter three explores the stakes of an engagement between geography and metaphysics in the analytic tradition, chapter four makes some suggestions about how to understand the relativity of norms in geographical practice, and chapter five brings together two case studies that help explain why we need to pay sustained attention to the vicious logic of epistemic neglect.

Resumo: Os antigos caminhos, com remanescentes tangíveis e intangíveis, são abordados como bens patrimoniais e potenciais rotas turísticas. Pela contextualização histórica e mapeamento, evidenciou-se uma extensa rede de caminhos da Região Sul do Brasil até o Rio da Prata, sendo alguns originados com os nativos, anteriormente à chegada dos europeus, e outros a partir desses primeiros roteiros. Visando ao reaproveitamento turístico de trechos ainda existentes, foram elaboradas propostas de normativas para utilização segundo as funções patrimonial, social e econômica do Turismo. Considerados verdadeiras vias de integração cultural, os antigos roteiros comportam novos usos de forma a serem direcionados aos chamados turistas ?peregrinos modernos?, que buscam visitas contemplativas, autenticidade patrimonial, apreciação da paisagem, aprendizado, entre outras motivações. Com isso, propõe-se um método possível para identificar e inventariar caminhos, tendo por base um estudo no trecho do caminho de tropas denominado Viamão, entre Lages-SC e o Passo Imperial de Santa Vitória, no Rio Pelotas ? SC/RS. Na referida pesquisa foram incluídos os remanescentes do caminho e a estrutura que se estabeleceu nas proximidades de suas margens, como algumas sedes de fazendas. Os elementos destacados, que caracterizam a ocupação regional e a constituição de uma paisagem cultural, firmam -se como importantes recursos turísticos.

Abstract: The old routes, full of tangible and intangible reminiscences, are approached as patrimonial assets and potential tourist routes. An extensive net of routes, some of them built by the natives prior to the arrival of the Europeans, was found in Southern Brazil up to the Prata River. This information is based on historical contextualization and mapping. Several other routes originated from these first routes. We, willing to take advantage of their tourist potential, developed normative rules approaching the usage of these existing routes, according to the patrimonial, social and economic functions of tourism. These old routes could now be used by the so-called "Modern Pilgrims" (tourists) as a way of bringing about cultural integration. They search for contemplative tours, patrimonial authenticity, landscape sightseeing, learning, among other motivations. Therefore, we propose a possible method to identify and to inventory these routes. This method is based on a case study carried out at Viamão, a stretch of the Caminho das Tropas (Troop Routes), between the town of Lages - SC and the Paço Imperial de Santa Vitória, by the Pelotas River - SC/RS. That case study approached what is left over of its route and of the structures built along the riverside, that is to say, some farmhouses and other facilities. We highlighted some elements because they characterize the regional settlement and the forming of a cultural landscape, which are considered important tourist resources.

Resumo: O lugar e o papel do campesinato no mundo contemporâneo traz para o debate geográfico inúmeras questões sociais, sendo que este esforço exige uma interpretação ampla e concreta acerca das relações que envolvem tanto o espaço urbano como o rural. Diante disto, são válidas as afirmações intrínsecas ao método dialético, que percebe o desenrolar do tempo-espaço através das contradições inerentes em seus fenômenos e/ou objetos, realidade esta que é visível no cotidiano campesino. Os camponeses estão tradicionalmente revestidos de um propósito social de contraditoriedade e resistência aos padrões determinados pelos modelos ditos hegemônicos, forjando assim uma capacidade singular de compreender e vivenciar o mundo. O desafio colocado nesta tese surgiu desta consideração, ou seja, uma discussão do camponês e não-camponês enquanto partes de um cenário único e totalitário, abrindo assim possibilidades de aproximação/compreensão aos símbolos e práticas camponesas presentes nos campos da Microrregião Geográfica de Faxinal/PR. Desta feita, o objetivo desta tese procurou através da busca, a análise e identificação das territorialidades camponesas vigentes nesta microrregião, embasar-se de um apanhado teórico-conceitual a fim de contribuir na construção do discurso da ‘Agricultura de Autoconsumo’ como categoria e prática primordial da reprodução camponesa. Esta prática social não se resume única e exclusivamente no suprimento alimentar (comida), mas pelo abastecimento de uma série de necessidades locais, que são autonomamente discutidas e decididas pela coletividade e vontade dos próprios camponeses. As reflexões teóricas, os levantamentos de dados e as entrevistas apuradas ao longo deste estudo, serviram de fundamento para instituir um aporte teórico que coloca a agricultura de autocosumo enquanto uma categoria social pertencente aos camponeses. Essa peculiaridade deve-se ao fato dos territórios camponeses serem constituídos enquanto lugares de reprodução social da vida, da comida, do solo, da água, dos animais, da comunidade rural, enfim, um emaranhado de relações materiais/imateriais que se bastam (e necessitam) em si mesmos. É por isso que o campesinato não é plenamente compreendido ao ser analisado de forma fragmentada e muito menos ainda quando considerado isolado do espaço urbano, pois a menor ou maior integração ao capital agrário não lhes descaracteriza sua condição social, portanto, o que guia a essência camponêsa e garante a reprodução de suas unidades familiares são as várias estratégias típicas da agricultura de autoconsumo.

