A maior parte dos fármacos tomados pela mãe pode atravessar a placenta e expor o embrião e o feto aos seus efeitos farmacológicos e teratogénicos. É importante tratar a mãe sempre que necessário, mas protegendo o mais possível o seu filho. Os médicos, ao esclarecerem as grávidas, devem assegurar-se de que a sua informação está actualizada e baseada na evidência.
Os efeitos prejudiciais dos fármacos no feto podem ocorrer em qualquer momento da gravidez e este conceito deverá estar presente sempre que se prescreva a uma mulher em idade fértil. Pode, no entanto, ser também prejudicial o receio excessivo do uso de fármacos durante este período, o que pode conduzir à situação de doença não tratada, à falta de cumprimento da terapêutica pela grávida, ao uso de doses sub-óptimas e/ou falências de tratamento. Estas situações podem ser fonte de risco para o bem-estar materno e afectar, de igual modo, o feto. É, por isso, importante conhecer o risco basal no contexto da prevalência de malformações induzidas por fármacos. A maioria das malformações congénitas ocorre em 2-4% de todos os nascimentos, mas de todas as gravidezes diagnosticadas cerca de 15% resultam em perda fetal. Deve acentuar-se que a razão destas consequências adversas para a gravidez só é conhecida para uma minoria de incidentes. Poucos fármacos mostraram ser teratogénicos de forma conclusiva no Homem, mas sem qualquer dúvida, nenhum fármaco é seguro no início da gravidez.
Durante o primeiro trimestre, os fármacos podem produzir malformações congénitas (teratogénese) e o risco maior situa-se entre a 3ª e 11ª semana de gravidez (fase de organogénese). Durante o segundo e terceiro trimestres podem afectar o crescimento e o desenvolvimento funcional ou ter efeitos tóxicos sobre os tecidos fetais. Se dados à mãe muito próximo do fim da gravidez, ou durante o parto, podem ter efeitos adversos não só na evolução do trabalho de parto como no recém-nascido, após o nascimento.
A prescrição de qualquer medicamento durante a gravidez só deverá, pois, ocorrer quando se admite que os benefícios para a mãe sejam superiores aos riscos para o feto. Todos os fármacos deverão, se possível, ser evitados durante o primeiro trimestre. Utilizar-se-ão, de preferência, os já largamente utilizados, em vez dos novos, menos conhecidos, e na menor dose eficaz, preferindo fórmulas com um só fármaco, em vez de outras com múltiplos componentes.
As listas que se seguem incluem fármacos que podem ter efeitos nocivos na gravidez e indicam o trimestre e o factor de risco, de acordo com os critérios definidos pela Food and Drug Administration. São baseados em dados humanos, mas a informação recolhida em animais é, por vezes, utilizada quando não existe outra mais pertinente. As definições usadas para os factores de risco são as seguintes:
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Abacavir | Toxicidade em estudos animais; pode ocorrer acidose láctica, por vezes fatal. | 1º | D |
Abciximab | Recomenda-se que se use apenas quando o benefício potencial ultrapasse os riscos possíveis; não há informação disponível. | 1º | D |
Acamprosato | Evitar. | | C |
Acarbose | Não há referências ao uso de acarbose durante a gravidez. Não foi teratogénica nem tóxica para o embrião em ratos e coelhos. O produtor recomenda evitar. | 1º, 2º e 3º | BM |
Acebutolol | Não foram observadas malformações fetais. Pode causar atraso do crescimento intrauterino, hipoglicémia neo-natal e bradicardia. O risco é maior na hipertensão grave. V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | 1º, 2º e 3º | BM |
Aceclofenac | V. AINEs . | 3º | C |
Acemetacina | V. AINEs . | 3º | C |
Acenocumarol | V. Anticoagulantes orais . | | D |
Acetato de glatirâmero | Evitar, a menos que o possível benefício ultrapasse os riscos. | | CM |
Acetazolamida | Acidose tubular renal; aumento do risco de esquizofrenia; interfere com o desenvolvimento neuronal no feto. V. Inibidores da anidrase carbónica (3.4.1.4.). | 1º, 2º e 3º | C |
Acetilcisteína | Aceitável. | | B |
Aciclovir | Usar apenas quando o benefício potencial ultrapasse o risco; a absorção é reduzida a partir da aplicação tópica. | | CM |
Ácido acetilsalicílico | Risco de defeitos cardíacos congénitos e septação do ductus arterious pode afectar a hemostasia e aumentar risco de hemorragia; doses elevadas têm sido relacionadas com aumento da mortalidade perinatal, intra-uterina, atraso do crescimento e efeitos teratogénicos; em doses baixas (40-150 mg/dia) pode ser benéfico; perto do termo pode prolongar a gestação e o parto; o encerramento precoce do ductus arteriosus pode ocorrer na última parte da gravidez como resultado do consumo materno de doses terapêuticas; a ser necessário um analgésico ou antipirético usar o paracetamol. | 1º, 2º e 3º | C (D se usado em dose terapêutica no 1º e 3º trimestres) |
Ácido alendrónico | Não existem dados em mulheres grávidas; não deverá ser administrado durante a gravidez; V. Bifosfonatos . | | C |
Ácido aminocapróico | Não foi observada toxicidade fetal no único caso em que foi usado no 2º trimestre. | | C |
Ácido ascórbico | O défice moderado não põe problemas para a mãe ou para o feto. | | A (C se for usada em doses superiores às necessidades diárias) |
Ácido clavulânico | Não há provas de teratogenicidade; evitar, a menos que seja essencial. | | BM |
Ácido clodrónico (Clodronato de sódio) | V. Bifosfonatos . | | C |
Ácido cromoglícico (Cromoglicato de sódio) | Não existem dados disponíveis. | | BM |
Ácido etidrónico (Etidronato de sódio) | Recomenda-se evitar. | | CM |
Ácido fólico | Compatível com a gravidez. | | A (C se usado em doses superiores às recomendadas na dieta diária, 0,5 mg/dia) |
Ácido fusídico | Desconhece-se se é perigoso; usar apenas se o benefício potencial ultrapassar os riscos. | | CM |
Ácido gadopentético (Gadopentetato de meglumina) | Agente de diagnóstico. | | CM |
Ácido mefenâmico | V. AINEs . | 3º | CM (D se usado no último trimestre ou perto do parto) |
Ácido nalidíxico | Não foram encontrados defeitos atribuíveis ao fármaco. V. Quinolonas . | | CM |
Ácido pantoténico | Compatível com a gravidez. | | A (C se for usado em doses superiores às necessidades diárias) |
Ácido quenodesoxicólico | Não existem estudos em mulheres grávidas, mas é embriotóxico em estudos animais. | 1º, 2º e 3º | XM |
Ácido tiaprofénico | V. AINEs . | 3º | CM ou D (se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Ácido tiludrónico | V. Bifosfonatos . | | C |
Ácido tranexâmico | Não há evidência de teratogenicidade em estudos animais; usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | BM |
Ácido ursodesoxicólico | Não há evidência de perigo, mas recomenda-se evitar. | 1º | BM |
Ácido valpróico | Malformações do tubo neural; embriopatia do valproato (miopia, estrabismo, artigmatismo, anisometropia, malformações cardíacas, craniosinostose, autismo); possibilidade de hepatoxicidade neonatal e hemorragia por hipofibrinemia; o suplemento de folatos 1 mês antes e durante, pelo menos, o 1º trimestre de gravidez, reduz algumas malformações relacionadas com o tubo neural. Após diagnóstico de gravidez, a medicação antiepilética não deve ser alterada e aconselhar-se-á o diagnóstico pré-natal com recurso à ecografia e amniocentese para diagnóstico de anomalias associadas aos anticonvulsivantes. | 1º, 2º e 3º | D |
Acipimox | Evitar. | | C |
Acitretina | Teratogénico; deve usar-se contracepção eficaz, pelo menos 1 mês antes do início do tratamento, durante o tratamento e pelo menos 2 anos após suspensão do tratamento. | 1º, 2º e 3º | X |
Acrivastina | V. Anti-histamínicos H1 . | | C |
Adapaleno | Efeitos teratogénicos em estudos animais, referências isoladas de malformações em filhas de mulheres que usaram o fármaco; recomenda-se uma contracepção eficaz durante o tratamento. | 1º | X |
Adenosina | O uso de doses elevadas por via IV na mãe pode produzir toxicidade fetal. | | CM |
Adrenalina | Não foram referidas malformações graves, mas as doses elevadas podem provocar anoxia fetal. | 1º | C |
AINEs | Indutores de toxicidade fetal sem disgenesia; devem evitar-se, a menos que o potencial benefício ultrapasse os riscos; com o uso regular induzem encerramento do canal arterial fetal in utero oligohidramnios e, possivelmente, hipertensão pulmonar do RN; atraso no início do desencadeamento e aumento da duração do parto; o uso pontual é, em geral, seguro. | 1º, 2º e 3º | C |
Albendazol | É teratogénico em várias espécies animais; até se obterem dados humanos, considerar como teratogénico. | 1º | D |
Alfatocoferol | Nem o défice nem o excesso foram associados a complicações maternas ou fetais durante a gravidez. | | A ou C (se for dada em doses superiores às necessidades diárias) |
Alfentanilo | V. Analgésicos opiáceos . | | CM |
Almotriptano | V. Sumatriptano . | | CM |
Alopurinol | Não foi referida toxicidade fetal. O produtor recomenda evitar; usar apenas se não houver alternativa segura e a doença acarretar risco para a mãe ou para o filho. | | CM |
Alprazolam | V. Benzodiazepinas . | | DM |
Alprostadilo | Usar contracepção de barreira se a acompanhante está grávida. Aplicação uretral exclusiva. | | DM |
Alquilantes | Comprovadamente teratogénicos. | 1º | X |
Alteplase | O uso limitado durante a gravidez não dá suporte a um risco teratogénico; V. Estreptoquinase . | | B |
Amantadina | Evitar; toxicidade em estudos animais. | | CM |
Amfebutamona | Recomenda-se evitar; não existe informação disponível. | | C |
Amicacina | V. Aminoglicosídeos . | | C |
Amifostina | Recomenda-se evitar; não existe informação disponível. | | C |
Amilorida | Não foram descritos efeitos adversos no feto em estudos animais nem foram registadas malformações em uso humano isolado. | | BM |
Aminofilina | Irritabilidade e apneia neonatal; V. Teofilina . | 3º | C |
Aminoglicosídeos | Lesão do nervo auditivo ou vestibular; o risco é maior com a estreptomicina e será provavelmente reduzido com a gentamicina e a tobramicina, mas devem evitar-se, a menos que seja essencial (neste caso é importante medir a concentração sérica). | 1º, 2º e 3º | D |
Aminoglutetimida | Evitar; pode afectar o desenvolvimento sexual do feto e originar pseudohermafroditismo; toxicidade em estudos animais. | | DM |
Amiodarona | Risco possível de bócio neonatal e hipotiroidismo; usar apenas se não existe alternativa. | 2º e 3º | CM |
Amissulprida | Recomenda-se evitar. | | C |
Amitriptilina | V. Antidepressores tricíclicos . | | D |
Amlodipina | V. Bloqueadores dos canais de cálcio . | | CM |
Amobarbital | V. Barbitúricos . | | D |
Amorolfina | Absorção sistémica muito reduzida, mas o produtor recomenda evitar; não existe informação disponível. | | C |
Amoxicilina | Pode ser administrado durante a gravidez sem qualquer risco para o feto. | | B |
Ampicilina | Pode ser administrado durante a gravidez sem qualquer risco para o feto. | | B |
Amprenavir | Evitar a solução oral devido ao elevado conteúdo de propilenoglicol; o produtor recomenda usar as cápsulas apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Amsacrina | Evitar (teratogénico e tóxico em estudos animais; pode reduzir a fertilidade). | | D |
Analgésicos | V. Analgésicos opiáceos , AINEs e Paracetamol . | | C |
Analgésicos opiáceos | Não foi encontrada qualquer relação entre o consumo de analgésicos opiáceos e o aparecimento de malformações; em doses elevadas durante o parto pode produzir depressão respiratória fetal. | 3ª | B ou D (se usados por períodos longos ou em doses altas) |
Androgéneos | Masculinização do feto feminino. | 2º e 3º | D |
Anestésicos gerais | Deprimem a respiração neonatal; não há relação entre os efeitos teratogénicos e os anestésicos gerais em exposição de curta duração; em exposição crónica a relação é discutível. | 3º | C |
Anestésicos locais | Em geral, seguros; com doses elevadas ocorre depressão respiratória neonatal, hipotonia e bradicardia após bloqueio paracervical ou epidural; metahemoglobinémia neonatal com a prilocaína e a procaína. | 3º | C |
Anfetaminas | Padrão de desenvolvimento anormal, redução do aproveitamento escolar. | 1º, 2º e 3º | CM |
Anfotericina B | Desconhece-se se é perigosa, mas o produtor recomenda evitar, a menos que os potenciais benefícios ultrapassem os riscos. | | B |
Anorexiantes | Os inibidores do apetite e redutores do peso não são recomendados na gravidez. | 1º, 2º e 3º | D |
Antagonistas dos receptores da angiotensina | Evitar; podem afectar a pressão sanguínea e a função renal do feto. | 1º | D |
