21/10/2013 16:22
04/08/2013 11:20
12/07/2013 11:56
Ontem presenciei uma manifestação realmente nova dos movimentos populares e sindicatos, mas não apenas destes, dos estudantes, movimentos jovens oriundos da internet, anarquistas, partidos de esquerda, manifestação do eu sozinho, entre outros. Fiquei espantado, pelo que lembro, não via uma manifestação assim há uns bons 15 anos.
Lado a lado a turma do Black Bloc, o Nó Pedrosa, a turma do Passe Livre, o PSTU, o PT, o PSOL, o MST, MTL, MLST, Pastoral da Terra, Força Sindical, CUT, CGTB, CTB, Conlutas, movimentos de sem teto, cadeirantes, Partido da Causa Operária, PCB , gente apenas com um cartaz, hemos, roqueiros, sei lá mais quem.
Discurso contra o governo estadual, federal, municipal, Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça. Reclamação com tanta coisa que nem lembro.
Incrível foi a reação dos setores conservadores tentando minimizar ou desmoralizar o movimento.
O dia 11 de julho de 2013 marcou um novo marco político para o chamado movimento popular, demonstrando que estes movimentos não perderam sua relevância na cena política e manda um recado aos governantes: Saudações de um novo tempo.
18/06/2013 09:44
Já participei de muitos movimentos estudantis, pela minhas contas foram mais de 18 anos, começando com a fundação do Centro Cívico da Escola Senador Rui Palmeira(PREMEM) em Arapiraca, pela UESA, pelo Diretório Acadêmico da atual UNEAL, terminando no DCE da UFAL, em minha segunda graduação. Gostava, sentia que podia mudar alguma coisa.
Confesso de fiquei surpreso com a mobilização destes jovens de hoje, mas logo me lembrei dos tempos velhos tempos e pensei: “nada mais normal”.
O movimento não tem contornos políticos definidos, vai de anarquistas até a turma da festa, mais uma vez: “nada mais normal”. Cada geração tem seu apogeu juvenil.
A juventude é a grande alheia às decisões, precisa participar. Onde estão as quadras esportivas nos núcleos do “minha casa minha vida”, onde está o apoio mais decisivo à cultura, e a aceleração dos investimentos em transporte público? “Abaixo o possível, queremos o impossível”
Nós que antes estávamos lá na frente da marcha precisamos aceitar a necessidade de mudança e aperfeiçoamento das instituições.
Aqui cabe uma nota sobre a nossa polícia militar do Estado de Alagoas, conversando com o chefe do CGCDHPC, Oficial Givaldo, este me informou que o tratamento da polícia alagoana aos protestos seria dentro da doutrina nova e já tradicional da PM/AL com movimentos sociais: não uso de aparatos ostensivamente repressivos e diálogo, parabéns para a PM alagoana. A tranquilidade com os protestos estão acontecendo em Maceió são um testemunho do trabalho da PM/AL.
12/06/2013 10:02
É engraçado, ninguém se lembra de cobrar deveres das pessoas, quando fazemos todos protestam. Sim, todos pensam apenas nos “meus direitos”. Todos querem ser empresários, profissionais, servidores públicos: políticos, policiais, delegados, fiscais, promotores, juízes, bancários, embaixadores... Nossos filhos querem iphones, tablets, laptops, mesada, dirigir aos 16 anos.
Entretanto, ninguém quer pagar o preço de todas as responsabilidades que os direitos impõem. Parece que vivemos em uma “utopia” adolescente, imaginada na geração que viveu sob a ditadura: muita liberdade e pouca responsabilidade.
Estamos agora na fase em que caímos na real. Tudo parece estar dando errado em nossos relacionamentos afetivos e coletivos, então, muitos pensam que fomos longe demais ao gozo das liberdades.
Acredito que esta visão é equivocada, penso que nos falta uma clara visualização de nossos deveres. Despojamos-nos da culpa católica sufocante e em seu lugar, no nível da temperança, nada está sendo reposto.
Debate estranho para muitas pessoas da geração que viveu sobre a égide de uma cultura autoritária, um medo guardado no fundo da alma. Medo que precisamos exorcizar.
Em 1988, com a Constituição, criamos um estado democrático de direito, com direitos e deveres, está na hora de exercitamos os deveres.
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