Abstract: The place and role of the peasantry in the contemporary world brings to the geographical debate innumerable social questions, and this effort requires a broad and concrete interpretation of the relations that involve both urban and rural space. In view of this, the intrinsic affirmations of the dialectical method, which perceives the unfolding of time-space through the contradictions inherent in its phenomena and / or objects, is a reality that is visible in the everyday peasant. Peasants are traditionally clad in a social purpose of contradiction and resistance to the patterns determined by the so-called hegemonic models, thus forging a unique capacity to understand and experience the world. The challenge posed in this thesis arose from this consideration, that is, a discussion of the peasant and non-peasant as part of a unique and totalitarian scenario, thus opening up possibilities of approximation / understanding to the peasant symbols and practices present in the fields of the Geographic Microregion of Faxinal / PR. The purpose of this thesis was to search, analyze and identify the peasant territorialities in force in this micro-region, based on a theoretical-conceptual approach in order to contribute to the construction of the discourse of 'Self-Consumption Agriculture' as a category and practice peasant reproduction. This social practice do not restricted solely to the food supply, but by supplying a range of local needs that are autonomously discussed and decided by the collectivity and will of the peasants themselves. The theoretical reflections, the data surveys and the interviews investigated throughout this study, served as a basis for establishing a theoretical contribution that places self-consumption agriculture as a social category belonging to peasants. This peculiarity is due to the fact that peasant territories are constituted as places of social reproduction of life, food, soil, water, animals, rural community, in short, a tangle of material / immaterial relations that are sufficient (and need) in themselves. This is why the peasantry is not fully understood when it is analyzed in a fragmented way, much less even when considered isolated from urban space, since the less or greater integration of agrarian capital does not deprive them of their social condition, therefore, what guides the essence peasant and guarantees the reproduction of their family units are the various typical strategies of self-consumption agriculture.

Esta investigación doctoral  da cuenta de los caminos recorridos en el Continente de ABYA YALA en búsqueda de los registros de múltiples TerritoriosCuerpoMemoria, con la intención de entrenzar conocimientos para la construcciòn de una PEDAGOGIA DECOLONIAL donde la JUSTICIA COGNITIVA Y LA DECOLONIZACIòN DE LA COGNICIòN puedan concretarse aún en los Norte del mundo globalizado. Caminos que gracias a los aportes de Maestras y Maestros de Vida he logrado dejar sembrados en mi tesis doctoral: "Màs allà del Ocèano, Otros Horizontes del Posible".

Resumo: A agroindústria familiar vai ao encontro da necessidade que os agricultores familiares têm de descobrir uma alternativa de renda para as atividades do campo, é por meio da agregação de valor dos produtos in natura, da geração de emprego e mais renda que os agricultores optam pelo processamento, beneficiamento e/ou transformação. A partir das políticas públicas da década de 1990, foi que os agricultores familiares puderam ter acesso ao crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e, naquela mesma década, os programas de agroindustrialização proliferaram-se em alguns Estados, como foi o caso do Paraná, o programa Fábrica do Agricultor foi precursor do programa federal e possibilitou maior atenção às agroindústrias familiares. A agricultura familiar no Brasil predomina sobre o número de estabelecimentos totais em comparação aos estabelecimentos não familiares da mesma forma como, no Estado do Paraná, Microrregião Geográfica de Londrina e, o próprio município estudado. Os agricultores do municípior cultivam uma vasta gama de alimentos, como grãos, fruticultura e olerícolas, variedades estas que podem ser processadas pela agroindústria familiar, conforme encontramos nos estabelecimentos visitados, estes que procuraram na agroindústria uma alternativa de renda para suas famílias que, com mais renda e emprego, conseguem por meio dessa atividade agregar entre 100% e 150% do valor do produto in natura, satisfazendo dessa forma os agricultores familiares que optaram pela atividade.

Abstract: The family appears agribusiness against the need that farmers have to find an alternative income to the farming business, is by adding value to raw products, generating employment and more income to farmers opting for processing, processing and/or processing. From the public policy of the 1990s was that the farmers had access to credit through the National Program for Strengthening Family Agriculture, and in this same decade industrialization programs have proliferated in some states, as was the case of Paraná, the Factory Farmer program was precursor to the federal program and allowed greater attention to family agribusinesses. Family farming predominates in Brazil with respect to the total number of stores compared to non-household establishments in the same form as in the state of Paraná, Londrina microrregion Geographic and the municipality studied. Farmers in municípior cultivate a wide range of foods such as grains, fruit and vegetable crops, these varieties, which can be processed by the family agroindustry, as found in the visited establishments, these who looked in agribusiness an alternative income for their families, which with more income and employment, through this activity can add between 100 % and 150 % of the product value in nature, thus satisfying all the farmers who opted for activity.