Antiácidos (contendo cálcio, magnésio, alumínio ou alginatos) | Uso considerado seguro; os sais de magnésio serão preferíveis aos de alumínio na grávida obstipada. O bicarbonato de sódio é de evitar, pelo risco teórico de alcalose metabólica e de retenção hídrica materna e fetal. | | B |
Anticoagulantes orais | Malformações congénitas; possível hemorragia fetal e neonatal. | 1º, 2º e 3º | X |
Antidepressores inibidores da recaptação de serotonina | Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos; não há evidência de teratogenicidade; baixo índice de Apgar e baixo índice de desenvolvimento psicomotor; possibilidade de prematuridade ou síndrome de privação no RN. | 1º, 2º e 3º | C |
Antidepressores tricíclicos | Com a imipramina foram referidos taquicardia, irritabilidade e espasmos musculares no RN; os sintomas de supressão foram também referidos com a clomipramina e desipramina. | 3º | B |
Antidiabéticos orais | Risco de hipoglicémia fetal/neonatal; a insulina deverá substituir os antidiabéticos orais. | | BM |
Antidiarreicos | Não recomendados. | | C |
Antiepilépticos e anticonvulsivantes | Os benefícios do tratamento ultrapassam os riscos para o feto; o risco de teratogenicidade é maior se for usado mais do que um fármaco; recomenda-se suplemento com ácido fólico até 12 semanas após concepção. | | D |
Anti-histamínicos H1 | Por períodos curtos não parecem induzir toxicidade; os produtores recomendam evitar a azatadina, cetirizina, desloratadina, hidroxizina, loratadina, mizolastina e terfenadina. | | C |
Antimaláricos | Evitar. | | C |
Antimetabolitos | Comprovadamente teratogénicos. | 1º | X |
Antipsicóticos | Em doses baixas parecem ser seguros para a mãe e para o feto e não são teratogénicos; perto do termo devem ser evitados pelo perigo de hipotensão materna e efeitos adversos no RN. | | C |
Antitiroideus | Bócio congénito. | 1º | D |
Apomorfina | Não é um fármaco usado na mulher. | | |
Aproclonidina | Usar com precaução; pode afectar a pressão sanguínea do feto. | | D |
Aprotinina | Não há referência ao uso de aprotinina e o aparecimento de malformações. | | C |
Arginina | Não existem dados disponíveis; evitar. | | BM |
Aspartato de arginina | Não representa risco para o feto de mães normais ou heterozigóticas, mas para aquelas com fenilcetonúria, se o consumo for elevado porque o aspartamo é uma fonte de fenilalanina. | | B ou C (na mulher com fenilcetanilase) |
Atenolol | Atraso do crescimento intrauterino por aumento da resistência vascular, mas o benefício da terapêutica materna pode, em alguns casos, suplantar os riscos para o feto; o RN exposto ao atenolol perto do parto deve ser vigiado durante as primeiras 24 a 48 horas quanto a sinais e sintomas de bloqueio beta adrenérgico. | 2º | DM |
Atorvastatina | Contra-indicado na gravidez; V. Inibidores da redutase da HMG-CoA . | | XM |
Atropina | Desconhece-se se é perigoso; recomenda-se precaução. | | C |
Auranofina | Experiência clínica muito limitada, mas o produtor recomenda o uso de contracepção eficaz durante, pelo menos, 6 meses depois do tratamento. | | C |
Aurotiomalato de sódio | Experiência clínica muito limitada, mas o produtor recomenda o uso de contracepção eficaz durante, pelo menos, 6 meses depois do tratamento. | | C |
Azapropazona | V. AINEs . | | CM |
Azatadina | V. Anti-histamínicos H1 . | | BM |
Azatioprina | Teratogénica em animais; na espécie humana tem sido associada a aumento de perdas fetais. | 1º, 2º e 3º | D |
Azelastina | V. Anti-histamínicos H1 . | | C |
Azintamida | Não existem dados disponíveis; evitar. | | BM |
Azitromicina | Não existem dados disponíveis; o produtor recomenda apenas se não existem alternativas disponíveis. | | BM |
Aztreonam | Não existem dados disponíveis; evitar. | | BM |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Bacampicilina | V. Ampicilina . | | BM |
Bacitracina | Não foi encontrada qualquer associação com malformações. | | C |
Baclofeno | Toxicidade em estudos animais, defeitos do tubo neural e morte em ratos; usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Barbitúricos | Efeitos de supressão no RN; V. Fenobarbital . | 3º | D |
Beclometasona | Não existem dados que suportem a associação entre o fármaco e malformações congénitas; V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Beladona | Não existem dados que suportem a associação com malformações em uso ocasional. | | C |
Benserazida | V. Levodopa . | | C |
Benzatropina | Possível associação com malformações minor. | | C |
Benzilpenicilina | Pouca probabilidade de causar danos fetais. | | B |
Benzilpenicilina benzatínica | Pouca probabilidade de causar danos fetais. | | B |
Benzoato de benzilo | Evitar. | | C |
Benzodiazepinas | Risco reduzido de malformações tipo fenda palatina e lábio leporino; recomenda-se a realização de ecografia de nível 2; evitar o uso regular (risco de sintomas de supressão neonatal); usar apenas em situações bem definidas, como no controlo de convulsões. Doses elevadas durante a fase final da gravidez ou durante o parto podem causar hipotermia neonatal, hipotonia, depressão respiratória e dificuldades na alimentação (bébé mole). O diazepam e o clorodiazepóxido são os mais suspeitos. | 1º, 2º e 3º | D |
Bepridilo | Não se encontram referências ao uso do fármaco durante a gravidez. | | CM |
Besilato de atracúrio | Não atravessa a placenta em quantidades significativas, mas recomenda-se usar apenas quando o benefício potencial for superior ao risco. | | C |
Betacaroteno | Não foram descritos efeitos teratogénicos. | | C |
Betametasona | Pode influenciar a síntese de colesterol e de lipoproteínas no feto. V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Betaxolol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | | CM (D se usado no 2º e 3º trimestres) |
Bezafibrato | V. Fibratos . | | C |
Bifosfonatos | Evitar. | | C |
Biperideno | Não se encontram referências ao seu uso durante a gravidez. | | CM |
Bisoprolol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | 2º e 3º | D |
Bleomicina | Não há referências que relacionem o uso do fármaco com malformações congénitas. | 1º | D |
Bloqueadores adrenérgicos alfa | Não há provas de teratogenicidade; recomenda-se usar apenas quando o benefício potencial ultrapassar o risco. | | CM |
Bloqueadores adrenérgicos beta | Aparentemente, não são teratogénicos, mas podem causar redução do crescimento intrauterino, hipoglicémia neo-natal e bradicardia; o risco é maior na hipertensão grave; os colírios oftálmicos reservar-se-ão para situações em que a relação benefício-risco seja clara. | | CM |
Bloqueadores dos canais de cálcio | Algumas dihidropirinas e o diltiazem são teratogénicos em animais; podem inibir o parto; o risco para o feto tem de ser contrabalançado com o risco da hipertensão materna não controlada. | | CM |
Bloqueadores dos receptores H2 da histamina | Serão provavelmente seguros; utilização pouco racional na sintomatologia dispéptica comum da grávida. | | BM |
Bloqueadores neuromusculares | Não foram evidenciados efeitos adversos no feto ou no RN. | | B |
Bromazepam | Evitar o uso regular; V. Benzodiazepinas . | | D |
Bromelaína | Não há dados disponíveis. | | C |
Brometo de clidínio | Possíveis malformações menores. | 1º | C |
Brometo de distigmina | Evitar; pode estimular as contracções uterinas. | | C |
Brometo de ipratrópio | Desconhece-se se é perigoso. | | BM |
Brometo de pancurónio | Não se dispõe de informação útil; recomenda-se evitar a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos. | | C |
Brometo de piridostigmina | Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Brometo de rocurónio | Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Brometo de vecurónio | Não se dispõe de informação útil; recomenda-se evitar a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos. | | C |
Bromexina | Aceitável. | | B |
Bromocriptina | Aparentemente não traduz risco significativo para o feto. | | CM |
Bromofeniramina | Malformações em animais; a administração nas 2 últimas semanas da gravidez, tem sido associada a fibroplasia retrolental. | 1º e 3º | C |
Bromperidol | V. Antipsicóticos . | 1º | C |
Buclizina | Malformações em animais; a administração nas 2 últimas semanas da gravidez, tem sido associada a fibroplasia retrolental. | 1º e 3º | CM |
Budesonida | Experiêncis clínica limitada em grávidas; nos animais provoca vários tipos de anomalias (fenda palatina, anomalias do esqueleto) que não parecem ter relevância em humanos; evitar. | | C |
Bumetanida | Não foram publicados quaisquer efeitos lesivos para o feto, mas o diurético tem sido recomendado para tratamento da síndrome nefrótica durante a gravidez. | | D (C de acordo com o titular de AIM) |
Bupivacaína | Não foi registado aumento da incidência de malformações até ao presente, mas recomenda-se evitar sempre que possível; toxicidade em estudos animais. | | B |
Buprenorfina | V. Analgésicos opiáceos . | 3º | B |
Buspirona | Não estão referidos quaisquer efeitos sobre o feto após administração no 1º trimestre. | | BM |
Bussulfano | Várias malformações congénitas; baixo peso de nascimento; V. Ciclofosfamida . | 1º, 2º e 3º | DM |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Cafeína | Usada com moderação não representa risco para o feto; em doses altas pode produzir aborto espontâneo, baixo peso de nascimento e redução do perímetro craneano. | 1º, 2º e 3º | B |
Calcifediol | Durante a gravidez a dose diária recomendada é de 400 UI. | | A (Dse usada em doses acima das recomendadas) |
Calcitonina | Não há referências que relacionem o uso de calcitonina com malformações congénitas. | | B |
Calcitriol | V. Colecalciferol . | | A (D se usada em doses acima das recomendadas) |
Candesartan | Desconhece-se o risco potencial para o feto no 1º trimestre; durante o 2º e 3º trimestres os fármacos que actuam no sistema renina-angiotensina podem causar lesões fetais e neonatais (hipotensão, disfunção renal, oligúria e/ou anúria, oligohidramnio, hipoplasia craniana, atraso do crescimento intra-uterino) e morte; foram ainda descritos hipoplasia pulmonar, deficiências faciais e contracturas dos membros. | 1º, 2º e 3º | D |
Cânfora | Em uso tóxico não foram localizadas malformações congénitas; só é potencialmente tóxica, e mesmo fatal, se for tomada em doses altas por via oral. | | C |
Captopril | Hipotensão neonatal, IR, in utero, no feto e no RN, em relação com a hipotensão fetal e redução do fluxo sanguíneo renal; deformações da face ou crâneo e/ou morte; atraso do crescimento intrauterino, prematuridade, ductus arteriosus patente; nos casos em que for indispensável o uso do fármaco na mãe, recorrer à dose mais baixa possível. | 2º e 3º | DM |
Carbamazepina | Malformações congénitas major, respostas evocadas anormais no cérebro auditivo, estrabismo, astigmatismo, anisometropia; influência negativa no peso corporal, na altura e no perímetro craneano, atraso mental (síndrome da carbamazepina; íleo paralítico). | 1º | CM |
Carbenoxolona | Evitar; causa retenção de sódio com edema. | 3º | C |
Carbidopa | É sempre usada em associação com a L-Dopa e as referências ao uso da associação na gravidez são poucas; se indicada a terapêutica, não deve ser subtraída durante a gravidez. | | C |
Carbimazol | Bócio neonatal com hipotiroidismo; foi associado a aplasia cutânea do RN; elevação de TSH. V. Antitiroideus . | 2º e 3º | D |
Carbocisteína | Evitar. | 1º | C |
Carbonato de cálcio | Durante a gravidez a ingestão diária não deve ser superior a 1.500 mg de cálcio. | | A |
Carboplatina | Teratogénico e tóxico embrionário em animais. Evitar. | | D |
Carmustina | Teratogénico e tóxico embrionário em animais; usar contracepção durante administração ao homem ou mulher; evitar. | | D |
Carteolol | Atraso do crescimento fetal. | 1º | CM (D se usado no 2º e 3º trimestres) |
Carvedilol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta ; pode causar atraso do crescimento intrauterino e redução do peso placentar. | | C |
Cascara | Evitar. | | BM |
Cefalosporinas | Não são conhecidas como perigosas. | | BM |
Celecoxib | Teratogénico e tóxico embrionário em animais; os riscos potenciais, em caso de gravidez, não podem ser excluídos; V. AINEs e Inibidores selectivos da Cox 2 . | | C |
Celiprolol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta ; se o tratamento se inicia no 2º trimestre há maior redução do peso fetal; embora o atraso no crescimento seja uma preocupação, os benefícios da terapêutica materna podem, em alguns casos, suplantar os riscos para o feto. | 2º | B (D, se usado no 2º e 3º trimestres) |
Cerivastatina | V. Estatinas . | | XM |
Cetamina | V. Anestésicos gerais . | | B |
Cetirizina | Ausência de efeitos adversos para a grávida, a saúde do feto e do RN, num número limitado de exposições durante a gravidez; estudo em animais não revelaram efeitos sobre a reprodução e genitoxicidade; a prescrição a grávidas deve, no entanto, ser efectuada com precaução. | | C |
Cetoconazol | Refere-se teratogenicidade em estudos animais; deve evitar-se a gravidez durante o tratamento. | | CM |
Cetoprofeno | V. AINEs . | | BM ou D (se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Cetorolac | Contra-indicado durante a gravidez, o parto e o período expulsivo; V. AINEs . | 1º, 2º e 3º | CM (D se usado no 3º trimestre) |
Cetotifeno | V. Anti-histamínicos H1 . | | C |
Ciamemazina | V. Antipsicóticos . | | C |
Cianocobalamina | Só os défices maternos graves em vitamina B12 podem originar anemia megaloblástica com consequente infertilidade e RN de baixo peso. | | A (C se for usada em doses superiores às necessidades diárias) |
Ciclandelato | Não há dados disponíveis. | | C |
Ciclidrol | Não há dados disponíveis. | | C |
Ciclobenzaprina | Não são conhecidas referências ao uso relaxante muscular durante a gravidez. | | BM |
Ciclofosfamida | Diversas malformações congénitas. | 1º | D |
Ciclopirox olamina | Não são conhecidas referências a malformações na sequência de aplicação cutânea. | | BM |
Cicloserina | Atravessa a placenta; usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Ciclosporina | Aparentemente não há qualquer risco para o feto, excepto o atraso no crescimento que estará relacionado com a doença da mãe. | | CM |
Cidofovir | Toxicidade em estudos animais; evitar; recomenda-se contracepção eficaz durante e 1 mês depois do tratamento; o homem deve de igual modo evitar procriar durante e 3 meses depois do tratamento. | | CM |
Cilastatina | Toxicidade em estudos animais; evitar; a menos que os benefícios clínicos potenciais ultrapassem os riscos. | | C |
Cilazapril | V. IECAs . | | DM |
Cimetidina | V. Bloqueadores dos receptores H2 da histamina ; evitar, a menos que seja essencial pela possibilidade de feminização. | | BM |
Cinarizina | V. Anti-histamínicos H1 (Meclozina) . | | C |
Cinoxacina | V. Ciprofloxacina . | | DM |
Ciprofibrato | V. Fibratos . | | C |
Ciprofloxacina | Durante a gestação não parece estar associada a malformações congénitas graves; os dados disponíveis em animais levam a contra-indicá-la durante a gravidez, em especial no 1º trimestre, até porque existem alternativas mais seguras. | 1º | CM (D para alguns autores) |
Cipro-heptadina | Não foram observados defeitos congénitos. | | BM |
Ciproterona | Não é um fármaco usado na mulher; risco de feminização de um feto do sexo masculino. | | D |
Cisaprida | Não se recomenda o seu uso durante a gravidez. | | CM |
Cisplatina | Teratogénico e tóxico em estudos animais; evitar. | | DM |
Citalopram | V. Antidepressores inibidores da recaptação da serotonina . | | BM |
Citarabina | Várias malformações congénitas em estudos animais. | 1º e 2º | DM |
Citicolina | Contra-indicada na gravidez. | | D |
Citosina arabinosido | Prematuridade, atraso do crescimento, transaminases pouco elevadas e eritroblastos. | 2º e 3º | D |
Citotóxicos | Podem produzir aborto espontâneo, perda fetal e malformações. | 1º | X |
Citrato de potássio | Não foram efectuados estudos em grávidas, pelo que o seu uso só deverá ocorrer quando estritamente necessário e sob vigilância médica. | | A |
Cladribina | Evitar; teratogénico em estudos animais. | | DM |
Claritromicina | Não é recomendada durante a gravidez; com base em estudos efectuados em ratinhos, ratos, coelhos e macacos não pode ser excluída a possibilidade de efeitos adversos no desenvolvimento embriofetal. | 1º | CM |
Clemastina | V. Anti-histamínicos H1 . | 1º e 3º | BM |
Clenbuterol | Evitar durante o 1º trimestre; o uso por inalação tem a vantagem de as concentrações plasmáticas não serem provavelmente tão elevadas que afectem o feto. | 1º | B |
Clindamicina | Desconhece-se se é perigosa. | | B |
Clobazam | V. Benzodiazepinas . | | D |
Clobetasol | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Clobetasona | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Clofazimina | As crianças podem estar pigmentadas de vermelho ao nascimento. Não houve evidência de malformações, embora alguns autores recomendem só administrar após o 1º trimestre. | | CM |
Clofibrato | O uso perto do termo da gravidez não é recomendado porque se pode acumular por imaturidade do sistema de glicuronoconjugação no RN. | | C |
Clometiazol | Contra-indicado; os RN são afectados de forma adversa (sedação, hipotonia e apneia) quando dado às mães por toxémia gravídica. | 1º, 2º e 3º | D |
Clomifeno | Efeitos teratogénicos: mola hidatiforme, aplasia da retina, sindactilia, pé boto, defeitos de pigmentação, microcefalia; contra-indicado. | | XM |
Clomipramina | Letargia neonatal, hipotonia, cianose, hipotermia; V. Antidepressores tricíclicos . | 3º | CM |
Clonazepam | V. Antiepilépticos e anticonvulsivantes ; íleo paralítico. | | D |
Clonidina | Tem sido usada em todos os trimestres, com experiência limitada relativamente ao 1º. Não têm sido referidos efeitos adversos atribuíveis ao fármaco. | | C |
Clopidogrel | Evitar; não existem dados disponíveis. | | C |
Clorambucilo | Malformações da árvore genito-urinária; evitar; recomenda-se fazer contracepção eficaz durante a administração ao homem ou à mulher. | 1º, 2º e 3º | DM |
Cloranfenicol | Síndrome do bébé cinzento. Efeitos teratogénicos. | 3º | C |
Clorazepato dipotássico | V. Benzodiazepinas . | 1º | D |
Cloreto de amónio | Pode causar acidose na mãe e no feto quando consumido em grandes quantidades perto do termo da gravidez. | | C |
Cloreto de potássio | O uso de suplementos de potássio na gravidez só deve ocorrer quando estritamente necessário e sob vigilância médica. | | A |
Clorodiazepóxido | V. Benzodiazepinas ; o uso desta benzodiazepina foi associado a um aumento de malformações congénitas graves e a sintomas de supressão. | 1º | D |
Clorofenamina | Estudos animais não demonstraram risco para o feto e não há estudos controlados em grávidas. Evitar. V. Anti-histamínicos H1 . | | B |
Cloro-hexidina | Não parece oferecer qualquer perigo. | | B |
Clorometina | Evitar. | | D |
Cloropromazina | V. Antipsicóticos. Eventuais efeitos extrapiramidais no RN. | 3º | C |
Cloroquina | Evitar; aceitável só para profilaxia e se a viagem é inadiável; V. Antimaláricos. | | C |
Clorotalidona | V. Diuréticos . | | D |
Clorotetraciclina | V. Tetraciclinas . | | D |
Clotrimazol | Não há contra-indicações ao uso intravaginal. | | B |
Cloxacilina | Não há contra-indicações. | | BM |
Clozapina | Não existem dados que documentem o risco deste fármaco na gravidez. A utilização terá em conta a natureza e a gravidade da doença de base; evitar. | | BM |
Codeína | Sindrome de privação no RN; V. Analgésicos opiáceos ; só utilizar apenas indispensável; evitar no final da gravidez. | 3º | C (D, se usada por períodos prolongados ou em doses elevadas) |
Colecalciferol | Durante a gravidez a ingestão diária não deve ser superior a 600 UI de vitamina D3; a sobredosagem acarreta hipercalcémia prolongada, podendo conduzir ao atraso mental e físico, estenose aórtica e retinopatia na criança. | | A (D, se usado em doses superiores às recomendadas) |
Colestipol | Não se encontram dados publicados sobre o uso do fármaco durante a gravidez. | | B |
Colestiramina | Como não é absorvida admite-se não ter efeito sobre o feto. | | B |
Colquicina | Deve ser usada cautelosamente durante a gravidez; o uso pelo pai antes da concepção não parece apresentar risco reprodutivo, mas pode provocar raramente azospermia. | | DM |
Contraceptivos orais | Os dados epidemiológicos são sugestivos de não existir perigo para o feto. | | B |
Corticosteróides (intranasais e inalados) | O benefício do tratamento é superior ao risco; a utilizar só quando o benefício potencial for significativo. | | C |
Corticosteróides (sistémicos) | Em animais provocam fenda palatina e anomalias a nível do esqueleto que não parecem ter relevância em humanos; risco de diabetes gestacional e hipertensão; risco de atraso no crescimento em tratamento prolongado ou repetido por via sistémica; risco de insuficiência suprarrenal; usados só em exacerbações da asma e na dose eficaz mais baixa se indispensáveis; a serem usados com frequência, administrar durante o parto; vigiar se há edemas. | 1º | D |
Cortisona | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | 1º | D |
Crisantaspase | Evitar. | | C |
Crotamiton | Evitar. | | C |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Dacarbazina | Carcinogénica e teratogénica em estudos animais. | | CM |
Dactinomicina | V. Ciclofosfamida ; maior frequência de defeitos cardíacos estruturais congénitos nos filhos de grávidas tratadas. | | CM |
Dalfopristina | Não se encontram referências ao uso do fármaco durante a gravidez. | | C |
Dalteparina sódica | Não se conhecem efeitos nocivos relativamente ao curso da gravidez e à saúde da criança antes e após o nascimento. | | BM |
Danaparóide sódico | Não existe informação disponível. | | BM |
Danazol | Evitar; efeitos androgénicos e de masculinização do feto feminino. | 1º, 2º e 3º | X |
Dantroleno | Não foram observados efeitos adversos no feto ou no RN, nas poucas grávidas em que foi usado; não há informação relativa ao uso durante o 1º e 2º trimestre. | | CM |
Dapsona | Hemólise e metahemoglobinémia neonatal; administrar 5 mg/dia de ácido fólico à mãe. | 3º | CM |
Darbepoetina alfa | Evitar de acordo com o produtor. | | C |
Daunorrubicina | V. Ciclofosfamida . | | DM |
Deflazacorte | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | D |
Derivados da cumarina | V. Anticoagulantes orais . | 1º, 2º e 3º | D (X para o produtor) |
Derivados ergotamínicos | Vasoconstritores e uterotónicos; contra-indicados. | | D |
Descongestionantes nasais | Evitar, especialmente as formulações orais e na grávida hipertensa. | | C |
Desferroxamina | Teratogénico em estudos animais; recomenda-se evitar, a menos que o benefício potencial seja superior aos possíveis riscos. | | CM |
Desloratadina | Desconhece-se a segurança durante a gravidez; só deve ser usado durante a gravidez nos casos em que os potenciais benefícios justifiquem os riscos. | | C |
Desmopressina | Efeito oxitócico reduzido no 3º trimestre; o uso durante a gravidez não constitui um risco fetal relevante. | 3º | BM |
Desogestrel | V. Contraceptivos orais . | | B |
Desonida | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Dexametasona | Pode influenciar a síntese de colesterol e de lipoproteínas no feto. V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Dexbromofeniramina | Não há referência ao seu uso na gravidez, nem a malformações congénitas. | | C |
Dexcetoprofeno | V. AINEs . | | C |
Dexclorofeniramina | Fibroplasia retrolental nos prematuros cujas mães tomaram o anti-histamínico nas 2 últimas semanas. | 3º | BM |
Dextrano | Evitar; referência a anafilaxia na mãe causando anoxia fetal, lesão neurológica e morte. | | |
Dextrometorfano | V. Analgésicos opiáceos . | | C |
Dextropropoxifeno | V. Analgésicos opiáceos . | | C |
Diazepam | O uso crónico pode levar a dependência neonatal; o risco de fendas labiais e/ou palatinas e de malformações cardiovasculares não está confirmado no momento actual; o uso deve ser restringido às alterações psíquicas graves e à epilepsias rebeldes; preconiza-se o uso da dose eficaz mais baixa possível, pelo período de tempo mais curto. V. Benzodiazepinas . | 1º, 2º e 3º | D |
Diazóxido | Se for necessário, apesar das outras terapêuticas, usar doses pequenas; em uso prolongado pode causar alopécia e reduzida tolerância para a glicose no recém-nascido. | 2º e 3º | CM |
Dicicloverina | Não parece representar qualquer risco para o feto ou RN. | | BM |
Diclofenac | V. AINEs . | | BM (D usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Dicloxacilina | Não há referência ao uso do fármaco e aparecimento de malformações congénitas. | | BM |
Didanosina | Acidose láctica por vezes fatal; não é recomendável durante toda a gravidez, a não ser que o potencial benefício clínico se sobreponha claramente aos potenciais riscos. | 1º, 2º e 3º | C |
Didrogesterona | Desconhece-se os possíveis efeitos durante a gravidez. | | C |
Dienestrol | O uso de estrogénios está contra-indicado durante toda a gravidez. | 1º | X |
Difenidramina | V. Anti-histamínicos H1 . | | BM |
Difenoxilato | V. Analgésicos opiáceos . | | CM |