Resumo: Durante as mobilidades populacionais internacionais são as mulheres que se encontram em maior situação de vulnerabilidade. No Brasil, a intersecção das características identitárias negra, mulher, mãe e estrangeira geram também outros problemas, relacionados ao racismo, estigma e xenofobia, dificultando os processos de territorialização após todo o movimento migratório. Assim, a presente pesquisa objetiva compreender o processo de territorialização das mulheres haitianas em duas cidades do Paraná: Cambé e Rolândia, além de compreender quais as demandas, políticas e ações que têm sido realizadas e que se voltam a esta população. Durante a pesquisa, buscou-se se alicerçar nos princípios éticos das Geografias Feministas, e a partir disto, escolheu-se o método de entrevistas não-dirigidas para alcançar o objetivo elencado. Foram realizadas entrevistas com 22 pessoas, sendo sete mulheres e sete homens haitianos moradores do Jardim Santo Amaro em Cambé e do Jardim Novo Horizonte em Rolândia, quatro profissionais da saúde, uma professora de português e três membros e coordenadoras de organizações ligadas a entidades religiosas que prestam assistência à imigrantes e refugiados (Cáritas, Pastoral do Migrante e Centro Espírita Kardecista). A partir disto, foi possível apresentar a configuração territorial dos estabelecimentos que atendem esta população, visualizar a importância dos templos religiosos, obter informações e compreender as demandas relacionados à saúde, educação e trabalho, e entender a dificuldade no processo de integração das mulheres no território. Por fim, concluiu-se que as mulheres encontram-se mais des-territorializadas e em posição de maior vulnerabilidade em relação aos homens da mesma nacionalidade. Diferente deles, quase metade pretende migrar novamente devido a problemas relacionados a renda, trabalho, saúde e criação dos filhos. As demandas das mulheres haitianas, relacionadas aos diferentes costumes, diferenças culturais, a diferença da língua, aalta fecundidade, entre outras, muitas vezes não são consideradas e atendidas pelas entidades públicas e, no caso de Rolândia, também não o são pelas entidades religiosas, sendo necessária uma reorganização na abrangência territorial das mesmas. Incluindo também a sensibilização dos profissionais ou empregadores que atendem a população haitiana, a qual relatou situações de xenofobia e racismo.

Abstract: During international population mobilities, women are in a most vulnerable situation. In Brazil, the black, female, mother and foreign identities intersections also generate other problems related to racism, stigma and xenophobia, making difficult the territorialization process after an intensive migratory movement. Thus, this research aims to understand the process of Haitian women territorialization in two Paraná cities: Cambé and Rolândia, as well as to understand the demands, policies and actions that have been carried out and that are directed to this population. During the research, we sought to be based on the ethical principles of Feminist Geographies, and from this, we chose the method of non-directed interviews to achieve the main objective. Interviews were conducted with 22 people, seven Haitian women and seven men living in Jardim Santo Amaro in Cambé and Jardim Novo Horizonte in Rolândia, four health professionals, a Portuguese teacher and three members and coordinators of religious organizations that provide assistance to immigrants and refugees (Caritas, Migrant Pastoral, and Kardecist Spiritist Center). From this, it was possible to present the territorial configuration of the establishments that serve this population, visualize the importance of religious temples, obtain information and understand the demands related to health, education and work, and understand the process of integration of women in the territory. Finally, it was concluded that women are more de-territorialized and more vulnerable than men of the same nationality. Unlike them, almost half intend to migrate again due to problems related to income, work, health and child rearing. The demands of Haitian women, related to different customs, cultural and language differences, high fertility, etc, are often not considered or even met by public entities, neither by religious entities in Rolândia. A reorganization of their territorial scope is required. It is also important a sensitization of professionals or employers who serve the Haitian population, who reported situations of xenophobia and racism.

This article shows ethnographic findings on accordion assembly in the archipelago through the labor migration of chilotes in Patagonian territories of Chile and Argentina. Our hypothesis suggests thinking of trajectories related to the circulation of the instrument from Europe to Brazil in the middle of the nineteenth century.