Difluocortolona | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . Não devem ser aplicados corticosteróides tópicos em grandes quantidades nem durante períodos longos no 1º trimestre de gravidez. | 1º | D |
Diflunisal | V. AINEs ; não há referências ao uso do fármaco durante a gravidez; é teratogénica e embriotóxica em animais. | | CM (D, se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Digoxina | Não há referências relacionando malformações congénitas com os diferentes digitálicos. | | C |
Di-hidralazina | Recomenda-se evitar antes do 3º trimestre; não existem referências a perigos graves na sequência de uso no 3º trimestre. | 1º e 2º | CM |
Di-hidrocodeína | V. Analgésicos opiáceos . | | B (D, se usado por períodos prolongados ou em doses altas) |
Diltiazem | Contra-indicado na grávida ou se há suspeita de gravidez. | | CM |
Dimenidrinato | O uso de anti-histamínicos nas duas últimas semanas de gravidez foi associado a fibroplasia retrolental nos filhos. | | BM |
Dimeticone | Antiflatulento frequentemente associado aos antiácidos. Não há relato de toxicidade associada. Compatível com a gravidez. | | A |
Dimetindeno | Há referências a fibroplasia retrolental quando os anti-histamínicos foram usados nas 2 últimas semanas da gravidez. | 1º | B |
Dinitrato de isossorbida | Não há referências que relacionem o uso do fármaco na gravidez. | | CM |
Dipiridamol | Não há referências ao uso deste vasodilatador durante a gravidez. | | C |
Diprofilina | Irritabilidade e apneia neonatal. | 3º | C |
Diritromicina | Não há referências ao uso deste macrólido durante a gravidez. | | CM |
Disopiramida | Pode induzir o parto. | 3º | C |
Dissulfiram | Concentrações elevadas de acetaldeído na presença de álcool podem ser teratogénicas. | 1º | C |
Diuréticos | Não usar para tratar a hipertensão durante a gravidez; as tiazidas podem causar um aumento do risco de defeitos congénitos, com base em estudos alargados. No último trimestre, o risco inclui trombocitopenia, hipoglicemia, hiponatremia e hipocalcemia; evitar. | 1º e 3º | D |
Dobutamina | O uso às 18 semanas por enfarte do miocárdio não teve efeitos adversos. | | C |
Docetaxel | Evitar; toxicidade e redução de fertilidade em estudos animais; recomenda-se contracepção eficaz durante o tratamento e, pelo menos, 3 meses após terapêutica. | | D |
Docusato de sódio | Em uso crónico pode causar hipomagnesemia na mãe. | | C |
Domperidona | De acordo com o produtor deve evitar-se. | | C |
Dopamina | Não há referência a efeitos adversos fetais atribuíveis ao uso do fármaco durante a gravidez. | | C |
Dosulepina | V. Antidepressores tricíclicos . | | D |
Doxazosina | Não há referências ao uso do fármaco durante a gravidez. | | BM |
Doxepina | V. Antidepressores tricíclicos . | | C |
Doxiciclina | Contra-indicada na gravidez. | | D |
Doxilamina | V. Anti-histamínicos H1 . | | C |
Doxorrubicina | Evitar; teratogénica e tóxica em estudos animais; o produtor recomenda contracepção eficaz durante, pelo menos, 6 meses após administração a homens e mulheres. | | D |
Droperidol | O agente é teratogénico em animais; não foram localizados efeitos adversos fetais graves. | | CM |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Econazol | Desconhece-se se é perigoso. | | C |
Efavirenz | Usar apenas se o potencial benefício for superior aos riscos. Não existe informação disponível. | | C |
Efedrina | Pode causar alterações do ritmo fetal. | | C |
Enalapril | É teratogénico, causando oligohidramnios, defeitos renais com anúria, contractura dos membros, deformação craneofacial e hipoplasia pulmonar. V. IECAs . | 1º, 2º e 3º | DM |
Enoxacina | Não usar, a menos que não haja alternativa. | | CM |
Enoxaparina sódica | Não parece apresentar qualquer risco fetal ou para o RN. | | BM |
Entacapona | Evitar; não existe informação disponível. | | C |
Epirrubicina | Evitar; carcinogénica em estudos animais. | | D |
Epoetina alfa | Não há evidência de riscos e os benefícios ultrapassam provavelmente os riscos de anemia na gravidez. | | CM |
Eprosartan | V. Antagonistas dos receptores da angiotensina . | | D |
Eptifibatida | Evitar; usar apenas se o benefício potencial ultrapassar os riscos possíveis. | | C |
Ergocalciferol | V. Colecalciferol . | | A (D, se usado em doses diárias superiores às recomendadas) |
Ergotamina | Evitar; oxitócica sobre útero grávido; pode ocorrer resposta idiossincrásica na mãe que constitui perigo para o feto; a associação de ergotamina, cafeína e propranolol pode representar um risco acrescido para o feto. | 1º, 2º e 3º | D |
Eritromicina | Hepatotoxicidade materna. | | B |
Esmolol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | | CM |
Esparfloxacina | V. Quinolonas ; contra-indicada na gravidez. | | CM |
Espasmolíticos | Não recomendados. | | C |
Espectinomicina | Não há referência a defeitos congénitos com o seu uso. | | B |
Espermicidas | Não foi estabelecida relação entre o risco de espermicidas vaginais e as malformações congénitas. | | C |
Espiramicina | Não há referências que atribuam à espiramicina quaisquer lesões fetais. | | C |
Espironolactona | Os diuréticos são, de um modo geral, contra-indicados na gravidez; não há referências específicas a malformações produzidas pela espironolactona. | | D |
Estatinas | Os inibidores da redutase da HMG-CoA diminuem síntese do colesterol, outros produtos da via biossintética do colesterol, componentes essenciais para o desenvolvimento fetal, incluindo a síntese de esteróides e das membranas celulares, podendo causar danos fetais. Contra-indicadas na gravidez. | 1º | XM |
Estavudina | Pode representar algum risco para o feto em desenvolvimento. | | C |
Estradiol | Contra-indicado durante a gravidez; se a mulher engravidar durante a terapêutica com estradiol, o fármaco deverá ser suspenso imediatamente. | 1º | X |
Estreptomicina | Toxicidade no 8º par de nervos cranianos; não é teratogénica. | 2º e 3º | D |
Estreptoquinase | Possibilidade de separação prematura de placenta nas primeiras 18 semanas; possibilidade teórica de hemorragia fetal durante a gravidez. Evitar o uso pós-parto, pelo perigo de hemorragia materna. | | CM |
Estriol | Contra-indicado durante a gravidez. | | D |
Estrogénios conjugados | Contra-indicados durante a gravidez; malformações cardiovasculares, oculares e auriculares e síndrome de Down. | 1º, 2º e 3º | XM |
Etambutol | Risco de hemorragia no RN e grávida por hipoprotrombinémia. | | B |
Etanol | A ingestão diária regular durante os dois primeiros trimestres é teratogénica (síndrome fetal do álcool) e pode causar atrazo do crescimento; a bebida ocasional é provavelmente segura. Pode ocorrer um síndrome de supressão nos filhos de mães alcoólicas. | 1º, 2º e 3º | X |
Etinilestradiol | V. Contraceptivos orais . | | X |
Etionamida | Pode ser teratogénico. | 1º | D |
Etodolac | Não há referências ao uso do fármaco durante a gravidez, mas o encerramento do ductus arterious in utero é sempre uma consequência possível, além da inibição do parto, do prolongamento da gravidez e da supressão da função renal do feto. | 3º | CM (D, se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Etoposido | Evitar; é teratogénico em animais. | 1º | DM |
Etossuximida | Pode ser teratogénico. Evitar. | 1º | C |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Factor de coagulação IX humano | Não foi definido o suo seguro deste fármaco durante a gravidez em ensaios clínicos controlados. | | C |
Famciclovir | Aceitável; V. Aciclovir . | | BM |
Famotidina | Evitar; usar apenas se o benefício potencial suplantar os riscos possíveis para o feto. | | BM |
Felbamato | Pouca informação sobre os efeitos do fármaco na gravidez humana; o produtor recomenda evitar. | | CM |
Felodipina | Pode inibir o parto; o risco para o feto deve ser ponderado contra o risco de hipertensão materna não controlada. | | CM |
Fenazona | Evitar. | | C |
Fenbufeno | V. AINEs . | | C |
Fenilbutazona | Bloqueia a implantação do blastocisto; constrição do ductus arteriosus com hipertensão pulmonar persistente; inibe o parto e prolonga a gravidez. | 1º e 3º | CM (D se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Fenilbutirato de sódio | Evitar; toxicidade em estudos animais; recomenda-se contracepção adequada durante a administração a mulheres em idade fértil. | 1º | D |
Fenilefrina | Pode causar redução do calibre dos vasos, produzindo hipoxia fetal e bradicardia. | 1º | C |
Fenilpropanolamina | Possibilidade de malformações menores ou defeitos cosméticos que são compatíveis com a vida; o uso indiscriminado no 1º trimestre não é destituído de risco. | 1º, 2º e 3º | C |
Feniltoloxamina | Não se conhecem dados úteis. | | C |
Fenitoína | Tetralogia de Fallot; hipoplasia da válvula mitral; fenda labial; síndrome fetal da hidantoína; o risco para a mãe é também grande se o fármaco não é usado para controlar as convulsões; a relação benefício/risco favorece o uso continuado durante a gravidez, usar a menor dose na mãe para prevenir as convulsões e a probabilidade de malformações; administrar folato nas mães; V. Antiepilépticos e anticonvulsivantes . | 1º, 2º e 3º | D |
Fenobarbital | Evitar; toxicidade em estudos animais; recomenda-se contracepção adequada durante a administração; risco de malformações congénitas, (perímetro craneano reduzido, dismorfismo facial), hipercalcémia neonatal; atraso do desenvolvimento; hemorragia ao nascimento e dependência. | 1º, 2º e 3º | D |
Fenofibrato | Ausência de dados em humanos; não foi teratogénico em estudos animais; V. Fibratos . | | C |
Fenoprofeno | V. AINEs ; não há referências ao uso do fármaco no 1º trimestre da gravidez. | 3º | B (D, se usado no final da gravidez) |
Fenoterol | Não há referência à associação entre o fármaco e malformações. | | B |
Fenotiazinas | A maior parte dos estudos consideram estes antipsicóticos seguros para a mãe e feto, se usados ocasionalmente em doses baixas; outros concluiram que as fenotiazinas não são teratogénicas; devem evitar-se perto do termo pelo perigo de hipotensão materna e efeitos adversos neurológicos prolongados no RN. | | B |
Fenoxibenzamina | Não foram relatados efeitos adversos relacionados com o uso do fármaco no feocromocitoma; pode ocorrer hipotensão no RN. | | CM |
Fenoximetilpenicilina | Pouca probabilidade de causar danos fetais. | 1º | B |
Fentanilo | Bradicardia fetal, depressão de muitos parâmetros biofísicos fetais. V. Analgésicos opiáceos . | | B (D, se usado por períodos prolongados ou em doses altas) |
Fenticonazol | Evitar. | | C |
Fexofenadina | V. Anti-histamínicos H1 . | | C |
Fibratos | Embriotóxico em estudos animais. O produtor recomenda evitar. | | C |
Filgrastim | Toxicidade em estudos animais. O produtor recomenda só se usar se o benefício potencial for superior aos riscos. | | D |
Finasterida | Evitar; pode causar anomalias dos órgãos genitais externos do feto masculino. | 1º, 2º e 3º | D |
Fisostigmina | Não existem referências que relacionem defeitos congénitos com o uso do fármaco durante a gravidez. | | C |
Fitomenadiona | Não se dispõe de informação útil; o produtor recomenda que se use apenas se o benefício potencial for superior aos riscos; o uso de vitamina K1 durante a gravidez numa situação de hipoprotrombinémia e prevenção de doença hemorrágica do RN é o tratamento de escolha. | | CM |
Flavoxato | Recomenda-se evitar, a menos que não haja alternativa. | | C |
Flecainida | Toxicidade em estudos animais. | | CM |
Flubendazol | Apesar de não serem conhecidas malformações provocadas pelo fármaco na espécie humana, não se recomenda o seu uso durante a gravidez. | | C |
Flucitosina | Teratogénica em estudos animais; o produtor recomenda usar apenas se os potenciais benefícios ultrapassarem os riscos (suspeita de ser teratogénica em humanos). | | CM |
Fluconazol | Evitar; foram referidas múltiplas anomalias congénitas com doses elevadas (400 mg/dia) por períodos prolongados, em tratamento para a coccidiomiase. Dose única de 150 mg não parece causar efeitos adversos na gravidez. | 1º | DM |
Fludarabina | Evitar; embriotóxica e teratogénica em estudos animais; recomenda-se contracepção eficaz durante o tratamento e, pelo menos, 6 meses após a administração ao homem ou à mulher. | | X |
Flufenazina | V. Antipsicóticos ; movimentos coreoastetoides dos membros superiores e inferiores, sintomas extrapiramidais, rinorreia, congestão nasal e tronco arqueado que desaparecerão após administração de pseudoefedrina durante dois dias consecutivos. | 2º e 3º | C |
Flumazenilo | Evitar, de acordo com o produtor, a menos que o potencial benefício ultrapasse os riscos. | | CM |
Flunisolida | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Flunitrazepam | V. Benzodiazepinas ; pode causar acumulação no feto após doses repetidas. | | D |
Fluocortolona | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | |
Fluoresceína | Agente de diagnóstico. Atravessa a placenta após aplicação tópica ocular. | | B |
Fluoroquinolonas | Não há aumento do risco de malformações nem de problemas músculo-esqueléticos; não há risco fetal. | 1º | A |
Fluorouracilo | Teratogénico. | 1º | D |
Fluoxetina | Num estudo de cohort prospectivo, não foi encontrado aumento do risco; em estudos animais mostrou poder produzir alterações talvez permanentemente no cérebro. | | CM |
Flupentixol | V. Antipsicóticos . | | C |
Flurazepam | V. Benzodiazepinas ; alguns fármacos do grupo podem causar anomalias fetais. | 1º | XM |
Flurbiprofeno | V. AINEs . | 3º | BM (D, se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Flutamida | Não é um fármaco usado na mulher. | | |
Fluticasona | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Fluvastatina | V. Estatinas ; o uso de fluvastatina está contra-indicado durante a gravidez. | 1º, 2º e 3º | XM |
Fluvoxamina | V. Antidepressores inibidores da recaptação da serotonina . | | CM |
Folitropina alfa | Evitar. | | C |
Folitropina beta | Evitar. | | C |
Formoterol | Em experimentação animal provocou perdas de implantação e redução da sobrevivência numa fase precoce pósnatal e do peso à nascença. Só deverá usar-se durante a gravidez após ponderar convenientemente a situação, em especial nos 3 primeiros meses e pouco antes do parto. | 1º e 3º | D |
Foscarneto sódico | Recomenda-se evitar. | | CM |
Fosfenitoína | V. Fenitoína . | 1º, 2º e 3º | D |
Fosfestrol | O uso de estrogénios está contra-indicado durante toda a gravidez. Adenose vaginal, adenocarcinoma vaginal de células claras. | 1º, 2º e 3º | XM |
Fosfomicina | Porque o número de exposições humanas no 1º trimestre é reduzido, o tratamento com o antibiótico deve ser retardado até depois do período da organogénese. | | BM |
Fosinopril | V. IECAs . | 2º e 3º | DM |
Framicetina | V. Aminoglicosídeos . | | C |
Furosemida | V. Diuréticos . | | CM |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Ibuprofeno | Hipertensão pulmonar persistente do RN; redução do líquido amniótico; produção fetal de urina. V. AINEs . | 3º ou perto do parto | D |
Idarrubicina | Evitar; prematuridade, atraso do crescimento, eritroblastose e transaminases anormais. | 1º | DM |
Idebenona | Evitar; não foi estabelecida a segurança do seu uso na gravidez. | | C |
Idoxuridina | Teratogénica em estudos animais. | | C |
IECAs | Podem afectar o controlo da pressão sanguínea fetal e neonatal e a função renal; possíveis malformações craneanas e oligohidramnios, que podem ser associados a morte fetal in utero; recomenda-se a sua substituição por outro anti-hipertensor logo após o diagnóstico de gravidez. | 1º, 2º e 3º | D |
Ifosfamida | Evitar; teratogénica e carcinogénica em animais; recomenda-se contracepção adequada durante o tratamento e, pelo menos, 6 meses após, a administração aos homens ou mulheres. | | X |
IMAO | Não há evidência de perigo, mas recomenda-se evitar a menos que haja justificação forte. | 2º e 3º | DM |
Imidapril | V. IECAs . | | DM |
Imidazóis (sistémicos) | Evitar. | | C |
Imidazóis (tópicos) | Aceitável o seu uso durante a gravidez. | | C |
Imipenem + Cilastatina | Toxicidade em estudos animais; evitar; a menos que os benefícios clínicos potenciais ultrapassem os riscos. | | CM |
Imipramina | V. Antidepressores tricíclicos . | | D |
Imiquimod | Não há evidência de efeitos teratogénicos ou tóxicos em estudos animais; o produtor recomenda usar apenas se os potenciais benefícios ultrapassarem os riscos. | | C |
Imunoglobulina humana contra a hepatite B | Pode ser administrada na gravidez para profilaxia após exposição. | | CM |
Imunoglobulina humana contra a Varicela | Pode ser administrada à grávida saudável dentro das 96 horas após exposição. | | C |
Imunoglobulina humana contra o tétano | Usa-se na gravidez para profilaxia após exposição. | | CM |
Imunoglobulina humana normal | Não foram observados efeitos adversos no feto ou RNs, mas deve considerar-se a possibilidade de aborto espontâneo. | | CM |
Imunomoduladores | Suspender após o diagnóstico de gestação; não recomendados; aumentam a prematuridade e atraso do crescimento intra-uterino. | | D |
Indapamida | V. Diuréticos . | | D |
Indinavir | Usar apenas se o potencial benefício ultrapassar os riscos; não existe informação disponível; risco teórico de hiperbilirrubinémia no RN, se usado no final da gravidez. | 3º | CM |
Indobufeno | Não se recomenda o seu uso na gravidez. | | C |
Indometacina | V. AINEs . | 3º | B (D se usado durante mais de 48 horas ou após as 34 semanas de gestação ou perto do parto) |
Infliximab | Evitar; usar contracepção adequada durante o tratamento e, pelo menos, até 6 meses após a última dose. | | CM |
Inibidores da bomba de protões | Escassos dados disponíveis; não há, até ao momento, evidência de teratogenicidade. | | BM |
Inibidores da redutase da HMG-CoA | Reduzem os níveis plasmáticos de colesterol e de lipoproteínas, inibindo a síntese de colesterol e de outros produtos da via biossintética do colesterol, que são componentes essenciais para o desenvolvimento fetal, incluindo a síntese de esteróides e das membranas celulares; podem causar danos fetais se administrados à grávida; se a mulher engravidar no decurso da terapêutica deve suspender imediatamente e ser avisada do perigo potencial para o feto. | | D |
Inibidores da transcriptase reversa | Risco de acidose láctica, por vezes fatal na grávida; não recomendados durante a gravidez, a não ser que o potencial benefício clínico se sobreponha claramente aos potenciais riscos. | 1º, 2º e 3º | C |
Inibidores selectivos da Cox 2 | Efeitos teratogénicos em animais apenas para doses várias vezes superiores às de uso clínico em humanos; não existem dados disponíveis; não deve ser usado na gravidez. | | C |
Insulinas | As necessidades de insulina devem ser avaliadas frequentemente por um diabetologista. Na insulina Lispro não há aumento de malformações congénitas. | 1º, 2º e 3º | B |
Interferões | Contra-indicado na gravidez; abortos espontâneos em mulheres com esclerose múltipla; as mulheres com potencial para engravidar devem tomar medidas contraceptivas adequadas; os produtores recomendam que se use apenas se existirem razões ponderosas. | | CM |
Iodamida | Diagnóstico: possibilidade de efeitos tóxicos tiroideus no feto e RN. | | D |
Iodeto (131I) de sódio | É um teratogéneo humano; porque o efeito mesmo de doses pequenas é imprevisível, o radiofármaco deve ser evitado para diagnóstico e terapêutica durante a gravidez. | | X |
Iodeto de potássio | O uso de iodetos como expectorantes está contra-indicado na gravidez. | | D |
Iodetos | Bócio congénito e hipotiroidismo permanentes. | 3º e 3º | D |
Iodo | Bócio congénito e hipotiroidismo permanentes. | 2º e 3º | D |
Iodo radioactivo | Evitar; hipotiroidismo permanente. | 1º, 2º e 3º | D |
Iodopovidona | Pode ser absorvido em quantidade suficiente para afectar a tiroide fetal. | 2º e 3º | D |
Ioimbina | Não é um fármaco usado na mulher. | | |
Iopodato de sódio | Diagnóstico: possibilidade de efeitos tóxicos tiroideus no feto e RN. | | D |
Iotalamato [125 I] de sódio | Diagnóstico: possibilidade de efeitos tóxicos tiroideus no feto e RN. | | D |
Irbesartan | V. Antagonistas dos receptores da angiotensina ; as substâncias que actuam no sistema renina-angiotensina-aldosterona podem, durante o 2º e 3º trimestre, causar IR do feto ou neo-natal, hipoplasia do crâneo e mesmo morte fetal; por precaução, também não deve ser usado durante o 1º trimestre da gravidez, antes de uma gravidez planeada fazer a mudança para um tratamento alternativo adequado. No caso de uma gravidez ser diagnosticada, deve interromper-se o ibersartan imediatamente; se o tratamento for mantido, avaliar o crâneo e a função renal por ecografia. | 1º, 2º e 3º | D |
Irinotecano | Evitar; teratogénica e tóxico em estudos animais; recomenda-se contracepção eficaz durante o tratamento e, pelo menos, 3 meses após administração. | | D |
Isoflurano | V. Anestésicos gerais. | | |
Isoniazida | Desconhece-se se é perigosa, mas a tuberculose não tratada é mais perigosa para a grávida e feto do que o tratamento da doença. | | C |
Isotretinoína | Malformações craneofaciais e cardíacas; deve ser usada contracepção eficaz durante pelo menos 1 mês antes do tratamento oral, durante o tratamento e pelo menos 1 mês após a suspensão; evitar também o tratamento tópico. | 1º, 2º e 3º | X |
Isradipina | V. Bloqueadores dos canais de cálcio . | | C |
Itraconazol | Não há efeitos no feto. | | A |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Labetalol | Bloqueio beta fetal, vasoconstrição na circulação fetoplacentar, eventual perda fetal; hipoglicémia. | | CM (D se usado no 2º e 3º trimestres) |
Lacidipina | Não há referência a malformações em estudos animais; pode produzir relaxamento do músculo uterino no final da gravidez; usar só se os benefícios potenciais para a mãe forem superiores aos riscos. | | C |
Lactitol | Evitar por insuficiência de dados quanto à segurança de uso; desconhece-se se é perigoso. | 1º | C |
Lactobacillus acidophilus | Probióticos regularizadores da flora intestinal; são considerados geralmente seguros. | | A |
Lactulose | Não existe informação disponível; sem problemas de uso. | | BM |
Lamivudina | Induziu embrioletalidade precoce em coelhas; não se recomenda o seu uso nos três primeiros meses de gravidez por falta de informação útil na mulher grávida; pode ocorrer acidose láctica, por vezes fatal. | 1º | CM |
Lamotrigina | O benefício do tratamento é superior ao risco para o feto; o risco de teratogenicidade é maior se for usado mais do que um fármaco; em associação com o ácido valpróico foram descritas dismorfias da cabeça com hipertelorismo, ponta nasal achatada, orelhas malformadas e em implantação baixa, micrognatia, boca arqueada com lábio superior fino, fenda palatina, aracnodactilia, camptodactilia, defeito do septo articular, dedos em martelo, redução das pregas, atraso motor aos 6 meses, cariótipo 47, XXX. | | CM |
Lanreotida | Evitar; atraso do crescimento em estudos animais. | | C |
Lansoprazol | Recomenda-se não usar durante o 1º trimestre; evitar nos outros trimestres; o uso de doses altas a longo prazo foi carcinogénico em ratos e ratinhos de ambos os sexos, produzindo tumores intestinais no fígado e no testículo. | 1º, 2º e 3º | CM |
Leflunomida | Evitar; os metabolitos activos são teratogénicos em estudos animais; recomenda-se contracepção eficaz durante o tratamento e, pelo menos, 2 anos após o tratamento nas mulheres e, pelo menos, 3 meses no homem. | 1º | CM |
Lenograstim | Toxicidade em estudos animais; o produtor recomenda usar apenas se os potenciais benefícios ultrapassarem os riscos. | | C |
Lepirudina | Evitar. | | C |
Letrozol | Contra-indicado na grávida. | | D |
Leuprolida | Contra-indicado na gravidez; deve recomendar-se o uso de contraceptivo seguro durante o tratamento. | | D |
Levocabastina | V. Anti-histamínicos H1 . | | C |
Levocarnitina | Não existem provas de teratogenicidade em estudos animais. Considerar as consequências graves da interrupção do tratamento. | | C |
Levodopa | Evitar; teratogenicidade em estudos animais; não foram referidas malformações no número limitado de gravidezes conhecidas em que foi usado. | | C |
Levofloxacina | V. Quinolonas ; deve ser considerado contra-indicado, uma vez que existem outras alternativas mais seguras. | | CM |
Levomepromazina | V. Antipsicóticos . | | C |
Levonorgestrel | V. Contraceptivos orais . | | B |
Levotiroxina sódica | Controlar a concentração sérica materna de tireotrofina e ajustar a dosagem, se necessário. | | AM |
Lidocaína | V. Anestésicos locais ; até ao presente não foram evidenciadas quaisquer malformações. | | C |
Lincomicina | Não foram observadas quaisquer malformações. | | B |
Lindano | Evitar; nado-mortos, focomelia, possível risco de irritabilidade do SNC. | 1º, 2º e 3º | DM |
Linestrenol | Não se recomenda o uso de progestativos na gravidez. | | D |
Lípidos | Os lípidos por via IV não põem aparentemente qualquer risco, mas a terapêutica não é sem perigo, incluindo a morte fetal. | | C |
Lisado de Escherichia coli | Não foram observados efeitos adversos no RN. | | C |
Lisinopril | V. IECAs . | | DM |