Resumo No contexto do desenrolar da pandemia de Covid-19, que atinge diversos países do mundo, alguns aspectos das desigualdades socioespaciais se intensificam, resultando na emergência de questões que assolam os novos tempos e no agravamento de diversas vulnerabilidades sociais. Este artigo tem como objetivo trazer reflexões do campo da ciência geográfica, buscando oferecer uma contribuição da Geografia no que tange a uma análise crítica da sociedade e o debate das possibilidades cooperativas, em um mundo do capitalismo globalizado marcado por competitividades. O artigo se propõe a analisar as tendências atuais do neoliberalismo, as conseqüências das desigualdades territoriais na composição do Brasil, levando em consideração o contexto político atual, e as contribuições de uma Geografia que abarca o sentido da luta pela vida advinda da ajuda mútua entre as pessoas. Vale ressaltar que texto foi elaborado durante o período de isolamento social e num momento de aumento dos casos no Brasil, em que pensamos ser útil a exposição e a troca de ideias para a construção de uma Geografia marcada pela proliferação em escala global da Covid-19. Abstract In the context of the development of the Covid-19 pandemic which affects several countries in the world, some aspects of socio-spacial inequality are intensifying, resulting in the emergence of issues that bring upon us new times and the worsening of various social vulnerabilities. This article offers reflections from geographic science, seeking to offer a contribution to a critical analysis of society and debate on cooperative possibilities, in a world of globalized capitalism marked by competitiveness. This study analyzes the current course of neoliberalism, the consequences of territorial inequalities in Brazil's structure, taking into account the current political context, and the contributions of a Geography that encompasses the meaning of the struggle for life coming from mutual aid between people. It is worth mentioning that the text was prepared during the period of social distancing and at a time of increasing cases in Brazil, in which we think it is useful to expose and exchange ideas for the construction of a Geography marked by the proliferation on a global scale of Covid-19

Los sistemas socioeconómicos nunca antes habían estado tan desarticulados de la biosfera como lo están hoy en día, y nunca antes habían sido tan incapaces de satisfacer las necesidades vitales de la sociedad en su conjunto. Riechmann (2006) formuló esta problemática en términos de una “tecnosfera mal diseñada”. Desafortunadamente, y en un tiempo muy corto, la sociedad moderna pasó de un metabolismo relativamente orgánico a uno tecnocientífco sustentado en el paradigma mecanicista, en una aparente separación del mundo natural y en la imposición de un modelo económico individualista que perjudica signifcativamente la biosfera (Hamilton y Grinevald, 2015). El actual metabolismo social va en contravía (o por lo menos en otra dirección) de la anhelada sustentabilidad socioambiental. Si el Antropoceno es el resultado de sistemas humanos insustentables, ¿cómo rediseñarlos con perspectiva de sustentabilidad y justicia social?

The single most important statement that can be made with regard to the logical status of human and physical geographical reasoning is that it belongs to the class of non-monotonic reasoning. In other words,  geographical reasoning is defeasible (i.e. earlier drawn conclusions can be defeated by the addition of new facts, some of which are generated by the very application of our ideas outside academe) and non-demonstrative (i.e. our beliefs about reality cannot be demonstrated once and for ever; we must do with building provisional arguments based on the current weight of the evidence, which itself changes with the times). Indeed, unlike mathematics, which is a closed world of formalisms that relies heavily on deduction, demonstration, and proof, geography studies and attempts to improve the real, messy world out there. Because that wild, unruly world is always in a process of becoming, the conclusions drawn yesterday may have to be abandoned today, and so on, without end in sight. The core virtue of geographical reasoning is not certainty, but adaptability. As the world changes, so do geography’s entertained beliefs about how to improve it. The point we are trying to make is that an alternative window into the nature of geographical reasoning, besides the one provided by the discipline’s key concepts, offers an opening toward the more subtle problematic of the mechanisms by which the updating of geographical beliefs operate.

Esta investigación doctoral  da cuenta de los caminos recorridos en el Continente de ABYA YALA en búsqueda de los registros de múltiples TerritoriosCuerpoMemoria, con la intención de entrenzar conocimientos para la construcciòn de una PEDAGOGIA DECOLONIAL donde la JUSTICIA COGNITIVA Y LA DECOLONIZACIòN DE LA COGNICIòN puedan concretarse aún en los Norte del mundo globalizado. Caminos que gracias a los aportes de Maestras y Maestros de Vida he logrado dejar sembrados en mi tesis doctoral: "Màs allà del Ocèano, Otros Horizontes del Posible".

Os textos na obra presente possuem ampla liberdade estilística conectando com o tema da África na Geografia Escolar ou com o Ensino de África na Geografia, das partes a sua totalidade. A principal motivação para essa publicação foi dar vozes a professores (as) e suas práticas antirracistas, incluindo suas experiências de ensino e aprendizagem que reflitam o berço da humanidade com afirma Ckeik Anta Diop. Sendo assim, assumimos o posicionamento do MEC/SEPPIR 2004 uma vez que ele se sustenta e serve como base e subsídio para nossas discussões.