Lítio | Evitar, se possível (risco de malformações, incluindo malformações cardíacas - anomalia de Ebstein); possibilidade de bócio neonatal e hipotiroidismo; toxicidade neo-natal do lítio - letargia e falta de coordenação entre a sucção e a deglutição; necessidade de aumentar a dosagem no 2º e 3º trimestres (após o parto voltar rapidamente ao normal); recomenda-se um controlo apertado da litiémia (risco de toxicidade no recém-nascido). | 1º, 2º e 3º | D |
Lopinavir | Evitar a solução oral devido ao elevado conteúdo de propilenoglicol; usar cápsulas apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Loprazolam | V. Benzodiazepinas . | | D |
Loratadina | Embriotóxica em estudos animais; V. Anti-histamínicos H1 . | | BM |
Lorazepam | Depressão respiratória nos RNs expostos; V. Benzodiazepinas . | 3º | DM |
Lormetazepam | V. Benzodiazepinas . | | D |
Losartan | Não foi estabelecida segurança na mulher grávida; nos animais podem ocorrer lesões e morte de fetos e RNs; no 2º e 3º trimestre, o medicamento actua no SRAA e pode provocar lesões e morte fetal; a perfusão renal do feto humano começa no 2º trimestre e depende do desenvolvimento do SRAA. | | D |
Lovastatina | Evitar; teratogenicidade em humanos e animais. | 1º | XM |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Macrólidos | Não há efeitos lesivos para o feto. | | A |
Manitol | Em infusões prolongadas pode estar associado a hipocalcémia no feto e raquitismo congénito; pode ocorrer depressão neurológica neonatal com depressão respiratória, fraqueza muscular e perda dos reflexos; os RN devem ser observados quanto a sinais de toxicidade nas primeiras 24-48 horas após o nascimento. | | C |
Maprotilina | Não há publicações referindo a associação a defeitos congénitos; V. Antidepressores tricíclicos . | | BM |
Marijuana | Redução do peso e altura ao nascimento; atrasos da aprendizagem e défices de atenção. | 2º e 3º | C |
Mebendazol | Evitar por toxicidade em estudos animais. | | CM |
Mebeverina | Desconhece-se se é perigoso; recomenda-se evitar. | | C |
Meclozina | Não usar na gravidez. | | C |
Medroxiprogesterona | Evitar; foram referidas malformações genitais e cardíacas em fetos de ambos os sexos. | 1º, 2º e 3º | D |
Mefloquina | Teratogenicidade em estudos animais; contra-indicada na gravidez. | 1º | CM |
Megestrol | Evitar. V. Progestagénios. | 1º | D |
Melfalano | Evitar; recomenda-se contracepção adequada no homem e na mulher. | 1º | DM |
Meloxicam | V. AINEs . | 3º | C |
Meperidina | Actividade fetal deprimida; ritmo fetal sinusal. | 3º | C |
Meprobamato | Recomenda-se evitar. | 1º | D |
Mercaptopurina | Evitar; teratogénico. | 1º | D |
Meropenem | Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos; não existe informação útil. | | BM |
Messalazina | Não foram referidos efeitos teratogénicos, não obstante atravessar a placenta; deve ser usada com precaução. | | BM |
Mesterolona | Contra-indicada na gravidez; V. Androgéneos . | 1º | X |
Metadona | O uso crónico leva a dependência neonatal; RN pequeno para a idade gestacional; redução do perímetro craneano; síndrome de morte súbita. | 1º, 2º e 3º | D |
Metformina | Contra-indicada; a insulina é normalmente o antidiabético de escolha durante a gravidez se a dieta isolada não for suficiente, para obter níveis de glicémia o mais próximo possível do normal para evitar malformações fetais. | 1º, 2º e 3º | BM |
Metildopa | Morte perinatal, baixo peso ao nascimento, perda fetal aumentada. | 1º, 2º e 3º | C |
Metilfenidato | Evitar, a menos que o potencial benefício ultrapasse os riscos; experiência limitada. | | C |
Metilprednisolona | V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | D |
Metimazol | Aplasia cutis; atresia esofágica, fístula traquoesofágica, atraso do desenvolvimento, atraso das cloanas. | 1º | D |
Metoclopramida | Não parece aumentar o risco de teratogenicidade. Desconhece-se se é perigosa, mas o produtor recomenda que se use só se existirem razões compelativas. | | C |
Metolazona | V. Diuréticos . | | D |
Metoprolol | Pode causar atraso do crescimento intrauterino e redução do peso placentar; V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | 1º, 2º e 3º | CM (D se usado no 2º e 3º trimestres) |
Metotrexato | Evitar; é teratogénico (anomalias craniofaciais e digitais); a fertilidade pode ser reduzida durante a terapêutica, mas este efeito pode ser reversível; o produtor recomenda contracepção eficaz durante, e pelo menos, 6 meses após a administração ao homem e à mulher. | 1º, 2º e 3º | D |
Metronidazol | Contra-indicado durante o 1º trimestre nas doentes com tricomoníase, mas pode ser aceitável durante o 2º e 3º trimestres se as terapêuticas alternativas falharam; evitar regimes de alta dosagem. Não há referências a malformações. | 1º | BM |
Mianserina | V. Antidepressores tricíclicos . | | C |
Micofenolato de mofetil | Evitar por toxicidade em estudos animais; deve fazer-se contracepção eficaz durante o tratamento e durante 6 semanas após interrupção da terapêutica. | 1º | D |
Miconazol | Evitar, a menos que seja essencial. | | CM |
Midazolam | O uso antes da cesariana tem um efeito depressor no RN; V. Benzodiazepinas . | | DM |
Milnaciprano | Só deve ser usada durante a gravidez se o benefício for claramente superior ao potencial risco (não demonstrado) de teratogenicidade. | | C |
Minociclina | V. Tetraciclinas . | | D |
Minoxidil | Hirsutismo neonatal. | 3º | CM |
Miocamicina | Não foram localizados estudos controlados durante a gravidez. | | C |
Mirtazapina | Evitar; não foram referidas, até à data, consequências adversas durante a gravidez. | | CM |
Misoprostol | Evitar; estimulante uterino potente (tem sido usado por induzir a aborto) e pode originar nado-mortos. | 1º, 2º e 3º | DM |
Mitomicina | Evitar; síndrome de quebra do cromossoma; síndrome de atraso do crescimento intrauterino. | 1º, 2º e 3º | D |
Mitoxantrona | Evitar; recomenda-se contracepção eficaz durante o tratamento e, pelo menos, durante 6 meses após administração ao homem ou à mulher. | | DM |
Mizolastina | Evitar; V. Anti-histamínicos H1 . | | C |
Moclobemida | Não foi estabelecida a segurança de uso na gravidez; V. IMAO . | | C |
Modafinil | Contra-indicado na gravidez. | | D |
Molgramostim | Toxicidade em estudos animais; o produtor recomenda evitar, a menos que o benefício potencial seja superior ao risco. | | D |
Mononitrato de isossorbida | Não há referências que relacionem o uso do fármaco na gravidez. | | CM |
Montelucaste | Atravessa a placenta; não deve ser usado durante a gravidez, a não ser que seja extremamente necessário, por falta de estudos controlados. | | C |
Morfina | Não há referências a malformações com o uso terapêutico de morfina; dependência do recém-nascido (de mães toxicodependentes) com sintomas de supressão; V. Analgésicos opiáceos . | 3º | B (D se usada por períodos longos ou em doses altas) |
Moxifloxacina | Contra-indicada na gravidez; em animais não há evidência de teratogenicidade ou redução de fertilidade, mas provocou lesões nas cartilagens de suporte. | | D |
Multivitaminas | Não existem provas de que o suplemento de vitaminas possa prevenir a fenda labial e/ou do palato; o suplemento de folatos nas primeiras semanas pode reduzir o risco de defeitos do tubo neural. | | A (o factor de risco varia de acordo com os excessos das vitaminas individuais) |
Mupirocina | Não existe informação disponível; evitar, a menos que o benefício seja superior ao risco. | | C |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Nabumetona | V. AINEs . | | CM (D, se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Nadolol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | | CM |
Nadroparina cálcica | Não constitui risco para o feto. | | B |
Nafarrelina | Evitar. Risco teórico de aborto com anomalia fetal se os agonistas da GnRH são usados durante a gravidez. | 1º, 2º e 3º | C |
Nafazolina | Não foram referidas malformações, mas evitar doses elevadas. | | C |
Naloxona | Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos; não deve ser dada à mãe para reverter os efeitos dos narcóticos no feto ou no RN, a menos que a toxicidade seja evidente. | | BM |
Naltrexona | Usar apenas se o potencial benefício for superior aos riscos. | | CM |
Nandrolona | Contra-indicado na gravidez. V. Androgéneos e anabolizantes (8.5.2.). | | D |
Naproxeno | V. AINEs . | | BM (D, se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Naratriptano | Evitar; não se dispõe de dados seguros. | | C |
Nedocromil sódico | V. Anti-histamínicos H1 . | | C |
Nefazodona | Não existe informação disponível; recomenda-se que se use apenas se for essencial. | | CM |
Nelfinavir | Não existe informação disponível; o produtor recomenda que se use apenas se for essencial. | | C |
Neomicina | Não há evidência de malformações congénitas; V. Aminoglicosídeos . | | C |
Neostigmina | Não há evidência de malformações congénitas. | | CM |
Netilmicina | V. Aminoglicosídeos . | | D |
Nevirapina | Recomenda-se evitar, mas poder-se-á usar se estiver claramente indicada. | | CM |
Nicardipina | Não foram encontradas malformações congénitas; V. Bloqueadores dos canais de cálcio . | | CM |
Nicorandilo | Não se dispõe de informação útil; o produtor recomenda que se use só se não houver uma terapêutica mais segura. | | |
Nicotina | Não instituir terapêutica de substituição durante a gravidez. A exposição inadvertida de curta duração durante o 1º trimestre não causará provavelmente dano ao feto. Alguns autores consideram que a utilização cuidadosa de adesivos de nicotina em mulheres que consumiam mais de 20 cigarros por dia poderá ter uma relação benefício-risco positiva. | 1º, 2º e 3º | C |
Nicotinamida | Compatível com a gravidez. | | A (C, se usado em doses altas) |
Nifedipina | Só deve ser dada à grávida com hipertensão grave que não responde à terapêutica padrão; risco de hipóxia fetal por hipotensão materna; não associar a sulfato de magnésio IV; V. Bloqueadores dos canais de cálcio. | | CM |
Nimesulida | Hipertensão pulmonar persistente do RN; redução do líquido amniótico. Não deve ser usado durante a gravidez. | 2º e 3º | C |
Nimodipina | Não foi encontrado aumento de malformações; V. Bloqueadores dos canais de cálcio . | | CM |
Nisoldipina | Só deve ser dada à grávida com hipertensão grave que não responde à terapêutica padrão; risco de hipóxia fetal por hipotensão materna; não associar a sulfato de magnésio IV; V. Bloqueadores dos canais de cálcio . | | CM |
Nistatina | Não se dispõe de informação útil; o produtor recomenda que se use só se não houver uma terapêutica mais segura. | | B |
Nitrazepam | V. Benzodiazepinas . | | D |
Nitrofurantoína | Pode provocar hemólise neonatal no feto com défice em G-6-PD, se usado perto do termo da gravidez. | 3º | B |
Nitroglicerina | Não parece constituir perigo para o feto. | | B |
Nitroprussiato de sódio | Bradicardia fetal transitória. | | C |
Nizatidina | Recomenda-se usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | BM |
Noretindrona | Frequência de abortos elevada; elevada mortalidade pré-natal. | | D |
Noretisterona | Masculinização dos fetos femininos e outras malformações; V. Contraceptivos orais . | | D |
Norfloxacina | O uso está contra-indicado no 1º trimestre; V. Quinolonas . | 1º, 2º e 3º | CM |
Norgestrel | V. Contraceptivos orais . | 1º | XM |
Nortriptilina | V. Antidepressores tricíclicos . | 1º | D |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Paclitaxel | Evitar; toxicidade em estudos animais. | | C |
Pamidronato sódico | V. Bifosfonatos . | | C |
Pancreatina | Desconhece-se se é perigosa. | | A |
Pantoprazol | Fetotóxico em animais; produtor recomenda evitar-se a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos. | | D |
Papaverina | V. Analgésicos opiáceos . | | C |
para-Aminosalicilato de sódio | Não foram identificadas malformações major após exposição no 1º trimestre. | | C |
Paracetamol | Não há evidência de malformações; doses elevadas por períodos prolongados podem causar doenças renal ou hepática fetal de consequências fatais; a combinação com a di-hidrocodeína é de evitar na gravidez, em especial junto ao parto pelo risco de síndrome de privação. | 1º, 2º e 3º | B |
Parafina líquida | O uso crónico como laxante pode levar a reduzida absorção de vitaminas lipossolúveis. | | C |
Paroxetina | Dificuldade respiratória, hipoglicémia, icterícia, síndrome de supressão neo-natal. V. Antidepressores inibidores da recaptação da serotonina . | | CM |
Penbutolol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | | CM (D se usado no 2º e 3º trimestres) |
Penicilamina | Evitar; cutis laxa e outras malformações congénitas. | 1º, 2º e 3º | D |
Penicilinas | Não há risco fetal. | | B |
Penicilinas + Inibidores das lactamases beta | Referências limitadas ao seu uso durante a gravidez; evitar, a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos possíveis. | | C |
Pentamidina | Evitar, a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos. | | CM |
Pentazocina | V. Analgésicos opiáceos . | 3º | C (D se usado por períodos longos ou em doses altas a termo) |
Pentoxifilina | Evitar. | | CM |
Perfenazina | V. Antipsicóticos . | | C |
Pergolida | Evitar, a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos. | | D |
Perindopril | V. IECAs . | | D |
Permetrina | Aceitável. | | C |
Petidina | V. Analgésicos opiáceos . | | B (D se usado por períodos longos ou em doses altas a termo) |
Picetoprofeno | Usar apenas em caso de necessidade imperiosa. | | C |
Pilocarpina | Toxicidade em estudos animais; evitar; é um estimulante do músculo liso. | | C |
Pimozida | V. Antipsicóticos . | | C |
Pioglitazona | Toxicidade em estudos animais; o produtor recomenda evitar; a insulina é normalmente usada em todos os diabéticos. | | C |
Piperacilina | V. Penicilinas . | | A |
Piperazina | Não há evidência clínica de perigo, mas o RCM do produto avisa de que deve ser evitada durante a gravidez, excepto com receita médica. | 1º | B |
Piracetam | O produtor recomenda evitar. | | C |
Pirantel | Evitar. | | C |
Pirazinamida | Evitar; dados escassos; recomenda-se que se use apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Pirenzepina | Evitar; dados escassos; recomenda-se que se use apenas se o potencial benefício ultrapassar os riscos. | | C |
Piridoxina | Compatível com a gravidez. | | A (C se for usado em doses superiores às necessidades diárias) |
Pirimetamina | Risco teratogénico teórico (antagonista dos folatos); devem ser administrados à mãe suplementos de folatos; V. Antimaláricos . | 1º | C |
Piritinol | Não foram referidos efeitos tóxicos sobre o feto, mas o produtor recomenda evitar. | | C |
Piroxicam | V. AINEs . | 3º | B (D, se usado no 3º trimestre ou perto do parto) |
Podofilino | Evitar; morte neonatal e teratogénese. | 1º, 2º e 3º | D |
Podofilotoxina | Evitar. | | CM |
Policresuleno | Não há referências ao uso do fármaco na gravidez. | | C |
Poliestireno sulfonato | Não existe informação disponível; o produtor recomenda que se use apenas se o benefício potencial for superior ao risco. | | C |
Polimixina B | Não foi observada associação a malformações congénitas. | | B |
Pramipexol | Não existe informação disponível; o produtor recomenda que se use apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Pravastatina | Contra-indicado durante a gravidez; V. Estatinas . | | XM |
Praziquantel | Aceitável só depois do 1º trimestre. | 1º | D |
Prednisolona | Risco reduzido para o feto em desenvolvimento; V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | B |
Prilocaína | Metahemoglobinémia. | 3º | C |
Primaquina | Hemólise neonatal e metahemoglobinémia; V. Antimaláricos . | 3º | C |
Primidona | V. Fenobarbital ; fazer profilaxia com vitamina K1 pela supressão dos factores da coagulação dependentes da vitamina K. | | D |
Probucol | Não tem sido associada a malformações congénitas. | | BM |
Procaína | Metahemoglobinémia neonatal; V. Anestésicos locais . | 3º | C |
Procarbazina | Teratogénico em estudos animais e referências isoladas em humanos; evitar. | | D |
Progestagénios | Se tomados pela mãe à 8ª semana ou mais de concepção podem provocar virilização do feto fêmea, um efeito dependente da dose. Antes das 8 semanas não há efeito virilizante. | 1º | D |
Progesterona | Desconhece-se se é perigosa; usa-se no aborto repetido. | | C |
Proglumetacina | Não se aconselha o seu uso durante a gravidez. | | CM |
Proglumida | Não foram encontradas referências ao seu uso durante a gravidez. | | C |
Proguanilo | Só para profilaxia e se a viagem for inadiável. Como é antagonista dos folatos dever-se-á administrar um suplemento de ácido fólico no 1º trimestre. | | B |
Promestrieno | Não foi observado efeito sistémico após aplicação vaginal do produto, pelo que não está interdito em caso de gravidez. | | B |
Prometazina | V. Anti-histamínicos H1 . | 1º e 3º | C |
Propafenona | Evitar; não existe informação disponível. | | CM |
Propiltiouracilo | Bócio congénito e hipotiroidismo; em comparação com os outros antitiróideus é considerado o fármaco de escolha no tratamento do hipertiroidismo da gravidez (usar menor dose possível). | 1º, 2º e 3º | D |
Propofol | V. Anestésicos gerais . | | BM |
Propranolol | Tem sido associado a atraso do crescimento intrauterino, bradicardia e hipoglicemia neonatais. Deve ser suspenso 1 a 2 semanas antes do parto; V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | 2º e 3º | CM (D se usado no 2º e 3º trimestres) |
Protamina | Não se encontram referências ao seu uso na gravidez. | | CM |
Pseudoefedrina | Desconhece-se se é perigosa. | | C |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Rabeprazol | Recomenda-se evitar; não existe informação disponível. | | C |
Raloxifeno | Em animais observaram-se abortos, defeitos do septo ventricular, hidrocefalia; pode causar danos fetais quando, por engano, for administrada a grávidas. | 1º, 2º e 3º | C |
Ramipril | V. IECAs . | | DM |
Ranitidina | Desconhece-se se é perigosa; o produtor recomenda evitar, a menos que seja essencial. | | BM |
Ranitidina bismutrex | A segurança não está estabelecida. | | C |
Reboxetina | Evitar e interromper o uso, se ocorrer gravidez; não existe informação disponível. | | C |
Remifentanilo | Não se dispõe de informação útil; V. Analgésicos opiáceos . | | B |
Reteplase | V. Estreptoquinase . | | CM |
Retinóides | Teratogénicos. | 1º | X |
Retinol | As doses excessivas são teratogénicas em animais, mas é pouco provável que seja perigoso em doses terapêuticas; o défice materno pode aumentar a probabilidade de transmissão do VIH da mãe para o feto e atraso do crescimento no 1º ano de vida. | | A (X, se usada em doses superiores às necessidades diárias - acima de 8.000 UI/dia) |
Reviparina sódica | Recomenda-se evitar; não existe informação disponível. | | B |
Ribavirina | Evitar; teratogénica em praticamente todas as espécies estudadas; assegurar contracepção eficaz durante administração oral e durante 6 meses após tratamento na mulher e 7 meses após tratamento no homem. | 1º | XM |
Riboflavina | Compatível com a gravidez. | | A |
Rifabutina | Recomenda-se evitar; risco de hemorragia por hipoprotrombinemia se usada no final da gravidez; em ratos, com doses elevadas, provocou alterações esqueléticas fetais. | | C |
Rifamicina | Não usar na gravidez. | | C |
Rifampicina | Evitar; as doses elevadas são teratogénicas em estudos animais; risco de hemorragia neonatal se administrada no 3º trimestre por hipoprotrombinemia. Dar vitamina K à mãe e ao bebé. | 1º e 3º | C |
Rilmenidina | Não foram encontrados efeitos teratogénicos ou embriotóxicos nos animais, mas deve ser evitada. | | C |
Rimexolona | Não há estudos na mulher grávida e só deve ser usada se os potenciais benefícios para a mãe justificarem o risco potencial para o embrião ou o feto; vigiar sinais de hipoadrenalismo. | | |
Risedronato de sódio | V. Bifosfonatos . | | C |
Risperidona | Não existem estudos apropriados que documentem o risco destes fármacos na gravidez; a utilização terá em conta a natureza e gravidade da doença de base. | | B |
Ritodrina | Evidência electrocardiográfica de isquémia miocárdica. | 3º | C |
Ritonavir | Não existe informação disponível; usar apenas se o benefício potencial ultrapassar os riscos. | | BM |
Rituximab | Evitar, excepto se os benefícios para a mãe ultrapassarem o risco de deplecção de linfócitos B no feto; é necessária contracepção eficaz durante e durante 12 meses após o tratamento. | 1º | X |
Rivastigmina | Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Rizatriptano | V. Sumatriptano . | | CM |
Rofecoxib | Não é recomendado em mulheres que pretendam engravidar; V. AINEs . | 1º e 2º | C |
Ropinirol | Contra-indicado na gravidez. | | D |
Ropivacaína | Não está definida a segurança e não se sabe se é perigosa. | | C |
Rosiglitazona | Toxicidade em estudos animais; evitar; a insulina é o antidiabético de escolha durante a gravidez. | | C |
Roxitromicina | Possível hepatoxicidade materna. | | B |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Saccharomyces boulardii | Probióticos regularizadores da flora intestinal, considerados seguros. | | BM |
Salbutamol | Usa-se no parto prematuro. | 3º | B |
Salicilatos | V. Ácido acetilsalicílico . | | B (D, se usado no 3º trimestre ou perto do termo) |
Salmeterol | Não se dispõe de dados suficientes para fazer uma avaliação; o uso só deve ser considerado se o benefício esperado para a mãe for superior ao possível risco para o feto. | | C |
Saquinavir | O produtor recomenda usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | BM |
Secnidazol | Não foi demonstrada a sua inocuidade em mulheres grávidas; usar apenas se o benefício potencial for superior ao possível risco para o embrião ou o feto. | | C |
Sene | Não há referência a toxicidade fetal ou teratogenicidade. | | C |
Sertaconazol | Não está demonstrada a sua inocuidade em mulheres grávidas; usar apenas após avaliação da relação benefício potencial/risco possível para o feto. | | C |
Sertralina | Evitar; não há dados que suportem um risco teratogénico em animais, mas diminuição da sobrevivência neonatal após administração a ratas fêmeas; V. Antidepressores inibidores da recaptação da serotonina . | | CM |
Sevelâmero | Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Sevoflurano | V. Anestésicos gerais . | | C |
Sibutramina | Toxicidade em estudos animais; o produtor recomenda evitar. As mulheres em idade fértil devem usar contraceptivos apropriados durante todo o tratamento; estudos em coelhos com doses tóxicas demonstraram efeitos sobre a reprodução. | 1º, 2º e 3º | D |
Sildenafil | Não está indicado para utilização na mulher; não foram registados efeitos adversos relevantes em estudos de reprodução animal. | | |
Silimarina | Evitar; não há referência ao seu uso durante a gravidez. | | C |
Simeticone | Antiflatulento; não há relatos de toxicidade associada, nem de malformações congénitas. | | C |
Simpaticomiméticos beta | Hipoglicémia neonatal. | 3º | C |
Sinvastatina | V. Estatinas ; não deve ser usado durante a gravidez; as mulheres a tomar sinvastatina antes da concepção, devem interromper a terapêutica se quiserem engravidar, ou suspender logo que se confirme a gravidez. | | XM |
Somatostatina | Não existem dados disponíveis. | | B |
Somatotropina | V. Somatropina . | | D |
Somatropina | Não existe informação útil, mas conhece-se o risco teórico; interromper a medicação se ocorrer gravidez. | | D |
Sotalol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | 2º e 3º | B (D se usado no 2º mês e 3º trimestre) |
Subcitrato de bismuto | Evitar com base em deduções teóricas. | | C |
Sucralfato | Não existem provas de que represente risco para o feto ou a grávida com função renal normal. | | BM |
Sulfadiazina | V. Sulfonamidas . | | B |
Sulfametoxazol + Trimetoprim | Malformação espinhal. | 1º | C |
Sulfassalazina | Risco teórico de hemólise neonatal; devem ser administrados à mãe suplementos de folatos em dose adequada. | 3º | B (D, se usado perto do termo) |
Sulfato de magnésio | Deve provavelmente ser evitado durante a gravidez. | | B |
Sulfonamidas | Hemólise neonatal, metahemoglobinémia e icterícia; o receio de aumento de risco de icterícia nuclear no RN parece ser infundado. | 3º | B (D se usado perto do termo) |
Sulfonilureias | Hipoglicémia neonatal; a insulina é o antidibético de escolha na diabetes da grávida; a serem usados antidiabéticos orais estes deverão ser suspensos dois dias antes do parto. | 3º | |
Sulfureto de selénio | Desconhece-se se causa agressão fetal quando administrado à mulher grávida; só deve ser usado na gravidez quando claramente necessário e não deve ser usado para o tratamento da tinea versicolor durante a gravidez. | | C |
Sulindac | V. AINEs . | | B (D se usado no 3º trimestre ou perto do termo) |
Sulpirida | Não foi demonstrada acção teratogénica em estudos animais; a pesar em cada caso o benefício potencial e o possível risco para o feto; V. Antipsicóticos . | | C |
Sumatriptano | Evitar; não se dispõe de dados seguros. | | CM |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Tacalcitol | Não há informação disponível; evitar, a menos que não haja alternativa segura disponível. | | C |
Tacrolímus | Toxicidade em estudos animais; evitar. | | C |
Talidomida | Focomelia (encurtamento ou ausência dos ossos longos dos membros). | 1º | X |
Tamoxifeno | Risco de aborto espontâneo aumentado ou lesão fetal; deve usar-se contracepção eficaz durante o tratamento e durante 2 meses após suspensão. | 1º, 2º e 3º | DM |
Tazobactam | Não foi definido o uso seguro durante a gravidez; estudos animais não revelaram qualquer agressão para o feto; só deve ser usado na gravidez quando claramente necessário. | | C |
Teicoplanina | Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos. | | C |
Telmisartan | Estudos animais não indicam efeito teratogénico, mas fetotoxicidade. Não deve ser administrado durante o 1º trimestre, mas também no 2º e 3º porque os fármacos que actuam no sistema renina-angiotensina-aldosterona podem causar danos e mesmo morte do feto em desenvolvimento. | 1º, 2º e 3º | D |
Temazepam | Estudos em ratos revelaram reabsorções aumentadas, incidência de costelas rudimentares; encefalia, fusão e assimetria das costelas em coelhos; V. Benzodiazepinas . | | XM |
Temozolomida | Evitar; teratogénico e embriotóxico em estudos animais; recomenda-se contracepção adequada durante a administração; os homens também devem evitar procriar durante e pelo menos até 6 meses depois de tomar o fármaco. | 1º, 2º e 3º | X |
Tenecteplase | V. Estreptoquinase . | | CM |
Teniposido | V. Ciclofosfamida . | 1º | D |
Tenoxicam | V. AINEs . | | C |
Teofilina | Têm sido referidas irritabilidade neonatal e apneia; há alguma preocupação quanto aos efeitos depressores das xantinas na síntese de lípidos e dos sistemas neuronais em desenvolvimento. | 3º | C |
Terazosina | Não há referências ao uso deste fármaco durante a gravidez. V. Bloqueadores adrenérgicos alfa. | | CM |
Terbinafina | Não se dispõe de informação; recomenda-se que se use apenas se o benefício for superior ao risco; evitar o uso sistémico; em uso tópico é aceitável. | | C |
Terbutalina | Usou-se para prevenir o parto prematuro, mas não se indica actualmente; evitar as infusões contínuas. | 3º | BM |
Terconazol | Não existem dados que suportem uma associação entre o uso do fármaco e malformações congénitas. | | CM |
Terfenadina | V. Anti-histamínicos H1 . | | CM |
Testosterona | V. Androgéneos ; masculinização do feto do sexo feminino. | 1º, 2º e 3º | D |
Tetraciclinas | Coloração e defeitos dos dentes da 1ª dentição e alteração do crescimento ósseo; possibilidade de hipospádias, hérnia inguinal ou hipoplasia dos membros, pé boto; podem modificar a capacidade fertilizante do homem e reduzir a eficácia dos contraceptivos orais por inibirem a hidrólise bacteriana dos esteroides conjugados no intestino; toxicidade hepática materna com doses elevadas por via parentérica. | 1º, 2º e 3º | D |
Tetracosactido | Há referências de abortos e malformações fetais em grávidas tratadas com tetracosactido. | 1º | D |
Tetrizolina | Só deve ser usada durante a gravidez, se for absolutamente necessária. | | C |
Tiagabina | O produtor recomenda evitar a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos. | | D |
Tiamazol | Aplasia cutis; o propiltiouracilo deverá ser o fármaco de escolha; a ser usado, deve ser dada a menor dose possível. | | D |
Tiamina | Na mulher grávida a dose recomendada é de 1,4 mg/dia. | | A (C, se usado em doses superiores às necessidades diárias) |
Tiaprida | Não existem dados sobre os efeitos do tiapride nas funções cerebrais do feto; em RNs de mães tratadas com doses altas só raramente foram descritos efeitos extrapiramidais; limitar a duração de uso durante a gravidez. | | C |
Tiazidas | No 1º trimestre podem causar um aumento do risco de malformações congénitas; outros riscos incluem hipoglicémia, hiponatremia, hipocaliémia, trombocitopenia e morte por complicações maternas; efeito directo sobre o músculo liso com inibição do parto; evitar durante a gravidez, excepto, eventualmente, na insuficiência cardíaca. | 1º, 2º e 3º | D |
Ticlopidina | Toxicidade em estudos animais; o produtor recomenda evitar; usar só durante a gravidez, se for absolutamente necessária. | | C |
Timolol | V. Bloqueadores adrenérgicos beta . | 2º e 3º | CM (D, se usado no 2º e 3º trimestres) |
Tinidazol | Recomenda-se evitar no 1º trimestre. | 1º | C |
Tinzaparina sódica | Recomenda-se evitar, a não ser que não haja alternativa mais segura. | | B |
Tiocolquicosido | Evitar; foi associado a efeitos teratogénicos em estudos animais com doses elevadas, não se dispondo de dados em humanos. | | C |
Tioconazol | Recomenda-se evitar. | | C |
Tioguanina | Teratogenicidade referida quando o homem que procria, está a tomar tioguanina; assegurar contracepção eficaz durante a administração ao homem ou à mulher. | 1º, 2º e 3º | DM |
Tioridazina | As fenotiazinas são fármacos seguros para a mãe e o feto; V. Antipsicóticos . | | C |
Tiotepa | Evitar; teratogénica e embriotóxica em animais. V. Ciclofosfamida . | 1º, 2º e 3º | D |
Tirofibano | Não se dispõe de informação; o produtor recomenda só usar quando o benefício for superior ao risco. | | |
Tiropramida | Não foram descritos efeitos embriotóxicos ou teratogénicos em animais, mas não existem estudos controlados na grávida; usar só se houver reconhecida necessidade e sob vigilância médica. | | C |
Tirotropina | Não existe correlação em qualquer momento da gravidez entre a concentração maternal e a fetal de TSH. | | CM |
Tiroxina | V. Levotiroxina . | | A |
Tizanidina | Não se dispõe de informação; usar apenas quando o benefício for superior ao risco. | | C |
Tobramicina | V. Aminoglicosídeos . | | C (D, de acordo com o produtor) |
Tofizopam | V. Benzodiazepinas . | | D |
Tolazamida | Se for usada durante a gravidez deve a terapéutica ser substituída por insulina e a Tolazamida suprimida algum tempo antes do parto para evitar hipoglicémia prolongada no RN. | | CM |
Tolterrodina | Evitar; a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos; é teratogénico em estudos animais e não existem estudos na grávida. | | D |
Topiramato | Evitar, a menos que o benefício potencial seja superior aos riscos; é teratogénico em estudos animais e não existem estudos na grávida. | | D |
Topotecano | Teratogenicidade e perda fetal em estudos animais. | 1º | D |
Tramadol | Não há informação; deve ser evitado no início da gravidez; V. Analgésicos opiáceos . | | CM |
Tramazolina | Nunca foram evidenciados efeitos nocivos na gravidez. | | B |
Trandolapril | V. IECAs . | | DM |
Trastuzumab | Evitar, a menos que o benefício potencial seja superior ao risco. | | X |
Trazodona | V. Antidepressores tricíclicos . | | CM |
Tretinoína (sistémica) | Teratogénico; deve usar-se contracepção eficaz, pelo menos 1 mês antes do tratamento oral, durante e pelo menos 1 mês após suspensão. | 1º, 2º e 3º | DM |
Tretinoína (tópica) | Se não forem usados pensos oclusivos, a absorção cutânea é reduzida; têm sido, no entanto, referidas malformações congénitas após uso tópico, provavelmente por maior absorção. | 1º, 2º e 3º | DM |
Triamcinolona | É teratogénica em animais; em humanos foi referido atraso do crescimento fetal; V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . | | C |
Triantereno | V. Diuréticos . | 1º e 3º | D |
Triazolam | Não foram atribuídas malformações congénitas ao uso de Triazolam durante a gravidez humana, mas outras benzodiazepinas (V. Benzodiazepinas (Diazepam) ) são suspeitas de produzir malformações durante o 1º trimestre. | 1º | DM |
Trientina | Nos ratos, usada em doses semelhantes às humanas, é teratogénica; atravessa a placenta e alcança o feto. | | CM |
Triflusal | Não se recomenda o seu uso na gravidez. | | C |
Tri-hexifenidilo | Foi encontrada uma associação possível num grupo de grávidas e malformações minor. | 1º | C |
Trimebutina | O seu efeito na mulher grávida não está estabelecido, pelo que não deve ser usado nos três primeiros meses de gravidez. | 1º, 2º e 3º | |
Trimetadiona | Síndrome da trimetadiona - perda fetal, malformações congénitas (pavilhões auriculares malformados, fenda palatina, defeitos cardíacos, malformação urogenital, anomalias esqueléticas). | 1º, 2º e 3º | X |
Trimetoprim | Risco teórico de teratogenicidade por ser antagonista dos folatos; é provavelmente seguro. | 1º | CM |
Trimipramina | Foi admitida uma possível associação com malformações com base num grupo de 5 crianças; V. Antidepressores tricíclicos . | | B |
Triprolidina | Não há evidência de malformações congénitas; V. Anti-histamínicos H1 . | | CM |
Tripsina | Não há contra-indicações ao uso por via oral. | | A |
Tromantadina | Não deverá ser usado, a menos que o benefício potencial ultrapasse o possível risco para o feto. | | C |
Tropissetrom | Toxicidade em estudos animais; evitar. | | C |
Tulobuterol | Não há referência à associação com malformações congénitas. | | B |
Fármaco | Observações | Trimestre | Factor de Risco |
Vacina contra a cólera | Só deve ser dada em situações pontuais. | | CM |
Vacina contra a difteria e tétano | O uso é recomendado nas grávidas em risco a quem faltam as primeiras séries de imunizações ou nos quais o reforço foi dado há mais de 10 anos. | | C |
Vacina contra a febre tifóide | A vacinação durante a gravidez só deve fazer-se se houver uma exposição contínua ou se a grávida for viajar para zonas endémicas. | | C |
Vacina contra a gripe | A mulher com risco elevado de complicações deve ser vacinada antes do início da época, qualquer que seja o estadio de gravidez. | | CM |
Vacina contra a hepatite A | Pode ser administrada à grávida com elevado risco de infecção. | | CM |
Vacina contra a hepatite B | É preferível a administração após o 1º trimestre. | | CM |
Vacina contra a poliomielite | A vacina oral só deve ser dada se for necessária protecção imediata contra a poliomielite. | | CM |
Vacina contra a tuberculose (BCG) | Como vacina viva atenuada só deve ser usada se houver um risco imediato e excessivo de uma exposição inevitável à tuberculose infecciosa. | | CM |
Vacina contra meningococcus | Usar durante a gravidez só quando o risco de infecção materna é elevado. | | C |
Vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b | Não foram observados efeitos adversos no RN. | | CM |
Vacina contra o sarampo, parotidite e rubéola | Contra-indicada na gravidez. | | X (C de acordo com o produtor) |
Vacina pneumocócica poliosídica | Pode ser usada na grávida. | | CM |
Vacina viva contra a febre amarela | Contra-indicada na gravidez excepto se a exposição for inevitável. | | D |
Vacina viva contra a rubéola | O risco de malformações atribuídas à vacina é de 4,9% (20% para a infecção durante o 1º trimestre); vacina contra-indicada no 1º trimestre de gravidez; o risco é desprezível se a vacinação decorre 3 meses após a concepção ou durante o resto da gravidez e não deve ser uma indicação para terminar a gravidez. | 1º | X (C, de acordo com o titular de AIM) |
Vacinas (vivas) | Risco teórico de malformações congénitas, mas a necessidade de vacinação pode exceder o possível risco para o feto. | 1º | CM |
Vacinas de vírus atenuados | As vacinas vivas correntemente usadas não causam efeitos teratogénicos. | | B |
Valaciclovir | Aceitável. | | B |
Valsartan | V. Antagonistas dos receptores da angiotensina . | | D |
Vancomicina | Deve controlar-se a concentração plasmática para reduzir a toxicidade fetal; o produtor recomenda que se use apenas se o benefício potencial for superior ao risco; não foram, até ao presente, referidas malformações fetais. | | CM |
Varfarina | Ossos nasais hipoplásticos; condrodisplasia; malformações no SNC; risco de hemorragia; interromper o uso, 1 mês antes do parto; baixo peso de nascimento, embriopatia, morte fetal. | 1º, 2º e 3º | D |
Venlafaxina | Não há aumento de malformações major. | | CM |
Verapamilo | V. Bloqueadores dos canais de cálcio ; não há referência a problemas fetais com a administração no 1º trimestre. | | CM |
Vigabatrina | Malformações congénitas em 14,5% das gravidezes expostas (abortos espontâneos); só deve ser usado durante a gravidez se for absolutamente necessário; V. Antiepilépticos e anticonvulsivantes . | 1º, 2º e 3º | D |
Vincristina | Evitar; teratogenicidade e perda fetal em estudos animais; V. Ciclofosfamida . | 1º | D |
Vindesina | Evitar; teratogénica em estudos animais. | 1º | D |
Vinorelbina | Evitar; teratogenicidade e perda fetal em estudos animais. | | D |
Vitamina A | O excesso de vitamina A pode causar malformações fetais; a grávida não deverá tomar mais de 2.000 UI diárias. | 1º | C |